terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Guiné 63/74 - P1552: Lançamento do livro 'Diário da Guiné, sangue, lama e água pura' (António Graça de Abreu)

Guiné > Região do Cacheu > CAOP 1 > Teixeira Pinto > 1972 > O Alf Mil Abreu, o segundo a contar da direita, num momento de convívio. O António Graça de Abreu nasceu no Porto (em 1947) , licenciou-se em Filologia Germânica e é Mestre em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Entre 1977 e 1983 leccionou Língua e Cultura Portuguesa nas Universidades de Pequim e Shanghai. Como alferes miliciano pertenceu ao CAOP 1 (Teixeira Pinto ou Canchungo, Mansoa e Cufar de 1972 a 1974). Acaba de publicar Diário da Guiné - Lama, Sangue e Água Pura. Lisboa: Guerra e Paz, Editores. 2007. ISBN: 9789898014344. Preço: € 22.
Foto: © António Graça de Abreu (2007). Direitos reservados.

Guiné > Região do Cacheu > CAOP 1 > Teixeira Pinto > 1972 > O Alf Mil Médico Mário Bravo - o quarto a contar da esquerda, de óculos - no meio de um grupo de oficiais. O António Graça de Abreu - alferes miliciano (CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74) - é o primeiro da esquerda. O Abreu vem agora completar a legenda: "O Mário Bravo lembrou-se de mim em Teixeira Pinto e mandou essa fotografia onde apareço jovem, quase menino, na ponta esquerda da foto. Na ponta direita está, de camuflado, o meu amigo capitão miliciano António Andrade, comandante da 35ª Companhia de Comandos, também amplamente referido no meu livro. Entre mim e o Bravo estão o alferes Gamelas, da Companhia 3863, e o alferes Cravinho (de calções), do nosso CAOP 1 e meu companheiro de quarto".
Foto: © Mário Bravo (2007). Direitos reservados

Mensagem enviada pelo António Graça de Abreu (1), com data de 15 de Fevereiro, e que infelizmente só hoje divulgo. De qualquer modo, congratulo-me com o lançamento do seu livro (2), para o qual desejo, em meu nome e em nome da tertúlia, o melhor sucesso editorial. Tenho pena de não ter tido oportunidade de divulgar antecipadamente a notícia. O convite (irremediavelmente atrasado) aqui fica, mesmo assim: vale pela intenção, pelo desafio e sobretudo pelas palavras calorosas deste nosso novo amigo e camarada que vai, de certo, continuar a falar connosco da "Guiné, essa exaltante, ainda dolorosa e libertadora paixão das nossas vidas". Vamos tentar marcar um lançamento especial, só para nós, no próximo encontro na tertúlia, se o Abreu concordar e estiver disponível (ainda não temos data nem local, embora a cidade de Pombal já tenha sido sugerida como local, a meio caminho entre e o sul e o norte).


Meu caro Luís Graça e camaradas da Guiné:
Um agradecimento daqui à Guiné, do tamanho dos nosso corações pelo teu blogue. Está lá quase tudo, na voz, no sentir de tantos hoje guineomaníacos que, um dia nos melhores anos da nossa juventude, foram arrancados à humilde (?) pátria lusitana e lançados para as bolanhas, para o tarrafo, para as matas da Guiné.

Duas ou três questões.

(i) No próximo dia 23 de Fevereiro, pelas 18,30, na Livraria Bulhosa, no Centro Comercial de Linda-a-Velha (logo ali na rotunda de entrada, quem vem da auto-estrada, de Lisboa ou de Cascais) vai ser apresentado o meu livrinho Diário da Guiné, lama, sangue e água pura, pela Profª Drª Annabela Rita, da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Vou aproveitar e mostrar cerca de 30 diapositivos inéditos (espectaculares, prometo!) feitos em Fevereiro e Março de 1974. São a cor, o cheiro, a loucura, o desvairo desses últimos meses da Guiné Portuguesa.

Convido todos os camaradas e amigos do nosso blogue Guiné para estarem presentes. Será também o modo de nos conhecermos melhor e falarmos da Guiné, essa exaltante, ainda dolorosa e libertadora paixão das nossas vidas.

(ii) Outra questão. O Dr. Mário Bravo lembrou-se de mim em Teixeira Pinto e mandou essa fotografia (3) onde apareço jovem, quase menino, na ponta esquerda da foto. Na ponta direita está, de camuflado, o meu amigo capitão miliciano António Andrade, comandante da 35ª Companhia de Comandos, também amplamente referido no meu livro.

Obrigado, meu caro Bravo, lembro-me de ti em Teixeira Pinto, estavas em fim de comissão. No meu Diário falo dos outros dois médicos de Teixeira Pinto, o Bagulho e o Pio de Abreu. Creio que o Bravo veio substituir um deles, que terminara a comissão.

Entre mim e o Bravo estão o alferes Gamelas, da Companhia 3863, e o alferes Cravinho (de calções), do nosso CAOP 1 e meu companheiro de quarto. Que é feito desses camaradas? Onde estão os homens do meu CAOP 1, onde estão os meus soldados? E os meus majores, os meus coronéis?

(iii) Última questão. Envio em anexo mais um excerto do meu Diário da Guiné, referente à história dos três majores e do alf Mosca, do meu CAOP 1. Em nota de rodapé cito o nosso blogue e os dados que o ano passado consegui encontrar sobre a tragédia desses homends de excepção (4).

Saudações amigos a todos os camaradas da Guiné.
António Graça de Abreu
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Notas de L.G.:
(1) Vd. post de 5 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1498: Novo membro da nossa tertúlia: António Graça de Abreu... Da China com Amor

(2) Vd. post de 6 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1499: A guerra em directo em Cufar: 'Porra, estamos a embrulhar' (António Graça de Abreu)
(1) Vd. posts anteriores:

(3) 12 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1517: Tertúlia: Com o António Graça de Abreu em Teixeira Pinto (Mário Bravo)

(4) A publicar oportunamente no nosso blogue.

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