Guiné > Região do Oio > Mansoa > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68)> Foto nº 3 > "Posto Administrativo onde eu dormia. A porta de saída do meu quarto ficava do lado direito, vendo-se os sacos de areia que faziam protecção ao morteiro 60 que era a minha arma naquela posição. É visível no beiral os efeitos duma morteirada".
Guiné > Região do Oio > Mansoa > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68) > Foto nº 2 > Ao centro, o cavalo-de frisa são visível; à esqueda e à direita, os 4 edifícios do aquartelamento. À esquerda o Posto Administrativo que estava desactivado e ao fundo a cozinha, messe e dormitório de graduados. À direita a camarata dos soldados e ao fundo o edificio onde funcionava a enfermaria e o posto de rádio.
Guiné > Região do Oio > Mansoa > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68)> Foto nº 1 > Foi tirada na estrada que dá acesso a Porto Gole, podendo ver-se à direita a loja da Casa Gouveia.
Guiné > Região do Oio > Mansoa > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68)> Foto nº 4 > Estamos sentado em frente à messe, sendo eu de camisola branca, ao meio o Fur Mil Altino e à dta o FurMil Vaz.
Guiné > Região do Oio > Mansoa > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68)> Foto nº 5 > Temos uma vista da messe para o Geba com Posto de Sentinela e Padrão.
Guiné > Região do Oio > Mansoa > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68)> Foto nº 6 > O tal Padrão... Trata-se do um marco comemorativo do V Centenário da chegada do primeiro explorador à Guiné, em Porto Gole, fotografado em 1966. Dizeres, gravados na pedra: "Aqui chegou Diogo Gomes, primeiro explorador da Guiné, no ano de 1456".
Guiné > Região do Oio > Mansoa > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68)> Foto nº 7 > A foto mostra um desembarque de tropas já em plena maré vazia.
Fotos (e legendas): © Henrique Matos (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Lisboa > Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Lançamento do livro Diário da Guiné, 1969-1970: O Tigre Vadio > O primeiro comandante do Pel Caç Nat 52 (Porto Gole e Enxalé, 1966/68), Henrique Matos, com o Queta Baldé.
Foto: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.
1. Mensagem do Henrique Matos, o primeiro comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé e Porto Gole, 1966/68), açoriano de São Jorge, que vive hoje em Olhão (*):
Caro Luís e co-editores (espero que o Briote já esteja em forma)
Andava a pesquisar na blogosfera a biografia de Nino Vieira quando me deparei com várias coisas interessantes e entre elas uma que me chamou particularmente a atenção.
No jornal do PAIGC Nô Pintcha de 29/11/1980 escreve-se: "Em seis anos de independência total da nossa terra, 500 pessoas foram fuziladas sem julgamento e enterradas em valas comuns nas matas de Cumeré, Porto Gole e Mansabá". (**)
Neste jornal tenta-se imputar a responsabilidade pelos massacres a Luís Cabral, o ex-presidente que já estava preso na Fortaleza da Amura, e a António Alcântara Buscardini que tinha sido responsável pelos Serviços de Segurança e que fora assassinado uns dias antes, ou seja, a 14 do mesmo mês, dia em que Nino Vieira levou a cabo o golpe de Estado que fracturou definitivamente o PAIGC.
Omite-se porém que, quando ocorreram os massacres, Nino Vieira era o responsável pelas forças armadas na qualidade de Comissário de Estado.
Mas não venho aqui analisar a personalidade de Nino Vieira e o que me levou a escrever este apontamento foi que estava longe de imaginar que o Porto Gole que conheci, seria mais tarde o inferno para muita gente que andou ao meu lado. E a pergunta que fica é: porquê Porto Gole?
No meu tempo esta povoação era apenas constituída por 4 edifícios ocupados pela tropa, 2 casas comerciais (uma delas da Casa Gouveia) e uma tabanca maioritariamente habitada por elementos da polícia administrativa comandada pelo Cap de 2ª linha Abna Na Onça.
Em termos militares era um destacamento da companhia baseada no Enxalé, constituído pelo meu pelotão reforçado com uma esquadra de morteiro 81 e a referida polícia administrativa com cerca de 20 elementos.
Por outro lado pode-se dizer que estava estrategicamente bem localizado pois ficava à beira do Geba, com facilidades de embarque/desembarque, e tinha logo a norte a célebre mata do Oio(***). Por isso mesmo ali se concentravam as tropas para operações de maior envergadura naquela mata.
Anexo 7 fotografias de Porto Gole que existiu antes, muito antes, das valas comuns...
A 1ª foi tirada na estrada que lhe dá acesso podendo ver-se à direita a loja da Casa Gouveia;
Na 2ª do cavalo-de frisa são visíveis os 4 edifícios do aquartelamento. À esquerda o Posto Administrativo que estava desactivado e ao fundo a cozinha, messe e dormitório de graduados. À direita a camarata dos soldados e ao fundo o edificio onde funcionava a enfermaria e o posto de rádio;
A 3ª é do Posto Administrativo onde eu dormia. A porta de saída do meu quarto ficava do lado direito, vendo-se os sacos de areia que faziam protecção ao morteiro 60 que era a minha arma naquela posição. É visível no beiral os efeitos duma morteirada;
Na 4ª estamos sentado em frente à messe, sendo eu de camisola branca, ao meio o Fur Mil Altino e à dta o FurMil Vaz.
Na 5ª temos uma vista da messe para o Geba com Posto de Sentinela e Padrão.
Na 6ª o tal Padrão.
A 7ª mostra um desembarque de tropas já em plena maré vazia.
Nota: Poderá haver nesta descrição algum pequeno lapso. Passaram-se 42 anos e não tenho memória de elefante.
Aos nossos queridos editores fica como sempre a liberdade de fazerem disto o que bem entenderem.
Abraços a todo o pessoal da tabanca Henrique Matos
____________
Notas de L.G.:
(*) Vd. postes do Henrique Matos:
14 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2105: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (1): Ataque a Missirá em 22 de Dezembro de 1966 (Parte I)
14 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2107: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (2): Ataque a Missirá em 22 de Dezembro de 1966 (Parte II)
6 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2158: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (3): O famigerado granadero do Enxalé, da CCAÇ 1439 (1965/67)
11 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2173: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (4): O capitão de 2ª linha Abna Na Onça, régulo de Porto Gole
(...) Capitão de 2ª linha Abna Na Onça (...) era régulo de Porto Gole (não do Enxalé) e comandava a Polícia Administrativa, um grupo de pouco mais de 20 elementos que tinha uma farda esverdeada e estava armada com Mauser. Era um homem muito respeitado, não me esqueço que os soldados do [Pel Caç Nat ] 52 o tratavam por pai. Morreu em Bissá (ele e muitos outros), um chão balanta dominado pelo IN, onde alguém se lembrou de montar um destacamento sem o mínimo de condições (...).
Vd. post de 1 Maio de 2005 > Guiné 69/71 - X: Memórias de Fá, Xime, Enxalé, Porto Gole, Bissá, Mansoa (Abel Rei)
18 de Outubro de 2007 >Guiné 63/74 - P2191: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (5): O baptismo de um periquito no Enxalé
23 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2376: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (6): Insularidade e solidariedade no Natal dos açorianos
31 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2392: Memórias dos Lugares (3): Porto Gole (Henrique Matos, Pel Caç Nat 52, 1966/68)
Vd. também poste de 22 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1871: Tabanca Grande (15): Henrique Matos, ex-Comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé, 1966/68)(...)
Em 10 de Agosto de 1966 (recordo-me por ter sido 4 dias após a inauguração da Ponte sobre o Tejo, então Salazar) embarquei para a Guiné no Rita Maria, na chamada rendição individual. Depois Bolama, que foi o meu curto IAO, onde já me esperava o Pel Caç Nat 52, composto por pessoal metropolitano (Furriéis Milicianos Vaz, Altino e Monteiro e 1ºs Cabos Cunha, Castanheira e Pires) e o restante pessoal do recrutamento local englobando três 2ºs Cabos (um era caboverdiano, penso que se chamava Félix).Passados alguns dias, saímos numa LDM para o Enxalé, ficando em reforço à CCAÇ 1439, independente, de madeirenses, adstrita ao BCAÇ 1888, sediado em Bambadinca (...).
(**) Vd. poste de 13 de Maio de 2008 > Guiné 73/74 - P2839: Ainda os Comandos fuzilados a seguir à independência (I): O Justo Nascimento e os outros (Carlos B. Silva / Virgínio Briote)
(***) Vd. também poste de 31 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2392: Memórias dos Lugares (3): Porto Gole (Henrique Matos, Pel Caç Nat 52, 1966/68)
Foto: © Luís Graça (2008). Direitos reservados.
1. Mensagem do Henrique Matos, o primeiro comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé e Porto Gole, 1966/68), açoriano de São Jorge, que vive hoje em Olhão (*):
Caro Luís e co-editores (espero que o Briote já esteja em forma)
Andava a pesquisar na blogosfera a biografia de Nino Vieira quando me deparei com várias coisas interessantes e entre elas uma que me chamou particularmente a atenção.
No jornal do PAIGC Nô Pintcha de 29/11/1980 escreve-se: "Em seis anos de independência total da nossa terra, 500 pessoas foram fuziladas sem julgamento e enterradas em valas comuns nas matas de Cumeré, Porto Gole e Mansabá". (**)
Neste jornal tenta-se imputar a responsabilidade pelos massacres a Luís Cabral, o ex-presidente que já estava preso na Fortaleza da Amura, e a António Alcântara Buscardini que tinha sido responsável pelos Serviços de Segurança e que fora assassinado uns dias antes, ou seja, a 14 do mesmo mês, dia em que Nino Vieira levou a cabo o golpe de Estado que fracturou definitivamente o PAIGC.
Omite-se porém que, quando ocorreram os massacres, Nino Vieira era o responsável pelas forças armadas na qualidade de Comissário de Estado.
Mas não venho aqui analisar a personalidade de Nino Vieira e o que me levou a escrever este apontamento foi que estava longe de imaginar que o Porto Gole que conheci, seria mais tarde o inferno para muita gente que andou ao meu lado. E a pergunta que fica é: porquê Porto Gole?
No meu tempo esta povoação era apenas constituída por 4 edifícios ocupados pela tropa, 2 casas comerciais (uma delas da Casa Gouveia) e uma tabanca maioritariamente habitada por elementos da polícia administrativa comandada pelo Cap de 2ª linha Abna Na Onça.
Em termos militares era um destacamento da companhia baseada no Enxalé, constituído pelo meu pelotão reforçado com uma esquadra de morteiro 81 e a referida polícia administrativa com cerca de 20 elementos.
Por outro lado pode-se dizer que estava estrategicamente bem localizado pois ficava à beira do Geba, com facilidades de embarque/desembarque, e tinha logo a norte a célebre mata do Oio(***). Por isso mesmo ali se concentravam as tropas para operações de maior envergadura naquela mata.
Anexo 7 fotografias de Porto Gole que existiu antes, muito antes, das valas comuns...
A 1ª foi tirada na estrada que lhe dá acesso podendo ver-se à direita a loja da Casa Gouveia;
Na 2ª do cavalo-de frisa são visíveis os 4 edifícios do aquartelamento. À esquerda o Posto Administrativo que estava desactivado e ao fundo a cozinha, messe e dormitório de graduados. À direita a camarata dos soldados e ao fundo o edificio onde funcionava a enfermaria e o posto de rádio;
A 3ª é do Posto Administrativo onde eu dormia. A porta de saída do meu quarto ficava do lado direito, vendo-se os sacos de areia que faziam protecção ao morteiro 60 que era a minha arma naquela posição. É visível no beiral os efeitos duma morteirada;
Na 4ª estamos sentado em frente à messe, sendo eu de camisola branca, ao meio o Fur Mil Altino e à dta o FurMil Vaz.
Na 5ª temos uma vista da messe para o Geba com Posto de Sentinela e Padrão.
Na 6ª o tal Padrão.
A 7ª mostra um desembarque de tropas já em plena maré vazia.
Nota: Poderá haver nesta descrição algum pequeno lapso. Passaram-se 42 anos e não tenho memória de elefante.
Aos nossos queridos editores fica como sempre a liberdade de fazerem disto o que bem entenderem.
Abraços a todo o pessoal da tabanca Henrique Matos
____________
Notas de L.G.:
(*) Vd. postes do Henrique Matos:
14 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2105: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (1): Ataque a Missirá em 22 de Dezembro de 1966 (Parte I)
14 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2107: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (2): Ataque a Missirá em 22 de Dezembro de 1966 (Parte II)
6 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2158: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (3): O famigerado granadero do Enxalé, da CCAÇ 1439 (1965/67)
11 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2173: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (4): O capitão de 2ª linha Abna Na Onça, régulo de Porto Gole
(...) Capitão de 2ª linha Abna Na Onça (...) era régulo de Porto Gole (não do Enxalé) e comandava a Polícia Administrativa, um grupo de pouco mais de 20 elementos que tinha uma farda esverdeada e estava armada com Mauser. Era um homem muito respeitado, não me esqueço que os soldados do [Pel Caç Nat ] 52 o tratavam por pai. Morreu em Bissá (ele e muitos outros), um chão balanta dominado pelo IN, onde alguém se lembrou de montar um destacamento sem o mínimo de condições (...).
Vd. post de 1 Maio de 2005 > Guiné 69/71 - X: Memórias de Fá, Xime, Enxalé, Porto Gole, Bissá, Mansoa (Abel Rei)
18 de Outubro de 2007 >Guiné 63/74 - P2191: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (5): O baptismo de um periquito no Enxalé
23 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2376: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (Henrique Matos) (6): Insularidade e solidariedade no Natal dos açorianos
31 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2392: Memórias dos Lugares (3): Porto Gole (Henrique Matos, Pel Caç Nat 52, 1966/68)
Vd. também poste de 22 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1871: Tabanca Grande (15): Henrique Matos, ex-Comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé, 1966/68)(...)
Em 10 de Agosto de 1966 (recordo-me por ter sido 4 dias após a inauguração da Ponte sobre o Tejo, então Salazar) embarquei para a Guiné no Rita Maria, na chamada rendição individual. Depois Bolama, que foi o meu curto IAO, onde já me esperava o Pel Caç Nat 52, composto por pessoal metropolitano (Furriéis Milicianos Vaz, Altino e Monteiro e 1ºs Cabos Cunha, Castanheira e Pires) e o restante pessoal do recrutamento local englobando três 2ºs Cabos (um era caboverdiano, penso que se chamava Félix).Passados alguns dias, saímos numa LDM para o Enxalé, ficando em reforço à CCAÇ 1439, independente, de madeirenses, adstrita ao BCAÇ 1888, sediado em Bambadinca (...).
(**) Vd. poste de 13 de Maio de 2008 > Guiné 73/74 - P2839: Ainda os Comandos fuzilados a seguir à independência (I): O Justo Nascimento e os outros (Carlos B. Silva / Virgínio Briote)
(***) Vd. também poste de 31 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2392: Memórias dos Lugares (3): Porto Gole (Henrique Matos, Pel Caç Nat 52, 1966/68)
3 comentários:
Camarada,estive em Porto-Gole em 68 abril/maio,fazendo electrificação de um posto avançado no cruzamento da estrada pra Mansoa e para Enxalé,tivemos de montar mais de uma dezena de cibes a fazer a linha de abastecimento eléctrico do posto,nessa altura era sede de
Companhia estava um destacamento em Bissá,e outro em Enxalé.De todas as Companhias onde estive era a que tinha o maior número de
baixas salvo erro eram quase 30,os Camaradas falecidos,sempre que iam a Bissá era pela certo foi quando apareceram as minas incendiárias,acho que numa altura a coluna foi quase dizimada,não me recordo qual a Companhia.
Fui de barco da Casa Gouveia pra lá
tenho uma estória pra contar acerca desta deslocação.
Um Abraço.
José Silvério Nunes
1ºCabo Mec.Electri.de Centrais
Beng.447,Brá 68/70
Por alguma razão "eles", os do comando que assaltou a casa do presidente, deixaram um carregador de G3 em cima do cadáver do Nino Vieira. Por que terá sido? Parece demasiado simbólico.
Não juro, mas pelo que vi, na TV, e em fotos de jornal, o carregador (curvo) pareceu-me russo, de Kalash... O que também tem muito simbolismo. As contas dos 'tugas' já estão `há muito saldadas: não vejo por que razão haveria de aparecer uma carregador de G3 em cima da cadeira do 'altar' onde Nino foi sacrificado, à maneira balanta...
O Correio da Manhã de hoje vem com uma nova versão: um dos assassinos de Nino teria sido um médico militar, major, de seu nome 'Tcham', formado na antiga União Soviética, de etnia balanta, que terá sido vítima de torturas por parte dos esbirros de Nino, na altura em que foi implicado, num suposto golpe de Estado, em 1985, o Paulo Correio, o Viriato Pã e outros, todos de origem balanta (o caso 17 de Outubro)...
O nosso então jovem estudante de medicina teve o azar de tirar férias no país errado e na data errada... Ficou com marcas de catanadas num dos braços, hoje paralizado...
Na noite das catanas longas, o Dr. 'Tcham' não se esqueceu da sua catana, que guardava em casa ou no quartel, para esta ocasião muito especial... Os homens são os únicos seres, depois dos deuses, que sabem planear e saborear uma vingança serôdea...
Não percebo a ingenuidade do jornalista do CM, quando escreve: "Médicos e familiares que viram o corpo do ex-presidente dizem não acreditar que um ser humano tenha sido capaz de perpetrar um acto tão bárbaro"... O jornalista deve ser especialistas de anjos, não de seres humanos...
LG
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