sábado, 8 de dezembro de 2018

Guiné 61/74 - P19265: E as nossas palmas vão para... (18): O Arquivo Geral do Exército pela excecional colaboração prestada na pesquisa, de 5 anos, para o meu Livro dos Heróis Limianos... apesar das tremendas dificuldades em instalações e pessoal: 10 milhões de fichas individuais e 20 quilómetros de prateleiras todos os dias em risco, está lá toda a Guerra do Ultramar! (Mário Leitão)


Mário Leitão e o Director do Arquivo-Geral do Exército, tenente-coronel Fernando Felício



Capa do livro "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar", de Mário Leitão (Ponta de Lima, ed. autor, 2018, 272 pp.) (*)

[O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi fur mil, na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), no período de 1971 a 1973; é natural de (e residente em) em Ponte de Lima, é membro da nossa Tabanca Grande, e já tem 3 livros publicados: "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012), "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e, agora, "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" (2018)].


Fotos: © Mário Leitão  (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem do nosso amigo e camarada limiano, António Mário Leitão: 

Data: sexta, 7/12/2018 à(s) 12:23
Assunto: Livro dos Heróis Limianos

Caro Luís, um grande abraço!

Como não podia deixar de o fazer, entreguei pessoalmente um livro ao Sr. Director do Arquivo-Geral do Exército, tenente-coronel Fernando Felício, a quem devo a minha gratidão pelos serviços extraordinários que a sua instituição me prestou durante 5 anos de pesquisa.

É claro que na ocasião também agradeci ao seu adjunto, major dr. Marcelo Borges, e ao sargento-ajudante Fonseca, que foram incansáveis no fornecimento de processos para análise!

A propósito deste meu agradecimento devo denunciar as tremendas dificuldades de pessoal e de instalações com que esta unidade militar se debate, as quais tardam a ser solucionadas pelos governantes da nossa praça!

Aqueles 10 milhões de fichas individuais e os 20 quilómetros de prateleiras não podem continuar a correr os riscos actuais! A Guerra do Ultramar está lá toda, à espera de digitalização e de tectos seguros, e as calamidades dos incêndios não acontecem só em Terras de Santa Cruz! (Que o diabo seja surdo!)

Agradeço a publicação no nosso blogue!

Outro abraço e até breve! 
Mário Leitão 

2. Poste publicado, em 5 do corrente, na página do Facebook de António Mário Leitão:

Missão cumprida!

As biografias dos 53 Rapazes da minha terra que morreram na tropa durante a Guerra Colonial só puderam ficar registadas para a História porque este cidadão, tenente-coronel Fernando Felício, compreendeu, logo que iniciei as minhas pesquisas, a grande importância dessa missão de cinco anos.

Como Director e Comandante do Arquivo Geral do Exército (**), e no estrito cumprimento da sua missão, facultou-me todo o apoio e todas as facilidades para escrever este livro, o qual, sem disso eu ter consciência, catapultou Ponte de Lima para o primeiro dos concelhos a escrever a história da vida de cada um dos seus filhos mortos ao serviço da Pátria naquele conflito.

A par desta figura, uma outra se destaca como grande destinatário da minha gratidão: o forjanense coronel dr. Luís Coutinho de Almeida, que partilhou comigo muitos dias de pesquisa no Convento de Chelas.

Aqui deixo, com garantia de perenidade, um grande abraço de amizade e gratidão para esses dois senhores Oficiais Superiores!

Não vos admireis, pois, por no dia de hoje me sentir particularmente feliz. (***)
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1 comentário:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Mário, é um gesto de grande nobreza, da tua parte. E raro, os investigadores nunca se lembram de agradecer aos "anónimos" trabalhadores dos arquivos onde se guarda a nossa memória coletiva... Claro que há exceções, tu és uma delas. Um grande Natal minhoto para ti. Luís Alice