Começou na 5ª feira, dia 14, o DocLisboa 2010, a VIII Edição Internacional de Cinema [, imagem do catálogo, à esquerda, com uma fotografia do maliano Malick Sidibé, aqui reproduzida com a devida vénia].
Lisboa é a Meca do cinema documental, até ao dia 24. Imperdível, pois. Se vocês gostam de cinema, e sobretudo do cinema que fala dos problemas do nosso planeta, aqui e agora, têm mais de 200 filmes (longas, médias e curtas metragens) para ver...
Lisboa é a Meca do cinema documental, até ao dia 24. Imperdível, pois. Se vocês gostam de cinema, e sobretudo do cinema que fala dos problemas do nosso planeta, aqui e agora, têm mais de 200 filmes (longas, médias e curtas metragens) para ver...
Sugestão: comprem um voucher de 25 euros para dez sessões (à escolha), poupam um euro em cada sessão. O festival passa nos seguintes cinemas de Lisboa: Culturgest (Pequeno e Grande Auditório), São Jorge, Londres, Alvalade, Cinemateca... Das 10h às 23h... Sessões contínuas... A África, como sempre, está lá também, o seu pulsar, a sua gente, as suas histórias.
É a maior (e sobretudo melhor) edição de sempre: mais de 200 filmes, uma programação fantástica... Incluindo mais de quatro dezenas de documentários em português, lusófonos, nossos...
Vão ser feitas várias retrospectivas, incluindo a maior, até agora realizada em todo o mundo, a essa referência incontornável do cinema documental que foi o holandês (e cidadão do mundo) Joris Ivens (1898-1989), de quem vi ontem, à noite, na Cinemateca, o seu último filme, feitos aos 90 anos, rodado na China, "Une Histoire de Vent" (Uma história de vento, 1988), um filme realizado a quatros mãos (co-realizadora: a sua mulher Marceline Loridan-Ivens, uma judia sobrevivente do holocausto) ...
Vão ser feitas várias retrospectivas, incluindo a maior, até agora realizada em todo o mundo, a essa referência incontornável do cinema documental que foi o holandês (e cidadão do mundo) Joris Ivens (1898-1989), de quem vi ontem, à noite, na Cinemateca, o seu último filme, feitos aos 90 anos, rodado na China, "Une Histoire de Vent" (Uma história de vento, 1988), um filme realizado a quatros mãos (co-realizadora: a sua mulher Marceline Loridan-Ivens, uma judia sobrevivente do holocausto) ...
O Séc XX (e a história do cinema documental) confunde-se com ele: filmou em toda parte e em todas os conflitos (desde o conflito sino-nipónico à guerra civil espanhola, nos anos 30, da África à guerra do Vietname)... O seu cinema é um hino à enorme, fantástica, capacidade de resistência, sofrimento, coragem e sobrevivência do ser humano, vítima da exploração do(s) outro(s) ser(es) humano(s)...
Site oficial do DocLisboa2010:http://www.doclisboa.org/
Extensões do festival (que o País não é só Lisboa, felizmente) estão previstas para vários pontos do país, desde Leiria a Moura...
2. Já agora, ao lado da Culturgest, têm o Palácio Galveias onde podem ver uma exposição do grande fotógrafo do Mali, Malick Sidibé (nascido c. 1935), um dos maiores de África. São 85 fotografias, uma belíssima exposição, de referência, produzida pela Hasselblad Foundation. São imagens dos jovens dos anos 60 em Bamako, no Mali, um dos primeiros países da África subsahariana a conquistar a independência.
O olhar é de um dos mais importantes fotógrafos africanos. Durante os anos 60, Malik Sidibé registou os jovens da sua cidade, a dançar, a posar com as suas motas, os seus pertences, as suas melhores roupas, ávidos de imitar a civilização ocidental... Em 1958 abriu o seu Studio Malik, nos anos 70 dedicou-se ao retrato de estúdio. Em 2003 ganhou o Prémio Hasselblad. Em 2007 foi distinguido com o Leão de Ouro da Bienal de Veneza.
A iniciativa é do Doclisboa 2010 – VIII Festival Internacional de Cinema, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa. Até final de Outubro. A entrada é livre. Entretanto, Malick Sadibé, a sua arte fotográfica e muitos dos seus modelos, são retratatos no filme de Cosima Spender (França, 2008, 59'), com o título Dolce Vita Africana (Quatro sessões no DocLisboa2010: 15, 21, 23 e 24 de Outubro).
Sinopse: “Durante a guerra colonial jovens portugueses tinham de escolher entre as forças armadas ou a frota nacional de pesca do bacalhau. Ao longo de uma viagem no Creoula - o último lugre português da pesca do bacalhau - três antigos pescadores [, vd. fotograma acima,] relembram as difíceis condições de trabalho da sua juventude, as razões das suas escolhas de vida e os constrangimentos nos seus destinos".
Sobre a pesca do bacalhau, temos já algumas referências no nosso blogue.
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Nota de L.G.:
Último poste desta série > 9 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7103: Agenda cultural (85): Espectáculo de dança por Sofia Fitas, no CCB - Lisboa, dia 16 de Outubro de 2010
Sobre a pesca do bacalhau, temos já algumas referências no nosso blogue.
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Nota de L.G.:
Último poste desta série > 9 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7103: Agenda cultural (85): Espectáculo de dança por Sofia Fitas, no CCB - Lisboa, dia 16 de Outubro de 2010
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