Fonte: logo do antig0 blogue-fora-nada capturado pelo Arquivo.pt em 29 de março de 2005, às 23:52
https://arquivo.pt/wayback/20050319235244/http://blogueforanada.blogspot.com/
1. Continuamos a celebrar, por esta primavera dentro, os vinte anos de existência do nosso blogue (*). A data de batismo é 23 de abril de 2004. Em boa verdade, tudo começou com o "Blogue-fora-nada", criado uns meses antes, em 5 de outubro de 2003, praticamente no início da blogosfera...
"Blogue-fora-nada" foi a expressão que me ocorreu, como título, ao pensar, nos tempos em que não havia máquinas de calcular, e os meninos e meninas da escola primária, separados pelo "muro da vergonha", aprendiam a tabuada recitando em voz alto, memorizando e levando de vez em quando umas reguadas valentes (a "teoria da dor" era a pedagogia que estava então em vigor na escolinha)... E depois nas contas, sobretudo na adição e na multiplicação, tinha-se que se saber fazer a "prova dos noves" ou a "prova dos noves fora nada"...
Foi assim que cheguei ao nome do blog (vocábulo que eu aportuguesei logo, e que o Priberam define, apropriada e sinteticamente,como "página de Internet com características de diário, actualizada regularmente" (Fonte: "blogues", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2024, https://dicionario.priberam.org/blogues.)
A descrição do conteúdo do "blogue.fora-nada" era de tal maneira "abstrusa" que deve ter afugentado logo os primeiros curiosos destas novidades da Net...
Começava por "homo socius ergo blogus [sum ]" , o que em latinório macarrónico queria dizer: "sou um ser social logo blogo ou sou blogador"...
E seguia-se o resto da cantilena: "em sociologuês nos entendemos. socioblogia. saúde & segurança do trabalho. o port[ug]al dos portugas. a prova dos blogue-fora-nada. o humor nosso de cada dia nos dai hoje. no ano da graça de 2003. lisboa. aqui tão longe. aqui tão perto. lá vamos blogando e rindo. desde 8 de outubro. luis graca".
Já tinha, criado, entretanto, quatro anos antes a página pessoal e profissional "Luís Graça: saúde e trabalho", alojada no servidor da ENSP/NOVA.
Em 23 de abril de 2024, criei, dentro do "blogue-fora-nada", a série "Guiné 63/74" e publiquei o poste P1, com o título: "Saudosa(s) madrinha(s) de guerra (Luís Graça)...
O blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné nasce aqui... E depois deu origem a uma tertúlia, que mais tarde se irá chamar Tabanca Grande...
Vinte anos depois queremos continuar a ser a Tabanca Grande, "a mãe de todas as tabancas" dos amigos e camaradas da Guiné:
- um espaço de partilha de memórias (e de afetos),
- um lugar de (re)encontros,
- um espaço, na Net, "onde todos cabemos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos separa",
- tendo por base a tolerância, o respeito mútuo , o pluralismo, a verdade, a boa fé, a camaradagem, a liberdade e a responsabilidade.
Vamos revisitar, por isso, o "Proverbiário" (vocábulo que ainda não foi grafado nos nossos dicionários): mais do que uma simples coleção de provérbios e outros lugares comuns da língua portuguesa, é:
- um apanhado das nossas "frases feitas",
- uma antologia do nosso anedotário,
- "títulos de caixa alta do nosso blogue",
- "títulos dos nossos livros e séries",
- "bocarras de tabanqueiro",
- "tiradas de humor de caserna" (às vezes negro, sem conotação racista),
- "expressões idiomáticas usadas no nosso blogue", umas mais efémeras do que outras,
- enfim, frases, comentários, máximas, etc., umas mais ligadas ao nosso Livro de Estilo, outras que despertaram a nossa atenção enquanto tabanqueiros...
As vacas roubadas que andam de mão em mão, acabam sempre comidas em boa ocasião (Salgueiro Maia dixit)
Até aos cem, ainda se aguenta, depois dos cem, só com água benta.
Camarada e amigo... é camarigo!
Camarada não tem que ser amigo: é o que dorme contigo,
Combatente um vez, combatente para sempre!
Desarmados, jubilados, reformados, aposentados mas não... arrumados.
E também lá vamos facebook...ando e andando.
Exorcizar os nossos fantasmas.
For the Portuguese Armed Forces from Scotland with love...
Guiné? ... Não era pior nem melhor, era diferente.
Havia os desertores, os refratários, os faltosos... e nós.
Humor com humor se (a)paga.
Lá vamos contando (e cantando) os quilómetros pela picada da vida fora!
Mais vale andar neste mundo em muletas do que no outro em carretas.
Mais vale um camarada vivo do que um herói... morto!
Melhor que as bajudas, era a 'água de Lisboa' que nos fazia esquecer as bajudas.
Meu pai, meu velho, meu camarada...
Miguel & Giselda, o casal mais 'strelado' do mundo.
Muita saúde e longa vida, porque tu, camarada, mereces tudo.
Não deixes que sejam os outros a contar a tua história por ti.
Não é o Panteão Nacional, é melhor, é... a Tabanca Grande.
Não fazemos a História com H grande, mas a História não se fará
Não há tabanca sem poilão.
Ninguém leva a mal: em cima o camarada, em baixo o general.
Olhe que não, sr. general, olhe que não!
Os bravos não se medem aos palmos.
Os bu...rakos em que vivemos.
Os camaradas tratam-se por tu.
Os camaradas da Guiné dão a cara, não se escondem por detrás do bagabaga.
Os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são.
Parabéns, parabéns, parabéns ! (à moda de Santa Maria)
Patrício Ribeiro, o "pai dos tugas" em Bissau.
Periquito, salta p'ró blogue, que a velhice já cá está!
P'rós insultos, não há contemplações nem indultos.
Quem não faz 69, não chega... aos 100!
Quem não tem poilão, acolhe-se à sombra do chaparro.
Recordar é viver duas vezes.
Sempre presentes, aqueles que da lei da morte já se foram libertando.
Siga a Marinha!
Só há três coisas de que aqui não falamos: futebol, política e religião.
Soubemos fazer a guerra e a paz.
Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une
Tabanca Grande: onde não há portas nem janelas nem arame farpado nem cavalos de frisa
Tuga, que Deus te livre da doença do... Alemão.
T/T Niassa, Uíge, Ana Rita, Angra do Heroísmo... Os cruzeiros das nossas vidas.
Uma guerra... a petróleo! (Tó Zé dixit)