quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5645: Blogues da nossa blogosfera (32): A nova Tabanca da Lapónia, de José Belo, Kiruna, Suécia


Tabanca da Lapónia, blogue do José Belo: Ponto de ENCONTRO para todos os Nalus, Beafadas, Mandingas, Fulas, Felupes, Balantas, Papéis, Bijagós, Minhotos, Transmontanos, Beirões, Estremenhos, Ribatejanos, Moiros de Lisboa, Alentejo e Algarve, Madeirenses, Açoreanos (incluindo coriscos e bichos-mal-amanhados!),e LAPÕES"...

É um blogue INCLUSIVO, pelo menos promete... Para já está vazio, o que só pode ser atribuído ao rigoroso inverno da Lapónia (LG).


1. Mensagem de Joseph Belo, com data de ontem. O tuga José (Belo, para as bajudas) vive na Suécia, desde 1976 (se não me engano), numa espécie de auto-exílio... Mais concretamente, vive na cidade mineira de Kiruna (menos de 20 mil habitantes), a cerca de 150 km do círculo polar ártico (Brrrr!!!, que briol, camaradas!). Maioral, foi Alf Mil da Alf Mil Inf da CCAÇ 2381 (Buba, Quebo, Mampatá e Empada , 1968/70). Foi camarada de outros Maiorais como o nosso Zé Teixeira, da Tabanca de Matosinhos. E amigo de outros camarigos como o Joaquim Mexia Alves, da Tabanca do Centro. Está reformado como Capitão Inf (não sei se recebe a pensáo de sangue, suor e lágrimas...). É o autor da popular série Da Suécia com Saudade. (*)

Em Kiruna, dizem-me que é um homem de leis (e de lei). Mais concretamente, Adv.Konsulent/Svår flickor, um misto de advogado e e especialista em raparigas mázinhas... (Na Suécia, há especialistas para tudo).

Ele, que vive na diáspora lusitana, é daqueles que sabe dar o valor à palavra Saudade, à nossa língua... e ao calor da nossa Tabanca Grande! (LG)



Assunto: Participar o nascimento de uma nova Tabanca.

Venho deste modo participar a Vocelências o nascimento (prematuríssimo) de mais uma Tabanca, Filial. Para mais, filha de mãe incógnita (!), o que vem complicar as coisas. (OBS/ eu escrevi...filha DE mãe!). Prometo que a jantarada da inauguração nao será a uma Quarta-Feira para não concorrer, nem com Cozidos, nem com Sardinhadas ou Caldeiradas!

A nova Tabanca chama-se TABANCA DA LAPÓNIA (http://tabllap.blogspot.com/).

As cerimónias oficiais serão em fins do próximo mês, altura em que por aqui já existe hora e meia de luz diária. Estão todos obviamente convidados assim como Familiares e Amigos. Sem querer fazer humor fácil, a ementa consta de um jantar-frio, composto de carnes de rena, de salmão e, para calar os mais reguilas, de BACALHAU, do alto, do bom, do norueguês, que é desembarcado no porto de Narvik a pouco mais de uma centena de kilómetros daqui.

Os precos proíbitivos do vinho tinto aqui na zona levam a que tanto os aperitivos, o acompanhante da refeição e os digestivos, sejam a boa e forte(!) Vodcka local, bebida à maneira da Lapónia, ou seja, por copos de água em ritmo acelerado.

Se me desculparem mais uma...pertinência, gostaria de lembrar alguns promenores aos interessados na jantarada:

(i) Como têm estado aqui SÓ 40 graus NEGATIVOS, e depois de observar algumas fotografias de outras festas com a presença dos Camaradas, verifiquei que as "calvas aristocráticas" abundam. Recomendo que não esqueçam de se fazer acompanhar de um dos nossos tão típicos barretes. Nao tem importancia se da Nazaré, de Campino, de Saloio, contanto que seja...quente! (E, p'ra mais, vamos fazer uma inveja aos Lapoes!).

(ii) Não enviem as confirmações das vossas presenças ao jantar por meio de...pombos-correios. Ao aterrar já serão franguinhos congelados!

(iii) Os Camaradas que fumam, por amor de Deus!!!, não queiram ser simpáticos para os não fumadores e não se ponham a....abrir as janelas!

(iv) Tendo em conta as idades bíblicas que a maioria de nós já vamos tendo,os que quiserem aliviar-águas durante o longo banquete não esqueçam que não estão na Lusitânea, indo fazê-lo por detrás de uma pedra...de gelo. Os 40 graus negativos costumam pregar partidas nestas situações.

BEM VINDOS!

PS - Os que se derem ao trabalho de visitar o site,e tenham nascido em Lisboa (como eu), ou no Alentejo e Algarve, não levem muito a sério o que escrevi na introdução da nova Tabanca da Lapónia, pois sem aqueles NOSSOS Antepassados não teria havido...nem Fado para a Amália genialmente cantar, nem ensopado de cabrito em coentrada, nem o delicado peixe alimado!

2. Comentário de L.G:

Definitivamente, isto é a internacionalização do nosso blogue, a globalização da nossa Tabanca Grande. Alfragide, Candoz, Matosinhos, Paris, Monte Real (Leiria, Portugal), Monte Real (Canadá), USA, Austrália, Brasil... Para onde vamos, camaradas, ou melhor, onde já chegámos, camaradas! Agora Kiruna, na Lapónia!

Não liguem ao perfil do tabanqueiro (que é intraduzível em sueco e que, em português, precisa de meter explicador):

"EGÓLATRA com fortes deficiências BICÚSPIDES resultantes das vacuidades provocadas por demasiadas participações em TERTÚLIAS ESQUERDISTAS-PSEUDÓPEDES que se não devem ,de modo algum, confundir com as Esquerdistas/PUXAVANTES que acabam por criar figuras de alto gabarito em Comissões Europeias"...


O convite está feito. Há gajos, entre nós, suficientemente malucos para irem a Kiruna, em veículo todo o terreno, à inauguração do iglô, quer dizer, da morança (uma, duas, três....?) da Tabanca da Lapónia. Já houve aqui gajos que uma semana depois de cancelago o Paris-Dakar, já estavam a atarvessar a Mauritânia, por conta e risco e passapaorte da Al-Queida...

O máximo que subi, acima de Estocolmo, foi Karstad...Mas um dia gostava de ir a Kiruna. Como gostava de ir a Viana, visitar o nosso tabanqueiro nº 2, o Sousa de Castro. E a muitos outros sítios onde haja amigos e camaradas da Guiné... Até lá, até Kiruna, vamos publicando as reflexões do José Belo, uma das quais está na calha, sobre a (des)colonização... Um Alfa Bravo. Luís

3. Saudações da Tabanca do Centro, blogue fundado pelo Joaquim Mexia Alves e para já animado por ele e pelo Vasco da Gama

quinta-feira, 14 de Janeiro de 2010

Da Suécia com amor!

Nada de confusões
Nessas cabeças já gastas,
Tão cheias de incerteza,
É que o amor da Suécia
É p’lo Cozido à Portuguesa.
Diz-me o nosso camarigo,
José Belo de seu nome,
Que virá de avião, de skate, ou a pé,
Apenas para comer,
O afamado cozido,
Com a malta da Guiné.
É que não sabem vocês
Que por causa de um vento estranho
Que sopra no Litoral e na Beira,
Chegou até á Lapónia
O cheiro da farinheira.
Não contente com isso,
Este ventinho maldoso
Levou também consigo
Um cheirinho a chouriço.
Coitado do José Belo
A tiritar do frio imenso!
Quando olha para as renas vê vacas,
E todo o verde são couves,
Cozidas mesmo a preceito.
E o vento que nunca cessa
De lhe levar o cheiro intenso!
É uma dor de alma,
Um tormento,
Não devia ser permitido
Que odor tão salivante
Fosse nas asas do vento.
Prometo solenemente
Que te guardo a melhor parte,
Fica com esta certeza.
Não só eu,
Mas toda a gente,
Te servirão alegremente
O Cozido à Portuguesa.

Monte Real, 14 de Janeiro de 2010

Joaquim Mexia Alves
__________________

Nota de L.G.:

3 comentários:

Unknown disse...

Pois que nas asas do vento
ainda caibam uns rojões
com cheirinho a coentros
e umas tripas que nos seus folhos levem um abraço portuense.

Anónimo disse...

Estou a rir da maldade que é falar das delicias da cozinha Portuguesa para quem está longe. Perdoem-lhe senhor.
Belo, foi uma magnifica ideia a "criação" da tertúlia da Laponia. Tens de "meter" as coordenadas, com GPS não é tão impossivel como podes imaginar. Eu não devo ir mas quem sabe um representante.
De qualquer modo estás convidado para as várias reúniões gastronómicas que acontecem por cá, quendo vieres de férias claro.
Está prometido um brinde , quando chegar o gelo para o Gin.
Abraço
Jorge Félix

Anónimo disse...

... E polvo à micaelense
Com vinho do Pico regado
Bem picante a condizer
C'o frio dum corisco
Da Lapónia cá chegado
E para aconchegar
Venha o Pudim de Chá
Donas Amélias em barda
Queijadas da Graciosa
E algumas de Vila Franca
De Santa Maria, Cavacas
Queijos de todas as ilhas
(É só para os comparar...)
De S. Jorge virá café
Do Pico a aguardente
E pr'ás Senhoras renitentes
Há bebidas diferentes.
Um abraço,
Carlos Cordeiro