segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24081: In Memoriam (470): António Torres e Arquimínio Silva, recentemente falecidos: pertenciam à CCAÇ 3398 / BCAÇ 3852 (Buba, 1971/73) (Joaquim Pinto Carvalho)



1. Homenagem poética do Joaquim Pinto Carvalho a dois camaradas seus, recentemente falecidos, pertencentes à CCAÇ 3398 / BCAÇ 3852 (Buba, agosto de 1971 / agosto de 1973):  o António Torres (1949-2023) e o Arquimínio Silva (1949-2023). Nenhum deles é membro, registado, da Tabanca Grande; ambos costumavam participar nos convívios da sua companhia.

O Pinto de Carvalho, que tem 60 referências no nosso blogue, e é membro nº 633 da Tabanca Grande, foi alf mil da CCAÇ 3398 (Buba) e CCAÇ 6 (Bedanda) (1971/73).  Natural do Cadaval, é advogado, poeta e régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, Porto das Barcas, Atalaia, Lourinhã. É autor de uma brochura com a história da unidade, a CCAÇ 3398,  distribuída no respetivo XXV Convívio, realizado no Cadaval, em 18/9/2021.

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Nota do editor:

Último poste da série > 18 de fevereiro de 2023 > Guiné 61/74 - P24076: In Memoriam (469): Manuela Gonçalves (Nela) (Castelo Branco, 1946 - Caldas da Rainha, 2019), professora aposentada, cooperante, esposa do ex-alf mil, Nelson Gonçalves, cmdt Pel Caç Nat 60, 1969/70, vítima de mina A/C , em 13/11/1969, na estrada São Domingos-Susana

4 comentários:

Anónimo disse...

Caríssimo e saudoso amigo Joaquim Pinto Carvalho,
Na falta do teu endereço de email,... ainda bem que existe este blogue!...
Acabo de ver a tua homenagem "in memoriam" a dois "camaradas da guiné", a quem, depreendo, a experiência comum aí vivida acabou por fazer deles teus amigos pessoais. Não pude deixar de ficar comovido com a tua simples mas bonita e significativa homenagem. Bem hajas!
Ao fim e ao cabo a maioria de nós tem razões, oportunidades e direi mesmo obrigação de fazer o mesmo em situações semelhantes e poucos de nós o fazemos; e ficamos com esse sentimento de saudade e amizade dentro de nós, sem nunca partilharmos com outros que até estão sentindo o mesmo. Mas felizmente ainda existem indivíduos como tu , o Luís Graca e muitos outros que com gestos como este compensam a ausência de muitos.
Tivémos pena que tu e a tua Maria do Céu não pudessem estar connosco na última vez que estivemos em casa dos nossos queridos Luís Graca e Alice. Para a próxima vez temos de nos "organizar" com mais antecedência ...Um grande abraço , também da Vilma. Com saudades, de Nova Iorque. João e Vilma

Valdemar Silva disse...

JAPCarvalho, O Fim da Picada é o mais belo poema publicado aqui no blogue.

Valdemar Queiroz.

Anónimo disse...


john crisostomo (by email)
21 fev 2023 17:22

Caros Luís Graça, Pinto Carvalho e demais amigos , incluindo o meu caro amigo Valdemar Queiroz cujo nome juntei , já que ao ler o seu comentário ao poema do Pinto Carvalho decidi logo responder.

Mas entretanto , aliás imediatamente, li o último blogue << P24085: In Memoriam (471): José António Paradela>>. Se achei o poema do Pinto Carvalho emocionante, verifico pelo pequeno comentário do Valdemar Queiroz que não fui o único a ficar “abalado".

Mas agora este “adeus" do António Paradela <<(...) Querido Facebook, o destino levou-me para um local etéreo, onde descanso agora. Como última paragem despeço-me de todos os meus amigos>> foi mesmo de arrasar.

Ainda recentemente, pela ocasião do Natal e Ano Novo eu tive ocasião de falar pelo telefone com vários amigos, alguns deles “camaradas da guiné” e outros não. Mas se alguns, em comparação, eram ainda jovens, a idade da maior parte deles não estava muito longe da minha que já vou nos 79. E dizia-me um deles : << Oh João isto agora é assim…ninguém nos pergunta se somos voluntários ou não ... estamos todos na fila da frente! >>

E portanto não é de admirar que este tema de “fim da picada” seja tão pessoal para tantos de nós. É a vida: “corações ao alto” como me ensinaram e aprendi a dizer em momentos de pouca motivação.

Mas para não causar depressões a ninguém, deixem-me contar uma experiência bem diferente que vivi ontem mesmo.

Telefonei a um amigo meu que fez 91 anos recentemente. É que ele vive sozinho, em Nova Iorque num 5o andar se me não engano, sem elevador. Eu vivo nos arredores ,em Queens, a cerca de 40 minutos a uma hora.

Por mais que eu queira, não fico sossegado, sabendo-o sozinho e de vez em quando ligo-lhe , para lhe dizer que em qualquer momento me pode ligar e eu vou logo ter com ele se for preciso. E ele sempre me tranquiliza que não é preciso: que "devagar lá vai fazendo as suas comprinhas" quando precisa e que de vez em quando tem uma pessoa ou outra que o vai visitar.

E contou-me então que <> disse ele. Mas quando ele me disse que ele era mais velho do que ele eu fiquei alarmado e quis saber mais. Disse-me então que esse indivíduo tem 98 anos e que o vem visitar de vez em quando e lhe "traz umas coisinhas" quando ele precisa. E perante o meu espanto ele esclareceu que esse seu amigo está em muita boa forma, que vai fazer os cem anos a brincar. Que já até já tem bilhetes para o Brasil onde vai agora passar uns meses. Que volta em Maio, disse-me ele.

Bom , creio que não preciso de dizer mais. Caraças , andamos nós para aqui a pensar no fim da picada, quando esta pode estar ainda a vinte anos de nós…

Corações ao alto meus caros.

Um grande abraço do João

Valdemar Silva disse...

João Crisóstomo, obrigado pelas tuas palavras.
Tenho andado muito aflito, sem poder fazer seja o que for que requeira mais esforço.
Fui no dia 14 ao Hospital, transportado pelos bombeiros, para a consulta de rotina que devido à companhia da garrafa de oxigénio também tenho de me acompanhar de cadeira de rodas.
Levei com uma 'então como vai isso' da médica e um 'pois, pois é da doença, vamos lá auscultar'. E...com olhar interrogativo levei com 'essa doença não tem melhoras, ou mantém ou piora, continue com a medicação'.
A habitual boa disposição ajuda-me nas dificuldades para começar a fazer o jantar às 16,30 para jantar às 19,30, sabendo que a lagosta leva 30 minutos a coser mas gosta dela fria só com sumo de limão acompanhada com salada de feijão branco cozido e cebola picada. Manias de rico pobre, e muito me ajuda a minha empregada caboverdiana, embora este ano fosse menos penoso por não ter havido tempo de temperaturas muito baixas.
Agora é aguentar até ao dia 30 de mês que vem pelos 78.

Um grande abraço, saúde da boa e os cumprimentos à D. Vilma
Valdemar Queiroz