quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24902: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (14): Cerimónia da desactivação e entrega do aquartelamento ao PAIGC, em 4 de setembro de 1974 - Parte II

Foto nº  74 > O 2º comandante do BCaç. 4513/72,  maj inf  Dias Marques,  e o cap mil inf Braz Dias,  comandante da 1ª Companhia, em continência à Bandeira.

Foto nº  73 > ...Mas antes houve o preparar da troca de bandeiras... (Até o "canito" não quis faltar.)


Foto nº 75 > O hastear da bandeira do PAIGC (futura bandeira da República da Guiné-Bissau, cuja independência foi reconhecida por Portugal em 10 de setembro de 1974) e o arriar da bandeira nacional


Foto nº 76 > O momento em que a bandeira do PAIGC chega ao cimo do mastro


Foto nº 77 > A bandeira do PAIGC (futura bandeira da Guiné-Bissau)


Foto nº 76 > A bandeira nacional


Foto nº 77  > O cap mil inf Braz Dias junto ao mastro da bandeira, e com ele o 1º cabo que estava no depósito de géneros, do qual não recordo o nome.


Foto nº 78A > Guerrileiros do PAIGC desfilando junto ao pau da bandeira... Pelo que se observa da foto já tinha havido "troca de galhardetes", neste caso, de quicos (do PAIGC) e de boinas (as NT)


Foto nº 79  >  O nosso 1º cabo que estava no depósito de géneros 


Foto nº 79A  >  A bandeira do PAIGC, com as cores vermelha, verde e amarela, e estrela negra...


Foto nº 80  > Um guerrilheiro do PAIGC e o  1º cabo das fotos acima

Foto nº 81  > Uma força do PAIGC e dois pelotões da 1ª C/BCAÇ 4513/72 fazem continência às bandeiras... Em primeiro plano, à esquerda, um marinheiro da guarnição da LDG105 "Bombarda".

Guiné > Região de Quínara > Buba > 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Bula, 1973/74) > 4 de setembro de 1974:   

Fotos (e legendas): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Último lote de fotos  (por ordem cronológica) do álbum do António Alves da Cruz (ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72, Buba, 1973/74), que tem já mais de duas dezenas de referências no nosso blogue (foto à direita: lisboeta de Belém, vive em Almada onde trabalhou na Lisnave). 

Este é o segundo de três postes, e dizem respeito ao último dia da estadia em Buba, em 4 de setembro de 1974, na sequência da execução do plano de retracção do dispositivo e a desactivação e entrega do aquartelamento de Buba ao PAIGC,  de acordo com os compromissos assunidos no  Acordo de Argel, assinado em 25 de agosto de 1974, e que fixou a data da  independência da Guiné-Bissau em 1o de setembro desse ano.

Dois dias depois, a 6 de setembro de 1974, o António Alves da Cruz estava em casa (regresso de avião,  através dos TAM).

As fotos (renumeradas pelo nosso editor) foram enviadas em 4 de setembro último, às 19:34.
(Continua)
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 29 de novembro de 2023  > Guiné 61/74 - P24896: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (13): cerimónia da desactivação e entrega do aquartelamento ao PAIGC, em 4 de setembro de 1974 - Parte I

13 comentários:

Cherno disse...

Caros amigos,

Não sei se a bandeira destas imagens era do PAIGC ou não, mas uma coisa que posso garantir é que não é a bandeira da república da Guiné-Bissau. As cores são as mesmas, mas a sua disposição não é mesma, pois na bandeira da república da GBissau a cor amarela está em cima e a verde em baixo, podem conferir e verão que é um facto do qual não se pode negligenciar, tratando-se de um símbolo nacional reconhecido nas instâncias internacionais.

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

Anónimo disse...

PS: Ou se calhar e muito provávelmente para os guerrilheiros ou seja lá, quem a preparou, era tanto faz...!?

Coitado do nosso ACabral...

Cherno Baldé

Anónimo disse...

Um outro pormenor, não menos importante a registar para a história é o facto de que ainda Portugal não tinha reconhecido a sua derrota e a futura república da Guiné-Bissau e já no CTIG os militares tinham ordens de retirada e consequente entrega dos aquartelamentos de Norte ao Sul do território. Nada mau.

Cherno Baldé

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Cherno, em relação ao teu primeiro comentário... Podes ter razão, mas a imagem da bandeira também pode estar invertida... Neste caso, terá sido mal hasteada... ou mal mostrada ao fotógrafo... Os militares portugueses não a conheciam... Mas vendo melhor a fotos nº 73 e 74 conclui-se que a bandeira foi hasteada, certamente por lapso, descuido ou ignorância de "pernas para o ar", com o amareli por baixo e o verde por cima... como tu bem topaste...

De acordo com o sítio oficial da República da Guiné-Bissau, tens toda a razão...

(...) "Símbolos Nacionais
BANDEIRA NACIONAL
A bandeira da Guiné-Bissau foi adoptada em 1973, aquando da proclamação da independência.

A Estrela Preta da bandeira é um símbolo de unidade Africana, amarelo representa o sol, o verde é esperança, e vermelho representa o sangue derramado durante a longa luta pela independência." (...)

Nas imagem que são reproduzidas (nº 73, 74, 75, 78, 79), não há dúvida: o amarelo vem na parte superior direita e o verde na parte inferior direita...

https://www.presidencia.gw/sobre-a-guin%C3%A9-bissau-1

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Cherno, o comandante do bigrupo do PAIGC ou o comissário político, que compareceram e Bba, no dia 4 e setembro de 1974, tinham a obrigação de conhecer bem a sua amada bandeira...Vê-se logo na foto nº 73 que o tipo do PAIGC colocou a bandeira de pernas para o ar: na imagem vê-se o verso (o amarelo por baixo do verde) e não a frente (o amarelo por cima do verde)...LG

Anónimo disse...

Caro amigo Luís Graça,

Penso que não era suposto um guerrilheiro (operacional) conhecer este pormenor subtil, mas os dirigentes e comissários políticos deveriam conhecer muito bem. Penso que inverteram a mesma no momento de colocar (prender) na corda para hastear.

Seria interessante revisitar momentos solenes idênticos que aconteceram nesse período em diferentes aquartelamentos do território para certificarmos se teria acontecido semelhantes casos em outras localidades, por exemplo em Canjadude ou ainda em Mansoa.

Cherno Baldé

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Cherno, não vou esquecer a tua sugestão...

Mas não penses que esta situação (caricata) só acontece na tua terra... Há unas anos largos aconteceu uma história parecida, aqui em Lisboa, no feriado do 5 de Outubro (Implantação da República Portuguesa em 1910)... Vê este recorte de jornal:

Cavaco hasteou a bandeira de Portugal ao contrário há 5 anos

"É o estado do País", fez-se ouvir da plateia que assistia às cerimónias oficiais da implantação da República.

D.V.S.
CM - Correio da Manhã,5 de Outubro de 2017 às 11:30

https://www.cmjornal.pt/politica/detalhe/faz-hoje-5-anos-que-cavaco-hasteou-a-bandeira-de-portugal-ao-contrario-veja-as-imagens


(...) O dia em que a bandeira de Portugal foi hasteada de 'pernas para o ar' por Aníbal Cavaco Silva ficou na memória de todos os portugueses. Há cinco anos, nas cerimónias oficiais da implantação da República, a bandeira - virada ao contrário - foi hasteada da varanda do Município de Lisboa pelo, na altura presidente, Cavaco.

VER VÍDEO (Momento aconteceu a 5 de outubro de 2012, nas cerimónias oficiais da implantação da República.)

Assim que a assistência se apercebeu que algo de errado estava a acontecer começou a ouvir-se o burburinho de que tinham de virar a bandeira. No entanto, ainda foi longo o tempo que esteve hasteada sem conseguir evitar as criticas. (...)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Cherno, vê este poste.. Aqui a bandeira está na posição correta:

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2018/04/guine-6174-p18517-album-fotografico-de.html

Valdemar Silva disse...

Até pensei tratar-se de uma chinesice, ou seja bandeiras feitas na China.
Por cá, na altura do Campeonato da Europa de Futebol, havia a vender bandeiras de Portugal feitas na China que em vez dos castelos no brasão tinham pagodes chineses.

Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Valdemar, até já brincámos com isso. Ver o nosso Proverbiário:

"Lembra-te, ó português: a tua bandeira é a das cinco quinas; a dos cinco pagodes é na loja...do chinês".

Neste caso, confirma-se a sabedoria de senso comum: "O barato são sai caro."

Valdemar Silva disse...

Luís, também se passou a dizer 'as do pagode(rapaziada) são no chinês'.

Valdemar Queiroz

antonio graça de abreu disse...

Muito mais importante do que a bandeira de pernas para o ar, (acontece) é a Pátria, a deles, Guiné-Bissau, e a nossa, o velho Portugal.
Esta madrugada,30.11.2023,/1.12.2023, outra vez, a "gente boa" da Guiné, 50 anos depois da independência, aos tiros, as armas a disparar uns contra os outros, em Bissau.
E o presidente de Portugal, Marcelo, e o ainda primeiro-ministro de Portugal, Costa, há meia dúzia de dias atrás, a voarem para Bissau, meio escondidos, (as televisões lusitanas quase ignoraram as visitas, os discursos, a bajulação.)
E mais não digo, pelo imenso respeito, admiração e ternura que me merecem as verdadeiras gentes boas de Guiné-Bissau.

Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Caro AGA,

É verdade que aconteceu ontem e está manhã um pequeno desentendimento entre corporações (Guarda nacional e militares) que rapidamente ficou resolvido a favor dos militares, mas acontece.

No entanto, vergonhoso e cheio de medo e bajulação foram as acções protagonizadas pelo exército português no período aqui reportado pelo presente Poste e a que já me referi sobre a demissão e entrega de aquartelamentos antes do reconhecimento de Portugal pela independência da sua ex-colónia. Uma mancha que vai perdurar para sempre para os portugueses de verdade.

Cherno Baldé