domingo, 27 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5548: Álbum fotográfico de João Graça (2): O Fatango ou macaco fidalgo (Procolobus badius) do Parque Nacional do Cantanhez


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Parque Nacional de Cantanhez > Iemberém > 9 Dezembro de 2009 > 15h50 > Macaco fidalgo vermelho (ou fatango, em crioulo). Nome científico: Procolobus  badius.

O Parque Nacional do Cantanhez, inaugurado em 19 de Março de 2008, tem um superfície de mais de 100 mil  hectares / 1000 km2 (superior ao nosso Parque Nacional da Peneda-Gerês, que tem 70 mil). No Parque vivem cerca de 40 mil pessoas. As suas potencialidades para o desenvolvimento integrado e sustentado da Guiné-Bissau estão estudadas, nomeadamente do ponto de vista do ecoturismo.

A falta de investigação científica sobre a rica e diversificada fauna do Cantanhez não tem permitido definir e sobretudo aplicar uma eficaz política,  integrada e transfronteiriça,   de conservação e protecção. Prevê-se que no final do 1º trimestre de 2010 já esteve disponível, em livro, o Guia dos Mamíferos do Cantanhez, segundo informação da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau.

A AD tem tido um papel pioneiro na criação e dinamização de EVA - Escolas de Verificação Ambiental (Elemento de contacto: Engª Agr e doutoranda em Educação, a nossa amiga Isabel Levy Ribeiro, portuguesa, esposa do Eng Agr Carlos Schwarz Silva, Pepito). (LG)

Fotos: © João Graça (2009). Direitos reservados. (*)

O fatango, macaco fidalgo vermelho, western red colobus (em inglês). Espécie: Procolobus badius. É uma espécie ameaçada,  fundamentalmemte devido à caça e à desflorestação.

São Mamíferos da ordem dos Primatas, ordem que compreende  o homem, os macacos e os prossímios.  Os primatas são: (i) especialmente arborícolas e omnívoros, (ii) dotados de cérebro grande e diferenciado, (iii) olhos bem desenvolvidos e voltados para a frente, permitindo a visão binocular, e (iv) membros com cinco dedos, o primeiro geralmente oponível aos demais.
 
O Procolobus badius é originário de África. Distribui-se pela África Ocidental (Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria...). Habita as florestas húmidas ou florestas-galeria. Na Guiné-Bissau, é uma das várias espécies de primatas existentes no Parque Nacional do Cantanhez (que inclui o dari, o chimpanzé).
 
Vive em grupos de 5 a 100 indivíduos. Cada grupo possui um território de cerca de 35 hectares. Alimenta-se de frutos, folhas, raízes e flores. Mede, em comprimento, entre 47 e 69 cm. A cauda mede entre 50 e 80 cm.  Pesa cerca de 8 quilos. É uma espécie ameaçada, EM PERIGO (EN, Endangered, isto é, considerada como estando a sofrer um risco muito elevado de extinção na natureza), segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) das espécies ameaçadas (versão 3.1, de 2001).
 
Vd. sítios na Net >

The IUCB Red List of Threatened Species >  Procolobus badius (em inglês)
Primate Factsheets > Red Colubus (em inglês)
Animal Diversity Web (em inglês)
ARKive (em inglês) (com excelentes vídeos)
Damisela (em espanhol)
GORP (em inglês)


[Dados recolhidos por L.G.]

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Nota de L.G.:

(*) Vd. poste anterior > 24 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5531: Álbum fotográfico de João Graça (1): Médico em Iemberém por cinco dias

Guiné 63/74 – P5547: Estórias do Mário Pinto (Mário Gualter Rodrigues Pinto) (32): COMOP. BCaç 2892 - 1º Trimestre 1971 (Mário G R Pinto)


1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos a sua 32ª mensagem, em 26 de Dezembro de 2009:

Camaradas,

Nos postes P5452 e P5530 apresentei-vos uma descrição pormenorizada das actividades da minha CArt 2519, no Sector de Buba-Aldeia Formosa, nos 1º e 2º Semestres de 1970.

Continuo agora com as actividades no ano de 1971, período este em que as unidades do Sector tanto se empenharam e sacrificaram nas ZAs a seu cargo, já numa fase em que começavam mais em sobreviver, com o pensamento no seu regresso a casa e na sua substituição por outras unidades, do que propriamente em combater o IN.

Buba - Nhala - Mampatá - Aldeia Formosa
COMOP. BCaç 2892
1.º TRIMESTRE

JANEIRO de 1971

Sentia-se um forte crescimento da actividade IN, nas Zonas junto à fronteira, a Oeste de ALdeia Formosa, tentando o PAIGC fixar-se no terreno com vários Grupos armados, movimentando-se ao longo da linha fronteiriça, com a Guiné-Conakri, derivando de Oeste para Leste do nosso território.

As NT, nesta ZA a cargo da CArt 2521 e CCaç 2614 (que nesta altura tinha trocado com a CCaç 2615), empenhavam-se em patrulhamentos, emboscadas e colocação de minas nos itinerários de infiltração, procurando detectar sinais do IN, e impedir as suas acções na área.

O PAIGC, conhecedor do terreno e das nossas movimentações, conseguia contornar todas as nossas actividades, refugiando-se na fronteira quando pressentia a presença das NT, o que tornava infrutíferas todas as nossas iniciativas, caindo apenas nas nossas armadilhas implantadas no terreno, para o efeito.

Neste período registaram-se as seguintes acções do inimigo, sobre a Zona de Aldeia Formosa:

10-01-1971, registou-se um ataque ao aquartelamento com vários foguetões de 122 mm, accionados do outro lado da fronteira.

14-01-1971, novos ataques (duas vezes), ás 01h00 e 02h00, ambos com morteiros de 82 mm e RPG7, provenientes de Bungofé.

Neste dia, mais tarde, quando procedíamos ao reconhecimento do ataque na Zona de Bongofé, um Grupo de Combate da CCaç 2614, detectou-se a movimentação do IN, nesta área, em direcção a Sare Amadi. O GC progrediu no terreno em sua direcção e encontrou os seus abrigos, abertos ao longo da estrada de Contabane, perto de Sara Amadi, pelo que, se emboscou no local preparando-se para o combater, o que não chegou a acontecer. Recebeu ordens de regresso Aldeia Formosa, tendo, antes disso, armadilhado toda a área.

19-01-1971, uma viatura, na picada Aldeia Formosa - Paté Embaló, quando se deslocava para esta Tabanca accionou uma mina A/C, que destruiu a mesma, mas não causou qualquer ferido à NT.

23-01-1971, o IN atacou mais uma vez e com grande intensidade de fogo, Aldeia Formosa, utilizando foguetões de 122 mm e morteiros de 82 mm, sendo localizada a base dos disparos entre Chincambiló e o Rio Cancurã.

Registou-se a chegada a Aldeia Formosa da CCaç 18, composta por etnia Africana, para rendição da CArt 2521.

Neste mês, as ZA da Companhia CArt 2519 (Mampatá) e da CCaç 2615 (agora em Nhala), continuavam em contra-penetração, tentando deter o inimigo na sua infiltração para o Sector de Xitole.

A boa articulação destas Companhias no corredor de Missirá, a Norte e a Sul de Uane, e a sua constante permanência na ZA, e a implementação de um verdadeiro labirinto de armadilhas, veio a ter consequências na estratégia do PAIGC, que, neste período, tentava abrir um corredor de abastecimentos noutro Sector, nomeadamente a Oeste de Aldeia Formosa, entre Contabane, passando ao lado do Saltinho, em direcção ao interior.

26-01-1971, uma coluna de abastecimento inimiga, escoltada por elementos armados tentou passar através do corredor de Missirá. Foi detectada pelas NT, pelo que recuou para Sul, vindo a accionar duas minas A/P referenciadas em (Xitole, 4E8-98) e (Xitole, 4D9-98), sendo de salientar que estas minas estavam reforçadas com outros explosivos, o que deve ter provocado graves baixas entre as hostes inimigas.

27-01-1971, um Grupo armado do PAIGC, estimado em 30 elementos, tentou atacar Mampatá, vindo pelo trilho de Colibuia, sendo detectado pelas NT, quando preparava o ataque. O Grupo debandou para Sul, perseguido pela nossa tropa, vindo a cair nas nossas armadilhas implantadas a Sul de Colibuia.

Em BUBA, a CCaç 2616 continuava a fazer patrulhamentos e emboscadas na sua ZA, sem encontrar rasto do IN.

FEVEREIRO de 1971

O PAIGC continuava a implementar forças a Oeste de Ald. Formosa, tentando abrir um corredor de abastecimento para o interior, através das áreas desocupadas junto à fronteira na Zona de Contabane, atravessando o rio Corubal junto aos rápidos de Surire e flectindo em direcção a Ura Missirá.

As forças sediadas em Aldeia Formosa, redobraram os seus esforços para suster a infiltração do IN, emboscando, patrulhando e minando todos os novos trilhos abertos pelo inimigo.

02-02-1971, um Grupo armado do PAIGC, com base em Bongofé, atacou as forças da CArt 2521 e da CCaç 18, na zona de Sare Amadi e Jai Juli, com bastante intensidade, quando estas progrediam em direcção a Contabane. As NT reagiram ao fogo do IN, durante largo período de tempo e pediram o apoio do heli-canhão para desalojar o Grupo IN da sua posição, o que veio acontecer mais tarde, tendo os mesmos retirado para fora da nossa ZA. Nesta acção não se registou qualquer baixa nas NT.

11-02-1971, chegou a Mampatá a CCaç 3326, em rendição da CArt 2519, aproveitando o mesmo transporte que trouxe a CCaç 3326, para o regresso, até Bissau, de 2 Grupos de Combate da CArt 2519 e algum pessoal de apoio logístico da mesma Companhia.

20-02-1971, o PAIGC atacou Aldeia Formosa com basto poder de fogo, usando foguetões de 122 mm, dois dos quais caíram dentro da Tabanca, provocando 5 feridos entre a população civil.

20-02-1971, pelas 14h30, as forças da CArt 2519 e da CCaç 3326, emboscaram um Grupo armado do IN, a Sul de Colibuia, fora do "corredor", no momento em que mostrava a ZA à nova Companhia. O inimigo sofreu nesta acção 5 mortos confirmados no terreno e foi capturado diverso material ligeiro de guerra. As NT, tiveram 2 feridos ligeiros (1 milícia e um soldado da CCAÇ.3326).

25-02-1971, a CArt 2521 entregou oficialmente a sua ZA ao cuidado da CCaç 18.

28-02-1971, na coluna de reabastecimento de Aldeia Formosa - Buba, foi integrado o resto da CArt 2521, preparando-se o seu regresso à Metrópole e dando por terminada a sua missão em terras do Quebo.

A Sul, sobre o corredor de Missirã, a actividade do PAIGC era nesta altura nula, não se vislumbrando sinais de qualquer actividade hostil, o que, de algum modo, aliviou a tensão psicológica instalada no seio das NT em fim de comissão, nomeadamente na CArt 2519.

A CCaç 2615, continuava a fazer patrulhamentos e emboscadas a Norte de Uane, sobre o corredor de Missirá e a segurar o itinerário da estrada Buba-Aldeia Formosa.

MARÇO de 1971

03-03-1971, a CArt 2519 passa oficialmente a sua ZA para a CCaç.3326.

05-03-1971, dá-se definitivamente o regresso dos restantes elementos da CArt 2519, numa coluna de abastecimento a Buba, embarcando no dia seguinte a bordo de uma LDG, com destino a Bissau.

NOTA: Assim termino a narração deste período em terras do Quebo, deixando para os nossos sucessores, naquelas paragens, a narração das actividades e das estórias dos tempos seguintes (desde 06.03.1971 até à entrega do território em 1974).

Um abraço,
Mário Pinto
Fur Mil At Art

Fotos: © Mário Pinto (2009). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste da série do Autor em:

Guiné 63/74 - P5546: FAP (41): Quem foi realmente o Cabo 80, 1º Cabo Pára-quedista nº 85/RD ? (Pedro Castanheira)


1. Texto de Pedro Castanheira, ex-pára-quedista (*):

Assunto - O famigerado Cabo 80

O Ten Spears,  destemido e bravo oficial pára-quedista norte-americano, distribui cigarros aos 6 soldados alemães, feitos prisioneiros ao 2º dia do desembarque na Normandia. Após ter acendido os cigarros, com toda a lisura, a cada um deles, pega na sua metralhadora, e num impulso de loucura, descarrega o carregador sobre os prisioneiros alemães.

Esta era mais uma história, que circulava entre os homens da companhia Easy, pertencentes à 101ª Divisão de Paraquedistas, criando entre os soldados um misto de temor e admiração pelas suas façanhas, quase no fim da guerra na Europa, já com Spears promovido a capitão.

Lipton, expriente psar da companhia, interroga-o sobre essas "histórias"que se contam sobre ele. Spears sorri, conhecendo de cor todas essas histórias, maior parte delas inventadas, e diz a Lipton:
- Há 2000 anos atrás, havia centuriões à conversa sobre Tercius a dizer que ele decapitara prisioneiros cartagineses. Nunca ouviram Tercius negar as histórias, talvez porque Tercius queria que pensassem que ele era o pior e mais malvado guerreiro de toda a legião romana.

Li neste blogue há algum tempo, excertos do livro do senhor sargento pára Carmo Vicente, em que se refería a "conhecidos arruaceiros, como o famigerado 80", tendo logo aparecido quem defendesse a sua honra e afirmado que era enfermeiro, facto que eu não descionhecia (**).

Já eu nos anos 90, quando cumpria o meu serviço militar nos paraquedistas, ouvi muitas vezes da boca dos veteranos da Guiné, a prestar serviço nos páras, referências ao cabo 80, figura mítica dos páras na Guiné, conflituoso, lixado para a porrada, que partia os bares todos em Bissau, homem que enfrentava tudo e todos... Enfim, também ainda se ouvem sussurros sobre o 80 no dia de unidade dos paraquedistas, entre os páras que prestaram serviço na Guiné.

Mas, o que é feito da nossa personagem? Segundo consta, desapareceu após o fim da sua comissão. Ins dizem que já morreu, mas ouvi também dizer que fugiu do país, após ter morto um polícia, por altura do 25 de Abril... Atenção, são versões não confirmadas.

A certa altura,  estando eu à conversa com um pára de uma associação de paraquedistas, também ele a par da fama do cabo 80, revelou-me o seu verdadeiro nome. Após consulta minuciosa ao livro do BCP12, qual não é o meu espanto, ao ver o famigerado cabo 80 assinalado várias vezes, com reconhecimento por bravura em combate.. . E mais!, na parte das condecorações, lá está o "arruaceiro" Primeiro Cabo Paraquedist nº 85/RD (...) 

MEDALHA DA CRUZ DE GUERRA DE 2ª CLASSE 

e novamente (...) .MEDALHA DA CRUZ DE GUERRA DE 3ª CLASSE.

Não sei, quem era o comandante de companhia, deste nosso cabo paraquedista (Cap Mira Vaz? Cap Terras Marques? Cap Avelar de Sousa? entre outros). Penso que era interessante saber, da parte dos elementos da sua companhia, quem era realmente o cabo 80. Eu, humildemente, e sem querer ofender, penso que era mais um soldado que queria honrar a sua pátria, e que tinha a sua maneira de o fazer.

Um grande abraço

Pedro Castanheira

[Revisão / fixação de texto: L.G.]
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Notas de L.G.:

(*)  Vd. poste de 22 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5518: Cancioneiro da CCP 122 / BCP 12 (1972/74) , a Gloriosa (Pedro Castanheiro)

(**) Sobre o Cabo 80 e os tristes acontecimentos de Bissau, em Janeiro de 1968, vd. postes de:

10 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1512: Estórias de Bissau (11): Paras, Fuzos e...Parafuzos (Tino Neves)

(..) A estória é-me contada em 3ª ou 4ª mão, foi-me contada por uns amigos pára-quedistas, portanto é a sua versão (deles, pára-quedistas).

Então é assim: Não tenho a data do acontecimento, mas julgo ter sido em 1968. Houve um jogo de futebol de onze no campo do Benfica. Não me recordo, ao certo, do nome completo do clube de futebol. Sei que era de Bissau, só me lembro que era do Benfica.

Os contentores eram obviamente os Fuzileiros contra os Pára-quedistas, o jogo estava a correr muito bem, mas a um dado momento gerou-se uma troca de mimos, na assistência, entre as claques que chegaram mesmo a vias de facto (ou seja pancadaria).

Os Fuzileiros, estando relativamente perto do aquartelamento deles, correram a armarem-se, ou pedir reforços, não sei, mas os Pára-quedistas aperceberam-se disso e foram em seu encalço. A praça que estava de guarda na porta de armas do quartel, apercebendo-se do que se estava a passar, chamou o Cabo da Guarda e perguntou-lhe o que deveria fazer neste caso. Foi-lhe dada ordem de disparar, o que fez, originando a morte de um Pára-quedista.

A partir daí, qualquer Fuzileiro não se podia relacionar com Pár-aquedistas, e vice-versa, pelo que acontecia muitas vezes pancadaria entre ambos e, quando acontecia, cada um ia chamar o seu Camarada protector. O Protector dos Fuzileiros era um Cabo (julgo eu) chamado Lages, e da parte dos Pára-quedistas também havia um Cabo, Enfermeiro, conhecido por Oitenta.

Em café, esplanada ou qualquer espaço onde houvesse confrontos entre Fuzileiros e Pára-.quedistas com os seus respectivos Protectores, não restava nada que ficasse de pé. Quando os dois Cabos se encontravam no mesmo passeio, um deles tinha que mudar, porque ambos não se podiam cruzar.

Uma dada altura os Fuzileiros resolveram vingarem-se do Cabo 80, e sabendo que o 80, quase todos os dias antes de se recolher no quartel de Bissalanca, ia visitar a sua bajuda, que ficava relativamente perto, mas tinha que passar por alguns sítios isolados, resolveram fazer-lhe uma espera.

No dia combinado, o Cabo 80 quando já estava de regresso ao quartel, ouviu um cão a ladrar e, como o seguro morreu velho e o acautelado ainda é vivo, ele agarrou num pilão, não viesse o cão morder-lhe, mas para grande espanto dele, não foi o cão que apareceu, mas sim sete ou oito Fuzileiros armados de facas de ponte e mola.

Ele percebendo-se que também estava armado (e bem armado) com um grande pilão na mão, foi só despachar os Fuzileiros e, quando chegou ao quartel, telefonou para o Hospital para que os fossem buscar. (...).

(..) Junto fotos - eu com o meu amigo de longa data, desde a Metrópoloe, o Rodrigues, mais o Hoss, no aquartelamento de Bissalanca (Companhia Caçadores Paraquedistas nº. 122) em 1970. O Hoss assim como o Oitenta, ambos Cabos Enfermeiros, foram bastante condecorados. O Oitenta não cheguei a conhecer mas conheci (vi várias vezes em Bissau) também um grande Homem e combatente que na altura também diziam que ele tinha a cabeça a prémio. Estou a falar do Capitão na altura, hoje Coronel na reforma, Terra Marques (...).

Vd. também:

11 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1515: Antologia (58): A batalha de Bissau em Janeiro de 1968: boinas verdes contra boinas negras... Saldo: 2 mortos (Carmo Vicente)

(...) Extractos de VICENTE, Carmo - Gadamael: memórias da guerra colonial. 2ª ed. Lisboa: Caso. 1985. pp. 25-30. Selecção e digitalização de Jorge Santos. Subtítulos do editor do blogue. (...)

13 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1522: Bissau em estado de sítio por causa dos graves incidentes entre paraquedistas e fuzileiros em Janeiro de 1968 (Álvaro Mendonça)

Guiné 63/74 - P5545: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Novo Ano 2010 (23): Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás)

  1. Mensagem natalícia da nossa amiga Gilda Pinho Brandão (hoje, Brás, por casamento). uma órfã de guerra, que através do nosso blogue ganhou um novo país e uma nova família (um caso que muito sensibilizou e mobilizou os amigos e camaradas da Guiné reunidos nesta Tabanca Grande) (*):

Para todos vós

A todos os meus amigos, colegas e a àqueles que não pertencendo a nenhum dos dois grupos, "pisaram a areia da minha praia", deixando recordações de carinho, solidariedade, respeito e consideração e, me surpreenderam levando-me a acreditar que vale a pena que os anos se sucedam, sempre na esperança de ter sonhos, se não concretizados, pelo menos sonhados, desejo "Um Natal cheio de Paz e que a nova década seja cheia de alegria e prosperidade".

Um beijinho de coração,

Gilda Brandão

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Nota de L.G.:

Vd. postes de:
30 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1798: Região de Catió: Descendentes da família Pinho Brandão procuram-se (Gilda Pinho Brandão)

(...) 1. Mensagem enviada por Gilda Bras:

Muito boa tarde,

Parabéns pela vossa página, pois ajudou-me a descobrir que a família que eu procuro há mais de 35 anos, foi importante para a formação da Guiné.

Não sei se alguém me pode ajudar, eu gostava de encontrar familiares do Afonso Pinho Brandão e Manuel Pinho Brandão, comerciantes importantes na Guiné na altura da Guerra.

Sou filha do Afonso Pinho Brandão, chamo-me Gilda Pinho Brandão. Se me puderem ajudar, podem fazê-lo para o meu e-mail.

Muito obrigada e continuem com o vosso bom trabalho.

Cumprimentos
Gilda Brás (...)


3 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1811: Vim para Portugal aos 7 anos, em 1969, e não tenho uma fotografia de meu pai, A. Pinho Brandão (Gilda Pinho Brandão, 44 anos)

(...) A minha história é um bocado longa, mas vou tentar resumi-la em poucas linhas:

(i) Vim da Guiné em 1969, a pedido da mãe do militar (Furriel Pina) que me trouxe; tinha 7 anos e lembro-me de vir num barco de guerra com os militares todos e mais um menino negro chamado Domingos (já falecido).

(ii) Esta família deu-me tudo e cuidou de mim como se fosse da família; hoje com 44 anos, perdi um bocado as minhas raízes guineenses, mas tenho uma família portuguesa fantástica.

(iii) Este ano acabei por descobrir que tenho mais 8 irmãos (só da parte do pai Afonso), espalhados por Portugal, Alemanha e Guiné. Conheci dois deles no fim-de-semana passado e espero muito em breve conhecê-los todos.

(iv) Os meus familiares maternos continuam na Guiné, poucas lembranças tenho deles, o único membro de que me lembrava mais ou menos era da minha avó, mas que já faleceu há algum tempo, a minha mãe faleceu há cerca de 2 anos.

(v) Nunca mais voltei lá mas, agora que tenho uma filha, terei que pensar em visitá-los, para lhe apresentar a família biológica.

Mais uma vez muito obrigada pelas vossas palavras, a guerra foi muito “feia” e “má”, mas contribuiu para se fazerem GRANDES AMIZADES. (...)


5 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1817: Catió: Em busca da família Pinho Brandão (Leopoldo Amado / Victor Condeço / Armindo Batata / Gilda Pinho Brandão)

(...) Bom dia Amigos,

Muito, muito obrigada. Não encontro palavras, para vos expressar o que sinto com todas estas informações.

Vou falar com o meu irmão (Furriel Pina), para o caso de ele ter algumas fotos nossas da Guiné e dar-lhe o contacto desta fantástica Tertúlia de Amigos da Guiné.

Ao Dr. Luís Graça em particular, os meus sinceros agradecimentos pelo tempo dedicado ao meu caso.

Cumprimentos e até breve

Gilda Brás (...)


25 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1994: Tabanca Grande (29): Gilda Pinho Brandão: uma mulher feliz, que ganha uma nova família e um novo país

(...) Boa tarde, Amigo Luís,

Pois é, este fim-de-semana recebi a visita do nosso amigo Pepito, um ser humano extraordinário e um guineense orgulhoso, que fala do seu país e das suas gentes com uma paixão indescritível, por mim ficava o dia todo a ouvi-lo, pena não ter podido ficar mais tempo.

Relativamente aos meus familiares, falou-me no meu primo Carlos Pinho Brandão, que foi colega dele de curso [, de Agronomia,] das circunstâncias da morte do meu pai [, Afonso Pinho Brandão,] que foram um pouco dramáticas, pois segundo o Carlos contou ele era muito querido pela população, era um homem bastante sociável: ao fazer frente a uns balantas que se queriam apropriar da casa dele, acabou por ser morto, pois estava em inferioridade numérica. O Pepito também falou-me acerca dos fulas, etnia da minha família materna. A seguir ao encontro com os meus irmãos, este foi um dos momentos mais marcantes desde que comecei esta busca pelas minhas raízes (...).

Guiné 63/74 - P5544: O que era o STM? Belarmino Sardinha)


1. Mensagem de Natal do nosso Camarada Belarmino Sardinha (ex-1º Cabo Radiotelegrafista STM, 1972/74, Mansoa, Bolama, Aldeia Formosa e Bissau), com data de 17 de Dezembro:

Caríssimos Editores, Camaradas e Amigos,

Envio, pois quase tinha prometido, um apontamento sobre o que era a guerra do STM, dentro e fora de Bissau. Espero que contribua para ajudar a perceberem as nossas funções.

Junto uma foto do calhamaço que nos era distribuído e servia de Breviário, Missal ou Bíblia durante todo o tempo.

Publiquem se estiver conforme esperado e virem que tem interesse.

O que era o STM?

Este espaço onde nos encontrarmos e discutimos as nossas opiniões serve igualmente para nos identificarmos e esclarecermos sobre coisas. A propósito disso e por surgirem dúvidas, talvez pelo número reduzido de militares que movimentou em relação à generalidade da tropa que prestou serviço em Angola, Moçambique e Guiné, levaram-me a escrever estas linhas na expectativa de conseguir explicar como funcionava e estava organizado o pessoal do STM (Serviço de Telecomunicações Militares) e não SPM (Serviço Postal Militar) com o qual é confundido sem motivo, já o mesmo não acontecendo com os outros Radiotelegrafistas.

A razão é apenas essa, esclarecer ou ajudar a perceber o que faziam os militares do STM, como estavam organizados, de quem dependiam directamente, como eram destacados etc.

Todos os comentários de ajuda a melhorarem esta explicação serão bem-vindos. Prestarei igualmente os esclarecimentos possíveis para as dúvidas que eventualmente subsistam.

Finda a recruta, os encaminhados para a especialidade de Radiotelegrafistas eram mandados para o Regimento de Transmissões, no Porto, em Arca D’Água, onde ficavam sujeitos ao ensino sobre os rádios utilizados, o seu funcionamento, a exploração das redes e a aprendizagem do código ou linguagem Morse para comunicação. O curso tinha a duração de 6 (seis) meses para Radiotelegrafistas e de metade deste tempo para Operadores de Mensagens, Telefonistas ou Operadores de Telex, todas estas especialidades dadas nesta unidade.

O que eram então os Radiotelegrafistas do STM (Serviço de Telecomunicações Militares)?

Acabada a especialidade de Radiotelegrafista, os seleccionados e destinados ao STM eram encaminhados para a Escola Prática de Transmissões, em Lisboa, à Graça, para serem colocados em unidades de estágio, com a duração de três meses. Durante esse tempo todas as comunicações eram feitas em código Morse. Findo o estágio, por norma, acontecia a mobilização mais mês menos mês. Este estágio era feito nos quartéis-generais e em quartéis de instrução militar, tais como, Vendas Novas, Mafra, Tavira etc.

Esta situação, operadores do STM, levava a que a mobilização ocorresse mais tarde do que para a maioria das especialidades, obrigando a um tempo de tropa superior.

Os operadores Radiotelegrafistas não seleccionados, a maioria, ficavam no Regimento de Transmissões onde faziam os serviços normais do quartel (salvo os serviços de guarda, reforço e fascina a cargo dos novos instruendos), ou eram enviados para quartéis onde exerciam as suas especialidades, mas como operadores em fonia, operadores de mensagens, telefonistas ou de telex, até serem mobilizados e integrados em Batalhões e/ou Companhias Independentes.

Devo referir que todos os Radiotelegrafistas que faziam parte dos Batalhões ou Companhias e asseguravam, em fonia, a ligação com o quartel, entre grupos ou com o centro de mensagens e com o comando não eram do STM.

Reportando-me apenas à Guiné, embora esteja em crer ter sido igual para Angola e Moçambique, os operadores do STM só trabalhavam em código Morse e eram sempre rendição individual.

Chegados à Guiné, o local de recepção e permanência era o Agrupamento de Transmissões, em Santa Luzia, junto ao QG, uma unidade independente deste e onde fazíamos toda a nossa vida, excepto o serviço da especialidade que era prestado nas instalações dentro do QG, assim como partilhado era o refeitório da CCS do QG, até à construção do nosso refeitório, bar de oficiais e bar de sargentos em 1973.

Não sou agora capaz, em pormenor e sem falha, dizer todos os quartéis da Guiné com posto do STM, mas posso assegurar que, Aldeia Formosa, Bafatá, Bambadinca, Bigene, Bissorã, Bolama, Catió, Cufar, Farim, Gadamael, Guidage, Guileje, Mansoa, Nova Lamego e Teixeira Pinto tinham. Eram coordenados pelo posto director, Bissau, que os dividia em cindo redes, Norte, Sul, Sul2, Leste e Oeste.

Os militares do STM colocados em qualquer quartel ou aquartelamento na Guiné não dependiam do Comandante do Batalhão, nem de qualquer Comandante de companhia. Eram ali colocados pelo Agrupamento de Transmissões e dele ficavam dependentes, embora sujeitos às normas estabelecidas dentro desse quartel até serem substituídos. Por norma, a maioria dos operadores passava metade ou dois terços da comissão num ou mais quartéis do interior sendo depois chamado para Bissau onde acabava a comissão no posto director.

O responsável de cada Posto do STM tinha a obrigação de fazer relatórios semanais que enviava em correio fechado para o Agrupamento de Transmissões, referindo a sua actividade e o desenrolar dos acontecimentos, bem como informar sobre o decorrer do serviço e do pessoal. Tinha ainda a responsabilidade de proceder às alterações dos códigos, semanalmente, de acordo com as directrizes previamente recebidas em envelope fechado.

Nos locais ditos mais quentes eram normalmente cabos os responsáveis pelo Posto do STM, sendo os furriéis, por escassez ou outra razão lá colocados apenas por questões disciplinares e por períodos limitados de tempo. Haverá excepções, mas não as conheço.

Através do STM, sempre em código Morse, eram trocadas as mensagens com Bissau e os restantes postos do STM de cada grupo, em norma cinco por sector, incluindo Bissau. Do STM era transmitido e recebido, além das mensagens que faziam o dia-a-dia dos quartéis, o relatório diário, cifrado, com a vida e actividade operacional desse dia e recebida a indicação para o dia seguinte.

Lembro também que, locais como Aldeia Formosa ou Guileje não dispunham de qualquer outro contacto com Bissau. Julgo que o mesmo acontecia com Gadamael, Catió, Cufar e Guidage. Já Bafatá, Mansoa, Nova Lamego, Teixeira Pinto ou Bolama eram privilegiados, alguns destes locais, além de telefone dispunham ainda de uma rede chamada Storno. Quanto a Farim, Bigene e Bambadinca desconheço quais os meios de que dispunham além do STM.

Esta forma reduzida de explanar a funcionalidade do STM não completa as suas tarefas já que, em Mansoa, era ainda gravada, por vezes com muito má qualidade, a escuta feita à Rádio Conakry e Senegal que posteriormente seguia para Bissau, Agrupamento de Transmissões, Serviço de Escuta. Digamos que toda a informação e actividade de um quartel passavam pelo STM, assim como a dos destacamentos que lhe fizessem parte.

Os postos de STM ficavam destacados de todos os outros locais e abrigavam os operadores do STM e os equipamentos. Nos locais onde havia apenas o posto de rádio, composto, em norma, por 3 ou 4 operadores, um era o cabo que, além de operador, era também chefe do posto.

Contudo, devo referir que os operadores Cripto e os Radiotelegrafistas do Batalhão ou Companhia, coordenados por um Alferes ou Furriel de Transmissões, nada tinham a ver com o STM. Tinham como funções prepararem as mensagens segundo as directrizes superiores e traçarem o funcionamento do centro de mensagens e dos serviços dos Radiotelegrafistas e operadores Cripto colocados no Batalhão ou Companhia.

Justifica-se por isso a dificuldade em encontrar no blogue camaradas com quem tenha partilhado a comissão, por estarmos quase isolados, pelo reduzido número de camaradas e pela pouca permanência nos locais por onde passávamos. Mas ainda não perdi a esperança de ver aqui mais alguns entre os quais, pelo menos mais um dos 15 ou 16 magníficos que comigo partiram de Lisboa, Figo Maduro, em rendição individual no dia 15 que era já 16, mas acabou por ser 17 de Junho de 1972.

Um abraço para todos,
Belarmino Sardinha
1º Cabo Radiotelegrafista STM
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Nota de MR:

Vd. último poste do autor em:

Guiné 63/74 - P5543: Parabéns a você (59): José Pedro Neves, ex-Fur Mil Op Esp da CCAÇ 4745 (Editores)

1. Dois dias depois da comemoração do nascimento Jesus Cristo, está de parabéns o nosso camarada José Pedro Neves.
A Tabanca deseja ao Pedro um dia muito feliz, na companhia de sua esposa, filhos e demais família, com mais umas prendas a acumular às que recebeu pelo Natal.
Que esta data se renove muitas vezes, até porque estamos em presença de um jovem de 58 anos que não tem propriamente idade para um ex-combatente da Guiné.
Claro que o tempo cura tudo, e não tarda, estaremos a recebê-lo no grandioso grupo de Sexas.

2. Pedro Neves dirigiu-se à Tabanca a primeira vez em Outubro de 2008*, mas só em Dezembro** foi apresentado formalmente à Tabanca.


Aqui fica o registo escrito

Dados militares

Em Lamego:

- 1.º curso de 1973 (Instruendo do 1.º Grupo)
- Instrutor do 2.º curso de 1973 (1.º Grupo de Cadetes)

Guiné
- CCAÇ 4745 (Águias de Binta) - Companhia de Caçadores Independente, formada nos Açores - Ilha Terceira.
- BINTA, GUIDAGE, NEMA, FARIM, MANSOA, JUGUDUL, POLIBAQUE, PORTO-GOLE, BULA, NHAMATE, CAPUNGA, BINAR e outros arredores que já não lembro os nomes.

- Posto - Ex-Fur Mil Op Esp (RANGER)
- Nome - José Pedro Ferreira das Neves (56 anos) (Nome de guerra, Pedro
- Localidade - Lisboa


Mensagem do nosso camarada Pedro Neves, com data de 8 de Dezembro de 2008:

Caros Luis Graça e Carlos Vinhal:

Em primeiro lugar, o meu agradecimento ao Blogue, porque graças ao mesmo já encontrei um camarada da minha equipe, o Raúl do 1.º Curso de 1973, em Lamego e um 1.º Cabo Condutor da minha CCaç 4745, Águias de Binta, o Tomás Carneiro, natural e residente em S. Miguel, nos Açores.

Como devem calcular, só por isso já estou muito grato ao vosso magnifico trabalho e iniciativa de terem criado e dado vida ao nosso Blogue.

Agradeço que façam a minha inscrição no Blogue e em anexo as fotos, actual e do tempo em que éramos mais jovens. A diferença é visivel!!!

Aproveito a ocasião para desejar a todos os camaradas e seus familiares, votos de BOAS FESTAS!

Um abraço
Pedro Neves
ex-Fur Mil Op Esp

3. Pedro Neves deu-nos o prazer da sua presença no nosso último Encontro Nacional, da qual deixamos este testemunho, em que aparece acompanhado de sua esposa Ana Maria e do seu camarada Tomás Carneiro que se deslocou dos Açores propositadamente para se encontrar com ele.


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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 16 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3322: Tabanca Grande (92): José Pedro Neves, ex-Fur Mil da CCAÇ 4745, 1972/74

(**) Vd. poste de 9 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3588: Tabanca Grande (103): Pedro Neves, ex-Fur Mil Op Esp da CCAÇ 4745, Águias de Binta (Binta, 1972/74)

Vd. último poste da série de 23 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5525: Parabéns a você (58): Albano Costa, o Foto Gui...fões, Gui...daje (Luís Graça)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5542: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Novo Ano 2010 (22): Editores


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Parque Nacional de Cantanhez > Iemberém  > 9 Dezembro de 2009 > 15h50 > Fatango ou macaco fidalgo vermelho.

Foto: © João Graça (2009). Direitos reservados.


1. Votos de boas festas do Carlos Vinhal, em nome da equipa editorial do blogue, enviados a toda a rede da Tabanca Grande, em 23 do corrente:

Caros camaradas e amigos Tertulianos

Venho, em nome dos editores,  desejar que os nossos amigos tertulianos tenham um Natal em família com muita alegria. Também que o Novo Ano seja a concretização daquilo que 2009 deixou por fazer.

Saúde para todos, principalmente para os menos novos, e algum dinheiro para gastos. Amor, tanto quanto possível.

Em 2010 cá nos vamos aguentar rabujentos, como convém, mas sempre amigos e camaradas, porque estas qualidades nada as destruirá.

Um abraço colectivo que abranja todo o Portugal continental e Ilhas, a Suécia, a República Checa, a Holanda, a Alemanha, o Brasil, os EUA, o Canadá, a Guiné-Bissau e todos os países onde haja tertulianos na diáspora.

Para todos, tudo de bom.

Carlos Vinhal, em nome dos editores (*)

E-mail: carlos.vinhal@gmail.com

Co-Editor dos Blogues
Luís Graça & Camaradas da Guiné
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/
e
CART 2732
http://cart2732.blogspot.com/

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Nota de L.G. (em férias...natalícias):

(*) Vd. poste anterior desta série: 26 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5539: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Novo Ano 2010 (21): Padre Mário de Oliveira

Guiné 63/74 - P5541: Memória dos lugares (61): Mais notícias da Cart 2410 (2) (Luís Guerreiro)

1. O nosso Camarada Luís Guerreiro, ex-Fur Mil do 4.º Gr Comb da CART 2410 e mais tarde do Pel Caç Nat 65, Ganturé, 1968/70, e que desde 1971 reside em Montreal, no Canadá, enviou ao Luís Graça a seguinte mensagem:

Mais notícias da Cart 2410 (2)

Camaradas,

Envio mais algumas notícias da Cart 2410, com fotos de Ganturé e de Gadamael, aonde chegámos nos fins de Setembro de 1968.Em 21 de Junho de 1969, seguimos para Guileje, tendo eu, nessa altura, sido transferido para o segundo e o quarto grupos de combate.O resto da companhia ficou aí definitivamente colocada, no dia 26 do mesmo mês.

Além das fotos, envio também a lista dos militares que embarcaram no navio Uíge, em 11 de Agosto de 1968 (3 páginas), bem como a lista das operações que executamos e dos ataques que sofremos nestes dois aquartelamentos (2 páginas).

2. A mensagem enviada pelo Luís Guerreiro, trazia anexas 5 páginas e 16 fotografias, o que, para publicar num só poste, se tornaria demasiado “pesado” e pouco prático para “carregar” no blogue. Assim, partiu-se o material enviado em dois postes, tendo-se apresentado no poste P5540, a lista dos militares que embarcaram no navio Uíge, em 11 de Agosto de 1968 (3 páginas) e a lista das operações que executou a CArt 2510 e dos ataques que sofreram nos dois aquartelamentos (2 páginas).

Neste poste publicam as 16 magníficas e bem conservadas fotos:


7- Último almoço do quarto grupo de combate em Ganturé


8- Quarto grupo de combate


9- Gadamael

10- Gadamael

11- Gadamael, abrigo morteiro 81 mm

12- Cruzamento de Guileje, coluna de Gadamael , transporte obus 11,4 cm, em 19 de Março de1969

13- Coluna para Guileje, 19 Março de 1969

14- Coluna, subida depois do cruzamento 19 Março de1969

15- Coluna 19 Março de1969, obus 14 cm existente em Guileje

16- Guileje, granadas do obus 14 cm

17- Guileje, junto ao obus 14 cm, eu e Furriel Mourato (já falecido)

18- Visita do general Spínola a Gadamael, em T-shirt branca, é no nosso capitão Amilcar Cardigos

19- Visita do general Spínola às novas moranças em Gadamael

20- Cais de Gadamael, eu e o alferes Jerónimo

21- Gadamael, furriéis da Cart 2410 e do Pel.Fox 2085, comendo ostras e umas cervejas a acompanhar

22- Gadamael, messe de sargentos

Para a próxima começarei em Guileje.

Um abraço,
Luis Guerreiro
Fur Mil da CART 2410 e Pel Caç Nat 65

Fotos e legendas: © Luís Guerreiro (2009). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: