1. Excerto de postagem de Ana Larcher, na sua página do Fcebook, 26 de novembro às 15:05 (com a devida vénia):
Acabo de saber a tristíssima notícia que nos deixou uma grande amiga, a Lucia Bayan (foto à esquerda: cortesia de Fumaca.pt, podcast de jornalisno de investigação).
Tentando encontrar um pouco de sentido neste momento de tamanha tristeza, reli alguns dos textos da Lúcia e encontrei esta entrevista em que ela diz:
"Eu gosto muito, sempre, de relembrar um provérbio que eu aprendi em criança, porque eu nasci e cresci em África, que diz que enquanto o leão não tiver voz só vamos ouvir a história do caçador.
A sua missão era mesmo essa, contar a história pela perspetiva do leão. E tenho a certeza que o seu trabalho vai continuar a inspirar muita gente, muitos investigadores, e que será semente de mudança. (...) (**)
Acabo de saber a tristíssima notícia que nos deixou uma grande amiga, a Lucia Bayan (foto à esquerda: cortesia de Fumaca.pt, podcast de jornalisno de investigação).
Uma pessoa boa, de sorriso sempre aberto e coração puro, sempre pronta a ajudar os outros, como sabem os muitos amigos que tem.
Uma investigadora de excelência, de um rigor raro, que dedicou a sua vida ao estudo do sistema político e do povo Felupe na Guiné-Bissau. Acima de tudo, a sua vida foi movida por um compromisso profundo para com o povo Felupe e para com a Guiné-Bissau.
Tentando encontrar um pouco de sentido neste momento de tamanha tristeza, reli alguns dos textos da Lúcia e encontrei esta entrevista em que ela diz:
"Eu gosto muito, sempre, de relembrar um provérbio que eu aprendi em criança, porque eu nasci e cresci em África, que diz que enquanto o leão não tiver voz só vamos ouvir a história do caçador.
"E realmente ainda hoje só continuamos a ouvir a história do caçador. É mesmo o caçador que continua a dar os nomes às coisas e a decidir o que fazer. O caçador, hoje em dia, acaba por decidir o destino do mundo em peso. E pior do que tudo: o leão sente-se castigado sem ter nada feito."
A sua missão era mesmo essa, contar a história pela perspetiva do leão. E tenho a certeza que o seu trabalho vai continuar a inspirar muita gente, muitos investigadores, e que será semente de mudança. (...) (**)
______________
Notas do editor:
2 comentários:
Não sei qual a origem da Lúcia, e a sua ligação a África... Parece-me, todavia, que Bayan é ou pode ser um apelido libanês.
Tive um camarada na Academia Militar que se chamava Bayan e julgo que seguiu a carreira militar. Tenho a ideia que era de Castelo Branco ou tinha lá família ou amigos. Há duas ou três dezenas de anos terá morrido num acidente de automóvel. V. Briote
Enviar um comentário