sexta-feira, 22 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14648: Meu pai, meu velho, meu camarada (46): O meu avô, cruz de guerra de 1ª classe, esteve na I Grande Grande, nas margens do rio Rovuma, norte de Moçambique.... Quando regressou, trouxe com ele um "filho da guerra", que seria mais tarde o meu pai, que eu sempre adorei e adoro (Jaime Machado, ex-alf mil cav, Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70; membro do Lions Clube Lusofonia)

1. A propósito do tema "Filhos do Vento", o Jaime Machado mandou-nos ontem a seguinte mensagem:


Caro Luis

Este assunto (*) diz-me particularmente respeito.

Meu pai foi trazido do norte de Moçambique. Nasceu de um "amor" em tempo de guerra. Nasceu na  I Guerra Mundial,  no norte de Moçambique, em Quelimane.

O meu avô (cruz de guerra de 1ª classe) esteve lá no teatro de guerra nas margens do rio Rovuma.

Quando regressou, num barco militar(!),  trouxe com ele o meu pai que eu adorei e adoro.

Abraço, Jaime Machado


PS - Junto foto do meu avô, de nome Antonio Rodrigues Machado. Prometo mandar mais alguns dados sobre os meus familiares.(**)


[Jaime Machado vive em Matosinhos, é membro do Lions Clube Lusofonia; foi  alf mil cav, cmdt  do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70; foto atual à direita]

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 21 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14642: Agenda cultural (400): Conferência "Filhos da Guerra", Festival Rotas & Rituais, 2015, Lisboa, Cinema São Jorge, 6ª feira, 22, 19h30... Participantes: Catarina Gomes (moderadora), Margarida Calafate Ribeiro (Os netos que Salazar não teve), Luís Graça (Que guerra se conta aos filhos?) e Rafael Vale e Reis (Filhos do vento: direito ao conhecimento das origens genéticas?)... Entrada gratuita... Às 18h, inauguração de exposição sobre o tema

2 comentários:

Luís Graça disse...

Jaime, acho que tens motivos para ter orgulho nos teus dois herois. mensagem. Ou queres ?

Gostava, todavia, de saber algo mais sobre eles... E sobretudo como é que como na época, no final da I GG, decorreu a integração (familiar, escolar, social e depois profissional) do teu pai.

Foi ou sentiu-se discrimimado ? Onde é que tu cresceste ? Em Matosinhos ? E, em, casa, falava-se da avó ?

Desculpa a "intromissão", é defeito de sociólogo... Só respondes se quiseres...

Xicoração. Luis

José Marcelino Martins disse...

Caro Jaime Machado

Se souberes a naturalidade do teu avô, poderei tentar encontrar a sua ficha militar.

Se foi do quadro, o seu processo está no AHM, em caso de ser miliciano, estará no AGE.

Parabéns pela história da tua família.