sábado, 24 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22399: Fotos à procura de... uma legenda (153): Uma vez por todas, não havia nem há "jacarés" na Guiné-Bissau, mas "crocodilos" (e outros répteis)


Guiné > Região de Tombali > Cameconde > CART 6552/72 (1973/74) > O Manuel Ribeiro com um pequeno "jacaré", apanhado na bolanha de Cassomo (, em rigor, trata-se de outro réptil já que não há jacarés na Guiné, nem em toda a África, apenas no Novo Mundo e na China). (*)

Foto (e legenda): © Manuel Domingos Ribeiro (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário do Cherno Baldé ao poste P22393 (*):

Caros amigos,

O animal (réptil) que o Manuel Ribeiro mostra numa das fotos, não é Jacaré, mas também não é um Crocodilo. Eu explico:

Na Guiné e países vizinhos da região, existem algumas espécies menos conhecidas de répteis da familia dos crocodilos / Jacarés, mas que são muito mais pequenos que estes e que nunca ultrapassam 1,5 mts de comprimento. 

Alguns são anfíbios, com uma coloração muito parecida dos Jacarés, meio esverdeada no dorso e nas patas e amarelado na parte de baixo e que tem como habitat as bolanhas. Estes répteis da bolanha são mais leves e ágeis, e podem ser encontradas em cima de ramos de árvores na orla das bolanhas. Na lingua fula são designados por Heleldi (plural), Heleldu (singular).

Em contrapartida, os Crocodilos, normalmente, vivem nos rios ou braços de mar e raramente se aventuram em bolanhas, salvo em épocas de grandes cheias que podem assim juntar as águas dos rios e das bolanhas.

E ainda, há outros (seus primos) que vivem um pouco mais afastados das bolanhas, podendo ser encontradas mesmo na floresta, com uma cor única, sujos de lama e, em regra, adquirem a cor da terra onde habitam, podendo ser de cor preta, cinzenta ou avermelhada, conforme o local, pois vivem em buracos que escavam no solo (toma a designaçao de Kurôh, em fula).

Antes da islamização, estes répteis eram caçados e faziam parte da dieta alimentar das diferentes etnias da região, mas com o advento das religiões monoteistas, passaram a ser consideradas impuros e, em consequência, ilícitos para o consumo dos crentes. Não obstante, o hábito antigo de consumo das suas carnes ainda se mantém entre os mais novos que frequentam as bolanhas e campos de trabalho em plantações de caju e outros cereais no mato, não estando sujeitos, nessas ocasiões, ao escrutinio dos mais velhos.

Cordialmente,

Cherno Baldé

2. Comentário do Valdemar Queiroz ao poste P22393 (*):

(...) Quanto ao réptil, faz-me lembrar um lagartão que aparecia nos regos feitos pela corrente das águas da chuva e me pregou um grande susto...e complicado : imagina estar a largar o preso para o rego e de repente aparecer dum restolho um lagartão e eu desatar a fugir com as calças a dificultar e qual preso pra que vos quero.(...)

3. Resposta do Cherno Baldé ao comentário anterior:

Caro Valdemar,

Esse "Lagartão" que tu viste, deve ser um dos tais répteis a que me referia no meu comentário. Este deve ser o do interior e que costuma surpreender, dissimulado nos arbustos, com uma saída abrupta e com passos pesados.

Quando éramos crianças, tentávamos apanhá-los com os nossos cães, mas conseguiam defender-se abanando suas caudas. (...)




Fonte: Mercado livre  Selos da Guiné-Bissau, com a devida vénia


4. Comentário de LG:

De todos os répteis recenseados na Guiné-Bissau (cerca de 8 dezenas), , conseguimos identificar, através de pesquisa da Internet, e no nosso blogue, da família Crocodylidae pelo menos 3 espécies de crocodilos:

  • Crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus) (conhecido naGB como "lagarto"; é "animnal protegido");
  • Crocodilo de focinho delgado (Crocodylus catraphactus)
  • Crocodilo-anão (Osteolaemus testrapis) (também conhecido pro lagarto preto, na GB; é "animal protegido"),

Os crocodilos pertencem à à classe Reptilia, ordem Crocodylia, família Crocodylidae (Cuvier, 1807). Outra família são os Alligatoridae: aligatores ou jacarés (que não existem na Guiné-Bissau...). E ainda a família Gavialidae (os gaviais).

No total existem 24 espécies vivas da ordem Crocodylia, a mais numerosa são a dos crocodilos propriamente ditos, Crocodylidae: 14 espécies. O crocodilo do Nilo é o que pode representar maior perigo para o ser humano, medindo, os machos, entre 3,5 e 5 metros de comprinento (e pesando, em média, entre 250 e 500 kg.).

Os jacarés só existem no Novo Mundo e na China. Distinguem-se dos crocodilos por terem: (i) uma cabeça mais curta e mais larga; e (ii) focinhos mais avantajados. Os crocodilos vivem no Novo e no Velho Mundo (exceto da Europa).E os gaviais só existem na Índia e no Nepal e estão em perigo crítico.
 
Ver também base de dados do répteis (The reptile database).

Mas há mais répteis na Guiné-Bissau (vd. selos da Guiné-Bissau)... Por exemplo:

  • Varano do Nilo  (Varanus niloticus) (também conhecido por largato do Nilo, podendo atingir 1,5 / 2 m de comprimento; na GB é conhecido pot linguana-de.água)
  • Linguana-de-mato (Varanus exanthematicus) (vive nas savanas);
  • Agama comum (Agama agama) (, pequeno lagarto, que pode medir até 30 cm., que encontrávamos na Guiné, geralmente em grupo, quer nossos nos aquartelamentos quer a atravessr as picadas)
Gostava de saber o nome científico dos répteis acima referidos pelo Cherno Baldé e pelo Valdemar Queiroz... mas não sei. É capaz de haver mais lagartos, entre este mais pequeno, o Agama comum e o Varano do Nilo (que não me lembro ter visto...). Bambadinca, em mandinga, queria dizer justamente "a cova do lagarto" (ou seeja, do crocodilo)... Há  uma equipa de futebol a disputar o campeonato nacional, os Lagartos Futebol Clube de Bambadincam criada em 2002...

O Cherno Baldé rovavelmente estava a referir-se aos varanos ou linguanas... Em fula, no plural, Heleldi (linguanas-de- água) e Kurôh (linguanas-do-mat0). 



Fonte: Estratégia e Plano de Acção Nacional para a Biodiversidade, Projecto GBS/97/G31/1G/9, Programa de Nações Unidas para Ministério de Desenvolvimento Rural e Agricultura Desenvolvimento e Ministério dos Recursos Naturais e Ambiente, República da Guiné-Bissau, 161 pp.(Disponível aqui, em, formato pdf: http://extwprlegs1.fao.org/docs/pdf/gbs157123.pdf)
 

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Guiné > Região de Tombali > Catió > Ganjola > c. 1967/69 > Um crocodilo apanhado por militares no rio de Ganjola. O zebro parece ser dos fuzileiros. Amigos e camaradas, não confundam crocodilo e jacaré. Na Guiné não há, nem havia no nosso tempo, jacararés... (**)

Foto: © Alcides Silva (2016). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região do Cacheu > Susana > CCAV 3366 (Susana, 1971/73) > Na tabanca de Susana, o Armando Costa, segurando... um crocodilo do Rio Cacheu (***)


Foto (e legenda): © Armando Costa (2016). Todos os direitos reservados .[Edição e legendagem complementar  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné- Bissau > Biombo > 1968 > O crocodilo da Praia do Biombo (****)


Foto: © Patrício Ribeiro (2009). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Zona Leste > Regiºoa de Bafatá > Sector L1 > Bambadinca > Mato Cão > Novembro de 1971 > O ten cor Polidoro Monteiro, último comandante do BART 2917, o alf  mil Médico Vilar e o alf mil Paulo Santiago, 'vendo a dentadura do crocodilo'...  Foto tirada possivelmente "em inícios de Dezembro de 1971 no Mato Cão", após ocupação da zona com vista à construção de um destacamento (com a missão de proteger a navegação no Geba Estreito). As condições eram péssimas, diz o Paulo. "Atrás do Comandante, nota-se um mosquiteiro. Não havia valas, unicamente uns buracos individuais,com a dimensão dos colchões". (*****)...

Foto (e legenda): © Paulo Santiago (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné-Bissau > Região do Oio > Bissorã > Nhenque > 2020 > "Pequeno crocodilo",  capturado na bolanha (******).

Foto (e legenda): © Carlos Fortunato (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné-Bissau > Região do Cacheu > São Domingos > Novembro de 2015 > Um de  dois crocodilos "assassinos" capturados no rio Cacheu.Depois destes 2 meninos, um com 3,50 e o outro 5 metros, terem comido 3 pessoas na última época das chuvas, no rio de S. Domingos, não é... que também os comeram... nas últimas duas semanas ?! (*******)



Guiné-Bissau > Região do Cacheu > São Domingos > Novembro de 2015 > Um de  dois crocodilos "assassinos" capturados no rio Cacheu.Depois destes 2 meninos, um com 3,50 e o outro 5 metros, terem comido 3 pessoas na última época das chuvas, no rio de S. Domingos, não é... que também os comeram... nas últimas duas semanas ?! (*******)

Fotos (e legenda): © Patrício Ribeiro (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


5. Desafio aos nossos leitores:

Não somos especialistas em zoologia, muito menos em herpetologia (a parte da zoologia que estuda os répteis e os anfíbios).... mas aqui fica mais um pequeno contributo para um melhor conhecimento da fauna da Guiné-Bissau... Têm a palavra os nossos leitores, sobretudo os mais entendidos (********).

Uma coisa sabemos: não havia (nem há hoje) jacarés na Guiné-Bissau...

Sabemos que o crocodilo (e  em especial o Crocodylus niloticus) era abundante no nosso tempo... Mas raramente visível.  Nós não nos dávamos conta dele, a não ser quando algum desgraçado caía ao rio... Sabemos que o PAIGC exportava pele de cocrodilo, para "endireitar" as contas...  E ainda hoje causa alarme o seu aparecimento próximo de zonas habitadas (incluindo Bissau). Teoricamente, são espécies protegidas...

De qualquer modo, o nosso obrigado aos autores dos comentários e fotos acima reproduzidos: Manuel Domingos Ribeiro, Cherno Baldé, Valdemar Queiroz, Alcides Silva, Armando Costa, Paulo Santiago, Carlos Fortunato, Patrício Ribeiro.



(***) Vd. poste 20 de fevereiro de  2016 > Guiné 63/74 - P15771: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (34): É crocodilo ou jacaré ? Caros leitores, corrijam as legendas, se for caso disso...

(****) Vd. poste 6 de janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3705: As Boas Festas da Nossa Tabanca Grande (13): O jacaré da praia do Biombo (Patrício Ribeiro)

(*****) Vd. poste de 26 de junho de 2006 > Guiné 63/74 - P914: As emoções de um regresso (Paulo Santiago, Pel Caç Nat 53) (1): Bissau


(*******) Vd. poste de 30 de novembro de  2015 > Guiné 63/74 - P15424: (In)citações (79): Comer crocodilo que comeu homem, é canibalismo? Felupes de São Domingos dizem que 'crocobife' é bom... (Patrício Ribeiro, Bissau)

(********) Último poste da série > 7 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22346: Fotos à procura de...uma legenda (145): Que estrada seria esta? Brá-Safim-Landim-Bula ou Brá-Safim-Nhacra-Mansoa? (João Rodrigue Lobo / Virgílio Teixeira / José Carvalho / Valdemar Queiroz)

8 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A "nossa" Guiné ainda tem um um belíssimo património natural (fauna e flora) e uma grande biodiversidade, que é preciso conhecer e dar a conhecer, para melhor se amar e proteger!...

Valdemar Silva disse...

Julgo que o lagartão era o da segunda imagem.
E como diria o Max, na canção "A Mula da Cooperativa", de lenço de mulher na cabeça e a coser um pano, 'ai! tantos crocodilos'.
Ainda bem que não havia crocodilos no rio Geba em Contuboel, eu nunca os vi, mas houve uns "exploradores da fauna africana" que de piroga andaram umas horas à procura dum perigoso crocodilo, de que havia informação 'palavra d'honra qu'era um crocodilo'.

Abraços
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Caros Luis e Valdemar,

O Luis fez um trabalho perfeito de pesquisa e exposição. Eu e o Valdemar estámos a falar das Linguanas, muito provávelmente o de mato que, como relata o Valdemar é o "espantamouros" cá do sitio e que já espantou mais que um com as suas aldrabices de saidas repentinas dos arbustos onde habitualmente se acoitam ao sentir a presença humana.

As linguanas d'água ou estão n'água ou empoleiradas em cima das árvores e são mais bonitas, bem coloridas, porque mais limpas por viver em bolanha alagadas.

Quando vi a imagem do réptil, automáticamente os meus sentidos voltaram a minha infância na aldeia e a única referência que me veio era na minha lingua materna, que está na base de todas as outras, incluindo o Crioulo que só aprendi mais tarde. Em Crioulo são Linguanas, certamente devido a lingua comprida do reptil.

Os pequenos Lagartos ou Lagartixas (30cm), esses convivem connosco nas moranças tanto nas aldeias como nas cidades. Não sendo muito intrometidos como is roedores, ajudam a diminuir o numero de insectos, que lhes servem de comida, incluindo as formigas a volta das casas.

Voltando a imagem inicial do F. Ribeiro, acho que seria uma Linguana, atendendo que Cameconde está situado um pouco distante dos dois rios da zona (Cacine e Nunez).

Um grande abraço.

Cherno Baldé

Anónimo disse...

Caro Valdemar,

Os velhos da minha aldeia, falando das mulheres e da sua prodigiosa astúcia/inteligência, aliada a sua coragem impar, diziam que a única coisa capaz de assustar uma mulher era a Linguana-de-mato, pois não raras vezes aconteciam cairem nas emboscadas indesejadas das Linguanas, porque conviviam sempre juntas, tanto nas bolanhas como nas orlas e caminhos de acesso.

Cherno AB

Anónimo disse...

Não sou adepto de nenhum réptil, as simples 'sardoniscas' que vivem entre as pedras das paredes e muros, nas nossas cidades e aldeias, e que vêm apanhar o sol, me incomodam.
Quero confirmar que lagartos, e outros nomes, com 30 cm conviviam plenamente com a malta. Lembro-me e bem de os ver, na esplanada do Grande Hotel de Bissau, entre outros sítios, ali ao lado, a subir as árvores e andar â nossa volta a comer a tal bicharada incomodativa, os tais insectos, mas não me incomodava nada, eram do tipo de sardões das nossas aldeias.

Vi algumas vezes os crocodilos, confesso que também lhes chamávamos de jacarés, aos mais pequenos, nas margens dos rios, no tarrafo e apanhar sol. Nas viagens entre S. Domingos e Cacheu confrontei-me com eles, mas íamos no Sintex e era sempre a andar.

Nas duas vezes que fui de S. Domingos a Susana, pelo rio S. Domingos, afluente do Rio Cacheu, também se via alguns, em especial quando andamos perdidos, à deriva, vi-os bem perto, nunca se meteram com nós. Por sorte nossa, digo eu...

Contaram-me uma história, verídica, mas não vi. O nosso Major de operações, com o seu impedido e outros, metiam-se bem cedo no Sintex ou Zebra, e iam à pesca a poucos metros de S. Domingos, mas com granadas, e armamento completo.
Um dia, um Hipopótamo, apanhou o barco por baixo e levantou-o ao ar, virando tudo e todos.
Com muito custo conseguiram safar-se, e eram observados por crocodilos nas margens do rio.

Acho que deixaram esse tipo de pesca, mais perigosa e dedicaram-se mais, também verdade, à pesca nas tabancas, e mais não digo, porque nunca vi, mas todos sabiam. Esse era um péssimo exemplo de um oficial superior, o tal, que era o meu maior inimigo na guerra!

Cumprimentos a todos por este belíssimo trabalho, as fotos que nunca tirei, e essas duas de 2015 são impressionantes.

Abraço,
Virgilio Teixeira




Tabanca Grande Luís Graça disse...

Camaradas, há tantas que estamos a (re)descobrir, incluindo a fauna da Guiné... Focados na guerra e na nossa luta pela sobrevivência, deixámos para trás memórias daquela bonita e apaixonante terra, habitada por gente boa... Estamos a homenagear a Guiné e os guineenses.

Anónimo disse...

Esqueci, mas o que mais vi foi este tipo de crocodilo em Biombo de 1968, por onde andei também, em Março de 1968, quando o batalhão esteve aquartelado em Bissau cerca de 30 dias.
Virgilio Teixeira

Patricio Ribeiro disse...

Boas tardes,
Luís, estes bichos andam por todo o lado.
Está proibida a venda da sua pele, mas não é o que acontece. Há sempre comerciantes de peles, que as compram e revendem. Como valem muito dinheiro, há sempre quem os mate, por vezes correndo o risco da própria vida, como já vi.
Tive oportunidade de os ver no Boé, Corobal, e muitos em Orango e Bissau.
Podem em Orango, ser encontrados nos rios de água salgada, que dividem as diversas ilhas; Orango Grande, Orangozinho, Meneque, Canogo e Imbone. Em Imbone, tive oportunidade de ver uma lagoa com umas dezenas à noite, mas mais pequenos.
Com os rios de água doce a encher com a chuva, eles vão a todo o lado, até no Centro de Bissau, na lagoa Nbatonha, que também foi preparada para os receber, costumam lá andar à noite, no asfalto …
Iguanas, lagartos grandes, com um metro ou mais, ainda esta semana, passei por cima de um, na estrada para Bafatá. Estava a chover, não se mexeu, depois do carro passar, lá foi a correr.
Luís, como dizias, há muita fauna …

Abraço