Tem pelo menos dois livros publicados com as suas histórias e memórias, incluindo0 aquelc cuja capa se reproduz abaixo (3ª edição agora aumentada e melhorada: "A minha jornada em África", Vila Nova de Gaia, Palavras & Rimas, 2015, 110 pp.).
Teve a gentileza de, na altura. nos mandar 3 exemplares do seu livro (*)
(iii) vive em Vila Nova de Gaia;
(iv) nasceu em 28 de fevereiro de 1944, em Avintes, V. N. Gaia (a terra da famosa broa);
(v) é casado;
(vi) é seguido por 106 pessoas;
Da sua página do seu Facebook, sabemos que o António Ramalho da Silva Reis, de seu nome completo:
(i) trabalhou como Eletrotécnico na empresa TLP - Telefones de Lisboa e Porto;
(i) andou na escola Escola Industrial e Comercial de Vila Nova de Gaia;
(iii) vive em Vila Nova de Gaia;
(iv) nasceu em 28 de fevereiro de 1944, em Avintes, V. N. Gaia (a terra da famosa broa);
(v) é casado;
(vi) é seguido por 106 pessoas;
(vii) tem 18 amigos em comum com a Tabanca Grande Luís Graça.
2. OS HERÓIS DOS ANOS 50
(*) Vd. poste de 17 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14759: (Ex)citações (283): Sexo em tempo de guerra... Um caso de violação, em que foi condenado um camarada do António Reis, ex-1º cabo aux enf, HM 241, Bissau, 1966/68, autor do livro "A jornada em África".
Fica aqui o convite para ele se sentar à sombra do poilão da Tabanca Grande, convite que já na devida altura foi feito por nós. Basta-nos uma foto atual e o seu endereço de e-mail.
Cápa do livro de António Reis, "A minha jornada em África" , 3ª ed.
(Vila Nova de Gaia, Palavras & Rimas, 2015, 110 pp.). (*)
Com a devida vénia reproduzimos aqui duas postagens da sua pãgina do Facebook:
Porto, rio Douro, ponte Dom Luís I. Foto da página do facebook do António Reis (2023). Com a devida vénia,,, |
por António Reis (Facebook, quinta feira, 20 de julho de 2023, 11:15)
Em 1955 éramos 4, eu, o Zé Bombeiro, o António Guedes e o Oliveira Santos.
Em 1956, centenas de miúdos com 12, 13 e 14 anos atravessavam a pé o tabuleiro de cima desta ponte, uns calçados, outros descalços. Um deles era eu.
Quem não aguentava ia para moço de trolha. Eu fui para moço do Sr. Joaquim Bitangolo ganhar 11$00 diários [ cerca de 6 euros a preços atuais, valor reportado a meados de 1956] e tive sorte, porque nunca o vi bater nos moços, o que era anormal.
E dizem que éramos alegres, felizes e contentes. Uma ova! Heróis e humildes sim, ou o Cardeal Cerejeira não tivesse dito a Salazar que o povo para ser humilde tinha que passar fome. (**)
Saudades, grande amigo Zé! Descansa em paz.
Em 1954, a minha escola tinha cerca de 40 alunos (só rapazes). Dois conseguiram chegar à 4ª classe, o Mário Sancho e o Isabelino.
Em 1955 éramos 4, eu, o Zé Bombeiro, o António Guedes e o Oliveira Santos.
Em 1956, centenas de miúdos com 12, 13 e 14 anos atravessavam a pé o tabuleiro de cima desta ponte, uns calçados, outros descalços. Um deles era eu.
Com as soletas enfiadas
na cintura, só as calçava depois de ter
atravessado a ponte, porque era proibido
andar descalço no Porto, dava multa.
Profissão: moço de bate-chapas. | Local de trabalho: Campo 24 de Agosto. | Transporte: a pé, sempre a pé, cerca de 10 km, porque os moços ganhavam 5$00 diários e o meu transporte custava 3$30 para cada lado. Quer dizer que o que eu ganhava, não chegava para o transporte.
Horário: de segunda a sábado, das 8h às 17h. | O pior dia: sábado. Os moços não recebiam os 30$00 [ em meados de 1956, valeriam cerca de 16, 30 euros a preços atuais] e sem a limpeza feita, o que acontecia por volta das 19h (ainda conseguíamos chegar a casa antes da meia noite).
Quem não aguentava ia para moço de trolha. Eu fui para moço do Sr. Joaquim Bitangolo ganhar 11$00 diários [ cerca de 6 euros a preços atuais, valor reportado a meados de 1956] e tive sorte, porque nunca o vi bater nos moços, o que era anormal.
E dizem que éramos alegres, felizes e contentes. Uma ova! Heróis e humildes sim, ou o Cardeal Cerejeira não tivesse dito a Salazar que o povo para ser humilde tinha que passar fome. (**)
Facebool > António Reis > Postagem de 21 de maio de 2023 >
Antigamente havia uma canção que tinha na letra: "Ó Tono, ó Quim, ó Zé, se queres ser amigo vem à romaria". E então o Tono, o Quim e o Zé lá iam. Mas esta foto é de outra "romaria", e ai de nós que não fossemos a ela. Aqui os "foguetes" eram outros. Eu só os via e ouvia de longe, o Zé via-os em São Domingos, o Quim estava em Bissau mas ia a muitas "festas" destas (era Comando). Éramos 3 meninos a quem roubaram três ou quatro anos da nossa vida.
Saudades, grande amigo Zé! Descansa em paz.
________________
Notas do editor:
(**) Último poste da série > 15 de julho de 2023 > Guiné 61/74 - P24477: Facebook...ando (30): Por onde pára a rapaziada da farda amarela da CART 527 (Teixeira Pinto, Bachile, Calequisse, Cacheu, Pelundo, Jolmete e Caió, 1963/65)?
3 comentários:
A fotografia da Ponte Luís I, entre o Porto e V. N. Gaia, tem muito mais de cem anos! Pelo menos 136 anos! Ao lado dela, vê-se a ponte pênsil (chamada Ponte D. Maria II), que foi demolida em 1887, ainda a ser utilizada, enquanto a Ponte Luís I estava praticamente vazia. Pode-se verificar com nitidez que o tabuleiro inferior desta ponte ainda não tinha saída nenhuma do lado do Porto, desembocando diretamente numa escarpa quase vertical, enquanto o tabuleiro superior também ainda não tinha saída, mas do lado de Gaia (não aparece na imagem). Naquele tempo, não só ainda não existia a Av. Gustavo Eiffel ao longo da margem direita do Rio Douro, como também não existia o Túnel da Ribeira, que só foi inaugurado em 1952 para ligar o tabuleiro inferior ao centro do Porto. A fotografia é um verdadeiro retrato do Porto no séc. XIX!
Seria interessante pubkicarmos aqui no blogue as histórias do Reis. O livro já tem cerca de 20 anos (a 1ª edição). Aqui as histórias do HM 241 chegarima a muito mais gente. Vamos ver se o António Reis concorda com: (i) a ideia de integrar a Tabanca Grande; e (ii) autorizar a publicação aqui das suas histórias... Um grande abraço para ele. Luis
O Tonho, o Quim e o Zé... Todos somados foram um milhão!... (Entre combatentyes, faltos e refractários... Os desertores não contam, para a estatística...)
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