sábado, 31 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9296: Blogpoesia (174): Dies irae! (Luís Graça)






Distrito de Viseu, Terras do Demo, Sernancelhe, Santuário de N. Sra. da Lapa, um dos lugares de culto mariano mais antigos da Península Ibérica 








Distrito de Viseu, Terras do Demo, Sernancelhe > Santuário de N. Sra. da Lapa > Sanitários públicos > Grafitos de antigos combatentes da guerra colonial e de outros peregrinos.

Fotos: © Luís Graça  (2011). Todos os direitos reservados

Dies iræ, dies illa!

Dedicado a todos os camaradas,
humilhados,
esquecidos,
abandonados,
ostracizados,
emigrados,
exilados, 
que um dia subiram o portaló
dos Niassa, dos Uíge, dos Ana Mafalda,
a caminho da Guiné,
aquela terra verde e vermelha
que a todos nos marcou,
a ferro e fogo...
sem esquecer os que simplesmente viajaram nos TAM!
Que o ano de 2012,
mesmo de raiva,
seja de coragem e de esperança!
Como os que os anos que passámos na Guiné!

Cavalgam caudalosos os rios
Pela terra adentro,
Enquanto fluem ruidosos
Os dias da guerra.

Rios que não são rios
Mas rias,
Entranhas ubérrimas
Fustigadas pelo vento,
Rias baixas pela manhã,
Pedaços, braços de mar,
Restos de tsunamis,
Pontas de fuzis,
Palavras acérrimas,
Imprecações ao Grande Irã,
Picadas minadas
De ir e não mais voltar.

Dias que não são dias,
Circadianos,
Mas fragmentos,
Ora ledos ora amargos enganos,
Estilhaços de tempo,
Riscos nas paredes sujas dos bunkers,
Repentinas emboscadas,
Breves finais de tarde,
Instantes,
Flagelações,
Balas tracejantes
Sob o céu verde e vermelho
Enquanto o capim arde.

Narciso, reveste ao espelho,
Quebrado,
Vais nu,
De camuflado,
De azul,
Celestial,
Ao encontro do anjo da morte
Em Jugudul.
E não há estrelas
À noite,
Mas a bússola indica o norte,
Sideral,
Nunca o sul,
Nunca o nascer nem o morrer.

Dies irae, dies illa,
Dia de ira, aquele,
Em que subiste o cadafalso do Niassa,
Ou do Uíge ou do Ana Mafalda,
Dias de ira, aqueles,
Os da guerra!
Calai-vos,
Rápidos do Saltinho,
Rápidos de Cussilinta,
Vós que mais não sois
Do que canoas loucas,
Desenfreadas,
Levadas pelo macaréu da nossa raiva,
Entre o Geba e o Corubal.

Braços que não são braços,
Amputados,
Mas apenas tatuagens,
Traços,
Letras de fado pungentes,
Pontes que são miragens,
Tentáculos, serpentes,
Lianas, cortadas pela catana,
A eito,
Pela floresta-galeria,
Inferno tropical,
Túneis, tarrafo,
Bolanhas, lalas, bissilões,
Curvas da morte do Cacheu ao Cumbijã,
Apocalípticos palmeirais,
Pontas de punhais
Cravadas no peito,
Irãs acocorados
No alto dos poilões.

E depois o silêncio.
O impossível silêncio.
O silêncio das partituras,
Das mapas dos argonautas,
Partículas,
Pausas,
Pautas,
Cartas de tiro
Com claves de sol,
Desidratação,
A ogiva do obus,
O medo da avestruz,
O roncar do helicanhão,
Gritos do djambé,
E do macaco-cão,
Gemidos de kora,
Espasmos de balafon,
Rajadas de kalash
Ecos do bombolom,
Bombas de fragmentação
Que correm no dorso dos cavalos
Desde o Futa Djalon.

Não vais poder ouvir o silêncio do Cantanhez,
Nem queres voltar a ouvir o grito da morte 
Outra vez.

Terras do Demo, 27-29 de Dezembro de 2011;
Madalena, Vila Nova de Gaia, 30-31 de Dezembro de 2011

_____________

Nota do editor:

Último poste da série >  17 de dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9215: Blogpoesia (173): Natal da raiva e solidão (Armor Pires Mota, 1974)

29 comentários:

Anónimo disse...

Lindo!
Real!Espectacular!

Muito lindo mesmo, Senhor D. Luís Graça!

Como ao fim de tantos anos, se encontram as palavras, que definem com exactidão, a real vivência de então!

Muitos Parabéns!

Obrigada, pela inspiração, pela inclusão neste espaço, pela oportunidade de ler e sentir mais uma vez, a realidade de um tempo, do meu tempo.

Que as gerações vindouras, ignorem o real sentido da expressão da sua vivência.

Feliz Ano-novo!

Um beijo.

Felismina

Luís Graça disse...

Quero que a dedicatória seja inclusiva...

Para todos os camaradas... que combateram no ultramar, na India, em Angola, em Moçambique, na Guiné... No último dia do ano que se devia comemorar os 50 anos de uma guerra que nunca existiu...

O meu primeiro pensamento é de raiva, o segundo é de coragem, o terceiro é de esperança!... Como na Guiné, em 1969/71...

LG

Carlos Pinheiro disse...

Maravilhoso, verdadeiro e sublime.
Faltam-me as palavras para classificar como deve ser este poema que retrata da melhor forma a vivência daquels 14 anos de guerra, que ao passar do inicio ds seus 50 anos foi pura e simplesmente esquecida por quem tinha o dever de a lembrar.
Ainda bem que há combatentes que não andam distraídos e que continuam a combater para que o poder abra os olhos, reflita e apoie quem precisa de ser apoiado e acima de tudo lembrado por tudo o que deu do melhor de si, inclusivamente e especialmente aqueles, cerca de 10.000, que deram a vida naquels 14 anos de guerra.
Que nunca te falte o engenho e a arte suficientes para lembar os distráidos que ainda há muita gente daquele tempo que, mesmo vergando com o peso dos anos, não parte.
Obrigado.
Um abraço fraternal.
Carlos Pinheiro

António Pimentel disse...

UF!
QUE BOM!

Um abraço

antónio pimentel

manuelmaia disse...

luís,

Francamente gostei imenso deste teu reviver sentido da vida,ia dizer perdida ,mas também ganha naquela terra ocre/amarela,verde e vermelha que foi e que a todos nos seduziu ao ponto de a colocarmos dentro dos nossos corações e todos os dias ( e aqui está o teu contributo enorme com a criação deste espaço sádio de comunhão e de saudade...) nos lembrarmos dela.
Oxalá o bom Deus possa dar àquele povo a paz e estabilidade que merecem.
A nossa raiva de então,hoje é amor e comunhão no seu sofrimento,que esperamos não se eternize.
Um bom ano também para ti e todos os camarigos desta Guiné,
A TERRA QUE APRENDEMOS A AMAR.
Abraço
manuelmaia

Joaquim Mexia Alves disse...

caro Luís

Gostei!

Tem força, tem garra, tem revolta, tem tudo!

Um Bom Ano para ti e para todos.

Torcato Mendonca disse...

Bom ,muito Bom.
São terras de outras guerras,
são terras de guerras de fronteiras, de partilhas, e divisões entre Senhores de cá e lá.

Gostei e gostei daquelas Terras, de gentes boas, gentes que partilham e sorriem, gentes de terras altas, de boa comida, de cozinhas com o característico cheiro a estrugido,
terras de boa bebida...e, por bebida, mas água, eu ali trabalhei em estudos para àquelas gentes levar água da Barragem do Vilar: Sernancelhe, Moimenta,Tabuaço e eu sei lá...do Tejo ao Douro...e Meda com a barragem de Ranhados ou Mangualde e Viseu com Fagilde...

Terras a merecerem ser visitadas.
Terras de gentes esquecidas por poderes balofos...

Para Ti, Camarada Amigo Luís, o meu abraço, os meus Votos de Bom 2012. Igualmente para os teus.
Abraço do Torcato

Zé Mane Cancela disse...

Parabens Luis.Com este poema fizeste-me rever os dois anos que passei na Guiné.

Um forte abraço e boas entradas em 2012

Torcato Mendonca disse...

Volto
Dizes Luís:mas aquele T. escreve das gentes da Beira Alta e o Poema é sobre a Guiné...é verdade, é verdade sim senhor. Só que aquela gente foi e é esquecida, sofreu a geografia deste País e deu filhos para a guerra do Poema. Quantos filhos dela tiveram, no regresso, vestimenta de pinho? Quanto sofrimento tiveram e têm tantos dos que lá moram.
Claro que isto é, e bem um "sítio" sobre a Guiné. Sim mas é e tem que ser muito mais sobre a nossa gente.

parabéns por mais este poema.

Ab T.

Luís Graça disse...

Faço meus os votos que a Alice mandou aos seus amigos, alguns dos quais pertencem à nossa Tabanca Grande (LG):
................

"Por estes dias andei, perdida mas encantada, pelas Terras do Demo: Tarouca, Moimenta da Beira, Sernancelhe, Penedono… distrito de Viseu. Eu que tenho a mania de conhecer todo o nosso país, de lés a lés, não conhecia as Terras do Demo (título de um dos romances de Aquilino Ribeiro, que por aqui nasceu e cresceu).

"Em Sernancelhe, deparei-me com um dos cultos marianos mais populares e tradicionais não só de Portugal como de toda a nossa “jangada de pedra”, a Ibéria: refiro-me ao culto de Nossa Senhora da Lapa.
Diz a lenda que uma menina, de 12 anos, pastora, muda, de sua graça Joana, encontrou uma imagem da Virgem por estes montes da serra da Lapa (onde nascem os rios Vouga e Paiva) e levou-a para casa. Enfeitou a imagem com flores, meteu-a na cestinha da merenda e trouxe-a para casa, passando a tratá-la como a sua boneca.

"Irritada, a mãe acabou por lançar a imagem de madeira para o fogo da lareira. Deu-se então um milagre. A Joana, até então muda, pôs-se a falar pela primeira vez na vida, gritando para a mãe e dizendo que aquela era a Nª Sra da Lapa! Ao que parece, a imagem salvou-se e a mãe da Joana, que ficara paralisada do braço pelo seu gesto sacrílego, também ficou miraculosamente curada… Isto ter-se-ia passado em 1493.

"A atual capela de Nossa Senhora da Lapa foi construída já no século XVII pelos jesuítas, mas o culto da santa é muito anterior: há versões que apontam para o início da reconquista, o século X, quando as sucessivas escaramuças entre mouros e cristãos fizeram com que a população local, cristã, tenha escondido uma imagem da Virgem numa “lapa" (grupa).

"É parcialmente sobre essa antiga lapa que foi construída a capela, ainda hoje importante local de peregrinação de beirões e minhotos... Entre as práticas dos peregrinos que ainda subsistem e são obrigatórias, consta a passagem do corpo entre duas rochas: a distância entre elas é muito estreita… só passa, quem está livre de “pecados mortais”. Ao fim de três passagens, penosas, o peregrino tem direito a sentar-se e sentir-se aliviado, em paz com a sua consciência…

"É uma prática terapêutica com grande eficácia simbólica, garanto-vos!... Pensei em todos vós, ao passar por lá três vezes e ao sentar-me depois, na pedra. Tenho a certeza que os nossos políticos, portugueses e europeus, não passariam no teste.

"A todos os meus amigos/as, eu desejo três coisas essenciais para enfrentar o 2012 que aí vem… e que aprendi nas Terras do Demo: Raiva, Coragem e Esperança. São precisas estas armas para enfrentarmos os tempos menos bons que aí vêm. Façam o favor de tourear a besta três vezes. Quero-vos comigo, a beber o espumante “Terras do Demo!”, bruto, hoje e daqui a 366 dias!. Maria Alice Ferreira Carneiro".
.................

paulo santiago disse...

Luís

Este poema tocou-me,gostei!
Transcrevi,com a devida vénia,no
"encore de l'audace".

Bom Ano 2012 para ti e para a Alice

Abraço

Anónimo disse...

Meu Comandante Luís
Simplesmente bonito, profundo, tocante, autêntico. Com a devida vénia vou "fechar" o meu blog de 2011 com o teu poema(Postagem 401).
Abraço cisterciense de Alcobaça,
JERO

Hélder Valério disse...

Caros amigos

Já não é a primeira vez que somos brindados com excelentes poemas que em si mesmo 'explicam', a seu modo, a guerra e em particular a 'guerra da Guiné'.
Este é, não apenas mais um desses, mas também aquele que, pelas referências quase exaustivas de todas as situações que se viviam, acaba por ser um repositório bem completo e um 'retrato' que todos nós reconhecemos.

Fico-me por aqui pois já li em comentários anteriores o que poderia dizer.

Abraço
Hélder S.

jdeferraz disse...

Cro companheiro e camarada Luis:
Obrigado sinto que partilho em grande parte com os teus sentimentos... gostaria de acrescentar e ainda que desteste a pessoa de quem ouvi as seguintes palavras tenho que as acentar como realidade... choraremos os mortos se os vivos nao o merecerem...
Um forte abraco para ti e todos os demais camaradas todos,companheiros alguns feliz ano novo-Ze

Anónimo disse...

Luís

Li hoje o teu poema e reli, como para beber melhor o que ele encerra...

No primeiro dia do ano, foi uma chicotada de emoção !!!

Estamos juntos, um abraço

Jorge Rosales

manuel amaro disse...

Palavras, para quê?!
É um ex-combatente
Português, obviamente
Que faz poemas, bem se vê
Com Raiva, Coragem e Esperança
E nos embala, puxa e empurra
Mas sempre para a frente
Porque é dele a liderança...

Feliz Ano 2012!

Manuel Amaro

Anónimo disse...

atemoriza-te cristão
diante da ira divina
-que a terra te engolirá-

só a memória mais fina restará




http://www.youtube.com/watch?v=up0t2ZDfX7E


SNogueira

Luís Dias disse...

Caro Luís Graça

As palavras são assim, capazes de traduzir desejos, pensamentos, dores, tristezas e alegrias, a guerra e a paz. Neste novo ano que a harmonia e a paz preencham o desejo dos homens - de guerra já tivemos a nossa parte! Chega!
Obrigado Luís por este postal, por aquilo que disseste,contra o esquecimento a que nos votaram. Nós não nos esquecemos. Nós estamos aqui.
Um abraço.
Luís Dias

antonio graça de abreu disse...

Muito bem, meu caro Luís.

Abraço muito forte,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Luís!
Só agora, após as "festanças"(serão?), pelo menos os aconchegos familiares, esses, são bem reais e reconfortantes,mas dizia eu, só agora acedi ao n/Blogue, e deparo com uma coisa destas, 0 teu poema.
Olha, só uma coisa te direi!.
Obrigada, por partilhares connosco tais palavras, tais sentimentos, tal "sentir". O resto por muito penoso que seja, e selo-á de facto, fica a anos-luz disto, que somos nós, camarigos deste grande poilão que é, a n/Tabanca Grande.
Um bom ano Luís, para ti, para nós.
Abraço
Francisco Godinho.

Anónimo disse...

Bravo Luís!

Um Abraço!

J.Cabral

jose manuel disse...

Há uns anos, preenchi um vazio que há muito havia dentro de mim, quando encontrei em Matisinhos no Teresa um grupo de combatentes que semanalmente lá se reunia. Atravez deles soube do nosso blog e esse vazio ficou um pouco mais preenchido, hoje transbordou e chorei...Obrigado Luis
josema

José Martins Rodrigues disse...

Sou apenas mais um a dizer o quanto me deliciei com a tua sensibilidade, mas tinha que marcar lugar na fila dos que admiram quem assim expressa o que lhe vai na alma.

Cordial Abraço
Zé Rodrigues

Luís Graça disse...

Fico feliz por, com pouca arte, algum engenho e muita modéstia, tentar dar voz (através da palavra) às nossas emoções caladas (mas não mortas) de ex-combatentes no TO da Guiné (1961/74), e receber, de imediato, o vosso reconhecimento: vocês são os meus primeiros leitores e os meus primeiros críticos e por isso também os mais empáticos e generosos, sem deixarem de ser os mais exigentes!...

Bons augúrios para 2012: 100% de saúde; 200% de coragem; 300% de esperança... LG

Manuel Joaquim disse...

Meu caro Luís
Estes momentos festivos baralharam-me os tempos e só me permitiram ler este teu poema em diagonal. Mas as picadelas emocionais que essa leitura me deu fizeram-me voltar a ele.E aqui estou agora, emocionalmente embrulhado nas suas palavras e na atmosfera densa e pesada que delas emana.

Li e reli, mergulhando num caldeirão cheio de imagens, sons, silêncios, luz, trevas, incompreensão, raiva, coragem, fraqueza, esperança, desespero, de aromas fortes das florestas e das bolanhas por onde vagueava a grande "ceifeira", a morte, entre vozes e sinais numa confusão de ordens, preces e pragas.

Leio e surge-me uma espetacular visão dos nossos tempos de guerra na Guiné. Senti emoção parecida perante o "Triunfo da morte" ou mesmo o "A queda dos anjos rebeldes" de Pieter Bruegel, o Velho. A emoção do caos, do sofrimento sem redenção, da destruição da beleza que a vida comporta.

Obrigado, Luís, por esta forte emoção que o teu "Dies irae ... " me proporcionou.

Um grande abraço

Hilario Peixeiro disse...

Caro Luís
Como admiro quem, em meia dúzia de linhas, consegue exprimir os sentimentos e emoções vividos por tantos milhares dos que passaram por 13 longos anos de guerra,quando eu, em mil páginas, não o saberia fazer. Que riqueza este nosso blogue onde nos encontramos de coração aberto ao que de melhor tem o ser humano. Obrigado aos seus administradores com votos não só de um Feliz Ano Novo mas de longa vida para continuarem esta possibilidade de melhor nos recordarmos.
Hilario Peixeiro

Juvenal Amado disse...

Caro Luís
Como poderemos ler as tuas palavras sem as sentirmos também como nossas?
O poema com que nos brindas, está impregnado do tal Sangue Suor e Lágrimas das tatuagens, do misto de saudade, amor e rejeição daqueles dias, que ficaram gravados em todos nós.
Neste poema conseguimos sentir o sabor amargo e doce da nossa vida.

Um abraço

Anónimo disse...

Amigo Luis. Foi com emoção que li o seu lindo poema, que abrange todos os territórios onde a guerra esteve presente no decurso de treze anos, mas foi a Guiné que me veio logo à lembrança. Sob o meu olhar, memória e coração,revejo aquela terra que o seu poema me fez de novo recordar e que todos os que por lá passaram não a esquecerão jamais. Tenho pena que muitos não estejam entre nós, para que a pudessem recordar, neste seu poema.Desejo-lhe bem como a todos os camarigos um Bom Ano, em especial com Saúde e Paz. Um abraço amigo. Mª Arminda.

Anónimo disse...

Meu Caro Luís Graça, (Chefe Supremo desta Tabanca enorme)

Estou aqui com muito atraso, para dizer, que a dedicatória aposta neste seu (Dies irae) é extensiva, sem sombra de dúvidas, a todos quantos sofreram na "pretensa" defesa da nossa Pátria.
Desejo apenas, uma tomada de consci
ência, cada vez maior, de todos os homens, para que o mundo seja um lugar seguro, um lugar com espaço para todos os homens e as suas ideias.

Um beijo grande para todos.

Felismina Costa