quarta-feira, 13 de abril de 2022

Guiné 61/74 - P23163: Manuscrito(s) (Luís Graça) (210): Quinta de Candoz, no país do arco-da-velha...


 

Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Vista das janelas da nossa casa, na Quinta de Candoz > 11 de abril de 2022, c. 19h16 > 

Um  arco-íris  (ou o "arco-da-velho") sobre a albufeira da barragem do Carrapatelo, no rio Douro, a maior dos cinco aproveitamentos do Douro Nacional, com uma superfície inundada de quase mil hectares, e uma queda de 36 metros. Estende-se por 40 km e vários concelhos, atingindo na extremidade de montante o aproveitamento hidroeléctrico da Régua.

Nas fotos, vê-se ao fundo parte da albufeira e o Porto Antigo, na margem esquerda, já no concelho de Cinfâes, distrito de Viseu, a terra do explorador Serpa Pinto (1840-1900), Coberta de nuvens, em frente a serra de Montemuro (a sul). Candoz, a norte, está em contacto visual com Cinfães (não visível na foto, à direita de Porto Antigo, a caminho de Montemuro).

Segundo a Wikipedia, "Arco-da-velha é uma expressão usada quando se quer referir algo de tempos antigos, espantoso, inacreditável, inverossímil. Pensa-se tratar-se de uma forma reduzida de arco da lei velha, em referência ao arco-íris, que, segundo a Bíblia Sagrada, Deus teria criado em sinal da eterna aliança entre ele e os homens."

Também é a Wikipedia que nos explica, em termos simples, que o "arco-íris (também popularmente denominado arco-da-velha (...)  é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contínuo quando o sol brilha sobre gotículas de água suspensas no ar. É um arco multicolorido com o vermelho em seu exterior e o violeta em seu interior. (..:).É mais conhecido por uma simplificação criada culturalmente que resume o espectro em sete cores na seguinte ordem: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou índigo) e violeta" (...) 

Fotos (e legenda): © Luís Graça (2022). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Candoz,  no país do arco-da-velha...

por Luís Graça

Não sei quantos habitantes tem Candoz,
entre indivíduos das diferentes espécies, 
da fauna e da flora que Deus criou,
do grilo à andorinha, 
do azevinho à videira,
do castanheiro ao sobreiro,
do ouriço-cacheiro ao gaio,
do melro de bico amarelo à boeira,
sem esquecer o "homo sapiens sapiens"...
que cultiva a vinha e cuida da horta e limpa os montes...
ou do javali que de vez em quando desce, esfaimado, até ao milheiral.

Ainda venho cá meia dúzia de vezes por ano,
pelo Natal, Carnaval, Pàscoa, 
Festa de Nossa Senhora do Socorro,
vindimas, Festa da Família (no nosso querido mês de agosto)...
e, claro, pelos batizados, casamentos e funerais.

Fica a Norte, a 400 quilómetros de Lisboa, a 320 da Lourinhã
(itinerário: IC 17, A8, A17, A25, CREP, A4, 
e depois  EN 222, Marco de Canaveses, Paredes de Viadores, Alto, 
e M642, Candoz...).

De Candoz vê-se Cinfães, 
a albufeira do Carrapatelo no rio Douro, 
o Porto Antigo, a serra de Montemuro...
e, em dias de nevoeiro,
os fantasma do Zé do Telhado, do Serpa Pinto ou do Eça de Queiroz,

Tenho uma grande ternura por Candoz,
e sobretudo pelas suas gentes, 
incluindo bichos, árvores e plantas.
Às vezes fico lá uns dias,
mesmo que não tenha o oceano Atlântico para "limpar a vista"
e os dias sejam mais curtos por causa da cidade e das serras...
Há sempre coisas novas para descobrir
e outras para confirmar:
o amor, a amizade, a ternura, a solidariedade
(coisas estas que são mais difíceis de captar pela máquina fotográfica)...

Quando eu morrer, 
vou ter saudades de muitas coisas e gentes,
a começar por Candoz  onde fui feliz,
pelos seus socalcos de pedra que sustem a terra arável,
roubada à floresta de castanheiros e carvalhos,
e pelo arco-íris sobre a albufeira do Carrapatelo,
e o seu caleidoscópio de mil e uma cores 
que guardam memórias da mágica ligação da terra ao céu...

Foi lá, em Candoz,  que aprendi coisas que não existiam 
nos lugares da minha infância, no Oeste Estremenho,
na ponta mais ocidental da Europa,
como comer as "cebolinhas do talho" com presunto 
e um naco de broa de milho, 
acompanhadas com o vinho verde tinto, 
bebido pela malga de barro vidrado...

Para não falar do anho assado com o arroz de forno,
ou do sável frito com a açorda de ovas,
ou da dança do fado ao som da rebeca...
Ou ver um avô a brincar com o seu pequeno neto macho, 
sentado nos seus joelhos, e a cantarolar:
"O fadinho é bonito, os c... ao pé do pito!".

Tinha de se passar, há quase meio século atrás, 
vários testes  
até se ser aceite  no clã dos Ferreiras e Carneiros de Candoz,
terra que pertenceu ao concelho de Bem Viver,
extinto em 1852 e com foral de 1514...

Testes difíceis, 
ainda para mais quando se era mouro, 
se usava barbas e cabelos compridos, 
cachimbo e boina preta basca ...

Fui lá pela primeira vez no verão quente de 1975,
quando o meu país estava a arder...
Percebo agora melhor a história deste país do arco-da-velha
que nasceu entre dois vales apertados, 
o do Sousa e o do Tâmega...
Disso fala a fabulosa rota do Românico
que é obrigatório percorrer, pelo menos uma vez na vida...

Hoje o arco-da-velha ilumina-nos,
sinal de que Deus ainda não se cansou totalmente desta terra milenar.

Luís Graça

Candoz, 12 de abril de 2022, semana santa
(Poema dedicado também à minha neta Clarinha, 
que hoje faz 29 meses)

___________

Nota do editor:

21 comentários:

JB disse...

“Percebo agora melhor a História deste país do arco da velha “

Uma conclusão para muitos resultante da jornada que é a vida.
Jornadas no espaço,no tempo,e não menos,no espírito.

Um abraço do JB

Valdemar Silva disse...

Luís
Uma fotografia magnífica e bem oferecida à tua netinha para que a vida lhe sorria
com todas as cores do arco iris.

Estamos a entrar na Páscoa. Eu nasci numa sexta feira santa de 1945, a II guerra mundial duraria mais um mês, nunca tive amêndoas fáceis de trincar e as cores que a vida me foi pintando bem podiam ser mais duradouras sem visivelmente se dissipando.

Abraço, saúde da boa e Páscoa feliz.
Valdemar Queiroz

Ramiro Jesus disse...

Boa-tarde, Luís.

Quero dar-te os parabéns pelas fotos e desejar boa Páscoa para todos, na tua em primeiro e depois na nossa grande família.
Mas, como sou um picuinhas, queria que corrigisses o texto, pois Cinfães (e todo o seu concelho) é na margem esquerda, como bem sabes.

Saúde e um abraço!
Ramiro Jesus

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Ramiro, obrigado, pelos votos de boa Páscoa... E não, senhor, não és picuinhas, nada!... Eu é que tenho mau sentido de orientação, não andei nos escoteiros nem nos comandos... Claro que Porto Antigo e Cinfães ficam na margem esquerda do Rio Douro... Eu estou a Norte, Candoz, Marco de Canaveses logo na margem direita... Vou corrigir... Saúde e paz para ti e família. Luís

Fernando Ribeiro disse...

Não te sabia tão fidalgo, Luís. :-) Com que então a beber vinho por uma caneca de porcelana! Ora toma! Gente fina é outra loiça, e neste caso é mesmo. O verde tinto bebe-se por uma malga de barro vidrado, isso sim! Mas estás perdoado. Até já escreves "anho" em vez de "borrego"... Estás quase a ficar um homem do Norte. Agora só tens que trocar a caneca de porcelana por uma tigela de barro.

antonio graça de abreu disse...

Muito bem, Luís, por terras lusas de mil maravilhas.

Abraço,

ANTÓNIO GRAÇA DE ABREU

Anónimo disse...

Luís, esta malta do Norte é do “carago”.
Não perdoam uma falha aos “apinocados” sulistas.
Tiveste sorte em vires “sacar” uma prendada menina ao maravilhoso Douro, sem seres sujeito ao teste de cantar sem hesitações todas as estações e apeadeiros da Linha do Douro.
Mas pelo que vejo valeu todos os sacrifícios e afrontas.
No fundo, como bem sabes, falam grosso e em vernáculo mas são gente de bem, prontos a cederem a sua capa a quem tem frio e não apenas metade como o S. Martinho
Mas essa da malga não tem desculpa…

Já descreves o Douro, com uns “tiques” de Torga
Um grande abraço e boa Páscoa
Joaquim Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Amigos, há a liberdade do poeta e o rigor do antropólogo. É a malga de barro vidrado, sim, senhor,com que se bebe o vinho verde tinto. A porcelana não chega a casa de lavrador... Aqui no passado havia o fidalgo, o lavrador (pequeno proprietário), o rendeiro e o cabaneiro...E, claro,Deus e o padre...

Infelizmente já não fazemos vinho verde tinto, só branco. Agora tenho que ir ao Minho bebe-lo. Boas e santas Páscoas para todos...

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A pedido de várias famílias (nortenhas): Abaixo a caneca de porcelana, viva a malga de barro vidrado (mesmo que faça cancro no estômago)!

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Não gosto de "tira-teimas", mas tenho que confessar que a primeira vez que conheci o meu futuro sogro, José Carneiro, foi numa feira do Marco de Canaveses... E logo ali uma "caneca" de vinho verde tinto... Não foi a "caneca" foram uns golos, à vez... Seria feio beber a "caneca" toda... Mas recordo que a "caneca", de palmo de altura, era branca, de "porcelana"... Não sou bom em "metais" nem em "minérios", mas juro que era de "porcelana"... Era uma caneca pesadona... Tenho fotos dele "delit(r)o"... LG

JB disse...

Até os pacatos lapöes reagiram à essa das canecas de porcelana para o vinho verde.

MAS,MAS…..sendo eu um lisboeta dos estoris lá ia frequentando alguns locais “bem”,mais ou menos exclusivos,da minha cidade.
Ora no snack-bar do hotel Ritz,virado ao Parque Eduardo VII,servia-se (creio que pela primeira vez em Lisboa) vinho verde tinto,tirado à caneca como se de cerveja se tratasse.
A burguesia elegante tinha que experimentar a novidade ,naqueles ainda tão provincianos finais dos anos sessenta na capital do Império.

Ora no Snack-Bar “ de luxo” do Hotel Ritz as canecas em que o vinho verde era servido eram em bonita porcelana acinzentada.
Valorizava o aspecto espumante do vinho verde tinto.

Mas no Portugal verdadeiro a porcelana….era outra!

Um abraço do JBelo

Carlos Vinhal disse...

Luís, aqui na minha zona, era eu ainda pixote, nas tascas, o vinho tinto era servido em canecas brancas de porcelana.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira

Fernando Ribeiro disse...

Camarada Carlos Vinhal, não te quero ofender, mas permite-me duvidar. Naquele tempo, a cerâmica de uso corrente era quase toda de faiança, não era de porcelana. A porcelana era consideravelmente mais cara, porque era fabricada a partir de caulino puro, como o que havia na Senhora da Hora e já não há. As canecas usadas nas tascas deviam ser de faiança, quase de certeza.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Faiança, porcelana, barro vidrado ? Venham mais explicações... que eu agradeço. LG

JB disse...

Caro Luís

Uma coisa podemos estar (quase!) certos...as canacas em que se servia o vinho verde tinto näo seriam de plástico!

Por outro lado.....um bom vinho verde tinto ( a tê-lo aqui na Suécia) até o bebia por copo de lavar os dentes!

E, mais um, respeitoso abraco do JBelo

Anónimo disse...

Uma malga tamanho XXL, com broa de milho acabada de sair do forno “esmigalhada” , embebida num verde tinto carrascão, deixada em repouso umas horas, deitada “abaixo”, com todo o carinho, ao fim da tarde... Até tremo e fico com suores frios só de pensar nesta extraordinária iguaria do Minho.
Ai!!! as tardes passadas na Tasca da Sara Barracoa (V.N. de Famalicão), onde a eficiente Sãozinha, sempre sem lavar a caneca (sim Luís nas tascas também se servia o verde tinto nas canecas que referes) a mantinha sempre cheia durante toda a tarde… Uff!!!
Boa Páscoa
Joaquim Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Para a semana vou a Vila Nova de Famalicão que tem uma rede impressionante de museus que quero conhecer... E que restaurante me recomendas ? A Tasca da Sara Barroca já deve ser da pré-história... Mas fico curioso pelo que tens (d)escrito... Abraço, doces Páscoas... Fico por cá até ao 25...

Anónimo disse...

Luís, Julgo que o melhor restaurante nos dias de hoje é a FERRUGEM
Mas se queres um que eu frequentava nos anos 70 (na altura uma tasca gerida por 3 manas simpáticas… e jeitosas!!!) vai ao PEGAS. Pratos mais tradicionais e mais “caseirinhos”.
Vai a Ribeirão ver o museu da Guerra Colonial. Passas a ponte sobre o Ave e vai comer um divinal Leitão assado em forno de lenha na Trofa.
Boa estada pela minha terra e ótima Páscoa.
Joaquim Costa

Fernando Ribeiro disse...

No tempo da nossa meninice e juventude, a louça de uso diário nas nossas casas não era de barro nem de porcelana; era de faiança. Os pratos de sopa eram de faiança, as chávenas de café eram de faiança, as travessas em que era servida a carne ou o peixe eram de faiança, etc.

Agora já não é assim. Toda a loiça de uso corrente é de porcelana, uma porcelana que não é tão fina como a da loiça da Vista Alegre, mas mesmo assim é porcelana, sem dúvida nenhuma. Até as canecas usadas nas tascas mais chungas são de porcelana, julgo que de origem chinesa. A China, que foi, aliás, a inventora da porcelana, deve possuir inesgotáveis depósitos de caulino, para inundar assim o mercado mundial de tanta porcelana, às toneladas e toneladas.

Sobre as distinções entre o barro vidrado, a faiança e a porcelana, não há nada como consultar quem sabe do assunto, neste caso o prof. Galopim de Carvalho que, apesar de já ter 90 anos de idade, se mantém ativo diariamente no Facebook (https://www.facebook.com/Prof.Galopim), onde tem vindo a publicar um conjunto de posts sob o título genérico "MOLDAR O BARRO, DA PRÉ-HISTÓRIA AOS DIAS DE HOJE", dos quais posso retirar as frases seguintes:

«Desde muito cedo, no Paleolítico superior, o Homem conheceu a moldabilidade do barro molhado, teve a percepção de que, uma vez seco, este se comportava como um sólido pouco rígido e macio, que se deixava riscar facilmente pelas unhas. Verificou que, humedecido de novo, voltava a ser moldável. Verificou, ainda, talvez por acaso, que, por aquecimento ao fogo, o barro endurecido pela secagem consolidava de vez, tornando-se coeso e rígido . Nasceram assim, entre outros objectos achados, as conhecidas Vénus paleolíticas.»

«Desde os vasos mais frustes dos nossos ancestrais, à mais fina porcelana, passando pela indústria de barro vermelho, pela faiança e pelo grés, a cerâmica dos dias de hoje assenta nas características físicas e químicas dos argilominerais (com destaque para caulinite, ilite e esmectite) presentes, hoje bem conhecidas em grande pormenor, mas que extravasam os propósitos generalistas deste texto.»

«Barro vermelho é, entre nós, o nome de uma cerâmica cozida em forno oxigenado, a temperaturas na ordem de 900 ºC, de cor avermelhada, variando entre tons mais acastanhados e mais alaranjados. Por efeito do aquecimento, a que a pasta cerâmica é submetida, tem lugar a oxidação do ferro existente em determinadas “impurezas” (impregnações de minerais contendo ferro), dando ao produto final os citados tons. Tem baixa resistência mecânica ou, como se costuma dizer, é quebradiço.»

«O uso da loiça de barro vermelho ou, simplesmente, loiça de barro, vidrada (total ou parcialmente) e não vidrada ainda persiste, entre nós, por terras esquecidas do interior e em muitas tabernas, casas de pasto e restaurantes urbanos, com propósitos tradicionais de chamamento ao turismo.»

«Conhecido e utilizado desde a Antiguidade, no Extremo Oriente, o caulino é uma argila caulinítica, muito branca, praticamente destituída de impregnações “(impurezas”) como são, entre outras, as de óxido e hidróxido de ferro, pelo que permanece branco após cozedura, o que lhe permite ser usado como matéria-prima no fabrico de porcelanas e faianças. O termo caulino provém de Kao Ling, nome de uma localidade na província de Jiangxi, na China, e que significa montanha alta. Os ingleses chamam-lhe “China clay”, numa alusão nítida à importância desta matéria-prima na China. Em Portugal, o caulino explora-se como produto de alteração dos granitos e gnaisses da faixa litoral a norte de Aveiro, com destaque para o da Senhora da Hora (Porto), mas também em Barqueiros, Vila Seca e Milhazes, no concelho de Barcelos.»

(continua)

Fernando Ribeiro disse...

(continuação)

«Em termos muito gerais e como começo de um novo tema, podemos dizer que a porcelana é um produto cerâmico branco, translúcido, totalmente vidrado, impermeável, ou seja, isento de porosidade.
Não podemos falar de porcelana sem uma referência muito especial à velha China, o berço da “arte cerâmica”, iniciada no terceiro milénio a.C., mas foi só a partir da dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.) que surgiu a produção de cerâmica cozida e vitrificada, ou seja, de porcelana. De notada beleza e fruto de grande qualidade técnica, a porcelana chinesa exerceu grande influência na Ásia e na Europa.»

«Tipo bastante comum de cerâmica branca ou de cor marfim, a faiança é menos rica em caulino do que a porcelana. Na sua composição, além do caulino, incorpora geralmente uma argila esmectítica (mais gorda, que lhe dá a moldabilidade pretendida), areia e um descolorante. Sendo um corpo poroso, com uma capacidade de absorção de água geralmente superior a 3%, necessita de ser vidrado, o que é feito posteriormente à cozedura, a temperaturas variando entre 900 e 1250°C, mais baixas, portanto, do que as usadas na indústria do caulino.»

Vale a pena ler integralmente os posts todos desta série e tudo o mais que o prof. Galopim de Carvalho tem vindo a publicar no Facebook.

Carlos Vinhal disse...

Caro Fernando Ribeiro, quando afirmei que as canecas eram de porcelana, não atendi ao pormenor científico do material, só quis dizer que as ditas canecas não eram de barro vermelho, limoges, estanho, cobre, ou outro material. Lembro-me que eram brancas e vidradas.
Agradeço a correcção que tiveste a amabilidade de fazer.
Ainda me lembro do montes caulinos em S. Gens, Senhora da Hora.
Boa Páscoa
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira.