terça-feira, 17 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13300: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte XI: (i) a história de um acidente com uma viatura por causa do "enterro do bacalhau"; (ii) sonâmbulos e "apanhados do clima"; e, por fim, (iii) com minas e armadilhas não se brinca(va) (Avelino Pereira, madeirense)





1. Histórias da CCAÇ 2533 > Parte XI (Fur mil at inf, minas e armadilhas, 4º pelotão, Avelino Pereira, madeirense)

Continuamos a publicar as "histórias da CCAÇ 2533", a partir do livro editado pelo 1º ex-cabo quarteleiro, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia (115 pp. + 30 pp, inumeradas, de fotografias). Esta publicação é uma obra coletiva, feita com a participação de diversos ex-militares da companhia (oficiais, sargentos e praças).

A brochura chegou-nos às mãos, em suporte digital, através do Luís Nascimento (que também nos facultou um exemplar em papel e que, até ao momento, é o único representante da CCAÇ 2533, na nossa Tabanca Grande).

Temos autorização do editor e autores para dar a conhecer, a um público mais vasto de amigos e camaradas da Guiné, as aventuras e desventuras vividas pelo pessoal da CCAÇ 2533, companhia independente que esteve sediada em Canjambari e Farim, região do Oio, ao serviço do BCAÇ 2879, o batalhão dos Cobras (Farim, 1969/71).

Desta vez vamos publicar o restos dos  episódios, contados pelo fur mil Avelino Pereira, do 4º pelotão, madeirense, e  que correspondem às pp. 53/55.  (i) a história de um acidente com uma viatura por causa do "enterro do bacalhau"; (ii) sonâmbulos e "apanhados do clima"; e, çpor fim, (iii) com min as e armadilhas não se brinca(va).

Na foto que se publica em cima, o nosso camarada, pode facilmente identificar-se o nosso camaraada, o ex-1º cripto Luís Nascimento.










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Guiné 63/74 - P13299: E as nossas palmas vão para... (8): Nuno [José Varela] Rubim, autor de vasta obra sobre a nossa história militar, com destaque para "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580"

I. O Nuno José Varela Rubim,  de seu nome completo, ofereceu  à nossa Tabanca Grande 26 exemplares do seu último livro "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol. 2: Navios e Embarcações" (Lisboa: Falcata Editortes, 2013, 210 pp, ilustrado).

Foram praticamente contemplados todos os grã-tabanqueiros que manifestaram interesse, entre 23 e 31 de maio último, em obter um exemplar autografado do livro. Trata-se de uma obra original, de grande erudição, profusamente ilustrada (135 figuras e desenhos, a grande maioria a cores) que nos honra a todos nós, e que vem enriquecer a nossa historiografia militar. Aqui vai a lista dos felizardos que foram contemplados com um exemplar autografado:


1, António Carvalho (Gondomar)

2. António Fernando Marques (Cascais)

3. António José Pereira da Costa (Mem Martins / Sintra)

4. António José Ribeiro Sampaio (Leça da Palmeira /Matosinhos)

5. António Manuel Sucena Rodrigues (Oliveira do Hospital)

6. António Santos (Caneças / Odivelas)

7. Carlos Jorge Pereira (Lisboa)

8. Carlos Pedreño Ferreira (Lisboa)

9. Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos)

10. Eduardo Jorge Ferreira ( Vimeiro / Lourinhã)

11. Eduardo Magalhães Ribeiro (Maia)

12. Francisco Batista (Porto)

13. Francisco Silva (Porto Salvo / Oeiras)

14. Humberto Reis (Alfragide / Amadora)

15. João Martins (Lisboa)

16. Joaquim Nunes Sequeira (Colares / Sintra)

17. José Martins (Odivelas)

18. Júlio César (Vizela)

19. Júlio Costa Abreu (Holanda)

20. Luís Graça (Alfragide / Amadora)

21. Luis R Moreira (Mem Martins / Sintra)

22. Manuel Resende (Cascais)

23. Mario Beja Santos (Lisboa)

24. Miguel Pessoa (Lisboa)

25. Ricardo Almeida (Viseu)

26. Virginio Brote (Lisboa)

Observ. do editor: Se alguém quiser agradecer pessoalmente ao autor, terei todo o gosto em fornecer, em privado,  o seu endereço de email. Como pessoa modesta que é, o Nuno Rubim disse-me expressamente que não está à espera que lhe agradeçam. Ofereceu estes exemplares como todo o gosto e na sua qualidade de grã-tabanqueiro que se quis associar também à celebração do nosso 10º aniversário.  Os felizes contemplados com este 2º volume, podem fazê.lo, publicamente, escrevendo duas linhas na caixa de comentário deste poste. Todos os autores gostam, de resto, de receber "feedback" dos seus leitores.


II. Mensagem de Nuno Rubim, nosso grã-tabanqueiro da primeira hora, cor art ref, com data de 11 do corrente:


Caro Luís

Conforme o prometido junto envio os meus projectos de livros sobre acontecimentos da nossa história militar que eu pensei ( ingenuamente ...) que poderiam ser editados algum dia ....

Pura ilusão ! Neste nosso triste país só se lê (e muito pouco ... ) romances de cordel, assuntos relacionados com futebol, "bisbilhotices" e pouco mais .... E a TV cobre o restante das necessidades "culturais" em matéria de ocupação do tempo ....

Não só nunca recebi um tostão sequer dos direitos de autor sobre os meus livros, como terei dispendido mais de 6000 € nas suas impressões. E praticamente muitíssimo poucos exemplares foram colocados em livrarias ou outros locais de venda ao público em geral ...

Abraço, Nuno Rubim

Amexo - Preâmbulo ao Volume 1 – Geografia e Viagens

III. Preâmbulo à obra "A organização e as operações militares portuguesas no 
Oriente, 1498-1580:Volume 1 – Geografia e Viagens"

A ideia de redigir o presente livro surgiu ...

Como dizia o meu Pai, Oficial oriundo da Arma de Artilharia e Engenheiro de Armamento, Professor Catedrático de Balística na Escola do Exército e fundador e depois Comandante do novo Campo de Tiro de Alcochete, Coronel Nuno Guilherme Roriz Rubim,: “afinal estás a escrever um livro, que prevês de apreciável dimensão para responderes às tuas próprias dúvidas...”. Respondi-lhe que acreditava que assim devia acontecer com a maioria dos autores que investigam e publicam obras de divulgação, seja em que disciplina for...

O autor deu-se então, naturalmente, conta das dificuldades que se colocavam na realização de um projecto desta natureza, dada a grande envergadura prevista. Procurou pois obter apoios de entidades que pudessem subsidiar em parte a obra com vista a facilitar a(s) pesquisa(s) a efectuar. Apoios esses que julgava que viessem a proporcionar algum retorno financeiro, já que essas entidades seriam as próprias editoras dessa obra.

E assim o tentou propondo sucessivamente ao longo do ano de 1995 um projecto de edição e respectivo apoio na investigação, ao Exército Português, à Fundação Oriente e à Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Nenhuma destas entidades mostrou qualquer tipo de interesse e nem sequer procurou estabelecer um contacto personalizado que pudesse proporcionar um melhor esclarecimento da questão.

Mais tarde o Exército viria a comparticipar parcialmente na edição do presente volume e a
Fundação Oriente em outra publicação sobre a defesa costeira do Tejo e Sado.

Perante este quadro o autor não viu outra alternativa senão a de desenvolver a sua investigação, naturalmente limitada, que teria pois de ser efectuada apenas à sua própria custa, sem apoio de quem quer que fosse.

E assim teve forçosamente de restringir a sua pesquisa aos arquivos portugueses, embora a Internet viesse algo mais tarde trazer alguma mais-valia de certo modo assinalável no que se refere à consulta de algumas fontes estrangeiras, na obtenção de dados vários e de alguns ( muito poucos ) textos e imagens digitalizadas já no domínio público.

Durante vários anos sempre foi motivo da sua constante preocupação o que fazer dessa vasta documentação adquirida e produzida ao longo de vários anos, armazenada digitalmente no seu computador e em várias pastas de arquivo.

A que se acrescem, com grande mágoa sua, mais dois importantes trabalhos sobre história militar portuguesa, de grande dimensões, que o autor não vislumbra hipóteses de alguma vez virem a ser publicados, um sobre as operações militares no Sul de Angola, final do Séc. XIX – início Séc. XX, outro sobre a guerra colonial na Guiné, 1963 (na realidade 1961 ) – 1974, guerra essa na qual o autor participou durante quatro anos.

E ainda dois estudos de menores dimensões, um sobre tecnologia militar em Portugal e outro sobre as unidades auxiliares Romanas recrutadas no que é hoje o território de Portugal.

Todos esses trabalhos, a exemplo do presente livro, englobam uma extensa componente iconográfica, imagens de variada origem, fotografias, desenhos, planos, etc…. a p/b e cor.

IV- E as nossas palmas vão para ele, Nuno Rubim (**) não só pela sua generosidade e companheirismo, como pelo seu currículo como investigador e estudioso das coisas da nossa história militar (***).
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Notas do editor:



(**) Último poste da série > 7 de junho de  2014 > Guiné 63/74 - P13252: E as Nossas Palmas Vão para... (7): José Carmino Azevedo, autarca de Vila Frechoso, Vila Flor, que quis doar à Tabanca Grande 0,5% do seu IRS de 2013... Que gesto magnânimo!!!... Infelizmente não temos estatuto jurídico...nem sequer número de identificação fiscal (NIF) e, como tal, não existimos face ao Estado Português...

(***) NunoRubim > CV abreviado

1. Coronel art ref, licenciado em Ciências Militares, com os cursos de: (i)  "Geral de Comando"
 e Estado-Maior"; (ii) Comandos";  (iii) "Minas e Armadilhas"; e (iv) Criptólogo AFD: fez 4 comissões no Ultramar, Moçambique, Angola e Guiné (aqui duas vezes, como capitão):

2. Chefe da Secção de Estudos do Museu Militar de Lisboa, 1981-1984.

3. Organizou a Exposição “Armas em Portugal – Origem e Evolução”, no Museu Militar de Lisboa, tendo elaborado o respectivo catálogo.

4. Fez parte do grupo restrito que planeou e instalou a “Exposição Nacional Comemorativa do 6º Centenário da Artilharia Portuguesa”, que esteve patente ao público no Museu Militar do Porto, de Julho a Setembro de 1982, elaborando parte do respectivo catálogo.

5. Adjunto do Centro de Estudos da Direcção do Serviço Histórico - Militar, 1984 -1986.

6. Organizador do 1º Curso de Museologia Militar, no âmbito da DSHM, 1985.

7.  Planeou e dirigiu a execução da exposição “Artilharia Histórica Portuguesa Fabricada em Portugal”, patente ao público no Museu Militar de Lisboa, desde Junho de 1985, sendo autor da respectiva memória histórica .

8. A convite do Exmo. Presidente da respectiva Comissão, realizou trabalho de investigação e posterior instalação da artilharia embarcada a bordo da Fragata “D. Fernando II e Glória”, tarefa iniciada em 1991 e que se prolongou até 1998.

9. De Dezembro de 1991 a Junho de 1993, a convite do então IPPAR, desenvolveu um estudo técnico-militar sobre a Torre de Belém, abrangendo o período que decorreu desde a sua construção até à data da sua desactivação como fortaleza de defesa costeira, entregando nessa última data um pormenorizado relatório.

10. Proferiu, no ano lectivo de 1991-1992 e a convite da Comissão Científica de História da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, uma série de 16 conferências, no âmbito do Mestrado sobre “Os Descobrimentos e a Expansão Portuguesa”, que abordaram disciplinas como a Náutica, a Construção Naval, a Artilharia, a Fortificação, a Organização e Táctica militares.

11. Em conjunto com uma equipa, englobando Oficiais de Artilharia e Docentes Universitários, planeou, coordenou e participou nos trabalhos que levaram à criação do Museu da Escola Prática de Artilharia, aberto ao público em Vendas Novas no dia 4 de Dezembro de 1992. Tem continuado aí a sua colaboração, dirigindo a implementação das seguintes Exposições: (i) Operações; (ii) A Defesa Costeira antiga (Portugal, sécs. XV-XVI)

12. Conferencista convidado, no âmbito do 1º Curso de História Militar, Fórum da Maia, Fevereiro de 1993.

13. Comissário Técnico, convidado pela “Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses”, para os aspectos militares da Exposição “A Paz e a Guerra na Época do Tratado de Tordesilhas”, realizado em Burgos, Espanha, em Setembro de 1994, tendo elaborado a notícia histórica, o desenho à escala de un Galeão que possibilitou a feitura de um modelo, em corte, à escala 1:10, e executando ainda os modelos, também à escala, do tipo de peças que guarneciam esse navio, São Diniz, Almirante no Índico na 2ª década do Séc. XVI. Realizou ainda todos os estudos técnicos, englobando desenhos, que possibilitaram a feitura de um filme de animação, em vídeo, sobre o tiro de artilharia na transição dos Sécs. XV / XVI.
14.  Professor convidado, Regente da Cadeira de História Militar, Academia Militar, no ano lectivo de 1998 – 1999.

15. Colaborador científico convidado, para os aspectos relacionados com as armas de fogo no período medieval, Exposição “Pera Guerrejar”, no âmbito do Simpósio Internacional sobre Castelos, que decorreu em Palmela de 3 a 8 de Abril de 2000.

16. Responsável pela reconstituição histórico-militar do Forte de Oitavos, à data de 1796, (CM-Cascais), cujos trabalhos decorreram entre 1999 e 2001.

17. Tem proferindo comunicações, conferencias e palestras, sobre temas relacionados com a história militar (incluindo a naval ) nas Universidades de Lisboa e Coimbra (no âmbito de Mestrados ), Escolas Secundárias e outros organismos nacionais.

18. Tem publicados os seguintes trabalhos:

- “As origens da Artilharia Piro-Balística”, Revista de Artilharia, Nov-Dez 1977;
- “Falcões Pedreiros”, Bulletin, Early Sites Research Society, Vol. 10, Nº 2, Dec 1983, Mass., USA:
- “Sobre a possibilidade técnica do emprego de Artilharia na Batalha de Aljubarrota”, Revista de Artilharia, Jan-Fev 1986;
- “A Artilharia Portuguesa nas Tapeçarias de Pastrana –A Tomada de Arzila em 1471”, Separata da Revista de Artilharia, 1987;
- “Algumas Questões sobre as Munições de Artilharia de Alma Lisa”, in “Bombardeiro, Boletim Nº 15 do RAC, Nov 1989;
- “D. João II e o Artilhamento das Caravelas de Guarda-Costas-o Tiro de Ricochete Naval”, Separata da Revista de Artilharia, 1990;
- “A Investigação Histórico-Militar Contemporânea em Portugal –Algumas achegas”, Revista de Artilharia, Nov- Dez 1990;
- “A Artilharia em Portugal na segunda metade do século XV in “A Arquitectura Militar na Expansão Portuguesa”, CNCDP, Porto, 1994;
- “Estudos sobre Artilharia Antiga –I / A Torre de Belém, Revista de Artilharia, nos 835-836, Mar-Abr 1995;
- “Estudos sobre Artilharia Antiga –II / Uma Experiência Artilheira ‘Sui Generis’”, Revista de Artilharia, nos 878 a 880, Out a Dez 1998;
- “A Artilharia antes da Utilização da Pólvora”, em colaboração com o Engenheiro Tércio Machado Sampaio, Separata da Revista de Artilharia, Jul 2000;
- “Novo conjunto de Tapeçarias de D. Afonso V na Igreja de Pastrana em Espanha “, edição do autor, Lisboa 2005;
- “Notas sobre os Armamentos Marroquino e Português nos Séculos XV e XVI”, Boletim do Arquivo Histórico Militar nº 66, 2004 – 2005;
- "O Butão revisitado", em colaboração com o dr.Carlos Guímaro (2007);
 -"A defesa costeira dos estuários do Tejo e do Sado desde D. João II (2011);
- "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol. 1: Geografia e Viagens" (2012);
- "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol. 2: Navios e Embarcações" (2013).

Guiné 63/74 - P13298: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (36): Parabéns, Juvenal Amado, pelo dia de hoje em que fazes anos e pelo sábado, em que vais casar a tua filha... Que ela seja a noiva mais feliz do mundo e que tu sejas o pai mais babado... Lembrando aqui a nossa máxima segundo a qual "os filhos dos nossos camaradas... nossos filhos são".


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  .

"Não venhas tarde!... foi o pedido que fez a esposa do Juvenal Amado (em cima, na foto) quando ele deixou Fátima, ali ao lado, e veio para mais um encontro da malta do nosso blogue... É que o nosso camarada tem uma filha para casar, a sua Vanessa, no próximo dia 21... E se ele há coisa mais stressante para um pai (e uma mãe) são  os preparativos do casamento de um filho ou de uma filha...

Eu vim-me embora com a Alice, a caminho de Leiria onde pernoitei, já deviam passar das 22 horas... E o Juvenal ainda lá ficou com um grupinho simpático de hóspedes, a falar da guerra que, afinal, ainda não acabou... Na mesa, estavam o António Martins de Matos, o Miguel Pessoa, a Giselda, o J. Mexia Alves, ele, eu... E por ali perto, o Carlos Vinhal, o Francisco Batista, e outros participantes do encontro que pernoitavam  no hotel.

Falávamos da operação  Trampolim Mágico, em fevereiro de 1972, em que  as NT ( a malta de Bambadinca e de Galomaro, mais os páras da CCP 123, a FAP, a marinha...)  fizeram um operação conjunta, com desembarque anfíbio, percorrendo o Rio Corubal e a sua mítica margem direita, voltando a entrar, 3 anos depois da Op Lança Afiada,  em "santuários" do PAIGC como a mata do Fiofioli.

A gente perde-se quando  volta a evocar estes sítios da guerra onde todos demos e levámos porrada, o sector L1, o triângulo Xime-Bambadinca-Corubal, o Sector L5, Galomaro, Dulombi, Saltinho...

Desta vez mal tive tempo de falar com o nosso bom amigo e camarada Juvenal Amado que, ainda para mais, faz hoje anos. 145 cabeças a dividir por 540 minutos (que é no máximo o tempo útil que a gente tem num encontro como este para conversar com a malta) dão menos de 4 minutos de atenção a cada um...

Quero aqui, a talhe de foice, lembrar outros encontros em que o Juvenal Amado esteve presente,  com a sua simpatia,  bem, como outros camaradas, que nos são igualmente queridos, e que desta vez não quiseram ou não puderam estar presentes.  O Juvenal, se não é totalista, esteve em quase todos os nossos encontros, que se realizam já desde 2006.

Parabéns, camarada e amigo (*)... Desejo-te muita saúde, longa vida e algum patacão para os trocos. À tua patroa, direi que, à laia de pedido de desculpa, que  um camarada nunca chega tarde a casa quando está, sentado,  à sombra do poilão da Tabanca Grande, em amena conversa com os amigos e camaradas da Guiné, partilhando memórias e afetos, (Registo, com apreço, o facto de o Juvenal ter vindo ao nosso IX Encontro Nacional, a uma semana da  festa da sua filha!).

Desejo-te um dia e uma semana cheia de alegrias. E que no sábado, 21, tu e a tua esposa sejam os mais felizes do mundo, e que a tua Vanessa seja a noiva a mais bonita da Tabanca Grande... Estamos lá, em espírito contigo e a tua família, porque afinal os filhos dos nossos camaradas... nossos filhos são! (**)

Foto: ©  Manuel Resende (2014) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  O Juvenal Amado, ao centro, tendo à sua direita,o "comandante" Jorge Rosales, o "régulo" da Tabanca da Linha.

Foto: ©  Miguel Pessoa (2014). Todos os direitos reservados.



VI Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > O Juvenal Amado (Fátima / Ourém), em amena cavaqueira com o casal José Brás e esposa (Montemor-o-Novo)

Fotos: © Mário Bravo (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.
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(**) Último poste da série >  16 de junho de  2014 >  Guiné 63/74 - P13295: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (35): a missa celebrada na igreja de Monte Real, por intenção de todos os nossos camaradas já falecidos, incluindo o António Rebelo (1950-2014), vítima de morte súbita na véspera do nosso convívio (Fotos de Manuel Resende e Rui Silva)

Guiné 63/74 - P13297: Parabéns a você (749): Juvenal Amado, ex-1.º Cabo Condutor Auto do BART 3872 (Guiné, 1971/73)

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Nota do editor

Último poste da série de 10 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13264: Parabéns a você (748): Alcides Silva, ex-1.º Cabo Estofador do BART 1913 (Guiné, 1967/69)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13296: Notas de leitura (601): O Estado-Maior do Exército apresenta a Guiné, em 1969 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 16 de Dezembro de 2013:

Queridos amigos,
Durante uma escavação na Feira da Ladra encontrei esta brochura que tinha o grau de “reservado”, pode admitir-se que teria como destinatário certos níveis do oficialato. Quem a elaborou, teve acesso a dados fidedignos, romanceou com certa dose de caricatura ou, talvez, para intimidar. Há para ali inverdades que assombram, fala-se em extorsão de arroz em toda a Guiné mas marca-se um completo silêncio sobre a existência das bases do PAIGC e da sua população apoiante, em 1969 ainda se vendia o receituário que os guerrilheiros do PAIGC batiam e fugiam, não tinham qualquer controlo sobre o território.

Um abraço do
Mário


O Estado-Maior do Exército apresenta a Guiné, em 1969

Beja Santos

Queixei-me várias vezes que fui para a Guiné, em 1968, sem me ter sido disponibilizado qualquer informação sobre o teatro de operações. Ali chegado, nenhuma documentação me foi entregue, aprendi de ouvido, de ver mapas, a palmilhar, como todos escutei relatos, muitos deles de carácter fantasioso. Acontece que o SPEME (Serviço de Publicações do Estado-Maior do Exército) elaborava brochuras não sei para que destinatário apresentando um cenário com vários porquês sobre o conflito. Na brochura que acabo de adquirir, pode ler-se como explicação, datada de agosto de 1969: “Para podermos enfrentar o inimigo, é necessário conhecê-lo. E para isso não basta saber o que ele é atualmente. É preciso remontar ao início dos acontecimentos e recordar as suas causas, as primeiras manifestações, a evolução que se verificou, a doutrina adotada, a ideologia em que se filiou a ação subversiva, e os objetivos que ela pretende alcançar. É essa a finalidade deste trabalho: conhecer o problema da Guiné portuguesa para mais conscientemente o podermos enfrentar”.

A brochura arranca com os partidos políticos, e de imediato surge uma inverdade: “Os movimentos subversivos da Guiné portuguesa datam de 1952, ano em que foi criado na clandestinidade, por Amílcar Lopes Cabral, um Movimento para a Independência da Guiné”. Como é sabido, em finais de 1952, Cabral desembarca em Bissau para trabalhar, nunca pertenceu ao MING, os estudiosos mantêm-se céticos quanto ao MING. Sabe-se que Cabral quis fazer aprovar os estatutos de uma associação, que foram indeferidos. Não se lhe conhece qualquer atividade partidária, só participação em conciliábulos. Refere-se a seguir os acontecimentos que marcaram a independência da República da Guiné e do Senegal e com esses acontecimentos influíram na formação de partidos políticos. A relação enunciada é correta, incluindo o facto que a maioria destes movimentos de caráter independentista apostava numa Guiné para os guineenses. Outra inverdade é a tentativa de assassinato de Amílcar Cabral em 1957 em Koundara (República da Guiné), nessa altura Cabral trabalhava em Angola, nunca tinha ido a estas paragens africanas. Mas em 1967 houve de facto uma tentativa de assassinato na região de Madina do Boé. É também verdade que fracassaram todas as tentativas de união da FLING com o PAIGC.

Refere a brochura que a subversão se iniciou em 1956 entre as etnias Nalu e Balanta e, em 1958, registaram-se greves em Bafatá. Não houve subversão nenhuma neste tempo. Segue-se uma deturpação: Cabral seria um cabo-verdiano de mãe Manjaca, Cabral nasceu em Bafatá em 1924 e era filho de um casal de cabo-verdianos. Os elementos seguintes são fidedignos: Cabral transfere-se para Conacri em 1960, as sabotagens do PAIGC desencadeiam-se no Sul da Guiné na noite de 30 de junho para 1 de julho e o primeiro ataque a um aquartelamento foi em janeiro de 1963. É igualmente verdade que o PAIGC criou as FARP em 1964. Apresenta-se um dado interessante referente à subversão na região do Gabu, em 1965: “O assalto aos Fulas iniciou com ações no Boé, vindas da República da Guiné, ao mesmo tempo que o Nordeste era atacado por grupos vindos do Senegal. Béli e Madina do Boé, Pirada, Canquelifá e Copá são exemplos de povoações violentamente atacadas por fortes grupos armados infiltrados dos territórios vizinhos”.


O SPEME explica a diferença entre o PAIGC e os outros movimentos de libertação: o PAIGC fez uma preparação inicial dos espíritos, aliciou os mais evoluídos da área de Bissau, passando em seguida a várias etnias que se mostravam recetivas à subversão. Somente depois de ter conseguido a adesão de vários povos e de os ter preparado psicologicamente, se lançou na luta armada.

O PAIGC é apresentado como marxista-leninista, tem os seus campos de treino na República da Guiné, os armamentos que lhe são facultados chegam através dos portos de Conacri e Boké. E revelam-se as principais instalações na Guiné e no Senegal em que se apoia o PAIGC. Segue-se uma prosa delirante: “Os apoios dados ao PAIGC têm como é óbvio uma contrapartida. Assim, a República da Guiné pretende a península de Cacine; a China, instalação de chineses para exploração de petróleo e a instalação de uma base militar; a Rússia, exploração de minérios, facilidades para pesca na Guiné e em Cabo Verde e ainda a instalação de bases militares em ambas as Províncias, o que lhe permitia o controlo do Atlântico Sul”. É conhecido por todos que em 1969 o conflito sino-soviético atingira o não-retorno, era inconcebível que chineses e soviéticos estivessem a partilhar recursos no mesmo espaço.

É correta a apresentação feita sobre a organização e a atividade militar do PAIGC, está ali todo o armamento usado. Mas dá-se também explicações cómicas sobre os recursos alimentares do PAIGC: “A alimentação é obtida em grande parte na Província, por extorsão, das populações sob duplo controlo ou sob seu controlo, deixando ao agricultor uma parte mínima da colheita. As recolhas são feitas em armazéns do povo nos quais têm de montar guardas para evitar desvios. Os excedentes de arroz, alimento principal, são exportados para a República da Guiné onde parte é consumida pelos elementos do Partido ali instalados e o restante vendido para a obtenção de divisas”.


Segue-se um enquadramento da propaganda do PAIGC: participação de Cabral em conferências, entrevistas e declarações. A mentalização é caracterizadamente comunista, é levada a cabo pelos comissários políticos. E faz-se uma conclusão: “A guerra que o PAIGC nos move é uma guerra dura. No entanto, as tropas portuguesas – metropolitanas ou da própria Província – ocupam todo o território e embora com certas dificuldades em algumas zonas, movimentam-se em todo ele. Em todo o território continuam a existir populações fiéis às autoridades ou juntos dos quartéis ou isoladas, constituídas ou não em autodefesa, conforme as zonas”. E surge a mensagem final: “Muitos dos povos da Guiné compreenderam que as intensões do PAIGC mais não são do que separar a Guiné de Portugal e que dessa separação resultaria a sujeição a estrangeiros, sejam eles russos, chineses ou os países vizinhos mais poderosos. Por terem compreendido estas verdades, milhares de naturais da Guiné colaboram na defesa da Província, estabelecem guardas a quartéis, montam operações contra os terroristas, batem-se com heroísmo e abnegação não só nas unidades de milícia que abundam em toda a Província, como também nas unidades militares”.

Fico a cismar quem seriam os destinatários da brochura, que se visava com este tipo de informações, entremeando o verosímil com o anedótico e o francamente inverídico. Pode mesmo supor-se que o autor tinha boas bases factuais, uma imaginação fácil e provinha da escola em que uma boa mensagem sob a firmeza dos nossos propósitos devia vir acompanhada de uma certa propaganda para o exterior, em que nunca por nunca ser os guerrilheiros tinham poiso assente no interior da Guiné.
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Nota do editor

Último poste da série de 13 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13277: Notas de leitura (600): A africanização na guerra colonial: o caso da Guiné (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P13295: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (35): A missa celebrada na igreja de Monte Real, por intenção de todos os nossos camaradas já falecidos, incluindo o António Rebelo (1950-2014), vítima de morte súbita na véspera do nosso convívio (Fotos de Manuel Resende e Rui Silva)



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real, às 11h30, conforme o programa.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real, celebrada pelo padre Patrício Oliveira, vigário paroquial da Marinha Grande.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real >  O Manuel  dos Santos Gonçalves (Carcavelos / Cascais).


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real >  O Joaquim Mexia Alves (Monte Real / Leiria), membro da Comissão Organizadora


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real > O celebrante, vigário paroquial da Marinha Grande 


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real > O Joaquim Luís Fernandes (Maceira / Leiria).



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real >  Aspeto parcial da assistência > Em primeiro plano, a Isaura Serra, mulher do Manuel Resende, e a sua mãe Palmira Serra, de 95 anos. Em segundo plano, à esquerda, o nosso camarada Joaquim Luís Fernandes (Maceira / Leiria). E à direita  na ponta, o Joaquuim Mexia Alves.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real > À saída da igreja, dois camaradas da 3ª CART /BART 6520/72 (Fulacunda, 1072/74), o Jorge Pinto (ao meio, de camisola vermelha, entre o Joaquim Jorge e o Eduardo Jorge Ferreira), e o José Louro (de perfil, no lado direito) que deveriam ter trazer com eles o António Rebelo,  também da mesma companhia, e que infelizmente foi vítima de morte súbita, no passado dia 10 do corrente.

Fotos: © Manuel Resende  (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real >  Aspeto geral da assistência (1).


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Missa na igreja paroquial de Monte Real >  Aspeto geral da assistência (2).

Fotos: © Rui Silva  (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]


1. Um dos momentos de grande recolhimento, espiritualidade e solidariedade,  neste  nosso encontro, foi a missa celebrada às 11h30 na igreja paroquial de Monte Real,  pelo jovem vigário paroquial  da Marinha Grande, padre Patrício Oliveira, de 29 anos, e amigo do Joaquim Mexia Alves, da comissão organizadora, e que é também seu paroquiano.

Devemos ao padre Patrício e ao Joaquim o privilégio deste momento. O ato religioso teve a assistência de numerosos camaradas nossos e seus acompanhantes. Publica-se a seguir dois textos, da autoria do Joaquim Mexia Alves, e que foram lidos no decorrer da celebração litúrgica.


INTENÇÕES DA MISSA

Esta Eucaristia é celebrada pelas seguintes intenções:

(i)  por todos aqueles nossos camaradas de armas que faleceram na guerra do Ultramar:

(ii) por todos aqueles que lutaram contra nós e faleceram na mesma guerra;

(iii) por todos os civis inocentes que morreram nessa guerra; 

(iv) por todos aqueles nossos camaradas de armas que faleceram já depois do seu regresso a casa; 

(v) por todos aqueles que de alguma maneira ainda sofrem por causa da guerra; 

(vi) pelas nossas famílias, e as famílias de todos aqueles que combateram na guerra do Ultramar;

(vii) muito especialmente ainda pelo nosso camarigo António Rebelo e sua família, que, estando inscrito para este nosso encontro, faleceu repentinamente no dia 10 de Junho.


ACÇÃO DE GRAÇAS

Senhor, somos ex-combatentes que serviram a sua Pátria.

O que fizemos de bem e o que fizemos de mal, colocamos nas tuas mãos, agradecendo-te pelo bem e pedindo-te perdão pelo mal.

Nós Te damos graças, Senhor, pelo dom da amizade, que colocas em todos nós, irmanados num mesmo sentir, porque vivemos as mesmas experiências.

Nós Te damos graças, Senhor, pelas famílias que nos deste e nos sabem acolher no dia a dia, às vezes com dificuldades, por causa das marcas de guerra que alguns de nós ainda vivem.

Nós Te damos graças, Senhor, porque ao fazermos a guerra percebemos bem melhor a importância do dom da paz.

Nós Te damos graças, Senhor, porque hoje “tocaste a reunir” e nós aqui estamos, reunidos à tua volta, pedindo-te que nos ensines e ajudes a sermos sempre testemunhas e proclamadores da paz, para que os homens se amem, como Tu, Senhor, nos amas.

Amen.

2. Comentário de L.G.:

Joaquim: tive pena de não ter conhecido pessoalmente o teu jovem vigário paroquial, mas fica aqui, no blogue, uma palavra de apreço pela sua preciosa colaboração neste evento, em que celebrámos também 10 anos de camarigagem (como tu gostas de dizer, usando um palavra nova, da tua autoria, e que nós já grafámos no léxico da Tabanca Grande).  Dá-lhe um alfabravo nosso, dos grandes, e diz-que eu, pessoalmente,  lhe desejo as melhores venturas para a sua carreira sacerdotal e para sua missão espiritual.

Obrigado também pela  oração que me mandaste, que, não tendo estado presente na missa,  li agora com emoção e que te agradeço do fundo do coração. Obrigado também em nome dos camaradas do António Rebelo, da 3ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74), presentes no nosso encontro e na missa, o Jorge Pinto e o José Miguel Louro. Obrigado em nome de todos nós, grã-tabanqueiros, membros da Tabanca Grande. 
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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P13294: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (34): Embora ausente, estive presente, de alma e coração, com todos vós, em Monte Real… Aquele abraço, até ao próximo (J. L. Mendes Gomes, Berlim)



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Foto de família, tirada pelo nosso herói de Guileje, Miguel Pessoa, ex-ten pilav Miguel Pessoa (Bissalanca, BA 12, 1972/74), o primeiro piloto a ser abatido, no seu Fiat G-91, pelo míssel terra-ar Strela, em 23 de maio de 1973. Ferido e resgatado, foi evacuado para a metrópole e voltou para o TO da Guiné para completar a sua missão de serviço. É hoje cor pilav ref e está casado com a srgt enfermeira paraquedista Giselda Pessoa, a única camarada (no femininio) que esteve presente no nosso encontro.

Foto: © Miguel Pessoa (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]
 

1. Do nosso camarada e poeta Joaquim Luís Mendes Gomes... (Texto originamente publicado na página‎ do Facebook da Tabanca Grande Luís Graça, hoje, logo pela manhã cedo):


Em honra do grande encontro
Dos heróis de Monte Real


Grande largada…

Vieram de todos lados.
Festivos. Saudosos.
Com suas mulheres.
Seus amigos.
De cores garridas,
Joviais.

Como se ainda fossem praças.
Servindo naquela guerra.
Que brotou
Da honra.
Vitimou vidas,
Semeou a morte.
Por uma causa justa.

Assim o sentiam,
Bem no fundo,
Todos,
Senão fugiam.

Uns dois anos das suas vidas
De jovens,
Ao raiar da idade.

Correndo bolanhas,
Saltando minas,
Ouvindo a metralha
Ao perto e de longe.

Arrostaram a morte,
Tantas vezes.

Não zarparam…
E voltavam sempre.

Bons compnheiros,
Irmãos para sempre.

E depois, no fim,
Todos felizes,
Triunfais,
Subiram para o barco
Da livração total.

Desceram o Geba.
Entraram no mar.

Se estava bravo ou manso,
Nada importava.
Podia até ir ao fundo.
O dever cumprido!...

Suas almas vibravam tanto,
O barco dançava com eles.
Óh que folia!

Em cinco dias,
Cruzaram a distância,
E, milagre!,
Pela manhã dum dia,
Ali estava o Tejo, largo e doce,
De braços abertos,
Para os receber.

Vieram subindo.
Cascais. Carcavelos.
Trafaria ao lado.
A Sintra lá longe.

E, no fim a Ponte
Que era Salazar…
Homem potente
E vertical, impoluto,
Embora imperfeito…

Veio à janela,
Cheia de gente,
Batendo as palmas,
Esvoaçando lenços.

Seus corações bailavam no peito,
Tanta alegria…

Heróis reais!.

E veio o Cais da Rocha.
Tão lentamente,
Como o fora à partida.

Uma explosão sem fim,
Ao atracar as amarras.

As escadas subiram.
Fizeram caminho
Para a recepção final…

Foram tantos abraços,
Beijos às cores.
De filhos com pais.
Mulheres, com filhinhos....

Correram lágrimas.
O Tejo cantou,
Com tantas!…

E, sem se dar conta,
Era o regresso à base,
Donde tinham partido!

Depois, a debandada geral.
A dispersão.

A chegada às famílias…
Outro momento
De alegria sem fim.
O cheiro da casa.
O abraço das gentes
Que nos viram crescer…
Rezaram por nós…

Oh Meu Deus!
E Vós os ouvistes!
Senão não estaríamos aqui.

Daí para a frente,
Outra guerra começou.
Muito pior.
Cheia de incertezas.
Uma luta tremenda.

Cada um por si,
Subiu,
Subiu, a pulso,

Uma escada sem fim.
Até um lugar ao sol.

E vieram as noivas
E vieram os filhos.

Uma luta feroz
A jorrar de amor.

E os tempos correram.
Tão velozes.

Foram somando…
Somando…

Até que, um dia,
O grande encontro,
Para muitos, primeiro,
Depois de meio século.

A sensação real,
Era de que o que os reunia ali,
Acontecera ontem…

E cada um conte, de si,
O que lhe foi na alma.

Bendita a hora
Em que tão feliz ideia nasceu.

Ouvindo Rimski-Korsakov: Scheherazade

Berlim, 16 de Junho de 2014,
6h25m
Joaquim Luís Mendes Gomes

Embora ausente, estive presente, de alma e coração, com todos vós, em Monte Real…
Aquele abraço, até ao próximo.
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Nota do editor:

Último poste da série > 16 de junho de  2014 > Guiné 63/74 - P13293: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (33): Monte Real, 14 de junho: novos e velhos amigos, nas fotos do Rui Silva

Guiné 63/74 - P13293: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (33): Monte Real, 14 de junho: novos e velhos amigos, nas fotos do Rui Silva


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > > O reencontro de 3 amigos e vizinhos do oeste estremenho: da esquerda para a direita, Joaquim Jorge Jorge, de Peniche, e o Luís Graça e o Eduardo Jorge Ferreira, da Lourinhã. O Joaquim Jorge é a primeira vez que vem ao nosso encontro e vai para entrar para a nossa Tabanca, logo que nos mande uma foto da tropa.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > > Da esquerda para a direita, o Carlos Alberto Pinto (Reboleira / Amadora), o Manuel Joaquim (Agualva / Sintra) e o José Saúde (Beja).


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Sejam bem vindos, camaradas! O Carlos Vinhal, sob o olhar da Dina Vinhal e da Regina Teresa (, esposa do Rui Silva), dá um valente alfabravo ao Jorge Rosales... Em segundo plano, o Hélder Sousa com o camarada José Nunes Francisco, emigrado no Luxemburgo, que veio pela primeira vez ao nosso Encontro por iniciativa de sua filha Graça Nunes.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  É bom vê-los e tê-los de novo no nosso convivio anual: ao centro a Irene e à direita o Virgínio Briote, à esquerda, de perfil, o "comandante" Jorge Rosales, como a gente trata carinhosamente o régulo da Tabanca da Linha


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > O (re)encontro dos primos: Joel Silva (à esquerda) que veio de Vila Nova de Gaia, e o Virgínio Briote (ao centro)... Do lado direito, de costas, a Irene, esposa do nosso camarada (e editor jubilado) Briote.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Na segunda fila, o António J. Pereira da Costa e a Isabel (Mem Martins / Sintra) que já  têm direito a diploma de honra pela sua assiduidade aos nossos encontros... Na primeira fila, da esquerda para a direita, o Jorge Canhão, a Maria Rosa Pinto (, esposa do Carlos Alberto Pinto, da Reboleira / Amadora) e a Maria de Lurdes, espoa do Jorge.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > O Jorge Canhão e a Maria de Lurdes (Oeiras): é um simpatiquísismo casal que já é "cliente" dos nossos encontros há uns anos... A Maria de Lurdes veio, pela primeira vez, se não erro, em 2011 (VI Encontro Nacional). Pelo aspeto, o Jorge Canhão "tem-se portado bem", impressão minha que foi corroborada pela alentejana Maria de Lurdes. Leia-se: já ultrapassou os seus problemas de saúde.

Fotos: © Rui Silva (2014). Todos os direitos reservados. {Edição e legendagem: LG]
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Guiné 63/74 - P13292: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (32): Monte Real, 14 de junho: a foto de família, tirada com tripé e alta resolução pelo "ranger" J. Casimiro Carvalho, régulo da Tabanca da Maia


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Foto de família, tirada pela Sony, com tripé, do nosso "ranger" J. Casimiro Carvalho. 


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Foto de família, ala direita: sentado, logo na primeira fila, o nosso fotógrafo J. Casimiro Carvalho 


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Foto de família, ala esquerda: na primeira fila o nosso editor Carlos Vinhal (sentado), a esposa Dina e o incansável Miguel Pessoa


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel  Monte Real > 14 de junho de 2014 > Um "ranger" em carne e osso... J. Casimiro Carvalho, que vive na Maia... Quem não o conhece a norte e a sul do Rio Douro?

Fotos: © J. Casimiro Carvalho  (2014). Todos os direitos reservados. {Edição e legendagem:  LG]
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Guiné 63/74 - P13291: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (31): Monte Real, 14 de junho: a "receção" junto ao parque de estacionamento do Palace Hotel Monte Real: Fotos do Manuel Resende (Parte II)


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > 

IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  > Depois da "receção", lá se foi juntando o pessoal para a "foto de família" nas escadarias do hotel (1)


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Depois da "receção", lá se foi juntando o pessoal para a "foto de família" nas escadarias do hotel (2)


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Foram precisos meia dúzia de fotógrafos para se poder tirar a foto de família...


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Nas escadarias, já depois de tirada a foto de família: em primeiro plano, do lado direito, o Francisco Palma; e do esquerda, a Isaura, esposa do fotógrafo Manuel Resende, e a dona Palmira Serra, de 95 anos!... Cá fora estava um calor de trinta e tal  graus...


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  À esquerda, um rapaz da Régua, o Zé Manel, o Josema, ladeado pelo Joel Silva (, primo do Virgínio Briote, veio pela primeira vez ao nosso encontro; vive em Vilça Nova de Gaia)...



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Um casal totalista, ou seja, veio aos 9 encontros da Tabanca Grande, desde 2006: a Lígia e o David Guimarães...


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  O Francisco Palma (Estoril / Cascais), à esquerda, e o Fernando Súcio (Campeã, Vila Real)


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Encontros e reencontros...  Ao centro, a Alice Carneiro.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  À esquerda, em primerio plano, o Joaquim Nunes Sequeira (Colares / Sintra); de costas, o mais alteirão, o Joaquim Mexia Alves e, à  esquerda, em segundo plano o jovem padre Patrício Oliveira.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Em pruimeiro plano, o Manuel Traquina e esposa... Em segundo plano o Diamantino Varrasquinho (Ervidel, Aljustrel) e o António Bonito (Carapinheira, Montemor-O-Velho (, dois furriéis que estiveram no Mato Cão com o Joaquim Mexia Alves, ao tempo do Pel  Caç Nat 52 (c. 1972).


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 >  Ao centro, o Coutinho e Lima, cor art ref, e à esquerda, de costas, o C. Martins (Penamcor). O outro camarada que está de costas, à direita, não o identifico de momento.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Ao centro, o régulo da recém criada Tabanca da Maia, o J. Casimiro Carvalho, também conhecido o "ranger", o "herói esquecido de Gadamael"...  De costas, o Vasco da Gama e, de perfil, o nosso "alfero Cabral" (, um dos pouco totalistas dos nossos encontros, foi a todos, desde o I, na Ameira, em 15 de outubro de 2006).

Fotos: © Manuel Resende (2014). Todos os direitos reservados. {Edição e legendage; LG]
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