1. Transcrição de um documento do PAIGC, dactilografado, assinado por Amílcar Cabral, com instruções para o lançamento de ataques a diversos quartéis e destacamentos da Frente Leste, no dia 10 de junho de 1969, devendo nalguns casos ser repetidos "durante 3 dias" (sic)... Não sabemos como é que a mensagem, datada de 4 de junho de 1969, foi transmitida (via rádio ? por estafetas ?) e chegou de Conacri em tempo útil às várias frentes... se é que chegou.
No LESTE – devem ser atacados pelo menos os seguintes quartéis no dia 10 de junho [de 1969]:
Piche
Bambadinca
Gabu (se possível, mesmo de longe)
Cabuca
Xime
Mansambo
Gandjadude [Canjadude]
Várias tabancas com milícias e tropas.
Repetir os ataques durante 3 dias.
Cabuca
Xime
Mansambo
Gandjadude [Canjadude]
Várias tabancas com milícias e tropas.
Repetir os ataques durante 3 dias.
Depois concentrar forças para atacar duro:
Piche
Cabuca
Bambadinca
Mansambo
Em 4 de junho de 1969.
O secretário geral
(Assinatura)
Amílcar Cabral
Piche
Cabuca
Bambadinca
Mansambo
Em 4 de junho de 1969.
O secretário geral
(Assinatura)
Amílcar Cabral
(1969), "Instruções para o ataque aos quartéis de Piche, Bambadinca, Gabú, Cabuca, Xime, Mansabo e Gandjadude", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_41091 (2013-10-15)
Para ver aceder a (e ampliar) o documento, clicar aqui:
Título: Instruções para o ataque aos quartéis de Piche, Bambadinca, Gabú, Cabuca, Xime, Mansabo e Gandjadude
Assunto: Instruções de Amílcar Cabral para o ataque aos quartéis de Piche, Bambadinca, Gabú, Cabuca, Xime, Mansabo e Gandjadude, a partir do dia 10 de Junho, na Frente Leste.
Data: Quarta, 4 de Junho de 1969
Observações: Em nota manuscrita: Pires.
Fundo: DVP - Documentos Pedro Verona Pires
Tipo Documental: Documentos
Não dispomos de elementos para comprovar se os quartéis em questão foram ou não atacados ou simplesmente flagelados no dia 10 de junho de 1969, em que na época, e no regime de então, o do Estado Novo, se celebrava o Dia de Camões, de Portugal e da Raça.
De acordo com a história do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70, pp. 87/88), sabemos que, em junho de 1969, e depois da data de emissão das supracitadas instruções (4 de junho de 1969), foram atacados ou flagelados os seguintes aquartelamentos e destacamentos da zona leste, setor L1 (Bambadinca):
(i) Em 8, às 18h15, um grupo IN não estimado flagelou, durante 15 minutos, com mort 82, localizado na margem esquerda do Rio Corubal, o aquartelamento do Xitole, sem consequências;
(ii) Em 11, às 00h01, um grupo estimado de 20/30 elementos, flagelou do oeste o aquartelamento de Mansambo, durante 30 minutos, e utilizando canhão s/r, mort 82, LGFog e armas automáticas; sem consequências:
(iii) Em 11, às 5h05, um grupo IN não estimado flagelou, durante 10 minutos, com mort 82 e canhão s/r, da direcção sudeste, o aquartelamento do Xitole, sem consequências;
(iv) Em 11, às 2h50, um grupo IN não estimado flagelou, durante 5 minutos, com mort 82, da direcção oeste, o aquartelamento do Xitole, sem consequências;
(v) Em 13, às 18h30, um grupo IN estimado em 20/30 elementos flagelou, do sul, durante 20 minutos, com mort 82, canhão s/r e LGFog, o aquartelamento de Mansambo, sem consequências;
(vi) Em 14, às 0h30, foi a vez de ser flagelado o destacamento de Taibatá, defendido por um pelotão de mílicia (que sofreu um ferido);
(vii) Em 14, às 3h00 da madrugada, Bambadinca foi flagelada de várias direcções (oeste, noroeste e sudoeste), durante 10 minutos e sem consequências; o IN utilizou mort 82, LGFog e armas automáticas;
(viii) Em 18, as 17h30, foi flagelado durante 25 minutos, com orte 82, o destacamento da Ponte dos Fulas, no subsetor de Xitole, da direção norte; sem consequências...
Houve ainda duas emboscadas (a 18, às 12h00, na região de Padada, contra forças da CCAÇ 2405, CCAÇ 2403 e CART 2520; e a 20, às 8h30, no itinerário Demba Taco - Taibatá, contra o pelotão de milícias do destacamento de Demba Taco).
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Nota do editor:
Último poste da série > 15 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12154: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (2): Mensagem assinada pelo comandante do setor 2 da Frente Leste, Mamadu Indjai, sobre a emboscada em Ponta Coli, na estrada Bambadinca-Xime, em 18/4/1969, aos pelotões de mílicias de Taibatá, Demba Taco e Amedalai, e que foi conduzida pelo comandante de bigrupo Mário Mendes
Último poste da série > 15 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12154: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (2): Mensagem assinada pelo comandante do setor 2 da Frente Leste, Mamadu Indjai, sobre a emboscada em Ponta Coli, na estrada Bambadinca-Xime, em 18/4/1969, aos pelotões de mílicias de Taibatá, Demba Taco e Amedalai, e que foi conduzida pelo comandante de bigrupo Mário Mendes
11 comentários:
Pelas datas e locais de flagelações ou tentativas, vê-se que Amílcar Cabral conseguia que as suas ordens fossem razoavelmente respeitadas.
Não era fácil dar ordens àquelas tribos todas.
Pena que os guineenses e nós tugas tivessemos que sofrer aqueles «ventos» estúpidos da história.
Ventos errados, no tempo e lugar errados.
Talvez na Fundação Mário Soares haja mais documentação sobre Amílcar do que em Bissau.
É que até o monumento de Amílcar perto do aeroporto, devia ser dentro da cidade (Chapa Bissau), como prometido por Nino, e nem esse lugar foi permitido ao pai da Pátria.
Mas sem PAIGC tinha sido pior (para a Guiné)
No que toca a Mansambo Cabral não teve grande sorte...
Respeito a sua memória, ontem e hoje. Podia ter tido o prazer, então, de lhe ter "acertado". Seria um desperdicio pois Este era dos que entendia África.
Os que lhe sucederam não tanto...
é um défice das antigas Colónias Lusas...
Ab,T.
Rosinha, tens razão... o Trabalho que a Fundação Mário Soares está fazer, no domínio da preservação, tratamento e divulgação dos arquivos lusófonos, é digno de registo e apreço...
Se não sei se já exploraste bem o portal Casa Comum... Em relação à Guiné, tens pelo menos estes arquivos com interessante para os estudiosos ou simples curiooso:
(i) Arquivo Amílcar Cabral
(ii) Arquivo Mário Pinto de Andrade
(iii) INEP, Bissau
(iv) Sarmento Rodrigues...
É capaz de haver mais... O Sarmento Rodrigues, como sabes, tem papel de relevo na história da nossa presença na Guiné...
Sobre este o arquivo daquele grande transmontano e português de Freixo de Espada à Cinta, podes ler o seguinte:
(...) SARMENTO RODRIGUES
O fundo Sarmento Rodrigues (Manuel Maria Sarmento Rodrigues, 1899-1979), é composto, na sua maioria, por correspondência por este recebida, incidindo na política colonial do Estado Novo e no percurso militar e político do seu detentor, atravessando as décadas de 1930 a 1950.
A predominância é, todavia, para a correspondência da década de 1950, em particular no período em que Sarmento Rodrigues ocupou o cargo de ministro das Colónias e depois do Ultramar (1950-1955), embora seja de destacar igualmente o período em que este foi Governador da Guiné (1945-1948).
Saliente-se a existência, neste conjunto epistolar, de várias cartas de Oliveira Salazar, bem como do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Cunha, e do Ministro do Ultramar, Raul Ventura (que sucedeu nesta pasta a Sarmento Rodrigues).
A correspondência deste fundo encontra-se integralmente disponível à consulta. Prevê-se também para breve a disponibilização de documentação ulteriormente integrada no fundo, nomeadamente alguns álbuns publicados pela Agência Geral das Colónias relativos às viagens presidenciais às colónias realizadas entre Julho e Agosto de 1938 (São Tomé e Príncipe e Angola) e entre Junho e Setembro de 1939 (Cabo Verde, São Tomé, Moçambique e Angola, assim como a visita do chefe de Estado à União Sul Africana), além de alguns títulos de imprensa. (...)
http://casacomum.net/cc/arquivos?set=e_3149
Os guineenses do futuro irão agradecer à Fundação Mário Soares por ter salvo lo que possível salvar da bárbárie da guerra civil de 1998/99...
Rsoinha, tu que estavas lá em 1998/99, lê aqui o que diz o portal Casa Comum sobre o fundo do INEP, BISSAU:
(,,,) "Sendo os Arquivos Históricos Nacionais (AHN) da República da Guiné-Bissau, integrados no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) um Arquivo Nacional autónomo, com as suas próprias lógicas de arrumação documental, a disponibilização dos seus conteúdos nesta plataforma online obedece, necessariamente, à própria organização interna dos AHN.
Assim, e não obstante decorrerem ainda trabalhos de digitalização, descrição, indexação e mesmo de investigação acerca dos diferentes fundos documentais ai presentes, a organização digital dos documentos aqui presentes segue um critério simples de divisão ao nível de Fundo e, dentro de cada Fundo, os diferentes critérios de arrumação constam da sua respectiva descrição, sendo naturalmente distintos entre si.
Neste momento, para além das duas séries completas da Revista "Soronda" (dentro das "Publicações"), e de um conjunto de fotografias da Luta de Libertação e da destruição ocorrida no próprio instituto aquando do conflito de 1998/99, destacamos ainda a digitalização integral da colecção fotográfica do Centro de Estudos da Guiné Portuguesa (CEGP), na qual foi possível recuperar, ainda que parcialmente, a sua organização original.
Os restantes fundos agora disponibilizados (documentos CEGP, Repartição do Gabinete do Governador e Secretaria dos Negócios Indígenas) são trabalhos em curso, podendo ainda passar por diversas reorganizações, à medida que os mesmos forem sendo tratados. Apesar disso, achámos importante disponibilizá-los desde já, não só devido à sua relevância documental, mas igualmente por serem documentos, até agora, de difícil acesso (apenas em Bissau, e com restrições)." (...)
http://casacomum.net/cc/arquivos?set=e_7284
Rsoinha, o arquivo Mário Pinto de Andrade também te pode interssar (a ti, que estuveste em Ango9la e Guiné):
(...) "ARQUIVO MÁRIO PINTO DE ANDRADE
O acervo documental de Mário Pinto de Andrade foi depositado no Arquivo Mário Soares pelas suas filhas Anna Jinga Ducados e Henda Ducados.
Este espólio reúne não apenas escritos da sua autoria, mas igualmente documentação que recolheu de outros autores, como Maurício Ferreira Gomes, Agostinho Neto, Fernando Costa Andrade ou Marcelino dos Santos. Do mesmo modo, assinale-se que a documentação não diz somente respeito a Angola, como também às restantes colónias portuguesas, à questão colonial em geral e a diversas estruturas anti-colonialistas, como o Movimento Anti-Colonial (MAC) ou a Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP).
Por outro lado, na organização do espólio respeitou-se, sempre que possível, a própria estrutura que Mário Pinto de Andrade utilizara para arquivar a sua documentação – o que, por vezes, obrigou à manutenção de conjuntos relativamente extensos.
Trata-se de um acervo documental da maior relevância para o estudo da questão colonial e, especialmente, da afirmação dos intelectuais africanos e da criação dos movimentos nacionalistas das ex-colónias portuguesas. O seu conhecimento permite aprofundar o percurso político e cultural de alguns dos principais dirigentes da luta anti-colonial e das organizações criadas para o efeito, ao mesmo tempo que evidencia estudos fundamentais sobre as realidades políticas, sociais e culturais dos países então sob domínio colonial.
Integralmente digitalizado, o Arquivo de Mário Pinto de Andrade constitui hoje um repositório incontornável para o conhecimento da história recente." (...)
http://casacomum.net/cc/arquivos?set=e_3944
Por fim o...
ARQUIVO AMÍLCAR CABRAL
Constituído por mais de 10.000 documentos (com cerca de 27.600 páginas), incluindo 1.300 fotografias, o âmbito cronológico dos Documentos Amílcar Cabral situa-se entre 1956 e 1976, com excepção de alguns documentos posteriormente incorporados por sua Filha, Iva Cabral, que se referem a actividades profissionais de Cabral e, também, a acontecimentos posteriores à sua morte.
O Arquivo Amílcar Cabral, essencialmente organizado em Dakar e em Conakry, é constituído por documentação de cariz político, militar e diplomático produzida pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e pelo seu fundador, Amílcar Cabral.
A documentação de carácter político engloba também os movimentos anti-coloniais africanos (FRAIN, MAC, UGEAN e CONCP) e, de modo menos significativo, os movimentos de libertação de outras ex-colónias portuguesas (MPLA e FRELIMO).
Destacam-se os Manuscritos de Amílcar Cabral (10 % do total da documentação), onde é possível encontrar o rascunho de documentos emblemáticos da luta pela independência, como Unidade e Luta ou O papel da cultura na luta de libertação. Deste conjunto constam igualmente algumas das mais importantes tomadas de posição política do PAIGC, designadamente as decisões do I Congresso do PAIGC (Congresso de Cassacá), que ditaram a reorganização do partido e das forças armadas.
O Arquivo Amílcar Cabral reúne ainda documentação de outras origens, directamente relacionada com os temas nele tratados, designadamente Pedro Pires, Iva Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, Vasco Cabral, Manuel dos Santos e Bruna Polimeni.
Importa destacar o empenho na salvaguarda da documentação de Amílcar Cabral de sua filha Iva Cabral e ainda de Aristides Pereira e Pedro Pires.
http://casacomum.net/cc/arquivos?set=e_2617
Luís Graça, em 1998 eu já estava cá, a trabalhar nas obras da Expo 98.
Em 1994 sai da Guiné quando se começaram a formar partidos políticos.
Aquela guerra de 1998 não me apanhou, parece sina minha, passar ao lado.
Já tinha andado 13 anos na guerra colonial e não ouvi um tiro, o que sei «contaram-me».
Na Guiné assisti sem guerra ao derrube de Luís Cabral, em 1980.
Tambem eu na Guiné, sem guerra o Nino mandou fuzilar uns tantos kamaradas de luta, também me «contaram».
Lá conta-se tudo ao momento.
Vou ver o que consigo ver sobre documentação de Angola, de coisas mais antigas como do tempo de Morais Sarmento.
Luís, sabes que a curiosidade dos Guinenses sobre os dirigentes caboverdeanos ou os irmãos Pinto de Andrade não é muito entusiasta.
Os guineenses olham para essa gente, um pouco como os brasileiros olham para Dom Pedro.
Ou seja, sentem-se algo decepcionados por ficarem sem heróis próprios a quem recorrer.
Caríssimo A. Rosinha,
Cordiais saudações.
Sou mais um desses milhões da Diáspora Lusitana desde 72, e por aí vou andado.
Li o seu comentário sobre Brasileiros e D.Pedro,e vou responder por duas razões:
1- Li há dias outro comentário seu sobre Brasileiros em relação a Portugal.
2- Li alguns comentário médicos de que a polémica, é um bom remédio para afastar o "Doutor Alemão".
Então vamos lá:
O Brasil é um "Continente" com aproximadamente 200 milhões de pessoas de todas as raças e origens.Como tão bem disse o Professor Darcy Ribeiro, o Brasil são vários países em um, que não se "esfacelou", (por milagre, digo eu), como o restante da América Esponhola,onde as Elites se envolveram numa longa luta fratricida.
Felizmente hojé o Brasil é uma Democracia, onde todos podem falar quase tudo.
Penso pois, ser temerário dizer os brasileiros pensam isto ou aquilo.
Quanto ao D.Pedro ou outros heróis, quero lembrá-lo que a moderna historiografim está tomando o rumo inverso.
D.João, esse sim ridicularizado aquém e além mar, está sendo reabilitado, como figura fundamental na História do Brasil.
forte abraço
Vasco Pires
Amigo Vasco Pires, há mais variedades de origens de brasileiros do que tribos tem a Guiné-Bissau.
Tens razão de me dizer que é "temerário" eu dizer que os brasileiros pensem isto ou aquilo.
Generalizar é sempre errado, mas as excepções à regra talvez sejam maiores daqui a muitos anos.
Mas por curiosidade olha as semelhanças entre as origens de um pais diminuto e o maior país do mundo criado no mapa e mantido com «tomates» no sítio.
Como Dom Pedro II deposto veio para Portugal, tambem Cabral II, (Luís) deposto veio para Portugal.
E tanto um país como o outro, foram invadidos por novos colonizadores do mundo inteiro.
E foram essas novas colónias de gente estranha que ajudaram a criar aquela imagem negativa de Dom João VI e a «piada do português».
Mas amigo Vasco, ouvi um dia, a um dinamarquês em Luanda chatear-me com umas Cucas no bucho se achava lógico um país fraquinho como Portugal mandar num território grande como Angola.
O gajo certamente nunca tinha ido ao Brasil.
Aí é que ele via que com «nóis pórtugas», lógica é uma porra.
Cumprimentos
Caríssimo Antonio,
Saudações Bairradinas.
Tenho que "confessar" que a sua cordata resposta deixou-me "frustrado".
Pensei eu, que iríamos dar início a uma longa e "proveitosa" polémica.
Mas vamos lá, tentar pegar o pouco que sobrou!
Quem, por todos os meios, tentou e conseguiu, ridicularizar o Monarca do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e Imperador (nominal) do Brasil, foi mesmo "prata da casa". O grupo que fez a mudança - como disse o Príncipe de Lampedusa - para que tudo continuasse na mesma - como "arma de arremesso", demonizou os Bragança,apontando-os como responsáveis por todos os males passados e futuros do Brasil.
forte abraço
Vasco Pires
Amigo Vasco, eu nunca estudei muito bem a história, foi sempre pela rama o pouco que li e estudei.
E apenas a partir do 25 de Abril com o meu fim em Angola e o meu principio de 5 anos no Brasil, é que me permitiu conviver com gente antiga e moderna, que me abriu um bocadinho os olhos para certas coisas.
E quando dizes que foi a "prata da casa" a denegrir o Dom João VI, faz-me lembrar que em Luanda, os primeiros discursos anti-Lisboa, Portugal, foram, não os movimentos (turras)mas precisamente os jovens da cidade filhos dos antigos ou novos colonos, brancos ou mestiços.
Fartaram-se de chamar malandros aos pais, até que começaram os tiros e aí, muitos lá foram também para o Brasil, como eu ou para cá.
Pois é Vasco, mas se tens curiosidades sobre aquela independência de Dom Pedro, expõe porque também dá para comparar com o que se passa hoje.
Cumprimentos
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