quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23704: Tabanca Grande (537): José Moreira de Castro Neves, ex-Fur Mil Arm Pes Inf da CCAÇ 1551 / BCAÇ 1888 (Bambadinca, Fá Mandinga e Xitole, 1966/68)... Natural de Valongo, senta-se no lugar n.º 865, sob o nosso poilão

1. Mensagem de José Moreira de Castro Neves:

Data - 8/10/2022 18:57 
Assunto - Pedido de ingresso na Tabanca Grande (*)

Sou o José Moreira de Castro Neves, nascido a 30/09/1943, natural e residente na freguesia e concelho de Valongo,  professor de Matemática do ensino secundário,  aposentado.

Fui furriel miliciano de armas pesadas do terceiro pelotão da CCAÇ 1551 / BCAÇ  1888, entre abril de 1966 e janeiro de 1968, tendo passado por Bambadinca, Fá e Xitole.

Incluo fotografia atual e outra tirada na ponte do Saltinho, então destacamento do Xitole.

Com os melhores cumprimentos
José Moreira de Castro Neves
Valongo

José Moreira Neves na Ponte do Saltinho

2. Comentário do Carlos Vinhal:

Caríssimo José Neves:

Muito obrigado por manifestares o desejo de te juntares a esta família de antigos combatentes da Guiné.

A foto que mandaste do Saltinho não dá para fazer uma foto tipo passe porque tem pouca resolução.

Se tiveres por aí outra onde apareças mais em destaque ou por exemplo o teu cartão de militar, manda para que te possamos apresentar condignamente.

Abraço, 
Carlos

Obs: Para contactares o Blogue, usa preferencialmente o endereço luis.graca.prof@gmail.com


3. Comentário de LG:

Meu caro José Moreira Neves, também fui furriel mil armas pes inf, e também estive no setor L1 (Bambadinca), tendo conhecido todos os sítios por onde passou a tua CCAÇ 1551: além de Bambadinca, Fá Mandinga, Mansambo, Xitole, Amadedalai, Taibatá, Candamã, Saltinho, Cansamange, Quirafo, Ponte do rio Pulom (ou "Ponte dos Fulas)... 

Temos escassas referências (meia dúzia) à tua CCAÇ 1551 e tu és o seu primeiro representante na Tabanca Grande.

Já sobre o teu batalhão, o BCAÇ 1888 (Bambadinca, 1966/68) (desembarcou em Bissau em 26abr1966 e regressou a casa em 17jan1968), temos cerca de duas dezenas de referências.

Em 26abr66, rendendo o BCaç 697, o BCAÇ 1881 assumiu a responsabilidade do Sector L1,  com sede em Fá Mandinga e a partir de 14Nov66, em Bambadinca, e abrangendo os subsectores de Xitole, Xime, Bambadinca e Enxalé, este até 01jul67 e retirado ao sector por alteração dos limites.

Sabemos que a CCaç 1551 seguiu imediatamente para Bambadinca, a fim de substituir a CCav 678 e assumir a responsabilidade do respectivo subsector e, cumulativamente, a função de subunidade de intervenção e reserva do sector, ficando integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão. Por períodos variáveis, destacou efectivos para guarnecer destacamentos em Amedalai, Taibatá e Candamã, tendo em 14nov66 transferido a sua sede para Fá Mandinga.

Em 27jan67, por troca com a CCaç 818, assumiu a responsabilidade do subsector de Xitole, com um pelotão destacado em Saltinho, mantendo-se no mesmo sector. Destacou ainda efectivos para guarnecer os destacamentos em Cansamange, Quirafo e Ponte do rio Pulom, por períodos curtos. A partir de princípios de Jun67, passou a ter um pelotão destacado em Mansambo. (**)

Já agora, temos aqui referência ao nome do José Ferreira de Oliveira, soldado, da CCaç 1551, que faleceu em 15.10.67 no Saltinho, por afogamento  no rio Corubal. Era natural de Antas, Vila Nova de Famalicão. O corpo não foi recuperado.

José Moreira, vais-te sentar sob o nosso poilão, no lugar n.º 865. És recebido de braços abertos. Esperamos que partilhes connosco fotos e mais memórias da tua passagem pelo CTIG. Sobre a organização e o funcionamento do nosso blogue, convém que leias o essencial que publicámos aqui.


Guiné >Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > 1969 > Três elementos dos serviços de saúde: o fur mil enf João Carreiro Martins, à sua esquerda o 1.º cabo aux enf Fernando Sousa e à sua direita o 1º cabo aux enf José Maria S. Faleiro [, morada actual desconhecida; foi dos primeiros a ser evacuado por doença infectocontagiosa, ainda em 1969]... 

Os três militares da CCAÇ 12 estão junto ao monumento erigido pela CCAÇ 1551 / BCAC 1888 (Bambadinca, mai - nov 1966; Fá Mandinga, nov 1966 - jan 1968): além de Bambadinca, teve pessoal destacado em Xitole, Saltinho, Mansambo; Missirá e Dulombi)... Lembro-me bem deste monumento.

Foto (e legenda): © Fernando Andrade Sousa (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
___________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 11 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23514: Tabanca Grande (536): Francisco Pinho da Costa (1937-2022), ex-alf mil médico, CCS/BCAÇ 1888 (Fá Mandinga e Bambadinca, 1966/68), grã-tabanqueiro nº 864, a título póstumo, por proposta dos camaradas da CCAÇ 1439 (1965/67) (João Crisóstomo)

8 comentários:

Hélder Valério disse...

Caro amigo e camarada Moreira Neves

Pois que sejas bem aparecido.
Estar aqui não custa nada. Nem em dinheiro nem em esforço psicológico.
De quando em vez é natural que apareçam discordâncias. Natural e saudável.
Mas isso é mesmo esporádico e sem consequências.
O mais importante é podermos "falar" com quem entende, com quem se irmana no que dizemos ou queremos dizer e deixar para um coletivo alargado os nossos registos de memória.

Depois, o que fazem com isso, já não será problema nosso.

Um grande abraço de boas vindas.

Hélder Sousa

Carlos Vinhal disse...

Caro José Moreira Neves, sê bem-vindo à tertúlia.
Foste apresentado pelo nosso Editor-Chefe já que sois da mesma especialidade e ambos experimentaram os extraordinários resorts da região de turismo de Bambadinca. Isto não impede contudo que não mantenhamos contacto de trabalho e não só.
Já que nos indicaste a tua data de nascimento, nos dias dos teus futuros aniversários terás direito ao respectivo postalinho natalício, nada de especial, será apenas um sinal de que nos lembramos de ti.
Sendo tu um homem do norte, mais propriamente de Valongo, já terás ouvido falar da Tabanca dos Melros de Gondomar. Se nunca lá foste conviver com aquela malta fixe da Guiné, aparece num qualquer segundo sábado de cada mês. É-se bem recebido e come-se do melhor. O anfitrião é o nosso camarada da Guiné Gil Moutinho, ex-Piloto da FA, proprietário do espaço, Quinta dos Melros, rua das Cabanas, em Fânzeres. Fica muito perto da estação terminal da Linha F do Metro.
Posto isto, aqui fica o meu abraço fraterno.
Antes que me esqueça, sou quase teu vizinho porque moro em Leça da Palmeira, onde eventualmente virás de vez em quando ver o mar.
Carlos Vinhal

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Carlos, muito bem, é importante dar a conhecer e valorizar as afinidades (de armas, de especialidade, de vizinhança, de profissão, etc.) que reforçam os nossos laços de camaradagem e de pertença à Tabanca Grande.

Às vezes faço isso, quando apanho camaradas da minha região, a Estremadura, o Oeste. No teu caso e o do Neves, vocês são praticamete vizinhos: de Valongo a Leça daPalmeira, são 20 km, e de Valongo à Tabanca dos Melros, em Fânzeres, vai um tiro de canhão: são 6 quilómetros...

É verdade que este é um país pequeno mas a lusofonia abarca o mundo inteiro. Vamos continuar a nossa campanha dos 900 até 31 de dezembro de 2023, se a gente lá chegar...(Se não chegarmos, com pena nossa, que saibamos ao menos passar a outrém o testemunho!). Luís

gil disse...

O Castro Neves já é quase um "habitué"dos convívios nos Melros
gil

José Botelho Colaço disse...

Sejas bem vindo Castro Neves eu sou de 1963/65 e em 1965 no Xitole passou por lá uma companhia que foi uma mártir da guerrilha por isso deves ter muitas histórias de interesse para o blogue. Em Bafatá as nativas quando os queriam humilhar pessoalmente diziam a seguinte frase: ó bó vai no Xitóle. Um fraterno abraço.

Valdemar Silva disse...

Bem-vindo José Neves
Isto aqui é como estar na Guiné, com uma pequena diferença: não temos lavadeiras, nem lavadores de roupa suja por falta de clientela.
Venham estórias do Xitole, que um Pelotão da minha CART11 ainda andou por lá mas eu não.

Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Devemos ter estado juntos duas ou três vezes. A minha Companhia (1622) chegou depois da tua e esteve algum tempo em Aldeia Formosa. Um dia ou dois depois de chegarmos recebemos a visita de boas vindas de um grupo do Xitole. Um dos furriéis era meio amalucado e andava com uma garrafa com uma pequena cobra venenosa dentro dela. Lembro-me e penso que não estou errado que o vosso capitão se chamava Ramalho. Eu, que também não as batia bem, uma vez, apenas com um condutor, fomos da Aldeia ao Xitole de visita e noutra vez fui de noite com uma secção reforçada buscar o vosso médico para uma urgência em Aldeia. Abraços
José Brás

paulo santiago disse...

Moreira Neves

Também estive no Saltinho e em Bambadinca (70-72)
Tinha um amigo,aqui em Águeda,já falecido,esteve destacado no Saltinho com um pelotão da companhia do Xitole,possivelmente seriam da mesma companhia.Chamava-se António Manuel Oliveira Neves
Abraço

Santiago