Texto do editor do blogue, com data de 23 de3 Outubro de 2006:
Amigos e camaradas de tertúlia:
Reformulei a lead de apresentação do nosso blogue (Luís Graça & Camaradas da Guiné). Trata-se da descrição que vem logo a seguir ao título do blogue e que não pode ter mais de 500 palavras (imposição do senhorio que nos fornece o espaço de alojamento, de borla: o Blogger.com ).
Retirei, por exemplo, a referência aos tugas, nharros e turras... O David Guimarães há tempos tinha sugerido que os termos nharro e turra podiam ser mal aceites pelos nossos amigos e irmãos da Guiné, pelas suas conotações racistas e colonialistas… Também já li comentários, desagradados, de compatriotas nossos sobre o uso da palavra tuga, que os guerrilheiros do PAIGC usavam de maneira acintosa poara apelidar o soldado português...
São/eram termos do nosso calão de caserna, que podemos usar num contexto de brincadeira, mas não na apresentação do blogue… A própria expressão guerra colonial pode não ser pacífica… Para uns, os guineenses, foi guerra de libertação: para outros de nós, foi guerra do Ultramar (1)...
Por outro lado, qual deve ser a nossa missão, a missão do nosso blogue ? É obrigatório ter uma missão ?
Enfim, se isto é um blogue colectivo (cada vez mais, acho eu…), então todos podemos e devemos dar a nossa opinião sobre estas questões… Fico a aguardar as vossas sugestões, comentários e críticas (positivas/negativas)… Vejam também se o vosso nome consta da coluna do lado esquerdo… Eu acho que não dá para pôr a unidade a que pertenceram, ficaria muito pesado e ilegível… Essa informação vem na página, na Net, respeitante à tertúlia (que está alojada na minha própria página pessoal.
http://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine_guerracolonial_tertulia.html
A nova descrição do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné:
Blogue colectivo, editado por Luís Graça, que tem como missão ajudar os ex-combatentes, de um lado e de outro, a reconstituir o puzzle da memória da guerra colonial, na Guiné. Desde 25 de Abril de 2005, que formamos já a maior tertúlia virtual, em português, sobre a experiência desta guerra. Os seus membros ultrapassaram a casa da centena e, como camaradas que são, tratam-se todos por tu. A palavra de ordem é: Não deixem que sejam os outros a contar a nossa história!
Recordo que este blogue é a continuação do anterior (Blogue-fora-nada), que não nasceu especificamente virado para a experiência da guerra colonial… Era um blogue pessoal, virado para o sociologuês, que remonta a Outubro de 2003, onde eu também comecei a escrever coisas sobre a guerra (a partir de Abril de 2005)… Mas tem um recheio fabuloso, com posts (textos e fotos>) de diferentes camaradas, enfim todos os posts que vocês escreveram entre Abril de 2005 e Maio de 2006… Tenho estado a repescar alguns dos posts mais antigos, que não são conhecidos da maioria dos tertulianos… Como já repararam, faço muitas hperligações (links) para esta primeira série do nosso blogue… Porque a nossa conversa é como... as cerejas.
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Nota de L.G.:
(1) Até mesmo a expressão ex-combatentes não é pacífica... Já tenho recebido algumas (felizmente, poucas) provocações, de visitantes do blogue, antigos camaradas nossos, como por exemplo estas duas (cujo autor não vou citar, já que não faz parte da nossa tertúlia nem entende o espírito que nos une):
"Ó Luís: É a primeira vez que vejo este site, mas ou mudas a terminologia para guerra do ultramar e todo o resto,ou então nunca mais vejo isto....e deixa de confratenizar com os turras" (1 de Julho de 2006).
"Ó Luís, onde foste buscar essa dos ex-combatentes? Somos tão combatentes como os nossos avós que combateram na 1ª Guerra Mundial,ou é algum pecado dizer que somos combatentes? Deixa os ex para os politicos,OK." (1 de Julho de 2006).
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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