Guiné > Bissau > Polícia Militar > 1971 > O José Basílio Costa, alf mil, mais o sold cond auto Diamantino Romão, que é o autor das fotos. O nosso camarada José Basílio Costa tem página no Facebook, é natural de Vila Nova de Famalicão, e vive em Santo Tirso. (Fotos reproduzidas com a devida vénia, e um abraço aos dois; edição de L.G.).
1. Tirando provavelmente o meu amigo e conterrâneo Eduardo Jorge Ferreira, que foi alf mil da Polícia Aérea ((BA12, Bissalanca, 1973/74), não temos ninguém dessa especialidade que era... a Polícia Militar.
Posso estar a pecar por omissão, mas não tenho ideia de, na nossa Tabanca Grande, no nosso blogue (não me refiro ao Facebook) haver um PM (leia-se: não, primeiro ministro, mas, sim, polícia militar). Porquê, não sei. De qualquer modo, eles também não eram muitos. Devia haver, no máximo, uma companhia, no CTIG, em comissão.
Sei pouco sobre eles, sei que eram oriundos da arma de cavalaria e e eram também selecionados em função da altura. Tinham que ser mais altos do que a maioria dos militares do exército, para poderem exercer as suas funções de autoridade. . Julgo que também havia uma Polícia Naval, em Bissau. Em 1976, a PM passou a designar-se por PE (Polícia do Exército).
Descobri há dias que, no dia 24/5/1969, embarquei no N/M Niassa com uma companhia militar, a CPM 2347, a que pertencia o atual secretário geral do PCP - Partido Comunista Português, o Jerónimo de Sousa (que era 1º cabo, segundo julgo saber). Naturalmente, não me lembro dele nem de ninguém dos seus camaradas da CPM 2347. Nem das poucas vezes que estive em Bissau tive quaisquer contactos diretos com a PM. Verdade seja dita, e sem qualquer intenção de ofensa (, o que seria contrário ao espírito do nosso blogue), acho que os PM, no tempo da guerra colonial, cá e lá, não eram muito populares junto da tropa fandanga... Pode ser impressão minha, ams entende-se: eles eram uma autoridade policial...
Lendo entretanto a nossa página no Facebook, dou de caras com uma história, bem humorada, passada com o nosso João Paulo Diniz, ex-locutor do PIFAS (Com-Chefe, Bissau, 1970/72) e uma ronda da PM. A história é contada pelo José Basílio Costa, ex-alf mil, da Polícia Militar, em comentário de 19 do corrente. Para que não se perca o episódio e chegue a outras audiências, vamos reproduzi-lo aqui.
Fica também o convite, ao José Basílio Costa, nosso amigo do Facebook, para integrar, de pleno direito, a nossa Tabanca Grande. Basta-nos dizer que sim, e concordar com as 10 regras de convívio, em vigor no nosso blogue (mas não aplicáveis à página do Facebook, Tabanca Grande Luís Graça, que serve outros propósitos). (**)
Posso estar a pecar por omissão, mas não tenho ideia de, na nossa Tabanca Grande, no nosso blogue (não me refiro ao Facebook) haver um PM (leia-se: não, primeiro ministro, mas, sim, polícia militar). Porquê, não sei. De qualquer modo, eles também não eram muitos. Devia haver, no máximo, uma companhia, no CTIG, em comissão.
Sei pouco sobre eles, sei que eram oriundos da arma de cavalaria e e eram também selecionados em função da altura. Tinham que ser mais altos do que a maioria dos militares do exército, para poderem exercer as suas funções de autoridade. . Julgo que também havia uma Polícia Naval, em Bissau. Em 1976, a PM passou a designar-se por PE (Polícia do Exército).
Descobri há dias que, no dia 24/5/1969, embarquei no N/M Niassa com uma companhia militar, a CPM 2347, a que pertencia o atual secretário geral do PCP - Partido Comunista Português, o Jerónimo de Sousa (que era 1º cabo, segundo julgo saber). Naturalmente, não me lembro dele nem de ninguém dos seus camaradas da CPM 2347. Nem das poucas vezes que estive em Bissau tive quaisquer contactos diretos com a PM. Verdade seja dita, e sem qualquer intenção de ofensa (, o que seria contrário ao espírito do nosso blogue), acho que os PM, no tempo da guerra colonial, cá e lá, não eram muito populares junto da tropa fandanga... Pode ser impressão minha, ams entende-se: eles eram uma autoridade policial...
Lendo entretanto a nossa página no Facebook, dou de caras com uma história, bem humorada, passada com o nosso João Paulo Diniz, ex-locutor do PIFAS (Com-Chefe, Bissau, 1970/72) e uma ronda da PM. A história é contada pelo José Basílio Costa, ex-alf mil, da Polícia Militar, em comentário de 19 do corrente. Para que não se perca o episódio e chegue a outras audiências, vamos reproduzi-lo aqui.
Fica também o convite, ao José Basílio Costa, nosso amigo do Facebook, para integrar, de pleno direito, a nossa Tabanca Grande. Basta-nos dizer que sim, e concordar com as 10 regras de convívio, em vigor no nosso blogue (mas não aplicáveis à página do Facebook, Tabanca Grande Luís Graça, que serve outros propósitos). (**)
2. Uma cena passada entre a ronda da PM e o locutor do PIFAS João Paulo Diniz, Bissau, c. 1971
por José Basílio Costa
O PIFAS...Grande programa com o João Paulo
Diniz [, foto à direita]... que agora está na Antena 1, salvo erro!
O PIFAS...Grande programa com o João Paulo
Diniz [, foto à direita]... que agora está na Antena 1, salvo erro!
A propósito deste locutor vou contar uma pequena história que se passou com ele. Uma noite, já passava da uma hora da noite, estava eu de serviço de ronda pela cidade e vimos, não muito longe do edifício do PIFAS, o vulto de um militar a caminhar pela rua fora.
─ Meu alferes vai ali um militar fardado e sem boina e já passa da hora de recolher!
Quando nos aproximámos, eu perguntei-lhe que se identificasse, o que ele fez prontamente e justificou-se que trabalhava no PIFAS, onde era locutor, tinha acabado o serviço e dirigia-se a pé para o Quartel de Santa Luzia.
Eu, que não o conhecia pessoalmente, todavia no meio da conversa, reconheci logo a sua voz pelo seu timbre pessoal, mas não me "descosi" e disse-lhe:
─ Acompanhe-nos, por favor, até ao Quartel!
Ele ficou muito preocupado , perguntando se tinha feito alguma coisa de mal ou se tinha infringido alguma regra, e eu repeti :
─ Acompanhe-nos ao Quartel.
Aflito, perguntou se ia ficar detido na Amura toda a noite, que lhe estava a complicar a vida, pois no dia seguinte tinha que se levantar cedo para voltar à Rádio, etc. etc. Entretanto eu disse baixinho ao Lança Ramalho, meu condutor:
─ Vamos levá-lo a Santa Luzia, mas primeiro passa pelo Palácio do Spínola, para o despistar.
Qual não foi o seu espanto de alívio, quando finalmente, e depois de algumas voltinhas, o levámos ao seu quartel de Santa Luzia, onde o entregámos sem qualquer participação, até porque o homem estava plenamente justificado. Ficou todo contente e agradeceu-nos a boleia. E então, como estavamos próximo do fim de ano, disse-lhe que tería eu e nós todos muito gosto que ele aparecesse na Amura, na passagem de ano para festejar, o que ele cumpriu.
Não sei se te recordas, Raúl (*), que ele esteve connosco numa passagem de ano no quartel da Amura?! (**)
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Notas do editor:
(*) Raul Castanha [, também ex-alf mil, da PM, a viver em Alcobaça], que tinha escrito, no nosso Facebook, em 19 do corrente:
"Tomei a liberdade de 'roubar' este grande amigo de um artigo publicado na Tabanca Grande Luís Graça onde entre outros está o meu amigo João Paulo Diniz.
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Notas do editor:
(*) Raul Castanha [, também ex-alf mil, da PM, a viver em Alcobaça], que tinha escrito, no nosso Facebook, em 19 do corrente:
"Tomei a liberdade de 'roubar' este grande amigo de um artigo publicado na Tabanca Grande Luís Graça onde entre outros está o meu amigo João Paulo Diniz.
Foi durante muitos anos um adorno presente em minha casa. Depois quando os miúdos nascerem desapareceu. Saudades do PIFAS. Quem se lembra dele?
O Diamantino Romão também comentou:
" Lembro perfeitamente do Pifas e do meu amigo João Paulo Diniz, onde tive oportunidade de estar no estúdio ao vivo com o meu alferes Castanha e o Lourenço. Rrecordo com saudade aquela ótima musica que era passada, tive o prazer de viajar com o João, de Bissau a Lisboa, e vice versa (férias de 1 mês vim conhecer a minha filha com 1 ano, bons tempos)"... [O Diamantino Romão tem página no Facebook, a que não conseguimos aceder].
(**) Último poste da série > 9 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12133: Facebook...ando (28): O Augusto Baptista em Lisboa: temos homem, temos camarada, temos capelão, temos um novo membro da Tabanca Grande (Armando Pires)
14 comentários:
Gostei da transcrição feita neste espaço da pequena e bem humorada história que se passou com o locutor João Paulo Dinis numa ronda da PM à noite pela cidade de Bissau.Nas duas fotos apareço eu e o condutor Diamantino Romão, que não entrou nessa cena porque não era ele o meu condutor habitual, mas sim o Lança Ramalho que eu cito na história.Infelizmente nunca mais vi o nosso amigo J.Paulo Dinis, a não ser na RTP há uns tempos atrás, em que ele tinha um programa aos Sábados à tarde em que entrevistava grandes nomes da Rádio e da Televisão já afastados do activo.Daqui, se ele tiver oportunidade de ver esta mensagem, as minhas saudações muito cordiais e para o camarada Luís Graça os meus agradecimentos pela publicação desta pequena história ilustrada com 2 fotos da época. Muito obrigado e um grade abraço de amizade!
Na verdade,verdadinha a malta na Guiné e que vinha do mato á cidade não morria de amores pelos P.M.s . E na realidade a malta dessa força punha-se a jeito para não serem muito "queridos",mas isso são águas passadas e mais tarde até fiquei cheio de orgulho quando o meu filho Miguel foi para a P.E. em Oeiras e por lá andou a fazer serviço na Nato.
Bom eu até tenho um episódio engraçado"hoje claro" com os PMs em Bissau.
Numa ida minha a Bissau e ao me encontrar com amigos,era inevitável o apanhar uma "carraspana"tanto de comida como de Bebida.Vai daí e depois de muitas andanças pelos caminhos de Bissau acabamos (eu e mais dois amigos)a simular que conduzia-mos um automóvel pela avenida principal de Bissau isto de noite.O inevitável aconteceu e lá apareceu o jipe da PM. Recordo-me que mesmo com a carraspana (se calhar já em curva descendente)o PM após os habituais ameassos e outros afins lá nos mandaram embora.Só que eu armado em engracadinho disse:- Desculpem lá senhores polícias mas tenho que deixar aqui o carro porque não estou em condições de conduzir.Comecei então a simular o fecho do carro e todos aqueles gestos que temos ao deixar um carro estacionado. Então nessa altura o Alferes mandou que nos metesse-mos no Jipe e levou-nos para o QG que era onde estávamos "hospedados"quando saímos do Jipe o Alferes alinhando na brincadeira nos disse que para a próxima não seria-mos apanhados se tivesse-mos ligado as luzes do carro.Boa...Aferes.Os PMs nem sempre eram tão arrogantes como ás vezes queriam fazer entender.
Henrique Cerqueira
Saudações Lanceiras caros camaradas da Tabanca Grande,os PM cumpriam ordens como certamente cada um de vós as cumpriu.A PM não era adorada pois como autoridade militar,tinha de fazer cumprir a lei militar,que como todos nós sabemos,quando assim é,geralmente qualquer Policia nunca é bem vista ou acarinhada.Mas na história destes camaradas Lanceiros,também constam várias custódias (protecção)dadas a militares em sarilhos,entre variadissimas coisas.Muito me orgulha ter sido sucessor destes homens mas no meu tempo,envergando o distintivo da Policia do Exército.Um forte abraço Lanceiro para toda a Tabanca.Nuno Esteves
José Costa:
Obrugado peloa rápido e oportuno comentário. O João Paulo Dinis é nº 630 da nossa Tabanca Grande... E tu podes ser o nº...631. Não respondestes ao meu convite que vinha no fim...
"Fica também o convite, ao José Basílio Costa, nosso amigo do Facebook, para integrar, de pleno direito, a nossa Tabanca Grande. Basta-nos dizer que sim, e concordar com as 10 regras de convívio, em vigor no nosso blogue (mas não aplicáveis à página do Facebook, Tabanca Grande Luís Graça, que serve outros propósitos)."
Fotos (uma antigha e outra atual) já tempos... A história da praxe também.
Posso-te mandar o endereço de email do João Paulo Diniz, que vive em Lisboa, e deixou de fazer parte dos quadros do pessoal da RTP / RDP.
Ele vai adorar ler a tua história. Um abraço. Luis
Não sei se todos os soldados que passaram por Bissau tiveram problemas com a PM mas eu tive vários, como capitão, nas poucas vezes que lá fui. Como os comandantes das C.Cmds. eram do meu curso costumava usar um jipe deles para me deslocar na cidade. Uma vez fui mandado parar por uma patrulha da PM que me disse que ia em excesso de velocidade. Como sabia que aqueles jipes marcavam a velocidade em milhas, fiz-me de parvo e disse ao graduado que estranhava o facto porque tinha tido o cuidado de não ultrapassar os 60 Kms permitidos. Quando ele me informou que aquele jipe marcava a velocidade em milhas eu disse: eh pá, então tem razão vim sempre em excesso de velocidade. Doutra vez também com um jipe fui atrás da carrinha do Grande Hotel que vinha do aeroporto e levava o capitão Vasco Lourenço, também do meu curso. Chegados ao hotel e enquanto nos abraçávamos e trocávamos umas palavras, olhei para o jipe para me retirar mas, surpresa, o jipe tinha desaparecido. Não era difícil imaginar quem podia ser o "ladrão" e assim lá tive de ir ao quartel da PM para, com um telefonema para o Cap. Muás, que já tinha saído para almoçar, recuperar a viatura. E, finalmente, doutra vez a PM duma cajadada matou três coelhos, ou seja apanhou-me em três faltas, a saber: ao sair de um táxi com outros capitães mal pus os pés no chão fui abordado por uma patrulha com o comandante, impecavelmente perfilado, a dizer-me: dá licença meu capitão, o senhor não pode estar com a boina na mão tem que a ter na cabeça. Com certeza respondi e coloquei a boina como manda o regulamento. Desculpe meu capitão, disse-me ele, as suas calças não estão presas às botas com elásticos. Tem razão, respondi, corrigi a falta e perguntei: mais alguma coisa? Pode mostrar-me o seu BI, se faz favor? continuou ele. Disse-lhe então que para não me esquecer do BI quando andava à civil não o trazia quando andava fardado. Mais uma recomendação de que estava em falta com o regulamento e que, portanto tinha de andar sempre com o BI. Na próxima vez que fui ao QG do ComBis (Comando Militar de Bissau)o Chefe do Estado Maior deu-me conta das referências que tinha sobre a minha má conduta.
Um abraço a todos os Tabanqueiros
Hilario Peixeiro
Caros camaradas
É curioso como, assim de repente, surgem histórias de 'encontros imediatos' com a PM....
E curioso é também que, estes relatos acabam por ser reveladores de uma faceta 'humanizada' por parte daqueles militares, o que mostra que há sempre espaço para comportamentos simpáticos.
Não que a indisciplina, o abandalhamento, as incorrecções, não devessem ser reprimidas e/ou 'corrigidas', não, nada disso, o que está muitas vezes em causa eram as atitudes prepotentes, arrogantes, exagerados actos de demonstração de autoridade.
Mas aqui prevaleceram o bom humor, a sensibilidade e até, porque não? o companheirismo, como no exemplo do 'levar a casa' não só do JPDiniz como também dos 'condutores de carros fantasmas'.
Alguns dos comentários aqui colocados ganhavam mais visibilidade se fossem 'posts' próprios, segundo a minha opinião.
Abraços
Hélder S.
João Paulo Diniz
21 out 2013 22:20
Caro Luis Graça,
com a sinceridade de sempre, devo confessar que não me recordo da estória do nosso Zé Basílio (um abraço!) comigo (mas acho que me recordo da sua cara na foto...).
Da malta da PM recordo-me do Raúl Castanho, com quem tive o grande prazer de falar há meia dúzia de semanas após longa ausência. E recordo ainda que, tal como ele, muitos camaradas passavam pelo Pifas para fazer companhia e tomar um copo, no pequeno bar de entrada, superiormente 'comandado' pelo Morais (que é feito de ti, Amigo?).
Já agora: o Pifas não era só eu, mas sim uma Equipa: dedicada, voluntariosa, com grande 'amor à camisola', com a perfeita consciência da importância das nossas emissões para animar todos os nossos camaradas das FA, independentemente dos locais onde se encontrassem na Guiné.
Posso contar uma coisa? Um dia um tenenente coronel, comandante de um batalhao estacionado numa zona sensível, fez questão de visitar o Pifas, antes de regressar a Lisboa. E, após uma breve 'visita guiada', esse nosso camarada do Exército disse mais ou menos isto: "Querem saber? Para os meus homens, muitas vezes é mais importante uma hora de emissão do Pifas do que receberem uma carta da família!"
Com todo o respeito, creio que a maior parte de nós pensou que o nosso Coronel já estaria 'apanhado pelo clima'... Mas as suas palavras foram bem sentidas!
Por estas e outras, permitam-me uma confissão: como profissional, o Pifas foi uma das mais belas experiências da minha carreira!
Grande abraço!
Sentado em cima da boina no parapeito de uma pequena montra na paragem das carrinhas "mercedes" que serviam de transporte a sargentos e oficiais...quase em frente ao quartel da Amura...
Repentina e intempestivamente sou abordado por um furriel da PM que me ordena para por a boina e me pede a identificação..apesar de estar em falta..não gostei mesmo nada da abordagem sentido uns calafrios por mim acima..
Ouça lá..não sabe as regras militares..percebeu..recuou..sentido..continência..dá-me licença...NÃO DOU..a coisa começava a ficar "preta" com uma pequena multidão de civis a assistir à cena caricata...
Entretanto apareceu um capitão da PM..(o furriel continuava em sentido e em continência..)...pus a boina perfilei-me e fiz-lhe continência à qual correspondeu e deu-me ordem para ficar à vontade..amavelmente indagou do porquê da situação e onde é que estava colocado...pois..pois em Gadamael e rapidamente percebeu que me estava nas "tintas" para as "porradas".
A PM tinha uma função desagradável e mal vista por todos.. só que era necessária.
Abusos de poder na tropa como todos sabemos era "mato"..safei-me apenas porque tinha uma patente superior ao furriel..e estava colocado em Gadamael..
Julgo que os elementos da PM começaram em 73 a fazer protecção a colunas saídas de Bissau..
C.Martins
C Martins!
Não fazes referencia à data da "ocorrência" mas foi muito falada na guiné em 1973 ou 74 embora a faças de forma reduzida, mas provavelmente a mais perto da real, comparada com a se contava. Fiquei, naquela época, com duvida da sua veracidade mas pelo que contas aconteceu. Era na Amura que apanhávamos a Mercedes, fosse para o QG fosse para os Adidos, Comandos etc. Ali a dois passos do Café Bento mais conhecido pela 5ª REP.
Verdade seja dita a PM em Bissau não tinha boa imagem nem prestigio especialmente para a "malta" que vinha do mato e das zonas mais "quentes".
Eu por acaso fui abordado logo no primeiro dia que cheguei a Bissau. Fui em rendição individual mais outros 3 furriéis mil. Depois do banho e vestir à civil no QG lá fomos à descoberta de Bissau e, logicamente, com paragem no café Bento. Estava-mos em Março de 1972, branquinhos que nem neve uma evidência de que eramos periquitos. Os "famosos" que exibiam de jipe, ali perto dos CTT resolveram abordar-nos, pedindo a identificação, e depois as ameaças do costume que todos os que por lá passamos sabemos bem. No inico ainda fizemos peito, mas a velhice é um posto e "eles" estavam batidos naquele tipo de atrito e as costas quentes, acabamos por baixar a bolinha e lá fomos à nossa "vida". Também tenho uma ideia que em 73 os meteram a fazer alguma coisa de útil, leia-se alinhar no mato, com grande gozo do pessoal. Eramos todos uma cambada de putos mas uns já bem velhacos e sacaninhas com aquela prepotência que é apanágio de uma parte significativa deste povo. Dai o ditado se queres ver um pobre soberbo dá-lhe a chave de um palheiro.
João Silva Guiné 1972 a 1974
Amigo e camarada Luís Graça, antes de mais grato pela simpatia e disponibilidade demonstradas. Já vi os comentários à minha história do JP Dinis, que diz já não se lembrar da perpécia, mas tenho o meu ex-condutor Lança Ramalho que a pode confirmar.Já agora gostava de obter o contacto e-mail do JP Dinis para reatar uma amizade já muito antiga mas não cultivada,devido à distânciano tempo e no espaço.Já me inscrevi no blogg conforme sugestão que aceitei de muito bom grado. Um dia que passes pela minha cidade de Santo Tirso, não muito longe do Porto, ficas desde já convidado para um lanche a preceito com as especialidades típicas desta região : os famosos pastéis "Jesuítas" da Confeitaria Moura. Saudaçõs cordiais, e um grande abraço de amizade! J. Basílio Costa.
Também fui soldado PM num Pelotão independente, na Guiné 70/72, estive com o Alferes Basilio Costa e Castanha, antes, com a Companhia da PM do Capitão MOÁS de quem fui ajudante no Preboste Militar.
O que me leva a escrever é o facto de sentir nas palavras de alguns militares, alguma coerência, dizendo que a PM, não era tão arrogante, nem existia só para " chatear " as outras forças militares.
Num ambiente de guerra era importante haver alguma disciplina e ordem na via publica, até porque alguns camaradas que chegavam do mato, stressados e cansados da guerra com os nervos á flor da pele, acabavam por criar alguns problemas!...
Tudo se resolvia sem criar problemas a alguém, e acrescento, as ordens superiores que recebíamos não era brincadeira, Qualquer erro ou descuido da nossa parte as penalizações seriam muito agravadas, servindo como exemplo aos outros.
Da minha parte agradeço ter podido comentar e despeço-me com um abraço.
Também fui soldado PM num Pelotão independente, na Guiné 70/72, estive com o Alferes Basilio Costa e Castanha, antes, com a Companhia da PM do Capitão MOÁS de quem fui ajudante no Preboste Militar.
O que me leva a escrever é o facto de sentir nas palavras de alguns militares, alguma coerência, dizendo que a PM, não era tão arrogante, nem existia só para " chatear " as outras forças militares.
Num ambiente de guerra era importante haver alguma disciplina e ordem na via publica, até porque alguns camaradas que chegavam do mato, stressados e cansados da guerra com os nervos á flor da pele, acabavam por criar alguns problemas!...
Tudo se resolvia sem criar problemas a alguém, e acrescento, as ordens superiores que recebíamos não era brincadeira, Qualquer erro ou descuido da nossa parte as penalizações seriam muito agravadas, servindo como exemplo aos outros.
Da minha parte agradeço ter podido comentar e despeço-me com um abraço.
JOSE LUIS O.RODRIGUES
FUI PM NA GUINÉ ENTRE OUTUBRO DE 1972 E SETEMBRO DE 1974
VENHO SÓ INFORMAR QUE EM OUTUBRO DE 1972 EXISTIAM NA GUINÉ
1 COMPANHIA (CPM 3335)E UM PELOTÃO (PPM 3100) E QUE FOI
REFORÇADA COM MAIS UM PELOTÃO (PPM8273/72)
AO TODO ERAMOS PERTO DE 200 HOMENS
DA MINHA PARTE AGRADEÇO TER PODIDO COMENTAR UM ABRAÇO A TODOS QUE SERVIRAM NA GUINÉ
06 DE NOVEMBRO DE 2015
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