sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Guiné 63/74 - P3571: As Boas-Festas da Nossa Tabanca Grande (2): Onde pára o espírito do Natal? (António Matos)

1. Estamos a publicar o comentário que o nosso camarada Antonio Matos deixou no poste Guiné 63/74 - P3558: As Boas-Festas da Nossa Tabanca Grande (1): Está na hora (Santos Oliveira) (*), pela sua abordagem ao carácter mercantil da festividade, em detrimento do antigo conceito de época em que todos os Homens se sentiam mais próximos, mais solidários e quando até era possível uma pausa na guerra.



Assim disse António Matos:

Cada vez mais se desvirtua o espírito de Natal, quer transformando-o num verdadeiro poço de consumismo desmedido, quer mesmo pela antecipação das compras as quais, pasme-se, são feitas de mãos dadas com as crianças para que sejam elas mesmas a escolher as respectivas "surpresas"!

Longe vão os tempos em que, já depois, e ainda assim, desenganados pelo Pai Natal, nos reuníamos naquele misto de fraternidade familiar, e suspense pelas dádivas no sapatinho que miraculosamente apareciam aquando do regresso da missa do galo….

É o sinal dos tempos no seu pior onde, após o desembrulhar de toda aquela quinquilharia, ficamos perplexos ao questioná-las no confronto com as desigualdades…

É o sinal dos tempos ao mandarmos um email substituto do telefonema pessoal, caloroso, amigo, cúmplice, solidário…

É o sinal dos tempos esta competitividade que não permite que sejamos considerados reactivos à iniciativa dos outros e queiramos demonstrar a nossa pró-actividade em tomar a dianteira…

É por tudo isso que aqui estou, desde já, a desejar-vos as Boas Festas Natalícias!

Aproveito para estender os votos a 2009 no sentido de que esse ano possa vir a ser diferente do que se lhe augura!

Abraços do,
António Matos

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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 3 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3558: As Boas Festas da Nossa Tabanca Grande (1): Está na Hora (Santos Oliveira)

1 comentário:

Anónimo disse...

Aceito e retribuo os votos de Boas-Festas, quer ao Santos Oliveira, quer ao António Matos, como aproveito,para os tornar extensivos ao Pessoal da Tabanca Grande. E acrescento a amizade, que deriva da qualidade de tertulianos, unidos pelos laços de solidariedade da nossa passagem pela Guiné. O resto não importa, embora seja passivel de troca de pontos de vista. São sinais do tempo que passa. Façam o favor de viver felizes!
José Dinis