segunda-feira, 5 de maio de 2008

Guiné 63/74 - P2810: Operação Macaréu à Vista - II Parte (Beja Santos) (30): O Xime, sem ferro mas com fogo...

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Xime > c. 1969 > O cais do Xime, no Rio Geba, por onde passavam milhares de homens e toneladas de material para os aquartelamentos do chão fula, Bafatá e Gabu.


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > c. 1969 > Rio Geba nas proximidades do Xime

Fotos: © Torcato Mendonça (2006). Direitos reservados.


Texto do Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) (1), enviado em 11 de Fevereiro de 2008:



Luís, sugiro como ilustração essa fotografia que aí tens com uma peça de artilharia do Xime. Junto várias propostas de ilustração, que seguem em correio separado. Para a semana tu e eu iremos reviver a [Op] Tigre Vadio. Queta, a minha segunda memória, mais uma vez surpreendeu-me, conservou os detalhes da nossa entrada no acampamento de Belel, verdadeiramente sangrenta, a que se vai seguir o regresso por Madina e vocês todos cheios de sede e um piloto de helicóptero que me queria largar em nenhures, como se eu fosse o Rambo... Recebe um abraço do Mário.

Operação Macaréu à vista > Episódio XXX

OPERAÇÕES JAQUETA LISA E COLETE ENCARNADO: A REGIÃO DO XIME SEM FERRO MAS COM FOGO (1)

por Beja Santos


(i) Notícias surpreendentes de Xerazade

Há obras na ponte de Udunduma, voltámos às emboscadas nocturnas e aos recenseamentos de armas nas tabancas em autodefesa, ainda não estou recomposto da [Op] Rinoceronte Temível e já sei que estou a caminho de outra, só que agora o meu coração está totalmente devotado à operação do casamento.
Canalizo epístolas umas atrás das outras para Bissau, dou informação aos padrinhos da noiva e do noivo, combino as horas do casório, as escolhas da música de Bach para órgão, informo que as certidões de casamento e de nascimento estão a atravessar o oceano, sugiro à Cristina que venha a 14 já que a minha última operação militar findará a 10, falo-lhe das compras em conjunto, peço fato, camisa, gravata e botões de punho. Sempre que estou em Bambadinca, graças à cumplicidade estabelecida com D. Leontina dos correios, tento ligar para Lisboa e às vezes tenho sorte. Dou tantos e tais pormenores ao telefone, falo de tantas localidades que gostaria de visitar com a noiva que D. Leontina já me perguntou se andaremos por toda a África durante a lua-de-mel.
Não me canso de introduzir informação secundária que a Cristina obviamente não pode filtrar, os soldados que vão assistir ao casamento, que o Cascalheira promete não voltar aos desacatos, pelo menos enquanto me estiver a substituir; que hoje estou de oficial de dia e que já tive que ir à tabanca por causa de uma rixa entre um marinheiro e um furriel dos comandos, houve socos, luta com garrafas, o marinheiro ficou com o nariz rebentado, aguardo a chegada de uma LDM para o entregar; que recebi cartas do Alcino e do Jolá e que o Ruy Cinatti, estranhamente, está a escrever-me duas vezes por semana; em tom de brincadeira, digo que a D. Leontina gostava muito que eu fosse fardado... aí a visada resmoneia, põe o dedo no ar, está indignada, no final da chamada pede esclarecimentos e depois ri às bandeiras despregadas.

É um tempo de euforia. O que disse sobre Ruy Cinatti é a pura das verdades: nunca escreveu tanto, dá opinião sobre as operações, cola-se ao meu entusiasmo, opina sobre os mandingas que querem vir para a metrópole, dedica-me poemas, fala desenvolvidamente dos seus projectos científicos.

Um dia, venho a subir a rampa dos correios para o quartel e cruzo-me com D. Violete que me avisa em tom bombástico:
-Sr. alferes, tenho informações surpreendentes para lhe dar. Nem sabe o que descobri, emprestaram-me livros raros e estou a conversar com pessoas que me dão resposta à sua curiosidade. Quando é que me quer visitar?.
A escassos dias de nova operação, não resisti a propor-lhe um encontro ao fim da tarde desse mesmo dia, estou a arder de curiosidade. Aceitou logo, anoitecia em Bambadinca quando lhe bati à porta com o meu caderninho viajante na mão. E as revelações vieram em catadupa:
- Olhe Sr. alferes, conheci no Gabu, na semana passada, uma neta de Mamadu Sissé, aquele tenente de 2ª linha que fez a campanha do Oio, em 1907, contra Bonco Sanhá e Infali Soncó. Chama-se Fatumana, é uma mulher grande, muito culta, viveu no Oio, depois veio para Badora, agora está reformada e vive entre o Gabu e Bafatá. Confirmou-me que antes das intrigas de Infali contra as autoridades portuguesas, tinha havido uma guerra entre as gentes do Cuor e os balantas da vizinhança que lhes roubavam gado e mulheres. A intriga tinha a ver com uma inventona da cedência de Badora a Abdulai, régulo do Xime e envolveu Dembajai, régulo do Corubal, e Délaje, régulo do Cossé. Infali Soncó maltratou um tenente que residia no Geba, tudo se passou em Sambel Nhanta, a insubordinação precisava de um reparo firme, as autoridades portuguesas estavam furiosas, tinham sido elas a impor Infali aos beafadas, ele respondeu com desrespeito e maldade. Infali umas vezes era leal às autoridades portuguesas, outras vezes bandeava-se para o inimigo, caso dos oincas. A marinha de guerra portuguesa foi atacada no Geba, na região do Cuor, os soldados de Infali tenham longas e os marinheiros responderam com metralhadoras e uma peça de artilharia ligeira. Pois bem, Fatumana emprestou-me um livro onde tudo isto vem descrito. Está aqui à sua disposição, lamento mas só o posso emprestar. Olhe, tenho também uma boa notícia para si. Quando ler este relato da guerra do Cuor vai finalmente saber que Sambel Nhanta se situava onde hoje é Sansão. Além disso, foi ali perto, em Caranquecunda, que as tropas portuguesas bivacaram e fizeram fortim, foi daqui que partiram para Madina onde incendiaram a tabanca. Infali fugiu e os régulos pediram perdão. A partir de então que os habitantes passaram a pagar o imposto de palhota, em 1908 entraram nos cofres da Província quarenta seis contos de réis só referentes aos residentes de Geba.
Agradeci toda esta informação a D. Violete, meti o precioso livrinho dentro de um saco de plástico prometendo devolvê-lo dentro de uma semana. Não sabia porquê, mas D. Violete lembrava-me Xerazade e todas as histórias de encanto e fascínio que faziam com que procurasse sempre com o maior entusiasmo a sua companhia. Sim, D. Violete era a contadora das minhas mil e uma noites.

(ii) Uma conversa desnorteada com Jovelino Corte Real e outros operacionais

Chegou a hora dos últimos preparativos antes de partirmos para o Xime. O comando de Bambadinca afinou o diapasão com Bafatá, o Xime é a prioridade das prioridades no sector, é preciso repelir esses grupos que atacam barcos mesmos nas barbas do Xime, torna-se indispensável impedir as culturas na bolanha do Poindom, alimento crucial para quem vive no Buruntoni ou no Fiofioli, ao longo do rio Corubal o PAIGC não dispõe de terras tão férteis como as do Poindom.
É intenção do comando que se faça uma batida com dois destacamentos: um que vai do Xime até à Ponta do Inglês, será constituído por grupos de combate da CCaç 12, é a Colete Encarnado; um outro vai do Xime até à foz do Corubal, passando a pente fino toda a bolanha do Poindom, será constituído pelas tropas do Xime e pelo Pel Caç Nat 52, é a Jaqueta Lisa. Sairão à mesma hora do Xime, em 22. Estes dois patrulhamentos ofensivos procurarão apoiar-se um ao outro, com apoio aéreo, no segundo dia retirarão conjuntamente, estando o comando de acordo que se use a mesma táctica quanto aos apoios de artilharia nos casos de detecção pelo inimigo ou emboscadas.

Apresentado o plano, inscrevi-me e pedi para que as minhas objecções fossem apreciadas por todos aqueles que iriam intervir na operação. Do que me fora dado ver, da experiência que colhera das idas infrutíferas ao Buruntoni, estávamos perante um mato fechado na margem esquerda da estrada Xime-Ponta do Inglês e da amplidão da bolanha entre Ponta Varela e a foz do Corubal.
O PAIGC, estava provado e comprovado, referenciava muito facilmente a presença das nossas tropas, emboscava regularmente junto a Madina Colhido, ao deslocarmos dois destacamentos em cooperação, iríamos comprometer a missão de um deles graças à detecção do outro. Propunha, por consequência, alvos diferentes para que o PAIGC não pudesse infernizar a vida de trezentos homens ao mesmo tempo. Em concreto, sugeria que um dos destacamentos saísse por Ponta Varela, atravessasse a estrada até à Ponta do Inglês e confirmasse que as populações tinham abandonado a mata do Poindom; o outro destacamento emboscaria em Gundaguê Beafada, seguiria na manhã seguinte até ao rio do Buruntoni, manteriam os dois destacamentos contacto via rádio para evitar aproximações, pois só assim é que teria cabimento fazer-se fogo de artilharia.
Esta sugestão não foi aceite, inclusivamente houve quem sugerisse que fôssemos juntos até ao Poindom, utilizando o trilho de Ponta Varela ao Poindom, frequentado pelo inimigo, e que só então se desse a separação dos dois destacamentos. Vendo o pandemónio da discussão, o comando voltou à referência inicial dos dois patrulhamentos em convergência. Com diferentes guias, com diferentes estados de alma e estado físico, os dois destacamentos iriam viver o desencontro total, deixei claro para quem me queria ouvir. Jovelino Corte Real irritou-se, invocou os galões, exigiu estrita obediência ao espírito da missão: os dois destacamentos iriam partir sincronizados e regressar sincronizados. Ditada a sentença, saímos da reunião e em escassas duas horas a coluna pôs-se em movimento para o Xime, no princípio da tarde do dia 22.

(iii) A história infeliz de duas operações desirmanadas

O contigente da CCaç 12 teve a vida atribulada pelo esgotamento físico, logo à partida. Levavam três horas de marcha desde que tinham saído do Xime quando tiveram que regressar devido a uma situação de doença grave. Só quem não fez a guerra é que não sabe como saídas, regressos e retomas no aceso da época seca se traduz em descompensação e acentua o cansaço e a desconcentração. Entrando tarde na operação, não podendo contactar pelo rádio o destacamento em que íamos, a força da CCaç12 não atinou com as razões do fogo de reconhecimento feito pelo inimigo, que ocorreu durante a noite. Ao amanhecer, foram confrontados com queimadas e a continuação de fogos de reconhecimento.
Sem conseguir contactar com o PCV, o contigente da CCaç 12 ouvia rebentamentos e rajadas lá para os lados de Ponta Varela e Poindom, continuou a progressão mas sem receber instruções quanto ao modo como apoiar o outro destacamento, previsivelmente em apuros. Do que fizemos, dei resumidamente conta à Cristina em carta datada de 25 de Março:
“Venho muito cansado do Poidom. Aproveitámos o luar para, depois de termos emboscado em Ponta Varela, avançarmos nos terrenos lamacentos que levam à foz do Corubal. Para surpresa de todos, as lavras continuavam a ser feitas, ou seja, as populações civis não ficaram atemorizadas com a nossa ida ao Poidom. Tal como tinha sido previsto, na ausência de contacto ou de descoberta de novos acampamentos, emboscámos de madrugada na Ponta do Inglês. Para nossa surpresa, ouvimos o fogo a troar a partir do Buruntoni e Baio, não ligámos nenhuma, já nos tinham avisado que estes reconhecimentos eram habituais. Com a primeira luz da manhã, percorremos a pente fino a mata do Poidom, nada encontrámos a não ser muitas alfaias agrícolas e pegadas recentes. Mas, pelas 7 horas, o fogo intensificou-se, sentimos as morteiradas muito perto, não foi difícil perceber que estávamos referenciados. Recorrendo ao esquema usado na Rinoceronte Temível, pedi fogo sobre o Baio e o Buruntoni, bem como para pontos onde tínhamos detectado os acampamentos em 9 de Março. O fogo inimigo acalmou e pedimos instruções ao PCV que nos mandou regressar a Ponta Varela. Como vês, não tem sentido nenhum imaginar-se uma operação conjugada entre diferentes destacamentos com fogo inimigo pelo meio. Além disso, sinto que o moral das tropas do Xime não está bom, a primeira meia hora logo à saída foi passada a acalmar a berraria de um soldado que em estado de convulsão gritava para que todos ouvissem: “Ai, mãezinha, que não volto vivo!”. Não é determinante, mas abala o ânimo colectivo. Chegámos exaustos a Bambadinca, não sentia as pernas, ando com arrepios, não sei mesmo se não apanhei paludismo”.

Capa da Sonata para violino e piano «Kreutzer», de Beethoven. A famosa empresa discográfica Deutsche Grammophon incluíu este disco na Colecção do Centenário da empresa como o grande registo de 1952, pela limpidez das interpretações, o esplendor do registo de acordo com as técnicas de acústica da época,tempos do mono. Schneiderahan e Kempff foram dois colossos que tive oportunidade de escutar em Bambadinca.


Foto (e legenda): © Beja Santos (2008). Direitos reservados.



(iv) A soberania da música, a grandiosidade da literatura

Procuro travar o cansaço ou orientar os momentos de euforia ouvindo música, música sublime ou arrebatadora, música que me galvaniza pelas suas mensagens de alegria, fé ou coragem. Oiço a sonata para violino e piano Kreutzer, de Beethoven, numa interpretação que ficará lendária de Wolfgang Schneiderhan e Wilhelm Kempff. Oiço e volto a ouvir, o articulado daqueles dois instrumentos dá-me imensa coragem. Noutro registo, deixo-me elevar pelos sons majestosos do concerto n.º 4 para piano e orquestra de Camille Saint-Saëns, na bela interpretação de Philippe Entremont e Eugene Ormandy à frente da orquestra de Filadélfia. Revelação completa é o fraseado sublime de Isaac Stern no concerto n.º 2 para violino e orquestra de Mendelssohn, com a mesma orquestra e o mesmo maestro.


Capa original da edição de O Amante de Lady Chatterlay. A Penguin viu-se envolvida num pleito judicial histórico: pretendeu-se retirar do mercado, por ofensas à moral pública, este livro de Lawrence. A liberdade de expressão ganhou. O puritanismo centrou-se nas relações sexuais de Constance e Mellors, deixando nos bastidores a crítica social e política, como se esta fosse inexistente. Publicado em 1928, cedo os críticos reconheceram que o livro era uma pedra preciosa da literatura universal.


Foto (e legenda): © Beja Santos (2008). Direitos reservados.





Edição em português de O Amante de Lady Chatterley, por D.H. Lawrenc. Tradução de António R. Salvador, capa de Luis Filipe de Abreu, Circulo de Leitores,1994.


Foto (e legenda): © Beja Santos (2008). Direitos reservados.



Desta vez li integralmente O amante de Lady Chatterley de D. H. Lawrence. É uma obra maior da literatura mundial, pode perceber-se há distância de algumas décadas o escândalo que acarretou falar-se cruamente de uma relação sexual numa Inglaterra ainda envolta em puritanismo. Clifford Chatterley, com mansão em Wragby, nas Midlands agrícolas e mineiras, vem da Primeira Guerra estropiado, paralítico. Casara pouco tempo antes com Constance, não tem ilusões quanto à falta de descendência, agarra-se a Constance com todas as suas forças, como igualmente à literatura e aos negócios. É uma relação que caminha rapidamente para o vazio, que não é mitigado pelas inconsequentes aventuras sexuais de Constance. O guarda de caça Olivier Mellors, culto e solitário, um distinto ex-oficial das Índias, vai despertar a paixão de Constance, que irá abandonar a vida de alta sociedade para cumprir o seu sonho de amor. Lawrence dispõe de uma técnica magistral para nos envolver do princípio ao fim, nada é enfadonho nesta relação triangular, é uma descrição poderosa do nascimento de duas sensualidades, mas Lawrence não se fica por aqui: desvela-se o fim da influência da aristocracia rural que dá lugar à industrialização; Constance Chatterley é a afirmação da emancipação feminina, um termo da infidelidade cega e resignada. A espantosa carta de Mellors no final do romance assinala a liberdade de um amor que sobreviveu aos preconceitos sociais do seu tempo. Lawrence dá seguimento à autenticidade do amor no mundo esfarelado do pós-guerra que fez emergir uma nova constelação de valores afectivos.



O mistério da Arca de Noé, de Ellery Queen, nº 80 da Colecção Vampiro, tradução de Elisa Lopes Ribeiro, capa de Cândido da Costa Pinto, s/ data. Não é uma das obras primas de Ellery Queen mas está poderosamente organizado quanto à trama misteriosa, ao enigma que se desvenda a conta-gotas que permite um fantástico desfecho final. O enigma, infelizmente, anestesia a densidade dos protagonistas, fazendo deles objectos mecânicos do autor.


Foto (e legenda): © Beja Santos (2008). Direitos reservados.


Saboreei à medida a decifração de um quebra-cabeças aparentemente insolúvel: O mistério da arca de Noé, por Ellery Queen. Este detective vive sempre em altos voos homicídios bizarros, para não dizer grotescos. Desta vez, foi para Hollywood para escrever um romance policial, um joalheiro recebe um cão morto com uma mensagem e morre aterrorizado. O seu sócio que vive numa cadeira de rodas, nada quer revelar sobre o passado de ambos, algo que permite investigar a natureza terrífica do conteúdo daquele bilhete. Seguem-se outros sinais de aviso, como uma tentativa de envenenamento ou um quarto juncado de rãs mortas. Como Ellery Queen é um intelectual eficiente, descobre qual é a chave destes avisos, como por detrás deles está um plano diabólico de vingança que se cruza com outro plano de vingança, um cérebro doente que é manipulado por outro cérebro vingativo. Ellery Queen é um grande senhor do romance policial problema, pelo desenvolvimento de uma charada pontuada por crimes tortuosos e por uma descodificação que se vai desenrolando até ao final da obra.

Estamos a caminhar para o fim do mês [de Março de 1970], estou a chocar um paludismo, parto dentro de dias para a mais sangrenta de todas as minhas operações [, a Op Tigre Vadio]. E quando regressar, totalmente exausto, seremos atirados para a ponte de Udunduma e depois para a operação Pavão Real. Segue-se um período de acalmia, haverá instruções do comandante-chefe para anular quaisquer operações ou patrulhamentos ofensivos. É quando alguns supõem que a guerra vai acabar que eu parto para Bissau à espera da minha noiva.
___________

Nota do editor:

1 comentário:

Anónimo disse...

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