terça-feira, 3 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20702: Consultório militar do José Martins (50): Par de duas condecorações de um Capitão do Regimento de Caçadores

 
Mais um trabalho do nosso camarada José Martins (ex-Fur Mil TRMS, CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), a propósito de "restos da vida de um combatente, capitão de infantaria, provável comandante de uma Companhia de Caçadores, CTIG, 1970/72", publicado no Poste 20680[1] de 24 de Fevereiro passado.

Desde já o nosso obrigado ao Zé Martins por mais esta preciosa colaboração.



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Notas do editor:

[1] - Vd. poste de 24 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20680: Fotos à procura de... uma legenda (119): restos da vida de um combatente, capitão de infantaria, provável comandante de uma Companhia de Caçadores, CTIG, 1970/72... (Carlos Mota Ribeiro, Maia)

Vd. também poste de 6 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20685: Fotos à procura de... uma legenda (120): O militar em questão não seria o cap inf Manuel Francisco da Silva, comandante da CCAÇ 1681/BCAÇ 1911 (1967/1969) ? Se sim, nasceu em Silves em 1933 e morreu em Faro, em 2015, como cor inf ref, tendo sido também, em 1982, presidente da Câmara Municipal de Faro (Jorge Araújo)

Último poste da série de 18 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20253: Consultório militar do José Martins (49): Das leis do Reino e da República, às leis da Igreja, com influência nas Forças Armadas (5)

5 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Obrigado, Zé, pelo rigor, paciência, saber, erudição e sobretudo paixão, que pões nos pedidos, às vezes estranhos e difíceis que te chegam ao teu "consultório militar"... Já te chamei "Sherlock Holmes", porque admiro a tua persistência e o teu "faro" de detetive... A tua sensibilidade para os grandes números e os pequenos detalhes é notável...

Depois é um estudioso, não falas por falar, não és de "maqndar bocas", trabalhas bem uma grande massa de dados... Enfim, não é por acaso que és um dos nossos preciosos colaboradores permanentes...

O Carlos Mota Ribeiro já teve ocasião de agradecer o teu parecer. Eu reforço esse agradecimento, ao mesmo tempo que aprecio o teu exemplo de honestidade intelectual e de preocupação com a privacidade e a proteção de dados, no que respeita a camaradas nossos, sobretudo se estão vivos e não pertencem à Tabanca Grande... Quem ingressa na Tabanca Grande, dá a cara... Mas há questões delicadas sobre as quais não podemos fazer juízos, muito menos sumários... Às vezes a tentação é grande...mas temos que nos conter, e dar o exemplo.

Um alfabravo do Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O militar em questão, se é esse em que estás a pensar, é uma figura pública, ou foi, tendo sido autarca, um eleito... Estamos a falar de Manuel Francisco da Silva, comandante da CCAÇ 1681/BCAÇ 1911 (1967/1969), nascifdo em Silves em 1933 e tendo morrido em Faro, em 2015, como cor inf ref... Foi presidente da Câmara Municipal em 1982 (ou em 1983, de acordo com a correção do cor inf ref Manuel Bernardo, que é de Faro).

Zé, tans muito jeito para "tirar parecenças"... LG

Anónimo disse...

Meus caros.,

Muito obrigado a todos pela ajuda prestada na identificação do militar da foto.
Como é do conhecimento geral, nos últimos anos tenho vindo a colecionar medalhas militares e conjuntos de condecorações da grande guerra e guerra do ultramar que contenham a cruz de guerra.

Muitos dos conjuntos que tenho vindo a adquirir vêm sem fotografias e são impossíveis de associar ou identificar o seu dono.
Neste caso sempre pensei que seria fácil, no entanto a medalha comemorativa das campanhas dificultou a identificação do militar e levanta dúvidas sobre a autenticidade do conjunto em questão, isto é, todos os itens são originais, mas não do mesmo combatente, tornando o conjunto na minha opinião falso.

Infelizmente por vários motivos aparecem nas feiras de rua, em leilões, etc. espólios de combatentes que muitas vezes são resgatados por colecionadores que lhes dão o devido valor sentimental... As condecorações nunca deixam de ser belas, nem perdem o seu significado, mas passam a simples objectos quanto deixam de estar relacionadas ao seu agraciado...

Atentamente.,

Carlos Mota Ribeiro

José Marcelino Martins disse...

O 2º caso que apresento é sobre Manuel Francisco da Silva.
Não mencionei o nome, pela simples razão que é mais gritante a separação das medalhas, e pelas razões expostas.
Não há formas de suster estes casos, mas é pena.

Outra faceta:
Há alguns anos conheci uma senhora, apresentada pelo meu irmão mais velho (mais 14 anos do que eu) que é filha de um coronel que me recordo de ouvir falar dele, em miúdo.
A senhora não sabia o que fazer ás condecorações do pai que, pelos vistos. localizadas na sua casa pelos netos, quando lá iam a casa iam busca-las para as suas brincadeiras.
Sugeri a entrega das mesmas â guarda do Núcleo local da Liga dos Combatentes. Ficou de pensar nessa hipótese.

Mais tarde, numa das minhas investigações, encontrei o jornal da localidade que lhe dedicou a primeira página quando deixou de comandar o regimento da cidade. Entre outros cargos tinha sido, senão o primeiro, um dos primeiros presidentes da Agência local da LCGG.

Manuel Castro disse...

A fotografia é do sr. Capitão Manuel Dias Freixo, falecido com a patente de coronel.
Como capitão foi comandante da Companhia de Caçadores 414, que serviu agregada ao Batalhão 356, com sede em Catió.
Foi meu comandante nessa companhia e conheci de muito perto os seus extraordinários dotes: Alta capacidade de comando; Enorme atenção aos seus subordinados; Amigo de todos, ao ponto de, após o fim da missão, ser tratado por "PAI FREIXO".
Tal tratamento é o fiel exemplo da sua entrega aos seus comandados, a quem se dirigia, não pelo número, mas pelo nome. Conhecia tudo e todos individualmente.
Outra faceta, de que sou testemunha e que julgo não ter sido comum, foi a sua despedida do pessoal, com a distribuição, equitativa a todas as praças (cabos e soldados), do valor dos prémios e poupanças, que a 414 obteve.
Foi um comandante exemplar.
Só após um mês tomámos conhecimento do seu falecimento. O constrangimento foi geral e de tal ordem que, no dia 1 de Novembro, quase todos os militares da 414 o homenagearam com uma missa e visita ao cemitério de Castelo Branco.
Sobre ele eu costumava e continua a dizer: Pessoa honesta e sã, que não só era um bom homem, era sobretudo um "HOMEM BOM".
Quanto às condecorações vou tentar saber.