Lourinhã > "Chez Alice" > 15 de agosto de 2023 > Amêijoas com um molhinho de coentros picados, atum fresco de cebolada e salada de alface e cebola...
1. De que é que um cristão precisa mais cá na terra, em pleno verão, no nosso outrora querido mês de agosto? Amêijoas, de entrada, atum fresco de cebolada com uma batatinha com pele, uma saladinha, um copo de branco fresco...
A sugestão é da "chef" Alice que, infelizmente, eu não apanhei na Guiné, em 1969/71, como "vagomestre". Nessa altura eu não fazia a mínima ideia onde era Candoz, onde ela nasceu, em 1945, a cerca de 320 km a norte da minha terra, Lourinhã...
Conheci-a aqui, quando ela veio para cá trabalhar, em 1973, para a equipa da "Junta de Colonização Interna" (sic). Vinha do Parque Nacional da Peneda-Gerês que ajudou a criar...
Há encontros felizes...
Fica aqui mais a sugestão gastronómica de verão do nosso "vagomestre de serviço", mesmo que os ingredientes estejam mais caros do que no ano passado (o atum, as amêijoas, até a batata e a cebola). Mas já que falamos de batata, tenho que deixar aqui o sítio de um homem da minha terra, o Raul Reis, do Sobral, Lourinhã, que fala "de cátedra" sobre a(s) batata(s) do nosso contentamento (era um luxo na Guiné, no nosso tempo). Batata Ratte, batata olho de perdiz, batata raiz-de-cana, batata Asterix... Tudo produtos "gourmets"...
Amigos e camaradas, boa continuação do verão, bebam água, protejam-se do sol (que também faz bem aos ossos), cuidado com as insolações e o cancro de pele... e sobretudo com as minas & armadilhas espalhadas ao longo do troço da picada que nos falta palmilhar neste terço da vida.
Continuamos, entretanto, à espera que os outros nossos 'vagomestres' nos mandem ao menos as fotos dos seus "petiscos de verão"... Comam bem o que bem vos apetecer (e se puderem...), mas não se esqueçam de partilhar as vossas fotos... gastronómicas (LG).
"Sabe a fedelho, carago|!", diziam os mais novos... (A língua portuguesa é tramada.)
Primeiro estranhava-se, cuspia-se e... despois entranhava-se como todas as novidades boas... E os ceontros vieram para ficar, lá em Candoz... Hoje cultivam-se na quinta... E toda gente é fã das amêijoas à Bulhão Pato. Agora temos que tentar... a sopa de beldroegas (a tal erva daninha onde os cães e os gatos mijam).
Quando eu ia ao estrangeiro, em trabalho, ou recebia colegas estrangeiros em Portugal, sempre fiz propaganda das nossas amêijoas à Bulhão Pato: "the small femnale Portuguese clams with olive oil and coriander"... No passado era comidinha dos pobres, que não ia à mesa do rei... "Coentros e rabanetes não vão à mesa do rei", diz a letra do fado de Jorge Atayde, interpretado por Rodrigo.
fedelho|â|ou|ê|
(fe·de·lho)
Regionalismo | Entomologia
Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado.
nome masculino
1. Criança que ainda cheira a cueiros.
2. Jovem muito novo.
3. Criança traquinas ou impertinente. = Badameco
4. [Regionalismo] [Entomologia] Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado. = Percevejo-do-Monte, Percevejo-Verde
"fedelho", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/fedelho.
Último poste da série >: 19 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24568: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (39): Lagoa de Óbidos, Bom Sucesso: Enguias fritas no "Covão dos Musaranhos"
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fedelho|â|ou|ê|
(fe·de·lho)
Regionalismo | Entomologia
Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado.
nome masculino
1. Criança que ainda cheira a cueiros.
2. Jovem muito novo.
3. Criança traquinas ou impertinente. = Badameco
4. [Regionalismo] [Entomologia] Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado. = Percevejo-do-Monte, Percevejo-Verde
"fedelho", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/fedelho.
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Nota do editor:
Último poste da série >: 19 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24568: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (39): Lagoa de Óbidos, Bom Sucesso: Enguias fritas no "Covão dos Musaranhos"
1 comentário:
Se bem me lembro, na minha infância
chamávamos "piolho verde" a este bichinho que, quando esmagado, libertava um cheiro desagradável. ..
Devo confessar que o coentro também não era muito usado na minha terra, até comencarem a aparecer os primensos alentejanos, como o meu falecido e saudoso cunhado, o Cristiano Sardinha Mendes Calado, natural de Alter do Chão.
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