O nosso coeditor Jorge [Alves] Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494
(Xime e Mansambo, 1972/1974), professor do ensino superior, ainda no ativo. Tem 290 referências no nosso blogue.
MEMÓRIAS CRUZADAS DA REGIÃO DO BOÉ
SUBSÍDIO HISTÓRICO DA CCAÇ 1586:
AS PRINCIPAIS OCORRÊNCIAS EM 24 DE JANEIRO DE 1968
ENTRE CANJADUDE E CHÉ-CHE
Mapa da Região do Boé (Sector Leste/Sudeste), assinalando-se, no itinerário entre Canjadude e Ché-Che (21 kms), o local de Fariná, território de muitas tormentas por efeito da existência de minas a/c e emboscadas, em particular durante a realização de colunas de reabastecimento.
1. - INTRODUÇÃO
A presente narrativa segue o horizonte temporal e historiográfico dos últimos três postes publicados durante a primeira quinzena de Abril (P22059 - P22081 - P22088), tendo por contexto geográfico a região do Boé, onde foram analisados factos e consequências da actividade operacional das unidades militares aí instaladas, todos eles reportados a Janeiro de 1968, mês em que o conflito armado completava, então, cinco anos.
Entretanto, recordamos que para a elaboração dos fragmentos acima identificados contámos com a informação recolhida nas fontes de consulta habituais – a Oficial e a das Unidades citadas, o que não foi possível repetir no caso em apreço, devido ao facto da CCAÇ 1586, que está no centro da pesquisa deste trabalho, não possuir História dactilografada e a Oficial (CECA) não fazer qualquer referência aos episódios em análise. Por esse facto, entendemos que a informação reproduzida no ponto dois poderá ser considerada como um «subsídio histórico» da CCAÇ 1586.
2. - O "DIÁRIO" DE MÁRIO DOS ANJOS TEIXEIRA ALVES, 1.º CABO CORNETEIRO DA CART 1742, COMO FONTE DE INFORMAÇÃO
O «Diário da CART 1742», caderno de memórias da autoria de Mário dos Anjos Teixeira Alves, ex-1.º Cabo Corneteiro, ao qual já recorremos por diversas vezes, por nele constarem registos relevantes da actividade operacional na Região do Boé, não só da sua Unidade como de outras, no período de 1967/1969, onde se inclui o caso do colectivo da CCAÇ 1586, "Os Jacarés" (Guiné: 1966/1968).
Com efeito, e porque não foi possível concretizar as expectativas de partida, pelas razões evocadas na introdução, o "Diário do Mário Alves" deu-nos uma grande ajuda no enquadramento inicial da presente investigação, pelo que lhe estamos muito gratos.
Assim sendo, e no que concerne às principais ocorrências em título, o camarada Mário Alves escreveu: (…)
► Dia 26.Jan.68 (6.ª feira) – às 16h00
● Chegou a companhia [CCAÇ 1742] que afinal foi ao Ché-Che buscar as viaturas e os mortos de uma companhia [CCAÇ 1586] que, na passada quarta-feira [24Jan68], ia para lá, e foi atacada pelo IN. Tiveram seis mortos e muitos feridos [só foi possível identificar cinco elementos], dos quais alguns foram ontem para Bissau. Os mortos vieram hoje com a minha companhia e estiveram aqui na capela para serem colocados nas urnas. Eram quatro africanos [só foi possível identificar três elementos] e dois brancos. Era uma calamidade vê-los, por estarem queimados pelas viaturas que arderam, foi difícil distinguir os brancos dos negros. (…).
■ Por outro lado, e como complemento do acima citado, o camarada Abel Santos também ele da CART 1742, em texto relativo à "emboscada a caminho do Ché-Che" sofrida pela CCAÇ 1586, publicado no P22081 (08Abr21), acrescenta:
"A 24 de Janeiro de 1968 (4.ª feira) uma coluna que se dirigia ao Ché-Che com abastecimento para a malta lá instalada, um dos produtos transportados eram bidões de combustível, foi emboscada a meio caminho entre esta localidade e Canjadude, foi o que causou muitos feridos e a morte a seis militares, dois continentais e quatro africanos, que morreram carbonizados junto das viaturas em chamas, quando rebentaram os bidões durante a flagelação do IN.
A CART 1742, às 4:30 horas do dia 25Jan (5.ª feira), com dois pelotões, foi em socorro dos camaradas, onde foram encontrar um cenário dantesco, pessoal gritando, outros gemendo, viaturas queimadas. O nosso pessoal necessitou de colocar lenços no rosto devido ao cheiro a carne queimada, mas apesar de tudo o que vimos, e como soldados que somos, reagimos começando a organizar a retirada do local para sairmos daquele inferno, rumando a Nova Lamego, onde chegámos dia 26Jan (6.ª feira), pelas 16:00 horas com um espólio macabro."
2.1 – AS CINCO BAIXAS IDENTIFICADAS NO LIVRO DA «CECA»
No 8.º Volume, "Mortos em Campanha", nas pp 328/329, constam o nome de (apenas) cinco elementos, a saber:
▬ Continentais:
● Mário Augusto da Silva, da CCAÇ 1586 > Soldado Atirador; natural de Vilarinho, Parada do Pinhão / Sabrosa.
● Jaime Vinhais Teixeira, da CCAÇ 5 > 1.º Cabo Atirador; natural de São Julião / Chaves.
▬ De Recrutamento Local:
● Intumbo Quasse, da CCAÇ 1586 > Soldado Atirador; natural de Santa Ana / Mansoa.
● Chimatam Baldé, da CCAÇ 5 > Soldado Atirador; natural de Sonaco / Gabú.
● Mussa Baldé, da CCAÇ 5 > Soldado Atirador; natural de Cossé / Bafatá.
Vd. foto nº 1, acima reproduzida
2.2 - SUBSÍDIO PARA A HISTÓRIA DA COMPANHIA DE CAÇADORES 1586
= PICHE - PONTE CAIUM - NOVA LAMEGO - BÉLI - MADINA DO BOÉ - BAJOCUNDA - COPÁ E CANJADUDE (1966-1968)
Mobilizada pelo Regimento de Infantaria 2 [RI2], de Abrantes, para cumprir a sua missão ultramarina no CTIG, a Companhia de Caçadores 1586 [CCAÇ 1586], embarcou em Lisboa, em 30 de Julho de 1966, quinta-feira, a bordo do N/M «UÍGE», sob o comando do Capitão de Infantaria António Marouva Cera, tendo desembarcado em Bissau em 04 de Agosto.
Foto 2 - Ché-Che, 1967 > Atravessando o rio na jangada. Foto do álbum de Aurélio Dinis, ex-furriel da CCAÇ 1586 (1966-1968), com a devida vénia.
2.3 - SÍNTESE DA ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CCAÇ 1586
Quatro dias após a sua chegada a Bissau a Companhia de Caçadores 1586 [CCAÇ 1586], enquanto unidade independente, é destacada para a região Leste do território, assumindo em 08Ago66 a responsabilidade do respectivo subsector de Piche, substituindo dois Gr Comb da CCAÇ 1567 [13Mai66-17Jan68, do Cap Mil Inf João Renato de Moura Colmonero], ali transitoriamente colocados, e guarnecendo até 21Set66 [mês e meio], com um Gr Comb, o destacamento na Ponte do Rio Caium, ficando integrada no dispositivo e manobra do BCAÇ 1856 [06Ago65-13Abr67, do TCor Inf António da Anunciação Marques Lopes].
A partir de Set66, passou a ter, cumulativamente, a função de subunidade de intervenção do
sector, tendo os seus Gr Comb actuado em diversas operações realizadas e sido destacados temporariamente para várias localidades da sua zona de acção, nomeadamente Nova Lamego, de 10Out66 a princípios de Dez66; Madina do Boé, de 10Fev67 a 01Mai67 e Béli, de 25Jan67 a 15Abr67. Em 06Abr67, foi substituída no subsector de Piche pela CCAV 1662 [06Fev67-19Nov68, do Cap Mil Art António de Sousa Pereira], tendo assumido, em 07Abr67, a responsabilidade do subsector de Bajocunda, com um Gr Comb destacado em Copá, onde rendeu a CCAÇ 1417 [06Ago65-13Abr67, do Cap Inf José Casimiro Gomes Gonçalves Aranha] continuando integrada no dispositivo e manobra do BCAÇ 1856 e sucessivamente do BCAV 1915 [14Abr67-03Mar69; do TCor Cav Luís Clemente Pereira Pimenta de Castro], do BCAÇ 1933 [03Out67-20Ago69; do TCor Inf Armando Vasco Campos] e ainda do BCAÇ 2835 [24Jan68-04Dez69; do TCor Inf Joaquim Esteves Correia].
Em 28Out67, um Gr Comb seu integrou as forças do subsector temporário de Canjadude, então criado, e onde se manteve até 04Dez67. Em 27Abr68, foi rendida no subsector de Bajocunda pela CCAÇ 1683 [02Mai67-16Mai69; do Cap Mil Cav José Manuel Pontífice Maricoto Monteiro] e recolheu seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso, que ocorreu em 09 de Maio de 1968, a bordo do N/M «NIASSA». Observações: Não tem história da Unidade. (CECA; 7.º Vol.; p 357).
Foto 3 – (Maio de 1968; a bordo do N/M «NIASSA», algures no Atlântico). Regresso do contingente da CCAÇ 1586 à Metrópole após concluída a sua missão no CTIG. Da Esqª/Dtª os furriéis: Santos, Ilídio, Aurélio Dinis, N/N, Teixeira, Rocha, N/N e Laranjo. Foto do álbum de Aurélio Dinis, com a devida vénia.
3. - O QUE ESCREVEU AMÍLCAR CABRAL (1924-1973) A PROPÓSITO DA MESMA OCORRÊNCIA
O episódio (emboscada) ocorrido em 24 de Janeiro de 1968, entre Canjadude e Ché-Che, levado a cabo por elementos do PAIGC em nomadização na Região do Boé, faz parte, entre outras notícias, dum comunicado dactilografado, escrito na língua francesa, datado de 06Fev68, e assinado por Amílcar Cabral (1924-1973), o qual se reproduz abaixo [só o que é relevante para o texto], com tradução da nossa responsabilidade.
◙ COMUNICADO DO PAIGC
● "Complementando as informações veiculadas nos nossos últimos comunicados, reportamos a seguir algumas notícias sobre outras acções realizadas pelas nossas forças armadas no mês de Janeiro [1968]."
(…)
● "24 De Janeiro [1968; 4.ª feira] – Durante uma emboscada na estrada Ché-Che / Canjadude (região do Gabú / Boé), uma unidade do nosso exército regular destruiu 5 camiões de uma coluna inimiga e colocou 22 soldados colonialistas fora de acção. Em fuga, o inimigo deixou no terreno uma quantidade de equipamentos, incluindo catorze G3s e dois rádios em bom estado de funcionamento. Os nossos combatentes também apreenderam um saco contendo correspondência e vários documentos militares."
Feito, em 06 de Fevereiro de 1968.
Amílcar Cabral,
Secretário-Geral
Fonte: Citação: (1968), "PAIGC - Communiqué", Fundação Mário Soares / Arquivo Mário Pinto de Andrade, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_84044, com a devida vénia.
◙ IMAGENS RELACIONADAS COM O COMUNICADO
Foto 4 - Fonte: Citação: (1968-1973), "Armamento capturado pelo PAIGC ao exército colonial português", Fundação Mário Soares / DAC - Documentos Amílcar Cabral, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_43861, com a devida vénia.
Foto 5 - Fonte: Citação: (1968-1973), "Capacete e saco dos CTT capturados pelo PAIGC ao exército colonial português.", Fundação Mário Soares / DAC - Documentos Amílcar Cabral, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_43796, com a devida vénia.
Foto 6 – Fonte: Citação: (1968-1973), "Viatura do exército colonial português destruída", Fundação Mário Soares / DAC - Documentos Amílcar Cabral, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_43858, com a devida vénia.
► Fontes consultadas:
Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 7.º Volume; Fichas das Unidades; Tomo II; Guiné; 1.ª edição, Lisboa (2002).
Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 8.º Volume; Mortos em Campanha; Tomo II; Guiné; Livro 1; 1.ª edição, Lisboa (2001).
Ø (1) Instituição: Fundação Mário Soares Pasta: 04325.001.004. Título: PAIGC - Communiqué. Assunto: Amílcar Cabral, Secretário-Geral do PAIGC, faz o balanço das acções da luta armada durante o mês de JAN.1968. Data: Terça, 6 de Fevereiro de 1968. Fundo: Arquivo Mário Pinto de Andrade. Tipo Documental: Documentos.
Ø (2) Instituição: Fundação Mário Soares. Pasta 05222.000.424. Título: Armamento capturado pelo PAIGC ao exército colonial português. Assunto: Armamento capturado pelo PAIGC ao exército colonial português. Data: 1968-1973. Fundo: DAC - Documentos Amílcar Cabral. Tipo Documental: Documentos.
Ø (3) Instituição: Fundação Mário Soares. Pasta: 05222.000.420. Título: Capacete e saco dos CTT capturados pelo PAIGC ao exército colonial português. Assunto: Capacete e saco dos CTT capturados pelo PAIGC ao exército colonial português. Data: 1968-1973. Fundo: DAC - Documentos Amílcar Cabral. Tipo Documental: Documentos.
Ø (4) Instituição: Fundação Mário Soares. Pasta: 05222.000.421. Título: Viatura do exército colonial português destruída. Assunto: Viatura do exército colonial português, com a matrícula MG-61-01, já desmantelada. Data: 1968-1973. Fundo: DAC - Documentos Amílcar Cabral. Tipo Documental: Documentos.
Ø Outras: as referidas em cada caso.
Termino agradecendo a atenção dispensada.
Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.
Jorge Araújo.
12ABR2021
____________
Nota do editor:
(*) Vd. postes de:
9 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22088: Memórias cruzadas da Região Boé: CART 1742: as principais ocorrências em 12 e 13 de janeiro de 1968, entre Canjadude e Cheche: três baixas e um prisioneiro (Jorge Araújo)
8 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22081: (In)citações (184): O martirológio do Boé - Ainda a propósito da(s) jangada(s) do Cheche e dos mártires do Boé: o Major Luís Vasco Pedras, da Chefia do Serviço de Material e o Fur Mil Abílio Jorge, do BENG 447 (Abel Santos, ex-Soldado At Art da CART 1742)
8 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22081: (In)citações (184): O martirológio do Boé - Ainda a propósito da(s) jangada(s) do Cheche e dos mártires do Boé: o Major Luís Vasco Pedras, da Chefia do Serviço de Material e o Fur Mil Abílio Jorge, do BENG 447 (Abel Santos, ex-Soldado At Art da CART 1742)
4 comentários:
Pelas descrições do Mário Alves e do Abel Santos ficamos com ideia como a nossa coluna sofreu uma terrível emboscada.
Embora falte na descrição de quantos elementos da NT faziam parte da coluna, seria muito complicado haver uma resposta imediata ao ataque IN com uma explosão de bidons de combustível e uma viatura com pessoal em chamas.
Há o testemunho de vários feridos e mortos carbonizados, mas não ficamos esclarecidos sobre o que se passou com os outros elementos da coluna.
Na fotografia do PAIGC 'armamento capturado ao inimigo em fuga' contam-se uma dezena de G3 e quatro metralhadores ligeiras. Não acredito se tratar de armamento 'capturado' naquela emboscada: quatro metralhadoras ligeiras? e G3 abandonadas pelos nossos soldados em fuga?
Outro pormenor é a emboscada ser na estrada entre Canjadude e o local da travessia para Ché-che, quer dizer que o IN estava do lado de cá do rio Corubal.
Jorge Araújo, calhando agora no Dubai as muçulmanas ou não andam todas de cara tapada, e com esta moda das máscaras até a minha prima e outras dentuças feiosas se casavam.
Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Boa noite,
Nessa data 24Jan68, estava eu em Nova Lamego, não me lembro de se falar de tamanha mortandade, mas também não tinha que saber.
A CC1586, substituída depois pela CC1790 do meu BCA1933, foi retirada de Madina, acho que em finais de Janeiro ou inicios de Fev68, vi a chegada daquela C1586, esfarrapada de um ano em Madina.
Não sei se as tropas em questão - na emboscada - ficaram por Canjadude, ou vieram para Nova Lamego. Eu saberia de certeza. Em 29 janeiro 1968, estava em NL a festejar os meus 25 anos.
Não me lembro desta tragédia, e com a CCAÇ5, talvez de outro pelotão.?
Mas não sei nem posso afirmar nada, e também acho estranho tanto material apreendido às nossas tropas.
Um pequeno contributo sem valor histórico, a este assunto, sobre as minhas vivencias naquela região Leste.
Virgilio Teixeira
Olá Camaradas
A apreciação que pudéssemos fazer desta coluna e de toda a acção que a rodeou está prejudicada porque só dispomos dos textos do PAIGC e, mesmo assim, em Francês. As coisas correram manifestamente mal para da NT e a chegada da unidade de socorro durante a madrugada dá uma ideia do mal que as coisas podem ter corrido. A explosão de uma camioneta carregada de bidons de gasolina sugere que foi atingida com uma arma A/C, talvez no desencadear da emboscada. O material - qualidade e quantidade - faz pensar que o In tentou o assalto e parece não ter deixado morto ou feridos no terreno. Do que fica escrito ou de que não se escreveu não é possível tirar mais outras conclusões.
Um Ab.
António J. P. Costa
Entre os nossos mortos. há dois soldados do recrutamento local, que pertencia à CCAÇ 5, Os Gatos Pretos, aquartelados em Canjadude... Será que o nosso José Martins, fur mil trms da CCAÇ 5 (1968/70), tem mais alguma informação sobre esta terrível emboscada ?
Infelizmente não temos, na Tabanca Grande, nenhum representante da CCAÇ 1586.
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