segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Guiné 63/74 - P5132: Humor de caserna (13): Rambo uma vez, rambo para sempre (Joaquim Mexia Alves)





Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca) > Mato Cão > Pel Caç Nat 52 (1972/73) > Imagens do Alf Mil Op Esp Mexia Alves, que foi o primeiro oficial português (se não me engano...) a comandar o famoso destacamento de Mato Cão, na margem direita do Rio Geba (ou Xainga) entre Bambadinda e o Xime, frente a Nhabijões.

Fotos: © Joaquim Mexia Alves (2008). Direitos reservados


1. Mensagem do Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil da CART 3492 (Xitole / Ponte dos Fulas), Pel Caç Nat 52 (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73:

Caros camarigos editores:

Anda para aí um pessoal a contar umas aventuras de guerra pelos jornais e até em alguns livros, pelo que eu decidi também contar uma aventura minha!

Claro que é tudo verdade!!!!!

Agora a sério, se julgarem que pode ferir susceptibilidades ou que não se enquadra no "perfil" da Tabanca, só têm que arquivar o "brilhante" texto na "cesta" secção.

Abraço amigo do
Joaquim Mexia Alves



2. Humor de caserna (*) > Uma ida à mata!
por J. Mexia Alves


Olhei para a minha G3, feita especialmente para mim, e chamei os furriéis:
- Ó Manel, manda lá o pessoal preparar-se que eu hoje apetece-me encontrar os gajos e pregar-lhes uma carga de tiros!

O Furriel Manel, entre o brincalhão e o apreensivo, voltou-se para os outros e disse:
- É pá, cuidado com ele! O Alferes hoje tá danado para a porrada! Até já tou com pena dos turras!

Reentrei no meu quarto e comecei a preparar-me. Pintei a cara e as mãos segundo a melhor arte de camuflagem e vesti o camuflado.

No tornozelo direito coloquei num coldre apropriado a minha Walter PPK. No tornozelo esquerdo o meu revólver Smith & Weston, fiel companheiro de tantas idas ao mato sem nunca encravar.

À volta da cintura, presas ao cinturão 4 granadas defensivas enquadradas pelos diversos carregadores de munições das diferentes armas.

Presa à passadeira do camuflado no ombro esquerdo coloquei a minha indispensável faca de mato, que já me tinha valido a vida em tantas lutas corpo a corpo naquelas matas da Guiné.

Olhei para o cantil da água e coloquei-o de lado. Homem que é homem não bebe água e um guerrilheiro não tem sede! Em vez de levar o cantil, coloquei mais duas granadas à cinta e no ombro direito.

Coloquei os óculos de lentes amarelas no bolso do peito porque já sabia que me iam fazer falta para ver os turras empoleirados nas árvores no meio da folhagem.

Olhei-me no espelho grande que tinha no quarto e um ligeiro tremer apoderou-se de mim. Porra até a mim eu metia respeito!!!

Saí para a parada e do meu Pelotão formado saiu um Ah! de espanto e temor! Eu tinha esse condão!

Quando saía para a mata em operações o pessoal ficava sempre à rasca quando me via. Ou não tivesse eu a fama que tinha! Ouviam-se pelo meio dos soldados uns murmúrios que diziam:
- É, pá, o gajo hoje tá de todo. Coitados dos gajos, nem têm hipótese!

Como sempre fazia, levantei a voz e disse para os meus homens:
- Pessoal, já sabem como é. Não há misericórdia, nem fazemos prisioneiros, e já sabem que enquanto eu estiver a dominar a coisa sozinho, vocês não metem o bedelho!
Só o Furriel Manel é que fica incumbido de atirar ao gajos das árvores se eu não os conseguir abater a todos.Todos têm as palhinhas para respirarem debaixo de água?

Era o meu melhor truque! Colocávamo-nos dentro de água, totalmente imersos e a respirar por umas palhinhas e, quando os gajos se chegavam ao rio, era só saltar de dentro de água e disparar a torto e a direito! Nem um só escapava!

Olhei para o pessoal, olhos nos olhos de cada um, e comandei em voz alta e forte:
- Vamos lá despachar uns gajos que eu quero chegar a tempo de beber a cervejinha da tarde!!!

Ouviu-se uma grande algazarra, vozes a discutir, etc, e depois finalmente uma voz que dizia esganiçada:
- Porra! Façam silêncio no estúdio que estamos a filmar!!!

Monte Real, 19 de Outubro de 2009

J. Mexia Alves

[Revisão / fixação de texto / título do poste: L.G.]

3. Comentário do L.G.:

Adorei essa da cesta secção, a do caixote do lixo... Na minha profissão, há o termo pubelication (composto de poubelle, caixote do lixo em francês, e publication, acto ou efeito de publicar, do inglês, to publish... Tudo isto, por causa do terrível mandamento que infernaliza as nossas vidas de cientistas: Publish or perish, publica ou morre; é que sem a pubelication não há carreira...).

Pois, aqui tens, camarigo, o teu texto, o qual merece conhecer a luz do sol, quero eu dizer, as luzes da blogosfera... Se mais não fosse, por um mérito intrínseco ao autor: quem tem humor é tolerante, sabe falar e sabe ouvir, tem sentido de autocrítica, é capaz de se rir de si próprio, e é incapaz de comportamentos... de bravata. Essa é, de resto, umas das razões por que de tempos a tempos recorro aos teus serviços de especialista em intermediação de conflitos. O título que pus no teu poste, é da minha única responsabilidade, e não pretende caricaturar nada nem ninguém, até por que Rambo é marca registada, é um produto exclusivamente americano.

Um Alfa Bravo, Luís.

_____________________

Nota de L.G.:

(*) Vd. último poste da série > 2 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5045: Humor de caserna (12): A Paisanada... e Os Insaciáveis (Vitor Junqueira / Luís Graça)

24 comentários:

Anónimo disse...

Mexia Alves

Por este "folgajar" bem preciso nestas horas e nesta Tabanca ,dou-te um vinte(antigo),sem favor.

Abraço
Luis Faria

Anónimo disse...

Está espetacular ....
Obrigado Camarigo Mexia Alves por nos fazer rir...
Um abraço
Artur Conceição

Anónimo disse...

Bravo Rambo!


Ao ler a tua descrição

lembrei-me de outro Rambo-um tal

Alfero.Tal e qual. Apenas duas

diferenças.Trinta centimetros

na altura e a mini-bazuca de

bolso que o Alfero nunca esquecia..

Abraço de Rambo para Rambo.

Jorge Cabral

Luís Graça disse...

Meu caro, até nos vint(ag)es há crise... Fiquei babado, mesmo! Já reparaste que é até temos pudor em dar um elogio, um louvor, uma simples pancadinha nas costas, uns aos outros ? Que é a única coisa que não custa (directamente) dinheiro...

Quando apanho um aluno ou aluno, de vintes, abro um vintage... Não me lembro de abrir uma (vintage) há anos... Se calhar, a crise não é dos alunos, é dos profs que são mesquinhos... ou já não são tão bons como os melhores, os que produzem vint(ag)es.

Sempre ouvi dizer que o 20 era para o prof, e o 19 para o assistente, e o 18 para os/as filhos/as (pre)dilectos/as... De resto, estou proibido de dar mais do que 5% de 20 (vintes) e de 5% de 0 (zeros)... Como se o mundo e a vida obedecessem às leis estatísticas, à distribuição normal, às leis da tendência central... (Aliás, mentimos cada vez com as estatísticas...)

Fora de brincadeiras, valha-nos o humor (e o amor).

Anónimo disse...

Bravo..

Com comandante assim, qual praça podia ter medo?

A guerra estava sempre ganha.

Um abraço
António Paiva

Anónimo disse...

Caríssimo Amigo e Camarada! Obrigado por algumas saudáveis gargalhadas.Creio,no entanto,que se nao deve brincar com o "respirar por palhinhas" pois salvou muitas vidas...inocentes!Ou já nao recordas aquele período(semanas depois das chuvas)em que todos respiravam por palhinhas por ser a altura do ano em que cresciam asas aos "jaca...rálhos" nas bolanhas? Um abraco do tamanho da distancia da Suécia ao nosso querido Portugal! José Belo.

Luís Graça disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luís Graça disse...

Joaquim: Esqueceste-te do conveniente aviso de segurança:

"POR FAVOR, NÃO TENTE EM CASO ALGUM IMITAR-ME... PODERIA PÔR EM CAUSA A SUA SEGURANÇA OU A DE TERCEIROS... A GUERRA NÃO É NENHUMA BRINCADEIRA...É A COISA MAIS SÉRIA QUE UM HOMEM PODE FAZER"...

Nunca se sabe, há crianças que,à revelia dos pais e educadores, podem aceder ao nosso blogue e levar-nos a sério, isto é, tentar imitar-nos... A gente vê cada uma no telejornal...

Luís Graça disse...

Joaquim: Esqueceste-te do conveniente aviso de segurança:

"POR FAVOR, NÃO TENTE EM CASO ALGUM IMITAR-ME... PODERIA PÔR EM CAUSA A SUA SEGURANÇA OU A DE TERCEIROS... A GUERRA NÃO É NENHUMA BRINCADEIRA...É A COISA MAIS SÉRIA QUE UM HOMEM PODE FAZER"...

Nunca se sabe, há crianças que,à revelia dos pais e educadores, podem aceder ao nosso blogue e levar-nos a sério, isto é, tentar imitar-nos... A gente vê cada uma no telejornal...

Luís Graça disse...

Joaquim: Esqueceste-te do conveniente aviso de segurança:

"POR FAVOR, NÃO TENTE EM CASO ALGUM IMITAR-ME... PODERIA PÔR EM CAUSA A SUA SEGURANÇA OU A DE TERCEIROS... A GUERRA NÃO É NENHUMA BRINCADEIRA...É A COISA MAIS SÉRIA QUE UM HOMEM PODE FAZER"...

Nunca se sabe, há crianças que,à revelia dos pais e educadores, podem aceder ao nosso blogue e levar-nos a sério, isto é, tentar imitar-nos... A gente vê cada uma no telejornal...

José Marcelino Martins disse...

Caro Joaquim

Deves estar a "mangar" connosco!

Queres ser melhor que aqueles que escrevem nas revistas semanais? Não achas que os elementos que forneces são "demasiado trabalhados" para serem reais?

Queres arruinar os escritores de domingo?

E mais não digo, a não ser que NÃO PARES de escrever.


COM TEXTOS ASSIM VOU DEIXAR DE COMPRAR O JORNAL.

Prefiro ler o CORREIO electrónico ao principio DA MANHÃ de domingo.

Nota: Quem ficou preocupado foi o Luis, que enviou a mesma mensagem várias vezes, não fosse o aviso perder-se.

António Martins de Matos disse...

Vinte (20) valores.
Um abraço
António Martins de Matos

António Matos disse...

Se houve coisa que me entusiasmou neste post do Joaquim foi exactamente o scipt do filme de tão bem conseguido e a pedir meças ao Platoon e outros.
Porém, para lá do script, venho aqui deixar o meu depoimento pois embora o Joaquim não saiba, eu, de vez em quando, desenfiava-me do meu TO e punha-me a andar mata fora a ver se conseguia um pouco mais de acção pois lá para os lados de Bula já estava tudo dizimado ! Tigres, pacaças, leões, rinocerontes, mosquitos e turras, tudo tinha sido vindimado e a adrenalina subia imenso os seus níveis a partir das 2ª feiras !
Quando chegava a 6ª feira, das duas uma, ou arranjava maneira de emboscar um bi-grupo do PAIGC ou então ia passar a noite à tabanca em manifestações tipo Bairro Alto onde o forró era desopilante !
Naquela 4ª feira, lembro-me de ver o tal alferes de cara pintada, a tresandar a bosta de macaco ( fazia parte do disfarce ), ataviado para a carnificina, e com um fiozinho de baba a sair-lhe pela comissura dos lábios ... ( essa baba era esverdeada pois vinha misturada com uma porção de bilis que tinha sido acumulada desde a 2ª feira anterior ).
Pé-ante-pé, lá me fui introduzindo na força do Joaquim sem ninguém dar por mim embora o aspecto me pudesse comprometer : levava um chapéu à Robin dos Bosques, uma G3 a tiracolo e um arco de flechas enormes e devidamente envenenadas ...
Eram de ponta vermelha pois já iam embebidas em sangue para melhor atiçar as vítimas ....
Ao pescoço levava um lenço do FCP o qual, pelo brilho da sigla afugentava qualquer incauto ....
À cintura, um transistor comprado na casa Gouveia entoava cânticos de guerra ....
Nos pés, levava umas chuteiras azuis, brilhantes, a condizer com o lenço ...
Aos poucos e poucos, o silêncio ia-se aprofundando ...
O inimigo devia estar a ser apanhado e o nosso receio era passarmos por ele e nem o vermos tal era a velocidade com que nos deslocávamos ....
O encontro com o inimigo foi um desassossego pois os gajos não sabiam quais as posições que deviam ocupar ...
Eu ainda tive que agarrar um pelos colarinhos e trazê-lo para dentro de cena ....
Track ! ( não, não é o que já estão a pensar ! )
Era o fechar da claquete a dar sinal do take two ....
Agora sim, posso desmascarar-me perante o Joaquim pois ele nunca soube quem era aquele justiceiro e qual o casting que me contratou ...

Anónimo disse...

Como Joaquim Mexia Alves não é o professor nem o assistente, tampouco filho (pre) dilecto com as devidas credenciais, ficamos sem saber se Luís Graça quebra a norma e, dos 5% a que tem direito, lhe atribui a classificação de vinte. Uma vintage espera ansiosa por ser aberta...
Belíssimos momentos de humor e camaradagem.
Um abraço,
Carlos Cordeiro

paulo santiago disse...

Grande(e aqui não só no tamanho)
Jaquim...ainda estou a rir-me com
a aventura...depois com o comentário do outro Alfero Rambo,
que substituía a tira de pano na
cabeça pela tanga em volta da
cintura...e mais uma gargalhada com
o remate do A.Matos...

P.S.-o Luís é que meteu o pé na
poça na legenda da foto,o
1ºcomandante em Mato Cão foi
o AlfMil Manuel Coelho do PEL
CAÇNAT 63

manuel amaro disse...

Caro Mexia Alves,

É disto que a nossa gente gosta.
Ou, esta é a melhor forma de contar a guerra.

Um Abraço Camarigo,

Manuel Amaro

Anónimo disse...

Jaquim,

Não concordo!

Eu de farda amarela "colonial" é que fui maior!

Não é justo! Estás a copiar o guião do meu filme!

Quem te passou essa informação?

Vou convocar todos os camara man e saber quem se "chibou".

Oh Jaquim! Hoje que estou em baixo! Porque o "Prémio Nobel" foi tão mal tratado!...
A vantagem que existe é não saber se é Português ou Canariano, sim porque o Miguel aquele do Sancho!?... Isso mesmo o Saavedra, de Cervantes foi poupado porque como escritor Castelhano, teria que escrever outro de "triste figura" lutando contra o vento da humanidade que faz movimentar "HOJE" os moinhos da energia.
Só tu Jaquim conseguistes levantar o meu astral e me conseguiste fazer rir nesta "Corrente Relativista" em que até o Niilísmo foi ultrapassado.

Obrigado Jaquim pela forma como o teu espírito crítico consegue criar uma obra de arte. Porque se tivesses apresentado este guião em Holiwood, ele seria aproveitado para um filme do maior Rambo do Vietnam.

Todo este estado de coisas em que os representantes da Nossa Pátria nos colocaram.
Desculpa se te ofendo, mas foste igual a Bordalo Pinheiro.

Necessitamos disto, e esta Tabanca terá mais valor Cultural, quando nos aparecer assim o fino recorte crítico.

Tem paciência, mas tem de ser camarigo! Do tamanho do Cumbijã e grande como ele o abraço que te mando e para toda a Tabanca,

Mário Fitas

MANUEL MAIA disse...

CAMARIGO MEXIA ALVES,

O TEU DISFARCE "RAMBÓLICO",COM PALHINHA,PARAFERNÁLIA DE ARMAS,PINTURAS SIOUX(OU DE QUALQUER OUTRA TRIBO...)PERMITIA, TAL COMO O DO ANTÓNIO MATOS, DE "PROTECTOR DOS POBRES E DESFAVORECIDOS SUJEITOS AOS
DESMANDOS DO SHERIFF DE NOTHINGHAM( HOJE DIABÓLICAMENTE REPRESENTADOS PELOS MEMBROS DOS MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS,DA SEGURANÇA INTERNA E DA SEGURANÇA
SOCIAL, QUE USURPAM OS A.V.Ps e OS S.E.Ps...)COM UM ARCO DE SETAS BENFIQUISTAS,UMAS SAPATILHAS À FCP,E (LAMENTÁVEL DESLIZE,NEM UMA SIMPLES TATUAGEM COM UM LEÃO MESMO QUE VELHO E JÁ DESDENTADO,SÓ PARA DIZER QUE TINHA...) PERMITIA,DIZIA,PARA ALÉM DE FACULTAR A POSSIBILIDADE DE SALTAR E PINCHAR EM CIMA DA M...SEM SE BORRAR,CRIAR A IMAGEM DUM "MONSTRO SAGRADO" DOS TEATROS OPERACIONAIS,
ASSIM A MODOS QUE UM AB DE TRAZER POR CASA,CAMUFLADO REFORÇADO PARA SUPORTAR O PESO DAS MEDALHAS E CODECORAÇÕES-

SE O LUIS TE DEU 20 VALORES NÃO ME RESTA ALTERNATIVA SENÃO FICAR-ME POR ESSE NÚMERO QUE ATRIBUO TAMBÉM AO ANTÓNIO MATOS.

UM GRANDE ABRAÇO

MANUEL MAIA

MANUEL MAIA disse...

CAMARIGO MEXIA ALVES,

O TEU DISFARCE "RAMBÓLICO",COM PALHINHA,PARAFERNÁLIA DE ARMAS,PINTURAS SIOUX(OU DE QUALQUER OUTRA TRIBO...)PERMITIA, TAL COMO O DO ANTÓNIO MATOS, DE "PROTECTOR DOS POBRES E DESFAVORECIDOS SUJEITOS AOS
DESMANDOS DO SHERIFF DE NOTHINGHAM( HOJE DIABÓLICAMENTE REPRESENTADOS PELOS MEMBROS DOS MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS,DA SEGURANÇA INTERNA E DA SEGURANÇA
SOCIAL, QUE USURPAM OS A.V.Ps e OS S.E.Ps...)COM UM ARCO DE SETAS BENFIQUISTAS,UMAS SAPATILHAS À FCP,E (LAMENTÁVEL DESLIZE,NEM UMA SIMPLES TATUAGEM COM UM LEÃO MESMO QUE VELHO E JÁ DESDENTADO,SÓ PARA DIZER QUE TINHA...) PERMITIA,DIZIA,PARA ALÉM DE FACULTAR A POSSIBILIDADE DE SALTAR E PINCHAR EM CIMA DA M...SEM SE BORRAR,CRIAR A IMAGEM DUM "MONSTRO SAGRADO" DOS TEATROS OPERACIONAIS,
ASSIM A MODOS QUE UM AB DE TRAZER POR CASA,CAMUFLADO REFORÇADO PARA SUPORTAR O PESO DAS MEDALHAS E CODECORAÇÕES-

SE O LUIS TE DEU 20 VALORES NÃO ME RESTA ALTERNATIVA SENÃO FICAR-ME POR ESSE NÚMERO QUE ATRIBUO TAMBÉM AO ANTÓNIO MATOS.

UM GRANDE ABRAÇO

MANUEL MAIA

JD disse...

Caro Joaquim,
Criaste um belíssimo momento de humor, com as devidas proporções, descrito com descrição, com um perfume de cultura que só eleva o nível da Tabanca e pede meças a correios de ocasião.
E por causa disso, o Luis descuidou-se e deixou passar dois segredos de Estado, enquanto o António abrilhantou os galões da verve com uma réplica que nos deixou entontecidos, pois, se há dois ou mais intérpretes da mesma guerra, será a estória ficcionada ou verdadeira, ou vice-versa?
O Mário é que não foi em estórias, confirmando-se como um clássico, afirmando-se vaidoso, e apresentando-se como os grandes generais do deserto.
Tudo num só post, não é nada dispiciendo. Deduzo que a guerra ainda não acabou, e já esfrego as mãos à espera de continuação.
Abraços
J.Dinis

Antonio Graça de Abreu disse...

Camarigo Joaquim
Depois de ler o teu texto, tão sério, tão verdadeiro, tão rigoroso, as autênticas aventuras bélicas de um jovem Rambo das margens do Liz, pergunto: Como foi possivel perdermos militarmente aquela guerra?
Um abração.
António Graça de Abreu
Ps.
Estou a pensar comprar uns pacotes de palhinhas e oferecê-las aos nossos corajosos militares para utilização subaquática na Bósnia.
Não sei se na Guiné também davam outros usos às palhinhas, por exemplo soprar na palhinha para os "turras" cairem das árvores.

Miguel disse...

Caro Joaquim
Tenho andado afastado dos comentários aos textos do blogue, mas não resisto a enviar-te um abraço de parabéns pelo magnífico texto que escreveste. Um abraço. Miguel Pessoa

Anónimo disse...

Pois é...

Estes bravos guerrilheiros sem medo esqueceram-se de contar que a dada altura e naquelas temíveis matas, lhes apareceu pelo lado uma figura curvada sob o peso do brilho espetado no peito,que lhes dirige a palavra,disfarçando a sua superior origem :Que andendes vós a fazer nesta minha coutada? Não sendes vós tropa do arame ? Voltainde então de imediato e já, para esse!!

Os bravissimos guerrilheiros aRambozados , aRobinzados e afins da comitiva,não tiveram outro remedio que não fosse fazer um gesto feio , mandar-lhe uns dizeres com cobras e lagartos enjanelados,e continuar na procura da justiça e da Páz,continuando criar a guerra.

Luis Faria

Joaquim Mexia Alves disse...

Meus Camarigos

Pois é, fico assim admirado com a quantidade de comentários que esta história “verdadeira” suscitou.

Escrita de uma penada, a rir comigo próprio, pensei cá com os meus botões:
Vou mandar isto para a Tabanca e eles enfiam com isto na tal “cesta” secção e é o que fazem de melhor.

Claro que me deu gozo escrever a coisa, mas nunca julguei que desse gozo a tanta gente, pelo que, meus camarigos, chego à conclusão que o humor nos une mais do que as discussões intermináveis sobre aquilo a que nunca havemos de chegar a consenso.

Outros chegarão por nós no futuro ao ler-nos e conforme os tempos que correrem então darão agora razão a uns, para depois darem razão a outros.

O que o “pessoal” precisava mesmo era de se rir um bom bocado, o que significa que nem a guerra, nem estes gajos que nos governam, (estes e os outros que se lhes antecederam), tirando-nos a esmola de uma qualquer subvenção, nos fazem perder o sentido do humor e o gozo de uma boa gargalhada.

Ora então fiquem lá todos com o meu forte e camarigo abraço de sempre e obrigado por se rirem comigo