Guiné > Ilha de Bolama > CIM de Bolama > Natal de 1973 > O João Silva, em primeiro plano, à esquerda, segurando na mão uma garrafa que, ao nosso editor, pareceu de espumante, mas não devia ser...
Fotos (e legendas): © João Candeias da Silva / António Duarte (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Dois comentários, ao poste P23750 (*), de leitores que estão sempre atentos ao detalhe e que, neste caso, não viram garrafas de espumante nenhumas...
Vamos aceitar o desafio do nosso querido camarada Valdemar Queiroz que, além de leitor compulsivo do nosso blogue, é catedrátrico em matéria de passatempos do tipo "Descubra a Diferença"... (Sabemos que o nosso blogue tem-lhe dado... anos de vida, a ele que, sofrendo de uma DPOC, vive sozinho trancado em casa, e que em matéria de "bioxene", já bebeu os DOC todos que tinha a beber, diz ele, com o seu proverbial bom humor de caserna).
(i) Valdemar Queiroz
Bem, no tempo que passei no CIM de Contuboel não tínhamos praia mas tínhamos rio. Também não nos foi oferecido garrafas de bioxene com fitinhas de Natal, mas foram igualmente tempos que nem parecia que estávamos na guerra da Guiné, como nestas fotos se pode observar.
(i) Valdemar Queiroz
Bem, no tempo que passei no CIM de Contuboel não tínhamos praia mas tínhamos rio. Também não nos foi oferecido garrafas de bioxene com fitinhas de Natal, mas foram igualmente tempos que nem parecia que estávamos na guerra da Guiné, como nestas fotos se pode observar.
E a propósito de garrafas de bioxene com fitinha de Natal que aparecem na fotografia, não parecem ser de espumante que seriam maiores e de rolha bem diferente, e nota-se não serem todas da mesma marca.
Vale uma carica a quem descobrir de que bioxene se trata, 'bora lá. (**)
(ii) Fernando de Sousa Ribeiro:
Ao olhar de lince do Valdemar não escapa nada. As garrafas parecem ser de "espumante" JB, Drambuie, VAT69, etc.
Ao olhar de lince do Valdemar não escapa nada. As garrafas parecem ser de "espumante" JB, Drambuie, VAT69, etc.
31 de outubro de 2022 às 18:10
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 31 de outubro de 2022 > Guiné 61/74 - P23750: Tabanca Grande (538): João Silva (1950-2022), ex-Fur Mil At Inf, CCAV 3404 (Cabuca, 1972), CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1973) e CIM Bolama (1973/74), grã-tabanqueiro n.º 866, a título póstumo
(*) Vd. poste de 31 de outubro de 2022 > Guiné 61/74 - P23750: Tabanca Grande (538): João Silva (1950-2022), ex-Fur Mil At Inf, CCAV 3404 (Cabuca, 1972), CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1973) e CIM Bolama (1973/74), grã-tabanqueiro n.º 866, a título póstumo
(**) Último poste da série > 8 de junho de 2022 > Guiné 61/74 - P23338: Fotos à procura de... uma legenda (165): A Mona Lisa de Bubaque, 2008: "O que dizem os teus olhos, mulher bijagó ?" (Tiago Costa / Joaquim Costa)...
5 comentários:
Centro de Instrução Militar
Identificação: CIM
Cmdt: Cap Inf José Manuel Severiano Teixeira
Cap Inf António Lopes de Figueiredo
Cap Inf António Ferreira Rodrigues Areia
Cap Inf Laurénio Felipe de Sousa Alves
Cap Inf António Feliciano Mota da Câmara Soares Tavares
Cap Inf João José Louro Rodrigues de Passos
Cap Inf Alcino Fernando Veiga dos Santos
Cap Inf António de Matos
Cap Art Samuel Matias do Amaral
Cap Inf Carlos Alberto Antunes Ferreira da Silva
Maj Cav Carlos Manuel de Azeredo Pinto Melo e Leme
Maj Inf Carlos Alberto Idães Soares Fabião
Maj Inf Fernando Jorge Belém Santana Guapo
Maj Cav José Luís Jordão de Ornelas Monteiro
TCor Inf Octávio Hugo de Almeida e Vasconcelos Pimentel
TCor Cav Raúl Augusto Paixão Ribeiro
Cor Inf Carlos Emiliano Fernandes
Divisa:
Início: Anterior a OIJan61 | Extinção: 14Set74
Síntese da Actividade Operacional
Era uma unidade da guarnição normal, tendo sido criada inicialmente em Bissau no aquartelamento de Santa Luzia, a partir de 17Mar59, com a finalidade de ministrar instrução militar ao pessoal residente na Guiné e já recenseado e com documentos de identificação nacionais.
Inicialmente, com a designação Centro de Instrução de Civilizados, passou, a partir de 24Nov59, a ter a de ignação de Centro de Instrução Militar, ministrando também instrução a
praça I.
Em 20Mai61, foi transferido para Bolama, tendo assumido a responsabilidade do ubsector respectivo, o qual englobava ainda as ilhas de Bijagós.
Para além da instrução básica e especial ministrada aos militares do recenseamento local para formação de diversas especialidades, efectuou ainda a IAO de unidades e subunidades metropolitanas, esta instrução especialmente a partir de meados de 1970, e estágios de Oficiais e Sargentos para enquadramento de unidades africanas da guarnição normal.
Efectuou também acções de patrulhamento e de contacto com as populações, garantindo ainda a segurança, protecção e controlo dos itinerários, dos aldeamentos e das populações, contribuindo para o seu desenvolvimento social, económico e cultural e superintendendo
no funcionamento do Centro de Licenças de Bolama.
Em 14Set74, na sequência do plano de retracção do dispositivo e após entrega do aquartelamento de Bolama ao PAIGC, o Centro foi desactivado e extinto.
Observações - Tem História da Unidade, referente a OlJan72 a 30Jun74 (Caixa n." 117 - 2ª
Div/4ª Sec, do AHM).
Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 683/ 684
Sim, Fernando Ribeiro, a do falecido João Silva parece ser Drambuie.
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
Ou whisky Buchanan's, from Scotland with Love for the Portuguese Armed Forces... Sempre era melhor do que o de Sacavém--- Matou saudades e mágoas...
E Viva a Aliança Mais Antiga do Mundo!...
Em Angola, os graduados também tinham direito à sua ração de whisky escocês genuíno a preços imbatíveis. Já quanto aos civis, só poderiam ter acesso à sua garrafita de "scotch" se pudessem comprá-la a algum militar; caso contrário, teriam que se contentar com um "whisky" made in Angola chamado Sbell.
Em Angola, o scotch verdadeiro custava uma verdadeira fortuna nos estabelecimentos comerciais e só quem fosse abastado é que poderia dar-se ao luxo de o comprar. Era o "whisky" Sbell que quase todos os civis tinham em casa. Aposto que o Antº Rosinha também o tinha, e não podia ser de outra maneira.
A garrafa do "whisky" angolano Sbell tinha muito bom aspeto, como se pode ver nesta imagem:
https://web-whisky-live.s3-eu-west-1.amazonaws.com/s3fs-public/styles/uc_product_full/public/IMG_6800_3.jpg
Já quanto ao conteúdo... Digamos que devia ser um bom remédio para as lombrigas. Eu nunca bebi "whisky" de Sacavém, mas imagino que devia ser parecido.
A hospitalidade era um ponto de honra em Angola, fosse por parte de brancos, de negros ou de mestiços. As pessoas faziam gala em receber bem as visitas. E o que é que as pessoas lhes ofereciam para beber? Ofereciam-lhes Sbell, que era o único "whisky" que podiam ter. Era oferecido com a maior das boas vontades e nós tínhamos que engolir aquela zurrapa com muito boa cara, para não fazermos uma desfeita ao nosso anfitrião. A boa educação implica por vezes alguns sacrifícios.
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