sábado, 12 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15846: Inquérito 'on line' (43): Um em cada quatro, de um total preliminar de 83 respondentes, diz que NUNCA apanhou nenhum pifo de caixão à cova... Dois não se lembram, um não bebia... Há ainda três dias para responder...


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72> O alf mil médico Mário Bravo, à direita, de perfil, entre os furriéis da companhia... Boa disposição, boa música, bom uísque (a garrafa mais pequena era de Old Parr, uísque velho)... Os nomes dos furriéis já se varreram da memória do nosso camarigo... O Mário Bravo não terá estado mais do que 4 meses em Bedanda (entre dezembro de 1971 e março de 1972, com algumas saídas, pelo meio, até Guileje, Gadamael e Cacine)...mas guarda boas recordações dos bedandenses.  A CCAÇ 6 era então comandada pelo jovem Cap Cav Carlos Ayala Botto, futuro ajudante de campo do gen Spínola.

Hoje cirurgião, ortopedista, reformado,  o Mário Bravo vive no Porto e já nos apareceu em Monte Real num dos nossos Encontros Nacionais da Tabanca Grande.  Já agora,  acrescente-se que, depois de sair de Bedanda, em março de 1972,  foi colocado no Serviço de Estomatologia do HM 241, em Bissau, onde aprendeu a tratar da dentuça do Zé Soldado.. Imaginem quem foi que um nm belo dia quem se sentou na cadeira do nosso camarada estomatologista ? Nem mais nem menos, o com-chefe e governador geral,  o gen Spínola (*)...

Foto: © Mário Bravo (2011). Todos os direitos reservados [Edição: LG]



INQUÉRITO: 

"NUNCA APANHEI NENHUM PIFO DE CAIXÃO À COVA NA TROPA OU NO TO DA GUINÉ" (**)


Nº de respostas (preliminares) > 83


1. Nunca > 25 
(30,1%)



2. Uma vez, por acaso  > 21 
(25,3%)


3. Duas vezes  > 8 
(9,6%)

4. Três vezes  > 4 
(4,8%)

5. Mais vezes  > 22 
(26,5%)

6. Não me lembro  > 2 
(2,4%)

7. Não aplicável: não bebia  > 1 
(1,2%)


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Notas do editor:

3 comentários:

albertino ferreira disse...

Nunca apanhei nenhum pifo de caixão à cova mas quando alf. da C.CAÇ 4540 fomos mandados para Cadique no Cantanhez e tínhamos patrulhamentos dia sim dia não naquela "área libertada" não tinha outro remédio se não enfrascar-me em whisky à noite e caminhar aos tropeções para o "buraco" em que dormia e acordar com a ressaca matinal. Mais tarde já em Nhacra continuei continuei na disfrutar do whisky, do gin e do Courvoisier para acompanhar os charutos, mas sem os excessos do Cantanhez. Com os camarões preferia a boa cerveja ou o Casal Garcia bem gelado.

Luís Graça disse...

É evidente que a expressão "pifo de caixão à cova" é forte...Não pode ser tomada à letra, tem ser entendida em sentido figurado... No geral, a malta ficava mais do que "alegre", ficava "eufórica"... Num caso ou noutro, havia os que tinham "mau" beber, e davam para "partir a loiça" ou até "pegar na G3"...

Não havia alcoolímetros naquela época, nem muito menos "tolerância zero" em relação ao álcool quando um militar estava de serviço...

Se tivessem de "soprar no balão", os nossos efetivos ficavam reduzidos a menos de metade, em certas ocasiões, é o que se depreende das respostas ao nosso questionário... É verdade é que a malta operacional bebia sobretudo no regresso das operações, para "descomprimir" e
sobretudo matar a "sede ao camelo"...

E depois havia algumas ocasiões mais "propícias" como alguns "feriados religiosos", como o Natal, que nos traziam as saudades de casa... Ou então os festejos de aniversário que era ocasião para grandes libações...

Bolas, tínhamos vinte e poucos anos, e estávamos na guerra, e o álcool era relativamente abundante e barato... Pelo menos para os graduados...

Luís Graça disse...


Para aqueles de nós que ficaram com "problemas de saúde relacionados com álcool", aqui fica o sítio do grupo de autoajuda, "Alcoólicos Anónimos", incluindo o seu nº de telefone: 217 622 169 (Linha de Ajuda).

http://www.aaportugal.org/