Capa do livro "CONTOS DO SER E NÃO SER", da autoria de Adão Cruz, que ontem foi posto à venda nas livrarias. Também pode ser adquirido em formato digital
Preço: 12,90€
Páginas: 184
Língua: Português
ISBN 9791220113465
Editora Europa
Email: info@editoraeuropa.com
CONTOS DO SER E NÃO SER
Este é um livro de contos, construído na sua maior parte por estórias verdadeiras, outras baseadas em acontecimentos reais e poucas totalmente ficcionadas. Umas muito antigas, outras menos e algumas relativamente recentes. Dei-lhe este título porque não encontrei outro mais adequado àquilo que sempre senti ao escrever estas estórias. Por um lado, são contos de vidas em que autor e personagens interagem nas suas próprias vivências, na tristeza e na alegria, no humor e na tragédia, na coragem e desânimo, questionando sempre o sentido da cumplicidade no caminho das certezas e incertezas, das verdades e das mentiras. Por outro lado, sinto que a nossa vida, nesta prodigiosa interface entre o sangue e a mente, não é mais do que um eterno dilema e um constante questionar entre o que somos e não somos.
Sempre li muito desde jovem. Sempre gostei de escrever. Não propriamente de escrever, mas de tentar criar Arte Literária ao escrever. Digo isto sem qualquer ponta de presunção. A literatura, seja prosa ou poema, é uma arte como outra qualquer, como a pintura, a música, a dança, o teatro… No meu entender, são sentimentos poderosos, não em termos sentimentalistas, mas em sentido neurobiológico. Por isso, sempre preferi chamar à Arte, Sentimento Artístico. Fazendo parte integrante deste, existe o Sentimento Poético, cuja amplidão e beleza percorrem transversalmente todas as formas de Arte, como sangue ou seiva. Daí, eu acreditar que qualquer forma de expressão artística só o é, se contiver dentro de si a poesia. Por isso eu a procuro em tudo o que escrevo. Não sei se alguma vez o consegui.
adão cruz
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DESCRIÇÃO
Entre alguma ficção e uma quase total realidade, os Contos do Ser e Não Ser reúnem histórias do passado do autor como médico em Portugal e em tempos de Guerra Colonial da Guiné, tempos em que um denso nevoeiro lhe cobriu a alma como sangue que corre das feridas do tempo, do tempo e do medo, do medo da guerra, da dor de uma mãe e do choro convulso de um pai, e da saudade arrancada à vida e à liberdade; relatos extremamente bem-humorados do dia a dia no Porto com um olhar atento às mudanças físicas, de humor e de perspetiva, devido ao passar do tempo, das terceira e quarta idades, a sua profunda poesia e a dramática coreografia da antecâmara da morte; contos de vida de uma época em que não era proibido sonhar, pelo contrário, era obrigatório sonhar; e reflexões acerca do ser único e absoluto, criador do Universo.
Quando vi que eras tu, o menino que estava no curto caminho da morte pela mão de um pai que não dominava a fome e não tinha dinheiro para te comprar uma bola, um pai que não sorria nem cantava para ti porque a alma se perdeu na praça do medo com o sol congelado na boca, senti um bramido de raiva e uma louca vontade de pedir contas a Deus.
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O AUTOR
Adão Cruz nasceu em Vale de Cambra há oito décadas. Licenciado em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foi médico generalista em Vale de Cambra, médico na Guerra Colonial da Guiné, ex-assistente hospitalar de cardiologia graduado em chefe de serviço, sócio da Sociedade Portuguesa de cuidados intensivos e um dos médicos cardiologistas pioneiros na técnica Eco-Doppler em Portugal.
É sócio da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, da Sociedade Europeia de Cardiologia, do Sindicato dos Médicos do Norte e da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos.
Tem doze livros publicados, entre poesia, contos, pintura e cardiologia, além de frequentes colaborações em jornais, revistas e blogues.
Pintor desde a década de oitenta, fez diversas exposições individuais e coletivas em Portugal e no estrangeiro, ilustrou a capa de livros de alguns autores e tem quadros seus em sete países.
- A devida vénia a Europa Editora
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Nota do editor
Último poste da série de 7 DE SETEMBRO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23597: Agenda Cultural (811): A Orquestra Médica Ibérica (de que faz parte o nosso grã-tabanqueiro João Graça) irá dar, no domingo, dia 11 de setembro, na Aula Magna da Universidade de Lisboa, um concerto solidário, a favor da Associação Portuguesa contra a Leucemia
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