domingo, 7 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19078: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XLVI: Fortaleza da Amura, Quartel-General, Bissau, junho de 1969.


Foto nº 1 > Guiné > Bissau > Junho de 1969 > Os velhinhos canhões da Fortaleza de Amura. 


Foto nº 3 > Guiné > Bissau > Junho de 1969 > Edifício principal do comando geral do quartel-general.


Foto nº 2 > Guiné > Bissau > Junho de 1969 >  Fortaleza da Amura > Um pormenor da vista da Porta de Armas de dentro do quartel.


Foto nº 5 > Guiné > Bissau > Junho de 1969 > No interior das instalações da Amura, bem protegida por muros a toda a volta.


Foto nº 4 > Guiné > Bissau > Junho de 1969 > Entrada para a messe e bar de oficiais do quartel da Amura.


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira (*), ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, set 1967/ ago 69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já cerca de 90 referências no nosso blogue.


Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:

T034 – O QUARTEL DA AMURA EM BISSAU: CENTRO DE DECISÕES DO CTIG


Caros companheiros e camaradas:

É com prazer que venho levar até vós, mais alguns temas, fotos, estórias e histórias, trabalho, lazer, convívios e copos com o pessoal, civil e militar, enfim passagens pelo nosso CTIG, Comando Territorial e Independennte da Guiné.

O meu novo formato passa a ter um tema de base e a seguir juntando mais alguns outros que se possam encaixar no principal, sem deixar de cuidar este, e assim ‘vou-me libertando de tantas dezenas de fotografias’ que, de uma só vez, tem sido difícil obter um bom resultado.

Em cada caso, faz-se um pequeno intróito sobre o Tema, sobre a unidade operacional à qual pertenço, o seu percurso, os meios disponíveis, o que foi feito e deixado por fazer, tendo sempre a consciência do dever cumprido.


I - Anotações e Introdução ao tema:

Em Bissau tinha como ‘fachada’ principal, o grande Quartel da Amura, em frente ao cais de desembarque do Porto de Bissau, com os seus ‘canhões’ ainda apontados ao mar, para prevenir qualquer ataque ‘terrorista’ ou dos Piratas das Caraíbas.

Este monumento durante a nossa Guerra em África, já totalmente desactivado, ainda era denominado como o Forte da Amura, foi reformulado como uma extensão do Quartel-General (QG), com sede em Santa Luzia, mas em cujas instalações eram ali realizadas as reuniões diárias de altos comandos militares, ao meu tempo de Spínola.

Tinha diversas outras funções que para aqui não interessa, mas era uma ‘obra-prima’ portuguesa, naquele mundo e cidade tão atrasada.

Muito poucos militares dos centenas de milhares que fizeram aquela guerra, tiveram o privilégio de ver, visitar e utilizar as suas instalações, ficavam-se na maioria das vezes com a vista do exterior que pouco dizia da realidade ali existente, e a maioria nem de fora viram para contar. Talvez no desembarque, dos navios poderiam ver aquelas belas instalações, mas nos anos 70 nem isso, pois as tropas desembarcavam no aeroporto de Bissalanca, e vice-versa.

Nas minhas varias visitas a Bissau, fui lá algumas vezes, numa delas encontrei no Bar de Oficiais, o cantor Marco Paulo, que já o conhecia do Porto, morava perto de mim, e já começava a ser conhecido. Ele era 1º cabo, e o responsável pelo Bar, servia no balcão ele ou outros em serviço. Tinha ali um bom ‘aconchego’,  alguém o recuperou para isso e depois acabou por dar espectáculos em alguns lugares da Guiné, mas eu nunca vi nem assisti a nenhum.

Quando já estou de partida em Bissau, a aguardar embarque para vir embora, fui lá uma última vez, levei a máquina e tirei algumas fotografias, para mais tarde recordar. É claro e confesso hoje, que poderia ter feito melhor, mas a cabeça não deu para mais e ficaram estas, era pior se não viesse nenhuma.

Como era um local militar, era só mesmo para visitar como tal, não dava para as farras que a gente procurava na cidade, nos bares, cafés, restaurantes, nas ruas, no Pilão.


II – Introdução às Legendas:

Nota:

O primeiro parágrafo da legendagem explica o que significa a foto. Já no segundo e seguintes, são notas e observações que faço em relação à história e contexto de cada foto no seu tempo.

As fotos são numeradas e seguidas por ordem, por vezes saltando alguns números para deixar folgas para novas fotos, e estão legendadas, seguindo uma ordem mais ou menos cronológica, quando possível, a ter em atenção alguns pontos:

Assim:

A descrição é sintética, lembra Quando, Como, Onde, O quê.

- Algumas têm apenas o ano, quando não é possível identificar a data certa;

- Outras podem conter o mês e ano, quando não é possível determinar o dia;

- Algumas dizem o dia certo, pois isso está escrito na foto ou em qualquer lugar.

Os locais dos eventos, normalmente são:

- Nova Lamego, NLamego – Abreviatura de Nova Lamego, NL – Sigla mais pequena de NL

- São Domingos, SDomingos – Abreviatura de São Domingos, SD – Sigla de São Domingos


III - Legendas das fotos:

F01 – Os velhinhos canhões da Fortaleza de Amura. Pode ver-se o relativo bom tratamento, tinha vários apontados para o cais e mar. Vemos perfeitamente o cais tal como o deixamos ficar para trás, pequeno com dificuldades de receber grandes navios, como o Uíge e outros. Como nota, posso dizer que já em 1985 este cais estava todo transformado, foi tudo alargado, o cais de acostagem foi para mais umas centenas de metros para o mar, um grande cais para receber os imensos contentores que iam chegando dia a dia com ajuda humanitária, ao mais pobre país do mundo nessa época. Grande obra, construída pela SOMAGUE portuguesa com financiamento de países árabes e outros. Foto captada em Bissau, durante o mês de Junho de 1969, aguardando embarque.

F02 – Um pormenor da vista da Porta de Armas de dentro do Quartel. A bandeira está na porta de entrada, existe uma rampa ou escadas que dão acesso ao interior do aquartelamento, que de uma maneira geral está bem tratado e arranjado. Foto captada em Bissau, durante o mês de Junho de 1969, aguardando embarque.

F03 – Edifício principal do Comando geral do quartel-general. Este é o edifício principal, onde se reúnem os altos comandos para a tomada de decisões. Está virado para a cidade, as traseiras para o mar. Podem ver-se pequenos canhões a ladear o edifício todo, com imponente escadaria, e a bandeira nacional. Não percebo porque estão os canhões apontados para o interior da cidade. No tempo dos piratas, seria o quartel atacado pela frente? Foto captada em Bissau, durante o mês de Junho de 1969, aguardando embarque.

F04 – Entrada para a messe e bar de oficiais do quartel da Amura. Instalações em bom estado, ambiente agradável, com rega e árvores a escadaria que leva ao Bar, as mesas e cadeiras que dão uma panorâmica para o interior do aquartelamento. Foto captada em Bissau, durante o mês de Junho de 1969, aguardando embarque.

F05 – No interior das instalações da Amura, bem protegida por muros a toda a volta. Visitei tudo a bordo da minha motorizada Honda Azul, que tinha em Bissau. Aquelas árvores e flores serão as Acácias que já foram publicadas num Poste meu? Ou que flores serão, por curiosidade?

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BCAÇ 1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21 set 67 a 04 ago 69».


NOTA FINAL DO AUTOR:

As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir. Nada mais.

Acabadas de legendar, hoje,

Em, 2018-10-03
Virgílio Teixeira
_____________

6 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, vê se trazes o teu "vizinho", Marco Paulo, até à nossa Tabanca Grande... Ele cabe aqui de pleno direito... E já agora mostra-lhe esta "estória", contada pelo nosso camarada Hugo Guerra (ex-Alf Mil, hoje Coronel DFA, Pel Caç Nat 55 e Pel Caç Nat 50, Gandembel, Ponte Balana, Chamarra e S. Domingos, 1968/70), e passada com ele. Ele vai-se lembrar e rir, concerteza:


(...) Não queria deixar passar esta oportunidade sem vos contar uma estória que se passou comigo em Bissau, aí por volta do Natal.

Ao longo dos anos que já passaram recordo-a com graça e só tenho pena de não ter sido filmada porque era capaz de ser publicada no Youtube ou outra coisa parecida.

Dezembro 1968 . Tinha vindo a Bissau ao hospital fazer uma desintoxicação de Gandembel.

Com mais dois camaradas descíamos a Avenida que vinha do Palácio do Governo em direcção à baixa ,mais concretamente aos Correios. Eis senão quando, qual emboscada do IN, aparece a Polícia Militar, que no cumprimento da sua espinhosa missão me ataca com todas as armas de que dispunha e me passa um raspanete por eu ter mais botões desabotoados do que os permitidos no RDM. Logo a mim que me considerava um dos poucos da tropa-macaca que tinha experiência in loco do famoso corredor de Guileje...

Fiquei urso, mas os rapazes até tinham razão e lá abotoámos os botões. Chegados aos Correios, no meio da barafunda total estava um esganiçado e aperaltado 1º Cabo, com a camisa desabotoada até ao umbigo.

Depois do que me acontecera pouco antes, aquela situação caía como sopa no mel... Afiando as garras tivemos este diálogo:
- Ó nosso cabo, ouça lá.
- Ó Nosso Cabo não, meu Alferes, sou o Marco Paulo... (Desconhecia em absoluto quem era semelhante personalidade) (...)
- Marco Paulo uma merda, ou abotoa esses botões todos ou temos chatice! - respondi eu.

Claro que o obriguei a estar em sentido até acabar o castigo e comecei a aperceber-me duns sorrisos à socapa dos Camaradas que estavam por ali….

Satisfeito com a minha façanha do dia, viemos para fora e só então fiquei a saber que tive muita sorte por ele não ter dito nada…..senão ainda levava uma porrada e era enviado pra Gandembel, aliás para onde regressei passados 2 ou 3 dias depois.

Ao longo dos anos ainda sorrio quando me lembro desta estória … de Natal.


22 DE DEZEMBRO DE 2007
Guiné 63/74 - P2374: O meu Natal no mato (10): Bissau, 1968: Nosso Cabo, não, meu alferes, sou o Marco Paulo (Hugo Guerra)

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2007/12/guin-6374-p2373-o-meu-natal-no-mato-10.html

Anónimo disse...

O Marco Paulo, quer eu aprecie ou não, é uma referencia nacional. Não sou nem nunca fui grande nem pequeno fã do artista/cantor. É verdade que na minha juventude de 20 anos, foi quase 'meu vizinho' ainda havia muitas ruas e casas a separar-nos. Nunca falei antes com ele, e respeito a pessoa que é, pelo menos não anda por aí 'a dar nas vistas sobre as suas opções de vida', como muitos outros 'pequenos actores' mas badalhocos - o termo foi mesmo para chocar, badalhocos é assim.
Agora o Marco Paulo, já depois de chegarmos da Guiné, morava por aí perto de mim, ao lado da casa de uma irmã minha, e só por isso o via raramente, quando visitava a minha irmã. Depois eu mudei-me para mais longe e ele foi para outras paragens, e julgo que agora mora mais perto da malta da linha, nunca mais o vi, pelo menos há 40 anos. Nunca falei com ele, nem antes, nem depois, apenas me sentei uma vez, no Bar de Oficiais da Amura, não na altura destas fotos, foi bastantes antes, pois sei que ia fardado, pedi um uísque com gelo e ele serviu, sem mais comentários. Acho que deve ser respeitado, e se não for por mais, por ter sido também, como nós todos, um ex-camarada da Guiné. Chegou onde chegou a pulso, nem sei de onde é natural, mas temos de dar valor às pessoas que sobem pelos seus próprio pulsos, e não com uma 'ajudinha' de alguém famoso e poderoso.
De qualquer forma, eu, Virgilio, não tenho opinião sobre ele, é um artista popular.
Tenho dito, não posso contactar com ele.
Parece que vive para os lados de Sintra, o que fica um pouco longe de mim.
Um abraço, Virgilio Teixeira


Anónimo disse...

A estória do camarada Hugo Guerra, deve andar pela minha idade, 75 anos, e encontramo-nos na Guiné pelo menos em 1968 e 1969. Além disso passou por S. Domingos onde estive mais tempo. Nos finais de 68 eu andava também por Bissau, as minhas fotos já publicadas demonstram isso. O cenário da estória conheço muito bem, eu ia muitas vezes ao Correios, descendo a avenida do Império, lado direito, ali estavam os Correios, ia lá com frequência levar cartas e duas vezes telefonar para a minha namorada. Ver a foto 67 do meu Poste «Tema 031 - Bissau, Parte I».
Essa do Marco Paulo é de rir, mesmo hoje, era bom alguém levar até ele esta estória. Ele não deve lembrar-se, a sua vida mediática passou isto para 2º plano. Digo isto porque, em muitas entrevistas que passam pela TV, percorrendo a vida dele, a sua carreira, ele passa sempre à frente estes dois ou três anos de serviço militar e da Guiné, nunca ouvi ele comentar nada sobre isto, mas não vejo tudo.
Hoje é uma estória da vida dele para se comentar e rir sobre isso, não o achava com tomates para responder assim a um alferes miliciano, mas ele já era famoso e sempre foi apadrinhado para ir parar a um bar, que não era a especialidade dele.
Parabéns pela história dele.
Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

Sobre a Policia Militar:
Nunca tive 'azar ou sorte' de me cruzar com esta gente, detestava estes pilantras pelo seu porte altivo e 'potencialmente importante' de alguns.
Tenho aqui um ex colega meu da Faculdade de Economia, que aliás nunca acabou, só o conheci muito mais tarde quando vim morar para Vila do Conde. Ele era Oficial de Justiça no Tribunal da vila. Agora reformado e um homem só, pois não lhe conheço mulher nenhuma, falamos, mas não somos amigos como é natural.
Há uns 10 anos contou-me, depois de falarmos da Guiné, ele esteve lá na mesma altura que eu, era dos 'Rangers' dos duros, fala pouco sobre isso, aliás nada.
Cena desta estória: Bissau, anos 68 com certeza, ele estava aquartelado lá.
Encontra um amigo dele, da escola primária de vila do conde, da mesma idade e das brincadeiras de criança. O amigo, tal como ele, era Furriel miliciano PM, um da chamada elite, PM, outro da tropa dura, Rangers. Encontram-se nas ruas de Bissau, devemos estar a falar da mesma Rua a Avenida do Império. Em vez do abraço fraternal de colegas de escola da mesma parvalheira, o tal PM, vira-se para ele, e com o seu ar de 'irritante pedante, que ainda hoje continua a ser' e diz o mesmo que disseram ao camarada Hugo Guerra: Olhe lá Sr. Furriel, veja lá se aperta os botões, isto aqui não é o mato, deve comportar-se como uma pessoa civilizada. Já não sei qual foi a resposta, ele é reservado, deve ter engolido em seco, e lá apertou os botões. Só nunca falamos como foi depois de se encontrarem novamente em Vila do Conde. Sei que não se falam, aliás esse pretenso PM ficou sempre inchado, não tem onde cair morto, e chamamos-lhe 'o focinho de cão', não sei porquê.
E acabaram os comentários estou só a preencher o tempo, pois falta pouco para o grande espectáculo.
Um abraço ao Luís, e outro ao Hugo Guerra, nosso Coronel reformado. O que acontecia se em vez de apertar os botões lhe fosse logo ao focinho?
Virgilio Teixeira






Carlos Pinheiro disse...

Conheci bem a Amura onde ia com frequência e, salvo erro ou omissão, nunca ali houve qualquer serviço ou prolongamento do Quartel General. Entre 68 e 70 conheci lá duas Unidades. Primeiro foi a Intendênciam que mais tarde foi para o 600 em frente ao QG, e depois nessa altura foi para a Amura a PM que estava no QG. No tempo da Intendência, uma noite houve lá um serão de vaariedades, dentro do possivel com os "artistas" que lá havia, mas de todos sobrassaiu o Marco Paulo que era Cabo na Intendência. Parece eu que estou a ouvi-lo, antes de começar a cantar: Para o meu querido Comandante dedico a canção, "Tenho dois amores". O Marco Paulo era muito conhecido em Bissau mas era de certo modo reservado e não falava com toda a malta.

Anónimo disse...

Virgilio Teixeira disse:

Carlos Pinheiro, eu também conheci bem a Amura, foram muitas as vezes que lá fui. Conforme diz o titulo do Tema, na minha modesta maneira de ver, diz: Quartel General onde se tomavam as grandes decisões do CTIG.
Era aí que o Spínola se reunia todos os dias com todas as Chefias, para tomar as grandes decisões e fazer os 'Briefings'.
Estas fotos são de Junho de 69, a dois meses de eu embarcar de regresso, era assim a zona nobre da Amura, havia outros lugares dentro da Amura sem interesse para fotos.
Existiu realmente lá a sede do Batalhão de Intendência, tinha lá um amigo meu, mas não interessa. O nosso querido Marco Paulo, artista famoso e vaidoso, não disse com certeza a verdade nas suas entrevistas. Não sei se seria Escriturário!
O que sei é que ele estava no Bar, e era grande, e ele servia as bebidas à malta, isso já seria uma função da Intendência. Não estou a vê-lo a escrever à máquina ou lidar com papeis, é a minha opinião, vale o que vale.
A Intendência saiu de lá, e esse meu amigo alferes também, e foram para o Quartel do 600, ao lado ou em frente ao QG. Digamos que aqui era a parte burocrática do QG, pois as Chefias principais, estavam na Amura, e reunião com o Spínola.
Conheço bem o 600 pois estive lá dois meses, a quando da Comissão Liquidatária do CA do meu Batalhão, entre Abril e Maio de 69, nessa altura estava lá instalado o BART1911, que regressou por essa altura, juntamente com o BCAV1915. Eu sei disto, pois lidava com estas unidades.
Atenção, nada tenho contra o Marco Paulo.
Virgilio Teixeira