O Valdemar, que sabia que era pó e que em pó se voltaria a tornar, pediu-nos um último adeus. O Hélder Sousa (Trms, TSF, Piche e Bissau, 1970/72), o Humberto Reis, da CCAÇ 12 (Contuboel e Bamnadinca, 1969/71), o Manuel Macias e outros "lacraus" (da CART 2479/ CART 11, Contuboel e Nova Lamego, 1969/70) estiveram lá ontem, com ele, para o último adeus.
Merece destaque esta pequeno apontamento do Hélder Sousa, nosso colaborador permnanente, provedor do leitor do blogue e que nos representou a todos.(*)
Fui ao velório. Falei com o filho José, cumprimentei outros familiares.
Mas lá cheguei. E encontrei o Humberto, o Macias e outros "Lacraus".
A esposa do José, nora do Valdemar, holandesa (acho que se deve dizer neerlandesa) fez questão de ler um pequeno texto em jeito da sua homenagem ao Valdemar, com as sua recordações do seu (dele) carácter e do bom relacionamento que proporcionou
Disse-lhe que já não havia desde 2019 mas que seria provável que este ano voltasse a haver. Há "Encontros" parciais, é verdade, mas "não é a mesma coisa"...
Foi de facto uma perda para os familiares e também para todos nós, os que o estimavam e apreciavam.
Hélder Sousa (***)
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Notas do editor:
Fui ao velório. Falei com o filho José, cumprimentei outros familiares.
O Blogue era bastante familiar para aquelas pessoas. O Valdemar foi dando conta das suas participações nele.
Não foi fácil, para mim que sou habitante da "margem esquerda", encontrar as "coisas" naquele emaranhado e isto porque a capela mortuária não era na "Igreja de Agualva" na Rua do Bom Pastor, em Agualva, como foi inicialmente publicado, mas sim no "Centro Social Paroquial do Cacém" , na Rua da Paz em Agualva-Cacém.(**)
Mas lá cheguei. E encontrei o Humberto, o Macias e outros "Lacraus".
A esposa do José, nora do Valdemar, holandesa (acho que se deve dizer neerlandesa) fez questão de ler um pequeno texto em jeito da sua homenagem ao Valdemar, com as sua recordações do seu (dele) carácter e do bom relacionamento que proporcionou
Quando me despedi, o José disse-me que go.staria de ser contactado para poder estar presente no próximo Encontro da Tabanca Grande pois queria conhecer mais e melhor, os amigos do seu pai.
Disse-lhe que já não havia desde 2019 mas que seria provável que este ano voltasse a haver. Há "Encontros" parciais, é verdade, mas "não é a mesma coisa"...
Foi de facto uma perda para os familiares e também para todos nós, os que o estimavam e apreciavam.
Hélder Sousa (***)
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 8 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26565: In Memoriam (539): Valdemar Queiroz (1945-2025), ex-fur mil, CART 2479 / CART 11 (1969/70): dezenas de camaradas quiseram despedir-se dele, no blogue e no facebook... O corpo é cremado amanhã de manhã, às 9h45, em Barcarena
(**) Vd,. poste de 8 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26562: In Memoriam (538): Valdemar Queiroz (1945-2025): o último adeus, hoje, na igreja do Cacém, a partir das 17h30... A cremação será amanhã, às 9h45, no Centro Funerário de Barcarena (mensagem do filho, José Valdemar do Vale Pereira Queiroz da Silva, que vive nos Países Baixos)
(***) Último poste da série > 21 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26515: S(C)em Comentários (59): Ainda a Op Trampolim Mágico, desembarque anfíbio na margem direita do rio Corubal (Luís Dias, ex-alf mil, CCAÇ 3491 / BCAÇ 3872, Dulombi e Galomaro, 1971/74
(***) Último poste da série > 21 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26515: S(C)em Comentários (59): Ainda a Op Trampolim Mágico, desembarque anfíbio na margem direita do rio Corubal (Luís Dias, ex-alf mil, CCAÇ 3491 / BCAÇ 3872, Dulombi e Galomaro, 1971/74
6 comentários:
O fórum do Portal UTW - Dos Veteranos da Guerra do Utramar também deu notícia do falecimento do Valdemar, que agradecemos, em nome da família, amigos e camaradas.
Fomos acompanhando a sua doença e as suas terríveis crises... Era uma camarada muito querido de todos nós... Foi recebendo o consolo e o carinho possível, através do nosso blogue, de inúmeros camaradas... Poucos o conheciam pessoalmente... E eu não via desde junho/julho de 1969, em Cibntruboel...
Valdemar, vais fazer falta!... Ao teu filho, à tua nora, aos teus filhos...À tua neta, que é promissora jogadora de futebol, que ainda há de ser uma campeã... Lá nmo Olimpo dos combatentes ainda hás de sorrir, ao vê-la a saudar-te lá do relavado neerlandês...
Vais fazer muita falta ao blogue!...A todos nós... O teu humor, desconcertante, o teu poder aquilino de observação, a tua companhia fraterna diária, a tua cumplicidade, a tua capacidade de mandar o sofrimento e a dor darem uma voltar ao bilhar grande, o teu exemplo de como lidar com (e superar) a filha de putice de uma doença crónica como a DPOC, a tua alegria de viver mesmo "emparedado" na rua de Colaridade... Nunca quiseste ir para os Países Baixos para ir viver com os teus, com medo do frio te matar mais depressa...
Até sempre, Valdemar "Embaló", os teus amigos guineenses também não te esquecem.
Tinha um humor desconcertante... E eu respondia-lhe no mesmo tom:
"Valdemar, não publico a tua foto entubado, porque um gajo entubado num hospital é não é uma coisa linda de se ver... e tu és um rapaz minhoto, de Afife, fotogénico, cheio de "chieira" (vaidade, orgulho, amor-próprio), como a gente vianense!"... Paasei este fim de semana por lá, e enriqueci o meu vocabulário com mais este termo alto-minhoto, "chieira"...
Ó Valdemar Embaló das bajudas de Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari... E de Afife, e de Lisboa e do Cacém!... O blogue também fazia parte da tua garrafa de oxigénio.
João Crisóstomo, Nova Iorque
Helder,
Obrigado por teres ido representar todos os que lá não puderam ir ao velório. Como é/foi o meu caso. Pensei que a melhor hora de encontrar alguém seria hoje, pelo que acabei de telefonar ao Luís Graça para dar o meu abraço virtual, mas não menos sentido por isso, ao seu filho e família.
Quanto ao que disseste :
"o José disse-me que gostaria de ser contactado para poder estar presente no próximo Encontro da Tabanca Grande pois queria conhecer mais e melhor, os amigos do seu pai. Disse-lhe que já não havia desde 2019 mas que seria provável que este ano voltasse a haver. Há "Encontros" parciais, é verdade, mas "não é a mesma coisa"...Permite-me lembrar que em Maio vão haver dois encontros , um em Caldas da Rainha no dia 17 de Maio e outro no Dia 31 de Maio , em Algés. Talvez ele possa ir a um destes. Eu mesmo sem ser do B.Eng.447, gostaria de ir aos dois, mas não sei se me vai ser possível ir a Caldas no dia 17 . Mas estarei pelo menos no encontro em Algés no dia 31 de Maio. Eu tinha o bilhete de regresso para esse dia , mas consegui mudar a data ( volto no dia 3 de Junho) para poder estar com os nossos camaradas que forem a esse convívio. Como o Waldemar morava perto de Lisboa talvez alguns dos nossos camaradas o conheçam e lá queiram ir. Se ao José, filho do Waldemar lhe for possível ir lá talvez seja a melhor oportunidade para " conhecer mais e melhor, alguns dos amigos do seu pai."
Encontrei-te lá a ti , ao Luís Graca, ao Resende e tantos outros há anos atrás, oxalá tenha essa chance outra vez.
Um abraçø.
João Crisóstomo, Nova Iorque
john crisostomo (by email)
9 mar 2025 11:00
Caro José da Silva e todos os meus caríssimos camaradas,
O falecimento e a dolorosa perca do nosso querido Waldemar foi uma ocasião dura mas muito especial para muitos de nós. Pos se foi uma experiência dura, foi ao mesmo tempo um testemunho de quanto os elos criados pela nossa comum experiência na Guiné e vividos sempre com muita intensidade ainda hoje, nos conservam tão unidos.
Como já disse ao José por E mail, ao mesmo tempo que lhe apresentei as minhas sinceras condolências, disse-lhe do quanto ele e os seus podem ter orgulho do pai/avô que tiveram/têm.
E pela mensagem que o Helder Sousa nos fez chegar sei que o José “ gostaria de ser contactado para poder estar presente no próximo Encontro da Tabanca Grande pois queria conhecer mais e melhor, os amigos do seu pai.”
Em resposta e na esperança de que talvez pudesse ajudar com uma sugestão eu fiz um comentário a essa informação que copio aqui.
Helder,
Obrigado por teres ido representar todos os que lá não puderam ir ao velório. Como é/foi o meu caso. Pensei que a melhor hora de encontrar alguém seria hoje, pelo que acabei de telefonar ao Luís Graça para dar o meu abraço virtual, mas não menos sentido por isso, ao seu filho e família.
Quanto ao que disseste :
"o José disse-me que gostaria de ser contactado para poder estar presente no próximo Encontro da Tabanca Grande pois queria conhecer mais e melhor, os amigos do seu pai.”
Disse-lhe que já não havia desde 2019 mas que seria provável que este ano voltasse a haver. Há "Encontros" parciais, é verdade, mas "não é a mesma coisa"…
Permite-me lembrar que em Maio vão haver dois encontros , um em Caldas da Rainha no dia 17 de Maio e outro no Dia 31 de Maio , em Algés. Talvez ele possa ir a um destes. Eu,mesmo sem ser do B.Eng.447, gostaria de ir aos dois, mas não sei se me vai ser possível ir a Caldas no dia 17 . Mas estarei pelo menos no encontro em Algés no dia 31 de Maio. Eu tinha o bilhete de regresso para esse dia , mas não hesitei em mudar a data ( agora volto no dia 3 de Junho) para poder estar com os nossos camaradas que forem a esse convívio.
Como o Waldemar morava perto de Lisboa talvez alguns dos nossos camaradas o conheçam e lá queiram ir. Se ao José, filho do Waldemar lhe for possível ir lá , talvez seja a melhor oportunidade para " conhecer mais e melhor, alguns dos amigos do seu pai.”
Encontrei-te lá a ti , ao Luís Graca, ao Resende e tantos outros há anos atrás, oxalá tenha essa chance outra vez.
Um abraçø grande do
João Crisóstomo, Nova Iorque >>
Um grande abraço (agora virtual) a todos. na esperança de que lhes possa dar um abraço bem real no dia 31 de Maio no Restaurante Caravela d’Ouro em Algés.
João Crisóstomo
João, lá transmiti o abraço solidário ao Zé da Silva. Foi um cerimónia breve e simples. Estava a família do Zé, simpática, a esposa e duas filhas adolescentes mais uma cunhada. O filho maios velho já tinha regressado ontem à Holanda. Gostei de conhecer estes nossos novos amigos luso-neerlandeses, que daqui a uns anos pensam poder vir instalar-se aqui em Portugal.
O Zé, que esteve na FAP c0omo o1º cabo especialista, vive nos Países Baixos desde 2000, numa cidadezinha de 50 mil habitantes perto da fronteira com a Bélgica (disse o nome, que não fixeio). Vai cá ficar mais quinze dias, para tratar da "papelada"...Ainda tem a mãe viva. Apesar de divorciados, a ex do Valdemar relacionava-se com ele e ajudava-o no que podia.
Também transmiti pessoalmente do filho do Valdemar os votos de pesar que me chegaram do Eduardo Estrela (que vive em Cacela, Vila Real de Santo António).
Ontem houve uma série de camaradas que passaram pelo velório.
E passa, veloz como um meteorito, a nossa vida na terra... Estava a preparar-me para dizer duas palavras quando de repente abriu-se a "bocarra" do crematório e levaram o caixão... Está tudo cronometrado, aquilo é uma "fábrica", não há tempo para grandes conversas... Chegei, ligeiramente atrasado por volta das 10 e picos, e três quartos horas depois, nem tanto, estava de volta... Além de nós e da família, estavam mais três ou quatro amigos holandeses...
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