terça-feira, 3 de novembro de 2020

Guiné 61/74 - P21509: Parabéns a você (1887): Ten-General PilAv António Martins de Matos, ex-Tenente PilAv da BA 12 (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 2 de Novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21505: Parabéns a você (1886): Abílio Magro, ex-Fur Mil Amanuense do CSJD/QG/CTIG (Guiné, 1973/74)

6 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Abraço de parabéns.

Hélder Valério disse...

Caro amigo AMMatos

As minhas felicitações pelo aniversário, votos de boa saúde e um abraço de parabéns.

Hélder Sousa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Meu caro António, apesar da pandemia, tens direito a celebrar, com a devida "distância social", e com a "máscara" (a que estavas habituado desde que és pilav...), o teu dia de aniversário... De longe, mas não com menos amizade e camaradagem, desejamos-te saúde e longa vida...

Já nos destes uma prenda, o teu livro, mas esperamos que ele ainda voe mais alto, obrigando-te à 3ª edição: "Voando sobre um ninho de Strelas", de António Martins de Matos: 2ª edição, revista e aumentada (Lisboa, Sítio do Livro, 2020, 456 pp.)

admor disse...

Caro Camarada António M. Matos,

Muitos parabéns e um dia com tudo de bom.

Muita saúde, felicidades e um grande abraço.

Adriano Moreira

Manue Sousa disse...

Em primeiro lugar, parabéns ao senhor Tenente-General pelo seu aniversário. Em segundo, confiando na minha memória visual em relação à sua imagem de quando era mais novo, ou eu muito me engano ou foi com ele que contracenei, ou ele contracenou comigo, neste episódio do "filme" que é o meu livro PRECE DE UM COMBATENTE, em Janeiro de 1974, em Farim, Guiné:...."A viagem de Farim a Bissau. No dia seguinte, cerca das nove horas, recebemos orientação no sentido de nos dirigirmos para a pista da avioneta para tomarmos um avião que entretanto ali tinha chegado proveniente de Bissau, um pequeno bimotor.
Chegada a hora de tomar o avião, de um a um, foram entrando os passageiros entre civis e militares, entre os quais nós os três de Jumbembém.
Eu era o último da fila e, quando me preparava para entrar, já não havia lugar para mim.
Os doze lugares de que dispunha já estavam ocupados.
Além do contratempo da falta do dinheiro, “o meu Manuel” tinha agora pela frente outro dilema.
Estava perante a eminência de não poder viajar nesse dia para Bissau.
Entretanto o piloto, ainda no exterior do avião, vendo-me cá fora sozinho, perguntou-me porque é que não entrava, acabando por se inteirar de que a lotação do avião estava completa.
-Entra lá para a frente.
Imperou-me ele, desenvolto, mas não me disse para onde e por onde, visto que por onde entraram os doze passageiros não era possível, dirigindo-se ele imediatamente, pelo lado esquerdo, para o cokpit.
Volvidos alguns instantes, como não me viu entrar, voltou a sair a vociferar:
-Ó militar porque é que não entra?
-Mas entro por onde?
Respondi eu, na minha humilde ignorância de nunca ter viajado de avião, que continuava a procurar para onde e por onde entrar pelo lado direito do avião.
-Ó homem suba lá para cima, que vai à frente comigo.
Indicando-me, finalmente, que tinha de subir para cima da asa direita do aparelho e, daí, através de uma pequena porta, teria acesso ao cokpit, para o lugar do co-piloto.
Instantes antes tinha-me visto na contingência de ter de ficar em terra por falta de lugares, agora sentia-me um privilegiado em viajar no cokpit, com todo aquele complexo painel de comandos à minha frente e, principalmente, poder dali melhor desfrutar da vista aérea durante a viagem. Instantes depois, cerca das dez horas, o avião fez-se à pista e, já lá no alto, tomou o rumo de Bissau.
O piloto, de auscultadores nos ouvidos e absorvido pelas suas tarefas de pilotagem e comunicações de navegação aérea, não mais me dirigiu a palavra, enquanto eu ia registando imagens inesquecíveis:
Não obstante a altitude do avião, via-se o horizonte muito próximo, por um lado pelo território da Guiné, em geral, ser plano, por outro, dada a neblina formada pelo calor que àquela hora já se fazia sentir.
Via-se lá em baixo um autêntico tapete verde formado pela frondosa vegetação, destacando-se as concentrações de palmeiras que salpicavam o chão descampado das longas bolanhas.
Como que a decorar aquele tapete via-se uma espécie de fitas verde-azul, serpenteadas, formadas pelos rios Cacheu, logo no início da viagem, e, mais à frente, o rio Mansôa, espraiados em águas calmas entre luxuriante flora que se moldava aos seus contornos.
A decoração completava-se com o traçado rectilíneo das intermináveis picadas em terra vermelha de acesso a quartéis e localidades do interior, entrecortadas visualmente aqui e ali por frondosas copas de árvores que as cobriam.
Cerca de vinte minutos depois, já na aproximação ao aeroporto, a paisagem já era marcada por aglomerações populacionais nos subúrbios de Bissau, particularmente pelo efeito visual das habitações em “palhotas” que se assemelhavam a cogumelos.
O avião aterrou, concretizando-se assim o meu baptismo de voo, e, finalmente, depois de um ano isolado em Jumbembém, tinha chegado à civilização, que me permitiria esquecer um pouco os dramas da guerra..."

José Botelho Colaço disse...

parabéns feliz aniversário.