quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3840: Sítio Guerra Colonial (1961-1974), da A25A, em colaboração com a RTP (1): Intervenção do Maj Gen Pezarat Correia





Auditório da Academia Militar, Amadora, 4 de Fevereiro de 2009, 16h/18h > Sessão de apresentação do 'site' Guerra Colonial (1961-1974), da A25A - Associação 25 de Abril, em colaboração com a RTP > Intervenção do Major General na Reforma Pezarat Correia que vem defender uma tese, que não é nova mas é interessante, sobre a velha questão guerra ganha/guerra perdida: politicamente, a potência colonizadora (que era Portugal) não ganhou nem podia ganhar; militarmente, a situação no terreno estava longe de estar ganha pelos movimentos nacionalistas...(*).


Vídeo (7' 54'' ) alojado no
You Tube > Nhabijoes
Fonte: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2009). Direitos reservados.


Omtem, 4 de Fevereiro de 2009 - simbolicamente, quarenta e oito anos depois do início, em Angola, da guerra colonial - , foi apresentado oficialmente o 'site' Guerra Colonial (1961-1974), uma iniciativa conjunta da Associação 25 de Abril, e da RTP com o apoio do POC - Programa Operacional da Cultura. Na realidade trata-se de dois sites (ou sítios), embora articulados:

- Guerra Colonial (1961-1974), alojado em endereço próprio: http://www.guerracolonial.org/. (Já foi aqui sumariamente apresentado no nosso blogue) (*)


- Guerra Colonial (1961-1974), alojado no portal da RTP: disponibiliza dezenas de vídeos e documentários (actuais e da época), do Arquivo da RTP, sobre a guerra colonial e o seu contexto. Os comentários aos diferentes documentários, efectuados em colaboração com a Associação 25 de Abril, são da responsabilidade de vários especialistas militares : Cor Inf José Aparício; Cor Art Eduardo Abreu; Cor Pilav Villalobos Filipe; Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Lauret.



Lista dos documentários da RTP títulos disponíveis:1970-01-01 • Missão na Guiné 1967 - Teixeira Pinto
1970-01-02 • Angola - Março 1967
1970-01-03 • Uma operação na Guiné
1970-01-04 • Um Ano de Revolução - 1974 e 1975
1970-01-05 • Actual Reportagem - Barata Feio - Vietname, Afeganistão, Guerra Colonial
1970-01-06 • Geração de 60 - Diana Andringa
1970-01-07 • Missão na Guiné
1970-01-08 • Liberdade de Expressão - Artº 37
1970-01-09 • Missão em Angola 1967
1970-01-10 • Angola, Dias De Morte - Joaquim Furtado (vol. I)
1970-01-11 • "Andar Rápido e em Força" - Joaquim Furtado (vol. II)
1970-01-12 • Massacres Contra Chacinas - Joaquim Furtado (vol. III)
1970-01-13 • Operação Nambuangongo Joaquim Furtado (vol. IV)
1970-01-14 • As Colónias E As Províncias Joaquim Furtado (vol. V)
1970-01-15 • As Guerras Antes Da Guerra - Joaquim Furtado (vol. VI)
1970-01-16 • O Ano Que Marca A História - Joaquim Furtado (vol. VII)
1970-01-17 • A Guiné Depois De Angola - Joaquim Furtado (vol. VIII)
1970-01-18 • Moçambique, Nova Frente - Joaquim Furtado (vol. IX)
1970-01-19 • Entrevista com Amilcar Cabral (Líder do PAIGC)
1970-01-20 • As Duas Faces da Guerra - Parte 1
1970-02-01 • Guiné - Autodefesa das Populações
1970-02-02 • O impacto da Guerra - Louça, entrevista 3 deficientes das Forças Armadas
1970-02-03 • Guiné - Março 67 - Por quem combatemos
1970-02-05 • Crónica do Século - Parte 1
1970-02-06 • PAIGC - Documentário Francês
1970-02-07 • Nambuangongo - A Grande Arrancada
1970-02-08 • Artigo 37 - Diana Andringa - Entrevista Matos Gomes
1970-02-09 • Nas 3 Frentes
1970-02-20 • As Duas Faces da Guerra - Parte 2
1970-03-01 • O Exército na Guiné - Bula
1970-03-03 • Guiné Março de 67 - Marinha - Água e Floresta
1970-03-05 • Independência Já! - Moçambique - Descolonização e Independência
1970-03-09 • Angola Março 67 - Asas no céu de Angola
1970-04-01 • Portugalmente - Canções de guerra
1970-04-03 • INDEPENDÊNCIA JÁ - Uma História a Pretos e Brancos
1970-04-08 • Guiné Março 67 - Autodefesa
1970-04-09 • Moçambique
1970-05-01 • Angola - Março de 1967
1970-05-03 • Guerra Colonial na Guiné - Louçã - Entrevista Carmo Vicente elemento Paigc
1970-05-09 • Missão em Angola 1967 - Gago Coutinho
1970-06-09 • A RTP Nas 3 Frentes
A sessão de lançamento dos dois sites teve a presença dos Ministros da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, bem como do presidente do Conselho de Administração da RTP, e do presidente da A25A, Vasco Lourenço, um conhecido capitão de Abril, hoje Cor Inf Ref. O anfitrião foi o director da Academia Militar.

Do pessoal da Tabanca Grande, com quem tive o prazer de estar (eu e a Maria Alice), aponto os seguintes:

- Miguel Pessoa (Cor Pilav Ref) e a esposa Giselda (Srgt Enfermeira Pára-quedista Ref) (tive hoje o prazer de os conhecer pessoalmente e logo os baptizei como o casal mais célebre da guerra da Guiné...);
- António Graça de Abreu (que ainda entusiasmadísismo a traduzir mais um dos clássicos da poesia chinesa);
- Zé Carioca e a esposa;
- Zé Martins, técnico oficial de contas, colaborador regular do nosso blogue;
- Carlos Silva, advogado, que parte dia 6 para a Guiné, para mais uam jornada de solidariedade;
- Coutinho e Lima;

e, claro, o Pedro Lauret (que fez publicamente um rasgado elogia ao nosso blogue). Tive ainda o prazer de cumprimentar (e de falar com) o Carlos Matos Gomes (Cor Cav Ref), co-autor com Aniceto Afonso do livro que forneceu o essencial dos conteúdos ao novo site. Também o Cor Pára-quedista Nuno Mira Vaz fez questão de me cumprimentar e manifestar o seu apreço pelo nosso blogue. O mesmo se passou com o jornalista Joaquim Furtado, que agradeceu a nossa colaboração pontual, em relação ao dossiê do Chão Manjaco (morte dos três majores).

Coube, de resto, ao nosso camarada Pedro Lauret a tarefa de falar deste projecto da A25A e da RTP bem como dos conteúdos que estão disponíveis (por exemplo, mais de 5 horas de documentários).

Por falta de tempo, falaremos desta sessão com mais detalhe, em próximos postes.

_________

Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de 2 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3829: Convite da A25A/RTP: Sessão de apresentação do sítio Guerra Colonial, Academia Militar, Amadora, 4ª feira, dia 4, às 16h

8 comentários:

JC Abreu dos Santos disse...

... que, na última página do DN de hoje, o MGen Pezarat já havia deixado explícito - no final da brevíssima entrevista e sem permitir qualquer margem para dúvidas -, que um dos «públicos-alvo» da A25A «são as escolas», nas quais vai ser "explicada às criancinhas" a guerracolonial.org politicamente correcta e «complementar de outras actividades em que» aquela associação «está empenhada [...] e ao abrigo de um convénio com a Associação de Professores de História, tem-se promovido uma série de acções de formação de professores sobre esses temas, mesmo com sócios civis da Associação 25 de Abril como António Reis [conhecido historiador grão-mestre maçon] ou Fernando Rosas [conhecido historiador dirigente bloquista]. Sendo os professores multiplicadores de opinião [sic], isso permite-lhes ir mais além dos programas escolares, que são um pouco secos.»

Mais palavras, para quê? É um major de Abril!

Os 'habitués' foram todos ao beberete?
Ou está por aí alguém, que arranje "pachorra" para comentar as inequívocas intenções do novíssimo projecto "abrangente" dos associativos de Abril?

Anónimo disse...

Obrigado Luis Graça
Tenho aqui muito material de estudo. Procurarei tempo e disponibilidade.
É totalmente diferente do Avenida da Liberdade.Sem ir mais além, porque teria acabado aquele blogue??? Pode ser um ex...Mais explicito-Exemplo!?
Abraços para todos os Tertulianos.
Torcato Mendonça

Anónimo disse...

Pena que o site tenha varias incorreções e não permita que quem viveu in loco as situações não possa rectificar

Anónimo disse...

Nada de novo após tantos anos!
É pena! Muita pena!
Grande blog este do Luis Graça!

Antº Rosinha

Anónimo disse...

Aqui, meu caro Luís, dialogamos uns com os outros, trocamos experiências, discordamos e concordamos.
Tentamos por a política de parte e fazemos esforço para chegar à verdade.
Uuns pensam e vêem de uma maneira e outros de modo oposto, e assim vamos construindo a história que se vai fazendo das nossas histórias.
Ali meu caro Luís, está uma "visão" e uma linha de pensamento muito nitidas nas quais não me revejo e com as quais não concordo.
Devo dizer no entanto que o que Pezarat Correia diz sobre a guerra ganha ou perdida não é nem mais nem menos do que o que eu e outros temos vindo a dizer.
Fico-me por aqui, por este espaço cheio de verdade e frontalidade onde todos temos direito à palavra, onde verificamos a discordância, que depois de argumentada conduz muitas vezes á concordância que acaba por se revelar a verdade que muitas vezes tem duas ou mais interpretações, todas correctas na "camarigagem" que nos une.

Abraço camarigo do
Joaquim Mexia Alves

Anónimo disse...

Todas as histórias se reescrevem, mas esta nossa guerra, não.

Dá a ideia que foi escrita por quem se julga que a fez e desfez, escreveu o prefácio o posfácio e como uma bíblia vai ser explicada às massas (escolas), porque tal como as bíblias só explicadas mesmo, devido a tantas parábolas!

Antº Rosinha

Anónimo disse...

Concordo Joaquim Mexia Alves, meu Camarigo. Quase assinava por baixo. Não o faço, por razões anteriormente aduzidas e, salutarmente dirimidas entre nós.Pequenas divergências. Pessoalmente terei uma ou outra dúvida na criação do movimento dos Capitães, mais na dita descolonização e mais ainda no pós 25 de Abril - certos excessos. Mas a data e muitas transformações são, para mim claro, demasiado importantes para o meu País.O nosso País.Gostaria de estar agora a falar contigo. Páro, por falta de tempo. Mas caro Camarigo, receio por vezes a intransigência opinativa, dos colocados na parte vermelha, outros na verde da nossa bandeira, quase como se ela só uma cor tivesse. Não! Tem duas. São elas que a tornam una. Como a verdade!Como nós aqui ou até agora. Quanto debate, sempre em respeito pela opinião do outro,até se conseguir o mais fiel e verdadeiro relato do facto...Por isso, as estorias ou histórias aqui contadas podem, no futuro, ser um elemento valioso de estudo...com humildade e sem chauvinismos exacerbados...eu dispenso-os e prefiro a amizade, a troca de ideias calmamente...este blogue não merece de outra forma.
Abraços Camarigo JMAlves do Torcato

Anónimo disse...

Pois é teimam em levar a água ao seu moinho.Mas não interessa porque as criancinhas estão-se nas tintas e os moinhos já não existem.E os donos do 25 estão aí todos ou não fossem eles os interessados.Claro que teem umas ajudas de pessoal tb (des)interessado.