quinta-feira, 4 de julho de 2024

Guiné 61/74 - P25714: Facebook...ando (59): Joaquim Martins, nosso grão-tabanqueiro desde 2015, ex-fur mil at inf, CCAÇ 4142/72, "Herdeiros de Gampará (Ganjauará, 1972/74) - II (e última) Parte



Foto nº 11 >  Joaquim Martins: tem página no Facebook


Foto nº 12 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > O fur mil at inf, Joaquim Martins


Foto nº 13 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > "Eu à porta da minha morança"


Foto nº 14 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > O obus 10.5 (29º Pel Art)


Foto nº 15 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 >Uma ida, em grupo, a uma tabanca próxima


Foto nº 16 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > "A nossa lavandaria": as tinhas eram feitas com pipas (de vinho) cortadas ao meio.


Foto nº 17 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > Dois militares (um deles será o Joaquim Martins) junto a uma das instalações do quartel (inserido no reordenamento de Gampará), protegidas por bidões com terra calcada.



Foto nº 18 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > Um posto de sentinela




Foto nº 19 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 >  "Memórias. Agosto de 74. Percorri pela última vez esta estrada com 3 km, que nos levava de Ganjauará até ao cais de abicagem de Ganquecuta no rio Geba, onde nos esperava uma LDM que levaria a CCAÇ 4142 para Bissau, com destino ao Cumeré. Para trás ficava uma permanência de 23 meses no 'buraco' onde tombaram três companheiros. Para eles, Paz ás suas Almas, e ara os que regressaram um Abraço".


Foto nº 20 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > "Esta relíquia tem mais de 50 anos, fez parte do meu equipamento, agora está na prateleira dos recuerdos."


Foto nº 21 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > Guoião dos "Herdeiros de Gampará".



Foto nº 22 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > "A minha última foto como militar, em Agosto de 1974, aquando do regresso da Guiné, a bordo do Uíge. Dos elementos da CCAÇ 4142, da esquerda para a direita, eu sou o último, à minha direita o Salgueiro, o primeiro da esquerda é o Rocha. Grande Abraço para todos os ex-combatentes".



Foto nº 23 > Guiné > Região de Quínara > Península de Gampará > CCAÇ 4142/72 (Ganjauará, 1972/74 > "Momentos que não se esquecem. Fiz parte do 3º Pelotão da CCAÇ 4142, que esteve em Gampará em 72/74. No fim do Convívio que levamos a efeito em Odivelas, estava eu junto do parque de estacionamento para o regresso a casa, chegou junto a mim um dos dos elementos que na altura fazia parte do 1º Pelotão. Despediu-se com as lágrimas nos olhos e, dando um abraço, disse-me que ele e eu sabíamos que faltava ali alguém... De momento fiquei sem palavras, sim eu sabia a quem se queria referir, em fevereio de 74, ambos vivemos momentos dramáticos, ele perdera um dos seus comandantes e um amigo, meu amigo também. O Silva não estava fisicamente, mas estava e estará sempre nas presente nas nossas memórias. Faltava também o Soares que perdeu a vida na mesma altura. E o Garrincha. Paz às suas Almas. Forte Abraço para todos os companheiros da CCAÇ 4142 e também para todos os combatentes".



Foto nº 24 > Açores > Ponta Delgada > 2024 > "Ao leme da nossa Sagres"..."A Pátria Honrae Que a Pátria Vos Contempla".

Fotos (e legendas): © Joaquim Martins (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Segunda (e última) parte de uma seleção de fotos do álbum do  Joaquim Martins:

(i) membro da nossa Tabanca Grande, desde 5 de junho de 2015;

(ii) foi fur mil at inf, CCAÇ 4142/72, "Herdeiros de Gampará", Ganjauará, 1972/74;

(iii)  tem 74 anos, nasceu em Gondomar, em 19 de maio de 1950; 

(iv) vive em Ermesinde (até em 2017, em Águas Santas, Maia); 

(v) trabalhou no Gabinete de Planeamento da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP); está reformado.

A CCAÇ 4142/72  partiu para o CTIG em 16set72.  Fez a IAO no Cumeré. Um mês depois, a 18out 72, foi colocada em Gampará, rendendo a CART 3417, os "Magalas de Gampará".Regressou em agosto de 1974. Teve 3 baixas mortais.

Camaradas da CCAÇ 4142/72 que integram o nosso blogue (entre parênteses, o seu atual local de residência):


(Seleção, numeração, legendagem e edição de fotos,  revisão / fixação de texto: LG) 
(Com a devida vénia...)
___________

Nota do editor:

(*) Poste anterior da série > 2 de julho de 2024 > Guiné 61/74 - P25707: Facebook...ando (59): Joaquim Martins, nosso grão-tabanqueiro desde 2015, ex-fur mil at inf, CCAÇ 4142/72, "Herdeiros de Gampará (Ganjauará, 1972/74) - Parte I

10 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A gente está sempre a aprender até morrer (e, depois, logo se vê, uma vez no "outro lado", se a gente esquece tudo o que aprendeu, muitas vezes dura e dolorosamente):

Leio na página na nossa Marinha (sou fã da nossa "Sagres", permito-me acrescentar):


(...) ​​​​​​A exemplo do que sucede em muitos outros países, também os navios da Marinha Portuguesa ostentam uma divisa patriótica. Numa época em que os nacionalismos varriam a Europa, coube ao rei D. Luis (1861-1889), por inspiração do seu Ministro da Marinha e Ultramar, a decisão de colocar uma divisa a bordo dos navios da Marinha Real. José da Silva Mendes Leal (1820-1886), Ministro da Marinha e Ultramar entre 1862 e 1864, assinou a 20 de março de 1863 a portaria que abaixo se transcreve, atribuindo aos navios da Marinha o célebre lema:

«Manda Sua Majestade El-Rei declarar ao conselheiro inspector do arsenal da marinha, que sendo muito conveniente estimular por todos os modos os brios patrioticos e os nobres sentimentos, ha por bem ordenar que immediatamente faça apromtar e assentar nos navios que tenham tombadilho no vau d’este, e nos outros no ponto mais visível da tolda, a seguinte inscripção em letras de metal bem visíveis A PATRIA HONRAE QUE A PATRIA VOS CONTEMPLA».

Muito embora todos os navios da Marinha Portuguesa ostentem este lema, o NRP Sagres é o único que atualmente cumpre com a portaria de 1863, que determina a sua colocação no tombadilho. (...)

https://www.marinha.pt/pt/a-marinha/simbolos-tradicoes/Paginas/a-patria-honrae-que-patria-contempla.aspx

Valdemar Silva disse...

A necessidade aguça o engenho, e no caso do aproveitamento dos barris do vinho para as lavadeiras foi uma boa ideia.
Aliás, os barris do vinho e as tábuas dos barris foram utilizadas para várias utilidades sendo nas cadeiras as mais escolhidas e fáceis de fazer.

Vá que, como parecia, não havia pagamento de depósito do vasilhame.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Pipas (500 litros) ou meias-pipas (250 l) ?... Parecem-me meias-pipas... LG

Tabanca Grande Luís Graça disse...

De pipas não será...Mais provável é serem de meia-pipa ou barril de 225 litros, cortada/o ao meio...

Antº Rosinha disse...

O vinho que ia para o ultramar, que ultimamente ia a granel tal qual como petróleo nos petroleiros, nos porões dos navios da CNN ou CCN ou SOGERAL; não sei corretamente, era antes disto nos chamados usualmente Barris ou Barricas de aduelas de madeira.

Os milhões desses barris ou barricas, popularmente assim chamadas essas vasilhas, devia ser uma indústria muito bem organizada, não falhavam em navio algum que aportasse desde Bissau, Cabinda,Luanda Lobito,Moçâmedes, Lourenço Marques e Beira, durante anos e anos.

Eram barris de 100 litros, com vinho que às vezes se dizia que era de má fama, mas nunca azedava, era sempre de boa qualidade.

As aduelas vedavam quintais, galinheiros, faziam-se cadeirões e bebedouros para animais.

Abençoada indústria de tanoaria!

Não havia crise nessa fábrica que não sei onde funcionava.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Pipa é uma vasilha grande de madeira (em geral de carvalho) usada para armazenamento de vinho e destilados(aguardente, uisque...).

Como unidade de medida de capacidade para líquidos, em Lisboa, é geralmente equivalente a meio tonel (420 litros), ou 25 almudes (1 almude= 16,8l).

Na Região Demarcada do Douro, bem como na Região Demarcada do Vinho Verde, a sua capacidade é de 550 litros.

Vd. aqui as antigas unidades de medida portuguesas... Uma confusão... divertida

https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigas_unidades_de_medida_portuguesas

Valdemar Silva disse...

Recordo-me ao lado da entrada no nosso Quartel de Baixo, em Nova Lamego, haver cerca de dez barris pequenos, vazios, iguais a estes das lavadeiras, que diziam ter vindo de Madina do Boé, quando da evacuação.
Estranho estarem ali os barris arrumados e alguns tinham buracos que pareciam de balas.

Talvez o Abel Santos, que esteve nesse Quartel com a sua CART.1742, anterior à nossa chegada, se lembre como é que os barris foram lá parar.

Valdemar Queiroz

Fernando Ribeiro disse...

Ao ver a faca de mato na foto n.º 20, lembrei-me de uma questão que sempre me fez muita "espécie". A questão é esta: o Exército Português não fornecia aos seus militares facas de mato ou outro utensílio equivalente, porquê? A minha própria faca de mato foi comprada por mim e custou-me os olhos da cara, porque o Exército não me forneceu nenhuma. Em contrapartida, forneceu-me um bornal, que não tinha qualquer utilidade e eu deixava no quartel a acumular pó sempre que saía para a mata.

As Forças Armadas da Suíça inventaram o célebre canivete suíço, para com ele equiparem os seus militares. As Forças Armadas Portuguesas não equiparam os seus militares com porra nenhuma, certamente porque achavam que eles tinham a obrigação de se desenrascar à dentada. É no que dá comandar tropas a partir do ar condicionado.

Valdemar Silva disse...

Caro Fernando Ribeiro
Não tenho a certeza se as facas de mato faziam parte do equipamento, ou tinham de ser requisitadas na arrecadação da Companhia quando havia uma saída para o mato.
Na fotografia do post P11346, em Contuboel, ainda no início da instrução no CI e sem ser em operações, eu e mais dois furriéis devíamos ter ido a Bafatá e já estávamos equipados com faca de mato.
Mas, o post P16324 é sobre facas de mato e lá aparece a minha faca de mato "modificada" com grande ronco, que ainda hoje existe impecável, sem o mínimo de ferrugem, que o meu filho utiliza na secretária de trabalho como corta papeis e se for preciso na falta de um abra latas.

Saúde da boa
Valdemar Queiroz

Fernando Ribeiro disse...

Caro Valdemar,
No meu tempo, pelo menos, as facas de mato não faziam parte do equipamento fornecido pelo Exército, ao contrário dos ponches ou dos cantis. As facas de mato eram objetos pessoais, que tínhamos que comprar se quiséssemos ter alguma. Não as podíamos levantar na arrecadação, porque não as tinha.

Em 1972, ainda o meu batalhão estava em Santa Margarida, alguém recomendou-nos que comprássemos uma faca de mato, porque iria fazer-nos imensa falta e o Exército não nos iria fornecer. Palavras proféticas. Pouco depois de chegar a Angola, vi logo uma das utilidades da faca de mato: um furriel de Minas e Armadilhas usou a sua própria para levantar um fornilho. É esta uma das razões da minha revolta contra a brigada do reumático que nos comandou.