segunda-feira, 11 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18734: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXXV: Como se faz um alferes milicinao do Serviço de Administração Militar (III)


Foto nº 1 > Em Mafra,  EPI,  uma das primeiras fotos, Jan 67


Foto nº 2 > - Mafra, EPI; uma das  primeiras fotos, Jan-fev 67


Foto nº 3 > Mafra,  exercícios de aplicação militar, Fevereiro 67.


Foto nº 4 > Mafra, Malveira, Exercícios Finais,  Março 67.


Foto nº 5 >  - Mafra, EPI: o meu Pelotão, do Ten Peixeiro, Março 67.


Foto nº 5 A


Foto nº 5 B


Foto nº 6 > Mafra, EPI: Juramento Bandeira, frente ao Convento de Mafra, Março 67.


Foto nº 7 > EPAN, Lisboa > Exercícios finais na Carregueira, Junho 67.


Foto nº 8 > Lisboa, EPAM: o meu pelotão, Junho 67.


Foto nº 9 > Lisboa, EPAM: o último dia de cadete, Junho 67.


Foto nº 10 > Foto para o BI militar, Porto, Junho 67


Foto nº 11 > BI Militar: frente


Foto nº 12 > Caderneta Militar (pormenor)

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira (*), ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já cerca de 6 dezenas de referências no nosso blogue.
GUINÉ 1967 /69 1967/69 > ÁLBUM DE TEMAS > T001 – SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO > CURSO DE OFICIAIS MILICIANOS (COM) > EPI | MAFRA; EPAM | LUMIAR, LISBOA - Parte III (e última)

(ii) O meu percurso no COM até final

EPI – MAFRA:

Assentei praça em 3 de Janeiro de 1967, passando a ter o meu novo número de identificação – Soldado Cadete nº 10, do 1º pelotão da 3ª Companhia. Fico instalado na caserna nº 13, no 3º piso, e são muitas escadas até lá chegar.

O nosso pelotão tem como instrutor um Tenente de Infantaria, Inácio Pólvora Peixeiro, não era nenhum garoto acabado de sair da Academia Militar.

O nosso pelotão era segundo parece, constituído pelos cadetes mais velhos, de 22 anos até 26 anos, por isso fomos tratados como gente mais decente.

Fiz os exercícios finais – vulgo semana de campo – lá para os lados da Malveira e outros locais. Terminado isso foi o juramento de bandeira na última semana de Março de 67.

Daqui recebo Guia de Marcha para Lisboa, EPAM.

EPAM – LUMIAR, LISBOA:

Apresento-me nos primeiros dias de Abril de 67, na Escola Prática de Administração Militar – EPAM, e dou início ao curso da especialidade de administração.

O nosso Comandante de Companhia – o Capitão NOGA – era assim chamado, era muito duro para toda a companhia, e tivemos pior tratamento do que em Mafra.

Fiz os exercícios finais na Carregueira, uma semana de campo, e em finais de Junho de 67 acabo a especialidade e sou promovido a Aspirante Miliciano.

Fico mais um mês para fazer o Estágio junto do CA da EPAM, mas não concluo nada porque não há meios para continuar, e acabo por sair em meados de Julho de 67.


BC10 – CHAVES:

Sou enviado para Chaves a fim de iniciar um estágio naquela unidade, mas também não é sequer iniciado, estava tudo de férias e acabo por ficar sem nada fazer. Permaneço ali durante um mês, entre Julho e Agosto de 67.


RC4 – SANTA MARGARIDA:

Recebo uma Guia de Marcha para me apresentar no CIM de Santa Margarida e juntei-me ao Batalhão já formado o Batalhão de Caçadores 1933, e acabo por também participar no IAO levado a efeito naquele Campo Militar. Chego ali em 11 de Agosto de 67, e em 10 de Setembro vou gozar os 10 dias de licença militar, partindo para a Base Aérea de Figo Maduro em 19 de Setembro, acabando por embarcar de avião, um DC6, em 20 de Setembro chegando a Bissau em 21 de Setembro de 1967.

... E ASSIM SE FORMOU UM OFICIAL MILICIANO DO SAM.

Virgílio Teixeira

Em, 16-05-2018


2. Notas e legendas das fotos da tropa (COM, EPI Mafra, e EPAM, Lisboa)

Foto 1 – Esta seguramente será a primeira foto que tenho com farda. É em Mafra, talvez na Tapada, e será de Janeiro de 67.  Pelas roupas mal-amanhadas, apercebo-me que nem sequer foram à costureira para arranjar, estão largas parece uma foto de palhaço, e com aquele penico em cima da cabeça, tem o seu ar de ridículo.

Foto 2 – Também esta é uma das primeiras fotos, continuo a dizer que pode ser na Tapada de Mafra, na Escola Prática de Infantaria, em Janeiro/Fevereiro de 1967.  A farda já está mais ao jeito do meu corpo, já tenho botas pretas, a arma Mauser, o Quico na cabeça, já começa a desenhar-se um futuro militar.

Foto 3 – Numa aula de aplicação militar, o celebre ‘salto ao galho’ que era o terror de tantos candidatos a militares, é uma foto de Fevereiro de 1967.

Este salto que para muitos era impraticável, já eu o fazia em menino quando brincava aos Índios nas bouças dos lavradores e em tantas brincadeiras de crianças. Nunca deixei de fazer qualquer tipo de exercício, apenas um me recusei, o túnel, pois era tapado no final e eu tinha horror à claustrofobia.

Aqui reconheço alguns dos meus camaradas de pelotão, mas não me lembro quase de nome de nenhum. Pode ver-se uma das excepções, no chão a olhar com riso, o meu futuro amigo Faria, já homem de posses, vinha do Porto de Volvo, namorava e mais tarde veio a casar-se com a filha do dono da Auto Sueco no Porto. Casou bem. Cheguei a fazer a viagem de ida e volta Mafra-Porto, uma ou duas vezes, pois a maioria vinha nas Camionetas, em excursões do Barraqueiro.

O Faria voltaria a encontra-lo mais tarde em 1969, quando após chegar da Guiné, comecei a trabalhar numa fábrica para os lados de Vila do Conde, de origem Sueca, o agora sogro dele, era além de dono da Auto Sueco, também era o procurador da empresa sueca para onde fui trabalhar e tive muitos contactos com eles e reencontrei o Faria na Volvo – Auto Sueco.

Depois mais tarde veio a convencer-me para entrar na ‘Família Volvo’ e entrei, já nos anos de 1985. Comprei lá 9 carros da marca Volvo, 3 da série 340, 3 da série 440, 3 da série 460 e um da série 740. Disse que comprei, mas não é bem assim. Fui trocando uns pelos outros, apenas cheguei a ter 2 Volvos ao mesmo tempo. Os outros eram para substituir os sinistrados, pode dizer-se que foram uns atrás dos outros até 1991. Nunca era da nossa responsabilidade os acidentes, e assim com o seguro contra todos os riscos, trocava logo de carro com qualquer acidente, por pequeno que fosse, não pagava nada, era troca por troca. Com excepção do 740 que nunca tive acidente nenhum. Nem era eu, eram os 3 filhos, a minha mulher, e os outros que batiam contra nós. Os carros eram trocados quase novos com pouquíssimos quilómetros. Quem ganhava com isto tudo era a Auto Sueco, na venda de novo carro, e nas reparações dos outros, foram uns anos loucos, chegamos a pensar que era bruxedo e acabar com a Volvo. Mas não era assim, porque os filhos também tiveram vários acidentes com outros carros de várias marcas. Uma curiosidade, como andava sempre com carros novos, naquela parvalheira para onde fui morar – Vila do Conde – as pessoas durante décadas associaram-me como sendo um dos donos da Volvo, soube isso muito tempo depois, ninguém acreditava.

Foto 4 – Esta foto representa como todos bem sabem, a última semana da recruta, ia tudo fazer a semana de campo, ou seja os exercícios finais, por isso se vê as marmitas, e os montes, nós fizemos na Malveira, e saímos de Mafra do quartel, debaixo de uma chuva torrencial. Ainda pensamos que iria ficar sem efeito, mas lá foi tudo estrada fora para os montes a dezenas de quilómetros do quartel. Não era nada que eu ficasse traumatizado, eu gostava mesmo era destas aventuras, parecia uma criança. Foto da última semana de Março de 67.

Estes colegas de pelotão lembro-me das caras deles, não sei os nomes nem de onde vinham, era gente mais ou menos da minha idade, e a maioria ia nos seus carros particulares. Nenhum deles do meu pelotão era conhecido de antes, só no depois ainda falei com alguns, a maioria perdi-lhes o rasto.

Foto 5 – A foto de família, com todo o pessoal do 1º Pelotão da 3ª Companhia, encabeçada pelo nosso instrutor, Tenente de Infantaria, Inácio Pólvora Peixeiro, um nome difícil. Pode ver-se o Tenente Peixeiro pela farda e pela idade. Está na segunda fila a farda é mais clara e não tem os arreios que todos temos. Eu estou nessa fila, o 3º a contar da esquerda. Também não é difícil, pelo ‘porte’ de 43 kg de gente. Talvez até já tivesse mais.

Pode ver-se além do Faria que reconheço, o Rendeiro que viria a ser famoso, por ser irmão do nosso jogador de Hóquei, viria a encontra-lo no Porto várias vezes e nos Bancos onde ele trabalhou. O irmão chegou a estar em minha casa, eles viviam em Lisboa, a filha dele foi muito amiga da minha filha mais velha, ainda em solteira, e do seu actual marido, eram visitas muito frequentes, ela ficava por vezes em nossa casa e vice-versa. Quando a minha filha casou, visitaram-se muitas vezes, ainda hoje mantêm uma certa amizade à distância, claro.

Se analisarmos a foto, pode ver-se que a maioria é malta com mais de 22 anos, alguns com 23,24,25 ou mais, muitos eram já formados, e gente de posses. Muitos eram de Lisboa e arredores e até iam comer e dormir a casa, tinha carros e facilidades diversas, não se via o mesmo nos outros pelotões, por isso a nossa instrução foi sempre muito serena.

Tirando meia dúzia que cheguei a vê-los mais tarde, a maioria nunca mais os vi, nem sei por onde andaram, nem sequer se estão todos vivos.

Foto 6 – No juramento de Bandeira. Esta era a turma dos ‘aleijadinhos’. Os dois da ponta ainda têm as canadianas, no meio aparecem outros com fardas diferentes, deviam ser da aviação, na ala esquerda estou eu, o mais baixo e mais magro. Existe uma foto geral, mas não sei dela, um dia talvez a encontre, pois estas não estavam juntas às da Guiné, fui encontrando uma a uma junto com as da família. Foto em frente ao mosteiro de Mafra, na última semana de Março 67.

Pela minha parte eu estou fora da Companhia, porque estava ainda a usar de vez em quando as canadianas. Tive um acidente de viação, nos fins de Fevereiro, quando vinha para o Porto no carro de um colega, ele aí na zona de Águeda numa ultrapassagem mal calculada, bateu de frente e à bruta com um Mercedes, nós íamos num Austin. Como eu ia atrás a dormir e com os pés debaixo do assento, quando batemos em cheio, fui projectado para a frente e fiquei com os dedos entalados no banco da frente, tendo-se partido os dois polegares, um de cada pé. Andei com gesso uma ou duas semanas, estava ameaçado de perder esta recruta e isso não me interessava, por isso deitei de lado o gesso e andarilhos, e comecei a fazer todos os exercícios normalmente, tive o custo de nunca ficar bom, os dedos continuam sem dobrar, ficaram assim calcinados, e só fui fazer Fisioterapia em finais de Junho. Hoje não sinto nada, mas não posso jogar futebol é claro.

Mais uma curiosidade mórbida, esse companheiro do Porto, que está na foto de família mas não consigo identifica-lo, tinha os dias contados, infelizmente. No final do curso foi para Vendas Novas para a Escola Prática de Artilharia, e na instrução uma granada rebentou ao sair do tubo, morreu esfacelado, soube isso mais tarde, ainda estava eu em Lisboa.

Foto 7 – Agora é pessoal da EPAM – Escola Prática de Administração Militar. Esta cena faz parte dos exercícios finais da semana de campo, que foi para os lados da Carregueira, na zona da carreira de tiro. Aqui já está calor, é Junho, tempo bem quente, aliás pode ver-se, eu estou de cerveja na mão, como sempre. Esta malta é toda do Porto, mas havia mais alguns que não estão aqui. Foto na última semana de Junho 67.

Pode ver-se ao meu lado esquerdo, esse peitudo, era o Artolas nº 1, chama-se Policarpo, o pai tinha um tasco e restaurante mesmo ao lado da Estação de São Bento no Porto, na Rua da Madeira. Encontrei-o mais tarde na Guiné, em Bissau, ele aparece em algumas fotografias do meu tema de Bissau I. Outro atrás a fumar depois encontrei-o uns anos mais tarde na Faculdade de Economia, onde penso ter acabado o curso. Os outros raramente os via, eu tinha mudado de cidade, e muito raro encontrei alguém.

Também não haviam grandes amizades, nunca consegui cimentar uma amizade verdadeira com ninguém. Não acredito muito em verdadeiros amigos. Há colegas, vizinhos, conhecidos, interessados,
oportunistas, mas amigos do coração não creio.

Foto 8 – A foto de família do meu pelotão da EPAM. É no fim do curso, após as marchas finais. Pertencíamos a uma Companhia comandada pelo Capitão ´NOGÁ´, não sei o nome dele, era assim conhecido, tinha uns pulmões e uma voz de trovão. Fez a vida negra a todos, na parte de instrução física, ginástica e aplicação militar não dava tréguas, foi muito mais dura do que a recruta em Mafra. Foto da última semana de Junho de 67.

Eu estou na segunda fila, o 3º., pode ver-se pela estatura, e ao meu lado direito está um quase amigo, fomos depois colegas em Economia, do outro lado o Policarpo – o Artolas - agarrado ao pescoço de outro. Lembro-me de algumas caras, mas os nomes muito poucos.

Foto 9 – Nas instalações da EPAM no Lumiar, o último dia de Cadete, no dia seguinte somos promovidos a Aspirantes Milicianos. com divisas na diagonal, e direito a continência. Estava vestido com a farda nº 1 daquela época. Fins de Junho de 67.

F10 – A minha foto tirada para o Bilhete de Identidade Militar, já como Alferes Miliciano, uns dias antes de embarcar para a Guiné. Porto, Setembro de 1967.

O Boné foi-me oferecido pela minha namorada, que também me ofereceu os primeiros galões de alferes, comprados numa casa da especialidade do Porto, na Rua de Santo António. Não é o Casão Militar que ficava na Rua da Boavista, aí era tudo mais fraco e comprei lá os fardamentos de 2ª, os camuflados e outras coisas.

Ali na Rua de Santo António, mais abaixo desta loja, e já com a farda de gala, isto é, o Casaco, possivelmente do meu irmão mais velho, ou até do meu pai, tirei esta foto num fotógrafo profissional, pois nunca andei vestido com esta Farda de Gala, aliás não tinha sequer as calças.

Ao ver esta foto, penso porque não estou de óculos, pois desde os 18 anos que já os usava sempre, já eram 6 anos com esse acessório indesejável. Talvez porque ficava melhor, ou porque os óculos eram demasiado feios e antiquados? Nunca saberei a razão. O Boné, utilizado uma única vez, nunca mais soube dele, quando cheguei a casa em 1969, não encontrei nada e hoje gostaria de o ter comigo como recordação, mas não tenho.

Em, 16-05-2018

Virgílio Teixeira

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».
__________

Nota do editor:

(*) Vd. postes antreiores:

6 de junho de  2018 > Guiné 61/74 - P18715: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXXIV: Como se faz um alferes miliciano do Serviço de Administração Militar (II)

2 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18704: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXXIII: Como se faz um alferes miliciano do Serviço de Administração Militar (I)

13 comentários:

Mário Santos disse...

Grande cronologia "histórica" bem legendada e respectivos comprovativos fotográficos. Poucos se podem gabar de um espólio tão vasto e de tanta qualidade.

Mesmo um amigo meu, Aviador encarregue e totalmente dedicado à causa da fotografia de guerra não deve possuir , presumo eu, nada que se pareça em número e qualidade!

Parabens!!! Isso é o que se pode apelidar de excelente contribuição para memória futura!!!

Grande abraço, Virgilio.

Gabriel Tavares disse...

O Tenente de Mafra chama-se Hilário e não Inácio. Tiveram sorte foi com o cmdt de Companhia cap Sesinando. Se estivessem na 1ª viam como elas mordiam. Sou desse COM

Anónimo disse...

Olá Mário Santos. Isto são pequenos pormenores dos 33 meses de serviço militar. Claro que tenho tantas fotografias que nunca serão todas publicadas, não haverá tempo para tanto. Mas vou-me lembrando destes tempos com alguma nostalgia. Mas nada se compara às excelentes reportagens da vossa acção na Força Aerea, que eu desconhecia muitas coisas.
Vou falar novamente no meu amigo Alf. Mil Pil Aviador Emanuel Lima Leite, ele esteve no meu tempo, 67/69, tenho pelo menos uma foto junto ao seu Heli, conheceste este amigo? Obrigado.

Para o camarada Gabriel Tavares: Não me lembro desse nome, Hilário!!! Eu pedi este nome a um amigo, porque não me lembrava do nome dele, e foi este que me deram - Inácio Polvora Peixeiro, e foi isto que escrevi. Também não sei quem era o Comandante da Companhia, nunca ouvi falar do Capitão Sesinando! Era da 1ª Companhia?. Será que estamos a falar do mesmo curso - 3 jan 67? Obrigado pela confirmação, assim posso alterar os meus dados.

Nunca liguei muito a nomes, havia malta da recruta do COM, ao mesmo tempo os que estavam na especialidade de Infantaria, e os velhinhos a tirar o curso de Capitães milicianos.
Um abraço,
Virgílio Teixeira

G.Tavares disse...

Concretizando melhor. Pertenço ao 1ºCOM/67 incorporado no dia 4Jan67 1ªCOM cujo capitao era o Rebelo Gonçalves,gordo ,careca e bera como a ferrugem.Já partiu. A 3ªCOm era do Cap Sesinando Baptista pessoa que eu conhecia desde miúdo e era bom homem daí dar-vos tratamento de gente. Nós éramos muito mal tratados Havia lá "instrutores" verdadeiros selvagens.Mais esclarecimentos é só dizer.Pode ser que ainda me lembre.
Saudações
G.Tavares

Tabanca Grande Luís Graça disse...

De Mykonos,na Grécia, com um abraço para os queridos editores e autores é demais grã-tabanqueiros. Saudades. Luís

Anónimo disse...

Oh Luís eu conheço de nome, 'MYKORNIOS' e não MYKONOS, é a mesma coisa. Como diz o outro uma Boa Continuação....
Abraço.
Camarada de Mafra: Como diz o meu BI militar, mas não preciso disso são datas que entraram no disco rígido e nunca mais de lá saem, só na morte, e não sei?
Sou do curso iniciado em 3 de Janeiro de 1967, já dormi na Caserna Nº 13 nessa noite, com ratazanas a passar por cima de mim.
Pertenço portanto ao 1º COM de 67, do dia 3Jan67. O dia 4 será o 2º COM, certo?
O nosso 1º pelotão da 3ª Companhia, tinha como instrutor o Tenente Peixeiro. Se era Hilário o nome dele, como o Fadista, para mim pouco interessa, mas continuo a chamar-lhe de Inácio, até prova válida em contrário. O Comandante de Companhia, custa-me dizer isto, mas não me lembro, não deve ter sido uma figura que me marcou, nem do lado positivo nem negativo. Passou ao largo.
Havia aquela rapaziada vaidosa, mais novos do que eu, que faziam a vida negra a alguns pelotões, não todos, felizmente não se atravessaram na minha frente, eles tiveram sorte. Essa de dizer que ' então via como elas mordiam... ' não sei, a mim levei tudo numa boa, fazia tudo e queria ainda mais, que não tive aqui em Mafra, mas depois na EPAM com o Capitão NOGA - Nogueira da Silva, esse sim, marcou-me pela positiva pois puxou por aquela malta até ao tutano, e eu ainda tinha muito mais para dar, a minha vida do antes já era dura, depois filho e irmão de militares de carreira, nada me era estranho, a única coisa que me chateava era a segunda feira depois de passar uma noite inteira nas camionetas, e chegar às 6 horas da manhã e ir directamente para o pequeno almoço, carregado de sono. Talvez para alguns que eu tanto ajudei a carregar as suas coisas, isso fosse penoso, para mim não. Ponto.
Saudações, Virgilio Teixeira

G.Tavares disse...

874 Coronel
Hilário Manuel Pólvora Peixeiro 0995911 Infantaria 01-04-1990 (Cor) 18-10-1941 (Nasc)01-12-1992 (Ref)

Anónimo disse...

Com estes dados todos, aceito e vou rectificar os meus arquivos. Foi a contra informação que me deu este nome. Afinal vejo que ele é Out 41 e eu de Jan 43, só há aqui uma diferença de idades de um ano e pico, e eu pensava que ele era bem mais velho que eu. Espero que esteja bem, e bem haja pela boa vida que nos deu.
Cumprimentos,
Virgilio Teixeira

G.Tavares disse...

Tenho pena de não poder dizer o mesmo.
Cumprimentos
G.Tavares
ex-Sold Cad nº79/3ºPel/1ªCOM
4Jan67/?Mar67

Mário Santos disse...

Caro Virgilio.
O Hangar dos Hellis ficava entalado entre a linha da frente e o Hangar de manutenção dos Fiats onde durante dois anos 1967/1969 prestei serviço. Foi impossível não me ter cruzado com todos os Pilotos de Hellis que lá estiveram nesse tempo. Conheci-os todos...contudo, passados mais de 50 anos, a maioria dos nomes já eram! A não ser que estivessem ligados a uma foto ou algum evento relevante, não me consigo recordar. Recordo-me do Capitão Rodrigues, Jorge Félix ,Arada, Galinha Dias,Zé Ramos et.,etc. Não recordo apenas do nome, mas tenho a certeza que o conheci!

Abraço,

Mário Santos

Anónimo disse...

Se tens email, eu posso mandar uma foto com ele, logo verás que o conheces. Ele esteve comigo várias vezes em Nova Lamego e São Domingos, quer pilotando Heli, T6 e DO. Não Fiat.
Obrigado pelo teu empenho.
Um Ab,
Virgilio

Mário Santos disse...

Caro Virgílio. Aqui está :
mcsantosonline@gmail.com

Se tiver dúvidas pergunto a qqualquer um dos outros meus amigos que estiveram nos Hellis.
Tenho quase a certeza que não será necessário. Abraço 🤗
Mário

Anónimo disse...

Já vai o mail com a foto.
Obrigado
Virgilio