terça-feira, 8 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23058: Memória dos lugares (436): Safim, às portas de Bissau, e o terminal dos autocarros da A. Brites Palma (Victor Costa, ex-fur mil inf, CCAÇ 4541/72, Safim, 1974)


Foto nº 1


Foto nº 1A


Foto nº 2


Foto nº 2A

Guiné > Região de Bissau > Safim > c. 1973/74 > Autocarros da empresa A. Brites Palma que faziam a carreira Safim-Bissau (Foto nº 1) e Safim-Nhacra (Foto nº 2)

Fotos (e legendas): © Victor Costa  (2022). Todos os os direitos reservados. [Edição e legendagem complementa: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso camarada Victor Costa, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 4541/72 (Safim, 1974)


Data - 8 de março de 2022, 14:20  
Assunto - Fotografias dos autocarros da A. Brites Palma em Safim

Amigos e camaradas da Guiné,

Esta mensagem tem como objectivo, adicionar informação e duas fotografias relativas aos autocarros da empresa A. Brites Palma,  da Guiné,  para melhorar o produto final da publicação de 20/02/2022. (*)

A primeira fotografia mostra um autocarro dessa empresa, pronto para partir para Bissau. Por detrás dele encontra-se um mangueiro e o edifício da Marisqueira de Safim e do lado direito desta, o escritório da venda de bilhetes. 

A segunda fotografia é do mesmo dia e mostra outro autocarro no outro lado da estrada, na direção de Nhacra com as pessoas a aguardar a sua partida, portanto na direção contrária. O local das fotografias corresponde à estação de Safim.
 
Entre a estação e a placa de informação rodoviária (Bula) publicada em 06/03/2022  (**) existia uma distância de cerca de 200 m onde se realizava um mercado ou pequena feira ao ar livre (posso também enviar duas fotografias se acharem de interesse).

Se acharem que alguma coisa está fora da forma ou do espírito do Blogue, por favor, devem corrigir. Isto para mim é uma coisa nova, mas penso que estou a melhorar. (***)

Um abraço,
Victor Costa
Ex-Fur Mil At Inf
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 20 de fevereiro de 2022 > Guiné 61/74 - P23011: Fotos à procura de... uma legenda (160): Transportes públicos de Bissau: ABP, que sigla seria esta ?

(**) Vd. postes de:


(***) Último poste da série > 28 de janeiro de 2022 > Guné 61/74 - P22944: Memória dos lugares (435): Missirá, regulado do Cuor, Sector L1 (Bambadinca), 23 de dezembro de 1966 (José António Viegas, ex-fur mil, Pel Caç Nat 54, 1966/68)

14 comentários:

João Rodrigues Lobo disse...

Tenho lido com atenção os comentários, e já acho que parte da minha memória "pifou".pois não me recordo destes autocarros em 1968 e 1969..A idade não perdoa...
João Rodrigues Lobo

Valdemar Silva disse...

Eu também não me recordo ver estes autocarros.
A propósito, Vitor Costa quem é que fazia a segurança a estes autocarros ou partiam sem segurança por não haver problemas na zona, ou já foi depois de Abril de 1974?
Manda mais fotografias de 1973-1974.

Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

O mail que eu mandei ao Victor ia nesse sentido...

Em primeiro lugar, o nosso obrigado por partilhar estas fotos connosco, Tabanca Grande.

Em segundo lugar, para dizer que pode mandar mais fotos de Safim...

E em terceiro lugar, a pedir-lhe que satisfaça a nossa curiosidade em relação às idas de Bissau a Safim, para petiscar, e à questão da segurança nos últimos meses da guerra...

(i) O que era a "Marisqueira de Safim", o que é que lá se comia ?

(ii) Em 1974, ia-se com segurança a Safim e a Nhacra, é verdade ?...

(iii) A malta de Bissau ia lá petiscar ? Ou já era "arriscado" ?

O Victor como esteve aquartelado em Safim, em 1974, pode falar "de cátedra" sobre estes assuntos...

Um abraço grande, Victor!... LG

Anónimo disse...

Boas vindas a todos.
Uma especial saudação a todas as mulheres, as nossas, as dos outros e em particular para as mulheres da Ucrânia, a passarem por situações impensáveis. Que Deus as ajude.
Victor Costa, uma saudação especial pelo tema deste poste, pois sou um amante quer de Safim, Nhacra, João Landim, etc.
Nos anos de 67-68-69, fui lá muitas vezes, tantas quanto as minhas idas a Bissau, com a minha motorizada, não parava, por vezes acompanhado, a maioria sozinho. Ia à procura de mariscos em Safim, e à piscina do quartel de Nhacra. Depois era a aventura e conhecer novos sítios.
Marisqueira de Safim, assim com este nome, não havia, era uma esplanada, café, cervejaria e servia uns petiscos para quem passava. Ficava perto do cruzamento e das marcas das estradas para João Landim e Mansoa / Nhacra. Tenho imensas saudades desses momentos, o pior era o regresso, na maioria das vezes já noite, e com uns copitos a mais.
Quanto ao assunto do Poste, e quanto à mensagem do amigo Lobo, não se preocupe pois não é só a idade e a memória.
Na minha modesta opinião, e tanto quando me lembro, e somos dos mesmos anos, 68 e 69, nunca vi semelhantes viaturas ambulantes, parece-me da 2ª guerra mundial.
Por isso posso quase afirmar que não existiam no meu tempo estes autocarros. Podem ser posteriores, mas parece-me mais pós independência.
Não reconheço nem as viaturas nem os lugares aqui ilustrados, lamento mas não é por falta de memória, se existiam passaram-me ao largo.
Quanto a segurança, nunca pensei no assunto, apesar de tantos quilómetros através do mato, em especial entre Bissalanca e Safim. Depois disso não sei nada.
Podem consultar as minhas fotos aqui publicadas nos meus postes.
E quem puder acrescentar mais alguma coisa, que o faça, pois eram locais lendários.
Quando me lembrar de mais alguma coisa, volto aqui ao poste.
As minhas saudações a todos, e
Saúde da Boa.

Virgilio Teixeira





Victor Costa disse...

Obrigado pelos vossos comentários,
Nunca deixei nenhuma missão a meio e não é agora que irei começar, isto para vos dizer que irei responder a todas as questões colocadas em todos os comentários e em particular ao Luís Graça ou a outros comentários que possam chegar. Eu só preciso de tempo para o fazer. Posso desde já responder ao camarada Valdemar Silva por ser aquele que coloca menos questões.
No tempo em que estive com a C.Caç. 4541/72 e até Agosto 74 os autocarros da A. Brites Palma e os táxis que faziam serviço de Bissau para Safim e vice-versa nunca tiveram segurânça por não ser necessário.De vez em quando um táxi até traziam meninas de Bissau para satisfazer necessidades fisiológicas do pessoal.Isto quer dizer que nas operações que fazíamos não brincáva-mos. Serviço é serviço e conhaque é conhaque e isto foi uma das coisas que me orgulho ter aprendido com os "velhos", levava-mos as coisas muito a sério.
Irei também enviar mais fotografias sobre Safim, João Landim Porto e outros locais acompanhadas de mensagens.

Um abraço a todos,

Victor Costa.

José Botelho Colaço disse...

Obrigado Victor Costa pelas fotos dos autocarros da empresa A. Brites Palma, é precisamente este modelo de autocarro que está gravado na minha mente de 1964/65. Quanto a camaradas dizerem que a memória pifou talvez não! O que aconteceu foi que á medida que as malhas da guerra foram apertando os colonos deixaram de ter o seu papel activo e quase de certeza estes autocarros deixaram de circular por isso os camaradas não se lembram de os ver. Eu recordo de ver em Bafatá ao lado do café do tio Bento a carcaça de um autocarro abandonado deste modelo. Resumindo antes da Guerra estes autocarros ciculavam em grande parte do território da Guiné, que se foram confinando com o rebentar e evoluir da guerra. A memória que eu tenho do dono da A. Brites Palma era um homem de baixa estatura já com os anos a pesarem sobre si mas um poligolota em vários dialetos na lingua nativa.

João Rodrigues Lobo disse...

Já somos 2 os que em 1968 e 1979 não se lembram de ver estes autocarros.Eu e Virgílio Teixeira. Se eu que fazia o percurso de Brá a Bissau durante estes dois anos, várias vezes por dia e noite, conduzindo o "meu" jeep, e, por vezes levando as viaturas e máquinas do Beng para as obras das estradas até Có, passando pela jangada de João Landin, ou realmente estes autocarros não circularam nestes anos, como diz José B.Colaço, ou então é realmente memória a falhar selectivamente (?).
João Rodrigues Lobo

Carlos Pinheiro disse...

Estive 25 meses em Bissau e só me lembro das camionetas do Costa mas não sei para onde iam. Eram camionetas já com certa idade e algumas deviam ter o chassis empenado. A malta até dizia que camionetas do Costa suma a cachorro de rabo de lado...Só fui uma vez a Safim. Tinha três dias de Guiné, tina ido em rendição individual para o BCAÇ 1911, mas nunca o cheguei a conhecer, era dia de Todos os Santos de 1968 e foi um camarada da Companhia de Transportes, que me arranjou cama lá na sua Companhia porque nos Adidos não havia nada, para além da confusão geral, que me levou a Safim onde eu paguei o petisco, ainda com patacão da Metrópole, em agradecimento ao facto de ele me ter arranjado uma cama. Gostei do petisco, uns camarões, umas ostras, que eu nunca tinha comido e fiquei freguês sempre que podia e até um bocado de leitão aparaceu. A cerveja já não me lembro a marca mas estava fresca e escorregava bem. Foi nesse dia que houve um acidente grave com uma companhia que tinha ido comigo no UIGE, perto de Bula, por ter rebentado uma basooka em cima duma GMC da CT que já estava carregada de pessoal. Vi passar perto de uma dezena de helicópteros e com 3 dias de Guiné comecei logo a aperceber-me da situação. Nunca cheguei a saber se houve mortos, mas feridos foram imensos. Gostei do petiscxo mas nunca mais voltei a Safim. Para mim a fronteira era BA 12. Um abraço a todos os camarigos.

João Rodrigues Lobo disse...

Peço desculpa,realmente cheguei á Guiné em 1968 (dezembro)e saí em 1971(janeiro). Portanto os dois anos completos foram 1969 e 1970. (Ainda dizemos qu não é a idade...)
João Rodrigues Lobo

Victor Costa disse...

Luís Graça,

Não sei se já fui promovido ou se levei com 5 fins de semana à Benfica, mas penso que foste tu que definiste as regras do tratamento por tu. De uma maneira ou outra tu para mim tens muito valor, até pelo facto de teres paciência para nos aturares.
Vamos falar agora de coisas sérias.
Os camaradas Virgílio Teixeira e Carlos Pinheiro em conjunto não podiam ser mais precisos para caracterizar aquilo a que chamo a marisqueira de Safim, o que demonstra que eram clientes assíduos, mas o primeiro não foi preciso na placa de informação rodoviária localizada 200m mais a Norte. Trata-se das 3 placas publicadas em 6/3/2022, a do lado esquerdo João Landim 8 Km, com seta à esquerda e por baixo Porto e na parte central a placa Bula e uma seta à esquerda. Do lado direito da placa Ensalma 5 km com seta à direita.  Se consultarem o Mapa no Google ainda existe no local a citada marisqueira mas não deve restar nada do edifício antigo.      
No mês de Julho de 1974  iniciamos uma operação contínua de controlo e revista de todas as viaturas e civis que entravam e saiam de Bissau, em que todas as viaturas eram obrigadas a parar. Instalamos uma tenda de campanha junto à Base Aérea nº 12 em Bissalanca precisamente ao lado dos caças G 91. Esta operação contava além da secção que eu comandava, também com a participação de 2 elementos da Polícia de Segurança Pública de Bissau. Num desses dias um condutor civil cabo-verdiano que circulava na direcção  Bissau-Safim não parou à nossa ordem e abalroou um elemento nativo da P.S.P. Imediatamente corremos para o condutor da viatura e dei-lhe ordem para sair com as mãos bem levantadas. Começou a gesticular, eu puxei a culatra atrás e dei-lhe ordem de prisão, entretanto o outro elemento da P.S.P. aproximou-se e meteu-lhe as algemas. Chamamos a ambulância e a ramona e lá seguiram os dois para Bissau. No dia seguinte comuniquei para a P.S.P., para saber do estado de saúde do agente, falecido de noite. Nunca mais soube o que aconteceu ao preso, nem se houve posterior investigação, eu limitei-me a fazer o relatório.
Entretanto a C.Caç. 4541/73 com o fim da comissão regressa à Metrópole e eu em Setembro sou colocado na CCS do QG em Bissau até ao meu regresso em Outubro de 1974. Bissau foi uma cidade segura durante o tempo que lá estive. Constava no entanto que haviam alguns problemas entre a nossa tropa pelo controle do Pilão, o Bairro das meninas, mas não era nada comigo.

continua...

Victor Costa disse...


...continuação


Havia muito trânsito de viaturas militares em Safim, quer de Bissau para Nhacra ou Cumeré, quer de Bissau para Bula e vice-versa, era a artéria principal de ligação ao interior da Guiné e nunca senti insegurança até Safim e mesmo até João Landim Porto. Mas todos os dias em particular à noite eram realizadas patrulhas no mato e nas bolanhas circundantes desta estrada com objectivos definidos pelo Comando. Um Unimog  504 deixava a secção perto da estrada ou se a picada fosse minimamente segura deixava-nos mais no interior, a operação da noite durava em média 6 horas, a pé até ao objectivo e depois regressava-mos ao ponto de partida e aqui não havia facilidades, porque era isto que nos dava segurança. Contactos com o PAIGC, ZERO, apenas o grito das hienas. Do rio Mansoa para Norte as operações eram executadas pelo nosso Destacamento de João Landim Norte que se estendia até às imediações de Bula, onde também estive. Aqui a segurança das Jangadas na travessia do Rio era feita nós e uma LDM da Marinha. Ao fim de um mês com os "velhos", já me sentia seguro e as coisas tornavam-se mais fáceis.
Desloquei-me várias vezes a Bissau á livraria do Sr.Manuel Moreira em Benfica, penso que era perto do Palácio do Governador, para comprar livros e jornais, ia ao Café Ronda, onde gostava de apreciar o bater dos tacões das botas na marcha do render da Guarda para o palácio do Governador feita pela PM ao longo da avenida, tive conhecimento do rebentamento da granada que neste café provocou um morto e 63 feridos, mas não era coisa que nos tirasse o sono e fui ao café pelicano perto do  quartel  da PM na Amura. Em Bissau, só senti alguma apreensão em meados de Março quando visitei com meu amigo Fur. Mil. José Bilhau penso que dos Piratas do Guileje, amigos seus no hospital e vi pela primeira vez os seus camaradas a esfregar os dedos das mãos nos braços, pernas e tronco e ver o ferro a sair do corpo,mas isto era no Hospital e este à data estava bastante preenchido. Numa das minhas últimas deslocações a Bissau e de regresso a Safim apanhei um táxi um Peugeot 404, estabeleci conversa com o condutor um cabo-verdiano que me garantiu que os efectivos do PAIGC rondava os 7.500 homens, ouvi, calei, mas não acreditei. Em Safim os transportes A. Brites Palma funcionaram antes e depois do 25 de Abril.
Luis, desculpa a noite já vai avançada, hoje vou ter que ficar por aqui, vou ver de isto cabe no comentário.

Um abraço,

Victor Costa

José Botelho Colaço disse...

Que a memória vai pifando não há duvidas mas é devido á idade, é mais a doença da anosognosia do que a alzheimer. Obrigado Victor Costa por me avivares e confirmares tudo aquilo que guardo em memória e escritos pessoais o que me parece é que o sector de Bissau se manteve quase igual ou com pequenissas alterações pelo que nos contas durante o tempo que durou a guerra. Exemplo em 1964/65 até á jangada do João Landin ou via Nhacra era práticamente zona livre viajava-se sem qualquer problema, mas para Mansôa também se ia mas já era uma pequena aventura e só durante o dia, no pilão á noite só os mais aventureiros e alguma segurança. Quanto aos transportes em Bissau total acordo confirmas tudo o que guardo em memória. Abraço.

Anónimo disse...

Confirma-se portanto as minhas impressões, não rigorosamente certas, pois por um lado eu nunca precisei de transportes, tinha o meu transporte pessoal e privativo.
Mas essas carcaças, se as visse alguma vez, na rua, na estrada seja onde fosse, não passavam ao largo. Mas quem lá estava permanentemente sabe muito mais.
O Luis tem razão, as placas são as mesmas no cruzamento de Safim, só não me lembrava era dos nomes inscritos, mas se quiser vou aos meus arquivos fotográficos.
Zona livre julgo que não estava enganado, nunca me passou pela cabeça outra situação, pois além de Safim, Nhacra, João Landim Porto, também viajei pelo Cumeré, Quinhamel - as ostras -, talvez Biombo, e outras terras que não me lembro porque não ligava a isso.

Relembro aqui para quem já não se lembra ou não viu os postes, a minha Narrativa do dia em que sonhei que tinha de ir de motorizada de Bissau até Mansaba, nem sabia onde ficava, era a seguir a Mansoa.
Depois de ir a uns banhos à piscina, encho o depósito da Peugeot, por vinte e cinco tostões, e vou para a estrada a caminho de Mansoa, mas a viagem foi curta, pois uma patrulha militar, teve de me identificar, pois eu ia à civil, eu não tinha documentos mas disse-lhes que era Alferes Mil do Bat Caç 1933, que estava nessa época em S. Domingos, e depois de pormenores que não me lembro, não me deixaram passar, e lá voltei desolado...
Com certeza se continuava a viagem nem chegava a Mansoa muito menos a Mansabá.
Era uma miragem, uma loucura, maluca da idade, e já tinha uns 25 ou 26 anos, que ficavam mais curos com os copitos que nunca faltavam.
UM DIA SE MELHORAR DA MINHA SAÚDE, AINDA ME METO NO JIP QUE TENHO LÁ À MINHA DISPOSIÇÃO, COM MOTORISTA PRIVATIVO, E FAÇO A VONTADE AO MEU AMIGO DO HOTEL COIMBRA, QUE TEIMA EM ME VER LÁ E VOU ATÉ MANSABA, ATÉ POSSO MORRER POR LÁ, É UMA TERRA QUE ME FICOU NA ALMA, PARA SEMPRE.

PERDOEM ESTES COMENTÁRIOS DE QUEM JÁ NÃO BATE BEM DA MONA, SÃO QUASE 80 ANOS!

Despeço-me com saudade,
e Saúde da melhor para todos.

Do amigo, camarada de armas, colega, companheiro, o que quiserem chamar, mas com muito respeito a todos, quer sejam da Tabanca e dos outros que passam despercebidos.
Virgilio Teixeira


Tabanca Grande Luís Graça disse...

Provavelmente o termo "ambulância" para designar os autocarros que circulavam na Guiné, nos anos 50, referido pelo Mário Dias, seria usado por analogia com a "carruagem do correio que acompanha os comboios"... É uma pista...

Ou então seria por causa do desenho da carroçaria... Ainda é assim que eu faço, a lápis, para a minha neta, o desenho de uma camioneta de passageiros... Foi numa destas, parecida com do A. Brites Palma, que eu fui a primeira vez a Lisboa, em 1954 ou 1955, num passeio da escola ou da catequese... Devia ser da empresa João Henriques, de Torres Vedras, que tinha o "terminal" na Rua da Palma...
___________

ambulância
ambulância | n. f.

am·bu·lân·ci·a
nome feminino
1. Qualidade do que é ambulante.

2. [Termo ferroviário] Carruagem do correio que acompanha os comboios.

3. O pessoal desse serviço.

4. Material e pessoal que recolhe e trata os feridos (em campanha, desastres de comboio, incêndios, etc.).

5. Carro para transportar doentes ou feridos.Ver imagem

6. Hospital móvel de guerra.


"ambulância", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/ambul%C3%A2ncia [consultado em 10-03-2022].