quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10633: Ser solidário (138): Festa de S. Martinho no Centro Social de Runa, dia 10 de Novembro de 2012 (José Martins)

1. Em mensagem do dia 30 de Outubro de 2012, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), enviou-nos este convite para participar no S. Martinho do Centro Social de Rua.


C O N V I T E

C A S R u n a

Como “as coisas” começam sempre por “qualquer coisa”, este texto começa por um mail:

“Boa tarde meus amigos. 
De hoje a um mês comemora-se o S. Martinho. A castanha assada, o porco no espeto, o belo arraial saloio,... tudo isso vai acontecer em Runa, bem no coração do oeste, por isso não se atrasem, o programa vai em anexo. 
Vamos antecipar o S. Martinho num dia, vai ser no dia 10 (sábado) mas o santo não se vai zangar. Tragam muito apetite, boa disposição, familiares e amigos. 
Comparativamente ao programa do ano anterior, há a registar que o fado foi trocado por música para dançar. 
Tentem enviar as inscrições o mais rapidamente possível, porque se prevê que antes de terminar o prazo, tenhamos de suspender as inscrições, aliás, como em anos anteriores.


Para quem não conhece a localização do CASRuna aqui fica: 

a) Quem é de GPS: 39º 04' 23,36" N; 9º 12' 33,97" O 
b) Quem não se fia no GPS: Apanha a A8 onde estiver mais a jeito, em principio Loures, se vierem pela CREL; Seguem 20 e tal km e saem da A8 na saída 8, que é a saída do lado Norte de Torres Vedras; Cerca de 2 km depois da portagem, encontram a primeira rotunda, seguem pela 2ª saída para N248/N9, na direcção de Alenquer/Merceana, CASRuna; Seguem cerca de 4,5 km e voltam à direita para a N248, vêem logo o edifício do CASRuna à vossa esquerda, a entrada fica a cerca de 500mts, tocam no botão do vídeo porteiro, dizem que vão para o S. Martinho, entram e estacionam no parque que fica à vossa esquerda. 
c) Quem não se fia nas duas primeiras modalidades, interroga a população indígena e pergunta onde fica o Centro de Apoio Social de Runa, ou, no caso do indígena já ser maior de 30 anos, perguntam onde é o asilo dos veteranos militares de Runa. 
d) Se nenhuma das anteriores resultar ligam para o 917 685 237, informam da vossa localização no momento e seguem as instruções indicadas pelo utilizador desse número. 

Com os melhores cumprimentos, 
Idelberto Eleutério”


E, já agora, para os que estiverem presentes, os nossos votos de uma boa festa de São Martinho, celebrando o “Militar que se tornou Santo”, por ajudar os outros (ver) [http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2011/11/guine-6374-p9023-patronos-e-padroeiros.html]

Anexo, da parte da Luís Graça, havia um desafia: Zé: Queres fazer um, dois em um”? Dá uma vista de olhos a este sítio... LG

Pois bem.
Fomos ao “arquivo” recuperar o texto “Que muitas Runas se levantem”, escrito há já algum tempo, recordando os muitos sem abrigo que existem neste país, e transcrevemos parte:
[http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2010/01/guine-6374-p5734-ser-solidario-53-que.html]

“Guiné 63/74 - P5734: Ser solidário (53): Que muitas Runas se levantem (José Martins)
Publicado em 31 de Janeiro de 2010 - Domingo

Que muitas RUNAS se levantem!
Lar dos Veteranos Militares

Porquê RUNA [coordenadas 39º03’55” N - 9º12’32” O], aquela pequena localidade com 6,71 kms² e pouco mais de mil habitantes, situada a 8 km de Torres Vedras, a cujo concelho pertence?
Vamos encontrar a resposta, ou melhor, encontrar o seu início no ano de 1827, quando Portugal saía (?) dum período bastante conturbado:

- As Invasões Francesas ou Guerra Peninsular, entre 1807 e 1811, com toda a destruição do estado de guerra ou destruição táctica, e
- A mobilização de portugueses, e a consequente saída do país, integrando a Legião Portuguesa.
Em Runa ficava localizada uma quinta, propriedade da infanta D. Maria Francisca Benedita de Bragança, nascida em 25 de Julho de 1746, quarta e última filha do Rei D. José I e de D. Mariana Vitória de Espanha, que foi baptizada na Sé Patriarcal de Lisboa pelo Cardeal D. Tomás de Almeida. A título de curiosidade, e de acordo com a tradição, a princesa recebeu o nome de Maria Francisca Benedita Ana Isabel Antónia Lourença Inácia Gertrudes Rita Joana Rosa.
Em 21 de Fevereiro de 1777, com trinta anos, contraiu casamento com o seu sobrinho D. José, Príncipe da Beira, e presumível herdeiro da coroa, passando D. Maria Benedita a ser nora de sua irmã D. Maria, que ascenderia a rainha em Março seguinte, com o nome de D. Maria I. Entre os esponsais havia uma diferença de idade de quinze anos. Não tiveram filhos, vindo D. José a morrer, prematuramente, em 1788, após onze anos de casamento, tendo D. Maria Francisca ficado conhecida como a Princesa-viúva. Iniciou um longo período de luto. Senhora inteligente, com dotes artísticos [existe um painel na Basílica da Estrela, pintado de parceria com a sua irmã D. Maria Ana] e de uma cultura rara, poderia ter gasto o seu próprio dinheiro com a construção de uma igreja ou de um convento, o que lhe traria prestigio entre os nobres e o reconhecimento dos clérigos, mas assim não procedeu. 

Lar Militar de Runa (IASFA) 
© Foto Wiquipédia

A 27 de Junho de 1799, sob o projecto do arquitecto José da Costa e Silva, são iniciadas as obras do Lar dos Veteranos Militares, destinado a acolher militares pobres e inválidos, pelo que também é conhecido por Asilo de Inválidos Militares de Runa.
O edifício no estilo neoclássico da época, cuja construção custou mais de seiscentos contos de reis, tem uma frente de 99 metros, orientada no sentido Norte/Sul, com 61 metros de fundo e uma altura de 13 metros. Ao centro do edifício foi construída a igreja de uma nave e transepto rematado em semicírculo, sendo o conjunto dominado por uma cúpula. Foi inaugurado em 25 de Julho de 1827, quando D. Maria Francisca comemorava o seu octogésimo primeiro aniversário, tendo destinado neste conjunto uma ala para sua residência, ficando conhecidos como “Aposentos da Rainha”.
No acto da inauguração ficaram as palavras da sua fundadora: “Estimo ter podido concluir o Hospital que mandei construir para descansardes dos vosso honrosos trabalhos. Em recompensa só vos peço a paz e o temor a Deus ".
D. Maria Francisca de Bragança morreu em Lisboa no dia 18 de Agosto de 1829, tendo sido sepultada no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, junto do seu marido, D. José, em singelas arcas tumulares.
Actualmente o edifício é propriedade do Ministério da Defesa Nacional, e é dirigido pelo Instituto de Acção Social das Forças Armadas.”



O Hugo Guerra. Meu “contemporâneo na Guiné”, remeteu ao blogue um comentário que foi publicado em [http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2010/02/guine-6374-p5786-os-ex-miliares-sem.html]:

“Em mensagem do dia 4 de Fevereiro de 2010, o nosso camarada Hugo Guerra* (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 55 e Pel Caç Nat 60, Gandembel, Ponte Balana, Chamarra e S. Domingos, 1968/70, e que hoje é Coronel, DFA, na reforma), enviou-nos este esclarecimento a propósito do poste Guiné 63/74 - P5734: Ser solidário (53): Que muitas Runas se levantem (José Martins):

Caros Editores e camaradas
Não consegui enviar uma mensagem para o Poste do José Martins sobre o assunto do Lar de Runa e do apoio a camaradas sem-abrigo de modo que, tomo a liberdade de esclarecer alguns pontos que me parecem importantes. Vocês dirão.

O Lar Militar de Runa é uma estrutura do Ministério da Defesa entregue ao IASFA (Instituto de Acção Social das Forças Armadas) fazendo parte do conjunto de Messes desse Instituto e serve exclusivamente para a “Família Militar”. Os Governos estão-se nas tintas para a vontade dos fundadores e dispõem a seu belo prazer ou interesse imediato, de tudo a que podem deitar a mão. Logo, os nossos camaradas sem-abrigo que não podem ser beneficiários, por não serem militares ou DFA’s não têm acesso ao mesmo.

Todavia e, por outro lado, todos podem ser assistidos pela Liga dos Combatentes que em boa hora criou e está a desenvolver no terreno um projecto de apoio a estes camaradas, o qual passa por despistagem e apoio concreto em termos de consultas e alimentação, preparando-se agora para a Criação de Residências Assistidas, tendo até criado uma conta bancária para este efeito.
Tudo isto pode ser visto no site da Liga dos Combatentes pelo que não me alargo com mais explicações.

Só me custa, é ver que quando isto estiver a funcionar em pleno, já estaremos todos a fazer tijolo, passe a expressão, e mais uma vez iremos ver que, de boas vontades está o inferno cheio.

Quero com este arrazoado dizer que, havendo este trabalho a ser desenvolvido não me parece curial estarmos a tomar iniciativas paralelas com eventual desperdício de boas vontades, tempo e dinheiro. Seria talvez mais ajustado apoiar o trabalho já desenvolvido e pressionar, se for o caso, a Liga para dar resposta em tempo útil e as residências não virem a dar resposta a ex-combatentes de uma próxima estúpida guerra.

Hugo Guerra”


Não sei se este texto contempla a ideia inicial do Luís Graça, mas julgo que era dar uma ideia do que é o Centro de Apoio Social de Runa, além da notícia da festa que vai acontecer naquela instituição.

Como nota final damos algumas datas “históricas” do IASFA, numa simbiose dos sites http://novoadamastor.blogspot.pt/2012/10/o-assalto-ao-iasfa.html” e http://www.iasfa.pt/runa.html”;

“Quem somos? Por força do Decreto Lei nº 284/95 de 30 de Outubro [alterado pelo DL 215/2009 de 4 de Setembro e, posteriormente pelo DL 193/2012 de 23 de Agosto], o Instituto de Acção Social das Forças Armadas passou a integrar numa única entidade os Serviços Sociais das Forças Armadas, o Cofre de Previdência das Forças Armadas, o Lar de Veteranos Militares, o Complexo Social de Oeiras e o Complexo Social do Alfeite.”

Algumas datas e marcos temporais:

- 1792 Início da construção do Hospital Real dos Inválidos Militares em Runa, Uma ideia notável para a época e com muito poucos exemplos idênticos em todo o mundo. As invasões francesas foram a principal causa da derrapagem temporal das obras;
- 1827 Abertura do Hospital Real dos Inválidos Militares
- 1844 Asilo dos Inválidos da Marinha
- 1925 Cofre de Previdência dos Oficiais do Exército Metropolitano
- 1927 Cofre de Previdência dos Sargentos de Terra e Mar
- 1948 Comissão Administrativa de Casas de Renda Económica
- 1950 Acção Social da Armada (ASA)
- 1956 Obra Social do Exército e Aeronáutica (OSEA)
- 1958 Serviços Sociais das Forças Armadas (SSFA), por fusão da Acção Social da Armada e a Obra Social do Exército e Aeronáutica;
- 1959 Cofre de Previdência das Forças Armadas (CPFA)
- 1995 Instituto de Acção Social das Forças Armadas, que passa a integrar os Serviços Sociais das Forças Armadas e o Cofre de Previdência das Forças Armadas.

Sendo a maioria dos leitores deste blogue “não militares”, ou “ex-militares do Quadro de Complemento, na disponibilidade” nada impede que se conheça, minimamente, a Acção Social dos nossos Camaradas de Armas que fazem parte do Quadro Permanente.

José Marcelino Martins
30 de Outubro de 2012
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 26 de Setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10440: Ser solidário (137): Benjamim Durães, presidente da direção do núcleo de Setúbal da Liga dos Combatentes, sugere a trasladação das ossadas do cor inf Costa Campos para o talhão dos combatentes de Sesimbra ou de Setúbal

4 comentários:

Anónimo disse...

"O mundo é pequeno e a nossa Tabanca é... Grande". O meu Avô,então Major Médico (Aurélio Ricardo Belo),foi Director do Lar dos Veteranos Militares de Runa em anos anteriores ao Governo da Ditadura. Um grande abraco.

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