sábado, 16 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18746: (D)o outro lado do combate (32): As deserções no PAIGC no Sector de Tite ao tempo do BART 2924 (1971-1972) e suas consequências (1) (Jorge Araújo)


(Continua)
____________

Nota do editor

Último poste da série de 2 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18702: (D)o outro lado do combate (31): Os dois aviões DO-27-A1, da FAP, nºs 3333 e 3470, abatidos em 6 de abril de 1973... Fotos do médico holandês Roel Coutinho (Jorge Araújo)

2 comentários:

Cherno Balde disse...

Caro Jorge Araujo,

O Cmdt do Bigrupo Tagueme Na Waie podia corresponder ao Tagme Na Waie, Major General na altura da sua morte em 2009, 1 de Marco, CEMGFA da Guine-Bissau, nao fosse o local de nascimento, Ganjaura e Catio, para o primeiro e o segundo, respectivamente.

Quanto a morte do Cap. Joao Bacar, circularam varias versoes, de um lado e d'outro. Houve quem a considerasse uma morte estupida (!?...), morte por acidente e/ou uma pontaria certeira naquele que os Guerrilheiros consideravam um carrasco e inimigo a abater. Qual eh a verdade sobre a sua morte, por alem dos relatorios oficiais que, sabemos agora, nem sempre traziam a verdade que nao convinha.

António J. P. Costa disse...

Boa noite Camaradas

Durante os meus cinco meses no Xime também não noticio desertores do PAIGC.
Recordo um grupo de 7 a 10 elementos da população sob controlo do In que foram afundados pela LDG ao atravessarem o Geba numa canoa.
Vinham, como se calcula, num estado miserável de subnutrição e não só, mas não sei se lhes poderemos chamar "desertores". Nos dois golpes-de-mão ao Poindom não encontrámos ninguém, embora as tabancas estivessem muito arrumadas e, dentro das condições de vida possíveis, pelo menos tinham comida. Se calhar sempre a mesma, mas...
Creio que naquele sítio não havia condições para desertar. A hierarquia e os outros elementos guerrilheiros eram muito violentos na repressão. O medo também pesava e, admito eu, sequelas das repressões antigas evitavam que tal sucedesse. Os campos estavam extremados e "se não é por mim és contra mim". Só que sucedeu após ABR74 poderá dar alguma luza sobre esta questão.

Um Ab.
António J. P. Costa