Guiné > Região de Tombali > Catió > CCAÇ 617 (1964/66) > Destacamento de Ganjola > Rio Cumbijã > 1965 > O ex-alf mil João Sacôto, num "momento de descontração" (1)...
[Curiosa esta piroga. usada no sul da Guiné, com estabilizador ao meio e leme à popa!... Não me recordo de ver este tipo de piroga nos rios da Guiné!...] [LG]
Guiné > Região de Tombali > Catió > CCAÇ 617 (1964/66) > Destacamento de Ganjola > Rio Cumbijã > 1965 > O ex-alf mil João Sacôto, num "momento de descontração"...
Guiné > Região de Tombali > Catió > CCAÇ 617 (1964/66) > Destacamento de Ganjola > Rio Cumbijã > 1965 > O ex-alf mil João Sacôto, num "momento de descontração" (3)...
[Em Ganjola, na época, viva a família do velho Brandão, um "homem grande" de quem se dizia ter sido desterrado para a Guiné... Era natural de Arouca. E por lá passou, também, no destacamento de Ganjola, o meu infortunado primo José António Canoa Nogueira, o primeiro lourinhanense a morrer em combate no TO da Guiné, em 23 de janeiro de 1965; tinha 23 anos, e era sold ap mort. Pel Mort 942 / BCAÇ 619] [LG].
Fotos (e legenda): © João Sacôto (2015). Todos os direitos reservados [Edição: LG]
1. João Sacôto, ex-alf mil da CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66):
1. João Sacôto, ex-alf mil da CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66):
[foto à esquerda, em Ganjola, 1965, tendo por detrás a LDM 309, a manobrar para atracar;
nome completo: João Gabriel Sacôto Fernandes; Sacôto é o nome pelo qual, entre amigos e profissionalmente, é conhecido]:
(i) assentou praça em Mafra, em agosto de 1962 após dois anos de adiamento, por ele pedidos, em virtude de estar a estudar no então ISCEF (Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras);
(ii) ficou bem qualificado no curso de oficiais milicianos (COM);
(iii) foi colocado no RI 1 - Amadora;
(iv) foi mobilizado dois anos depois, em 1964, para a Guiné;
(v) já era casado, com vinte e cinco anos, com uma filha que fez 2 anos exatamente no dia 8 de janeiro de 1964, data do embarque para a Guiné no T/T Quanza;
(vi) levou consigo um herói, o cão Toby, de raça boxer, cuja folha de serviço já foi publicada;
(vii) está hoje reformado da TAP onde foi piloto e comandante de avião (1970-1998);
(viii) em 1980, voltou à Guiné-Bissau em "romagem de saudade";
(ix) tem página no Facebook;
(x) nasceu em 1938; é tio, pelo lado materno, do nosso camarada e grã-tabanqueiro João Martins.
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Nota do editor:
Último poste da série > 26 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14800: Memória dos lugares (295): O Rio Geba e o macaréu no Xime (António Manuel Sucena Rodrigues, ex-fur mil, CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, 1972/74 / José Martins Rodrigues, ex- 1º cabo aux enf, CART 2716, Xitole, 1970/72)
Último poste da série > 26 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14800: Memória dos lugares (295): O Rio Geba e o macaréu no Xime (António Manuel Sucena Rodrigues, ex-fur mil, CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, 1972/74 / José Martins Rodrigues, ex- 1º cabo aux enf, CART 2716, Xitole, 1970/72)
2 comentários:
João, sobre este poste com as fotos de Ganjola e alguns apontamentos da tua história de vida... Duas surpresas:
(i) só agora me apercebi que fostes comandante da TAP... Como é que um "infante" vai parar aos aviões ? Parabéns!...;
(ii) a tua insóilita "piroga": é nalu ? balanta ?... Não é fula...
Já agora sabes algo mais sobre o história do velho Brandão ?.. Vou publicar um poste com as tuas informações sobre as circunstãncia da morte do Canoa Nogueira... Era estranho ele ter a alcunha de "Bombarral" (ele era da Lourinhã, concelho vizinho do Bombarral) ... Em contrapartida o teu sold João Fernandes Almeida tinha a alcunha do "Lourinhã".... Não seria antes o contrário ?
Desculpa estar a incomodar-te com estas questões... de detalhe. Mas, no blogue, como sabes, procuramos cultivar o rigor. Um bom dia para ti.
PS - Estou em casa a acabar um artigo sobre um grande português, Ricardo Jorge, Porto, 1858-Lisboa, 1939.
Luis:
Realmente também achei estranho, sendo o Canoa da Lourinhã, ter a alcunha de Bombarral. Acabei de ter o esclarecimento por telefone com o João Almeida (o Lourinhã): Entre o pessoal havia, por vezes a tendência de gozarem com o pessoal da Lourinhã, velhas estórias que conhecerás; Daí, o Canoa ter feito crer que era do Bombarral e não da Lourinhã, para não ser chateado.. O João Almeida que era um grande amigo do Canoa, brincava, na altura, dizendo que ele era o Lourinhã, muito embora não fosse exactamente de lá mas de uma aldeia da zona, ao passo que o Canoa, sendo da Lourinhã, não tinha essa alcunha mas sim a de Bombarral.
Quanto a eu ter ido parar aos aviões, tendo sido piloto da TAP durante 30 anos, percorrendo desde 1970, quase todos os aviões da companhia, a estória é a seguinte: Quando fui em Agosto de 1962 para Mafra para o COM, já tinha uma forte ligação à aviação que, no serviço militar, não foi aproveitada. Era na altura, Controlador de Tráfego Aéreo e trabalhava na Torre de Control de Lisboa. Acabado o serviço militar, regressei à minha ocupação no Control de Tráfego Aéreo (torre de control Aeroporto de Lisboa). Na altura a TAP conhecia um enorme boom de expansão com uma grande falta de pilotos. Contratou vários brasileiros (a PANAIR tinha falido) e teve ainda necessidade de formar, AB-INITIO, os pilotos de que necessitava, custeando a formação respectiva, numa Academia de referência, (a Flight Safty Academy) em Vero Beach, Florida. Candidatei-me e passados cerca de 2 anos estava a pilotar o velho CARAVELL, como co-piloto. Reformei-me em 1998 como Comandante.
Quanto à insólita piroga, Nalu ou Balanta, não posso esclarecer, assim como informações do velho Brandão. Já lá vão 50 anos e a minha memória de 77 anos, bem vividos, já não dá.
Um abraço,
JS
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