domingo, 8 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14330: Notas de leitura (688): O livro de Sofia Branco, "As mulheres e a guerra colonial", apresentado em Lisboa, na A25A, em 4 de março (Parte II): a retaguarda dos homens que fizeram a guerra




Vídeo (7'34'') > Alojado em You Tube > Luís Graça




Lisboa, Associação 25 de Abril, 4 de março de 2015. Sessão de lançamento do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial" (Lisboa, A Esfera do Livro, 2015). Sofia Branco, a  autora, no uso da palavra (vídeo acima).

Foto: © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados

3 comentários:

sardinha75 disse...

Caros Camaradas e Amigos
Dou os meus sinceros parabéns à autora do Livro “As Mulheres e a Guerra Colonial”, Sofia Branco.
Este tema tinha já sido abordado, pela APOIAR, num Ciclo de Colóquios, julgo que o tema era: “Um Diferente Olhar sobre a Guerra Colonial”, e organizou-se uma Exposição com o mesmo tema. O Museu Biblioteca República e Resistência e a APOIAR, em Abril de 1996. Foram 11 dias de Colóquios. Num deles o tema foi a “Mulher na Guerra Colonial”, julgo que esteve na Mesa a Lídia Jorge e a Doutora Fani Lopes, para além do responsável do Museu.
Em 22 e 23 de Maio representei a APOIAR – Associação dos Ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra, num Colóquio em Coimbra, subordinado ao tema “As Mulheres e a Guerra Colonial”, organizado pelo Centro de Estudos Sociais, em Colaboração com o Centro de Documentação do 25 de Abril. Participaram Margarida Calafate Ribeiro, Helena Neves, Manuela Cruzeiro, Hélia Correia (que escreveu para o Jornal Estudantil de Vila Franca de Xira “Eco Académico”, fui dos fundadores em 1961), Ana Medeiros, estrangeiros e outros.
Associações de Combatentes só a APOIAR e ADFA.
Pedi a palavra, e para além de elogiar a iniciativa e principalmente enaltecer o papel da Mulher, propus que se construísse um Monumento à Mulher-Mãe; Mulher do Combatente; Mulher-Noiva, Mulher-Namorada e a Mulher-Enfermeira. A Mulher viveu e sofreu com a Guerra Colonial. A Mulher também foi, e é Combatente.
Tem todo o direito de possuir um Monumento Nacional, atrevendo-me a sugerir o nome: “A Mulher na Guerra”. Que não se cometa o mesmo risco com o Monumento aos ditos Combatentes do Ultramar, por ser um modo de divisão. Há quem fale em Guerra do Ultramar e Guerra Colonial. Ir para um lado ou outro significa divisão. Cada um defende o que defende, se for possível evitá-lo melhor.
Um abraço à Tabanca Grande e M´Homem Grande.
Mário Vitorino Gaspar

Anónimo disse...



Porque é que as mulheres têm tanta ligação com o divino, porque é que elas estão tão próximas dos deuses?
Será por causa desse fenómeno transcendente, que ocorre dentro delas, a concepção, e que as torna tão cheias da graça como a oração diz, em relação a Maria, mãe de Jesus Cristo, que por contradição a Igreja Católica diz que Ele não foi concebido, mas nasceu por obra e graça do Espirito Santo. Será mais uma vez a Igreja, sendo uma instituição masculina a querer secundarizar o papel da mulher, como tem acontecido ao longo da sua história, tendo chegado a duvidar se a mulher teria alma. A mulher tem uma grande alma que cresce na medida em que se dedica mais aos outros. Aos filhos ama-os a todos igualmente e sofre muito quando ele sofrem ou estão em perigo.
Só elas e os deuses têm o poder de transformar algo que não é quase nada em alguém tão complexo como o homem.
Ontem a propósito de um texto que estive a escrever sobre antigo um padre da minha aldeia, homem bom, que deixou muitas saudades, escrevi estas observações, à margem do texto, não me lembrando que hoje era o dia da mulher. Hoje de manhã quando cumprimentei a minha filha, ela perguntou-me se não tinha nada mais a dizer a ela e à mãe. Peço publicamente desculpa pela omissão e dedico as palavras que escrevi ontem à minha mulher e às filhas. Parabens a todas as mulheres do Mundo! Uma referência especial às mães de todos os camaradas, incluindo a minha, que tanto sofreram com a nossa ausência nos vários teatros de guerra ( a minha mãe teve dois). Um beijo para todas elas por tanto chorarem, rezarem e por tantas promessas cumpridas a pensar na nossa saúde e no nosso regresso . Às esposas, namoradas, irmãs, madrinhas de guerra que igualmente sofreram muito e tanto nos apoiaram.
Parabéns e obrigado à Sofia Branco por se ter lembrado dessas mulheres guerreiras e foram tantas.
Para elas um beijo, um abraço a todos os camaradas.

Francisco Baptista

Anónimo disse...




Peço desculpa, não me ter lembrado (os esquecimentos repetem-se!) dessas corajosas enfermeiras paraquedistas ou em terra. Nunca vou esquecer a cara de aflição daquelas 7 sete jovens que em 1971 aterraram em Buba para dar assistência a quase 20 feridos num acidente duma granada de bazuca.
Parabens a esse batalhão de enfermeiras que tanto sofreu connosco e muitas vezes se arriscaram tanto.
Um beijo de agradecimento.

Francisco Baptista