Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quinta-feira, 25 de julho de 2019
Guiné 61/74 - P20009: Agenda cultural (696): Apresentação do livro do nosso camarada Joaquim da Silva Jorge, "Ferrel através dos tempos", 9 de agosto de 2019, 6ª feira, às 17h00, no salão de festas do Jardim Infantil de Ferrel, "a capital da luta contra o nuclear"
Capa do livro do Joaquim da Silva Jorge, "Ferrel através dos tempos", edição de autor, 2019, 391 pp. Índice da obra e ficha técnica
1. Mensagem de Joaquim [da Silva] Jorge, régulo da Tabanca de Ferrel / Peniche, ex-alf mil, CCAÇ 616, Empada, 1964/66, BCAÇ 619, Catió, 1964/66), bancário reformado, ex-autarca e ativista comunitário:
Enviado: 8 de julho de 2019 19:43
Assunto: convite
Agradeço a tua presença na apresentação do meu livro "Ferrel através dos Tempos" que se realizará no dia 9 de Agosto (6ª feira) às 17h00, no salão de festas do Jardim Infantil de Ferrel.
Obrigado!
Joaquim Jorge.
2. Há 43 atrás, em 15 de março de 1976, a população de Ferrel levantou-se em peso contra a planeada construação de um central nuclear no concelho de Peniche.
Ficou desde então conhecida como a Capital da Lutra contra o Nuclear. Joaquim Jorge, membro da comissão de moradores de Ferrel, e posteriormente da CALCAN – Comissão de Apoio à Luta Contra a Ameaça Nuclear, teve na altura um papel destacado nesta luta, aqui evocada no seu livro (pp. 61-80), tal como a participação dos jovens de Ferrel quer na I Grande Guerra quer na guerra colonial (pp. 45-60).
A efeméride, o 43º Aniversário da Luta Contra o Nuclear, em Ferrel, foi devidamente assinalado, com diversas atividades, no passado dia 15 de março de 2019. Foi descerrada uma placa com o marco da "Capital da Luta Contra o Nuclear". Destaque para a intervenção do nosso camarada e amigo Joaquim Jorge.
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Nota do editor:
Último poste da série > 20 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P19996: Agenda cultural (695): o fabuloso grupo musical Galandum Galundaina, 4 vozes, 20 instrumentos, os sons únicos, ancestrais, das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano, hoje, às 24h00, na "Batalha do Vimeiro, 1808", Vimeiro, Lourinhã
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2 comentários:
Joaquim: parabéns!... E boa aceitação do livro por parte dos teus ferralejos...
Já tive ocasião de to dizer, e repito-o, aqui, agora em público: és um exemplo do amor que devemos ter pelas nossas terras, onde fomos nados e criados...Geralmente temos uma relação de amor-ódio com a terra que nos viu nasceu... Com o tempo, regressamos às origens, redescobrimos as raízesne reconciliamo-nos... Está a acontecer isso comigo... Durante anos, estuve de costas voltadas para a minha terra...
Da tua terra, do tempo da minha infâncian e adolescência, lembro-me só do padre Marcelino, pároco da freguesia de Santa Bárbara, concelho da Lourinhã, que falava como os "almocreves"... Dizia asneiras das grossas, punha as beatas, horrorizadas, a tapar os ouvidos para não irem para o inferno...
Era um ferralejo dos sete costados, esse padre Marcelino, pequena mas cheio de genica, a tua gente é de têmpera como se viu em 1976, contigo e com os teus conterrâneos, os primeiros portugueses a fazer frente à chantagem e ao terror do nuclear!... Foram um exemplo pioneiro, heróica, para toda a região do Oeste e para o resto do país, ainda amorfo em matéria de questões ambientais...
Vou ver se lá posso aparecer nesse dia, 9 de agosto !... Às 17h00!... Devo estar pela Lourinhã. Obrigado pela informação adicional sobre o livro, incluindo o índice que me despertou imensa curiosidade. É uma recolha etnográfica digna de se lhe tirar o chapéu!...
Um grande abraço, Luís
A grande iniciativa para promover a ideia da central nuclear em Portugal, (de Abril, diga-se de passagem) foi Veiga Simão, que apresentou mil uma razões e chegou a convencer muito boa gente.
Tinha sido um grande ministro de Educação de Marcelo Caetano e levava muita gente na sua ideia.
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