sexta-feira, 18 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13003: Mafra, EPI, COM: Instruções para os instruendos (Mário Vasconcelos): Parte I: Finalidade, Funcionamento, Provas de aptidão, classificação e Faltas


















Reprodução da primeira parte do guia do instruendo do COM (Curso de Oficiais Milicianos), usado na EPI - Escola Prática de Infantaria, em  Mafra: I. Finalidade dos C. O. M.; II Funcionamento; III - Provas de aptidão, classificaçaõ e exclusões; e IV - Faltas.

Imagens: © Mário Vasconcelos (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]

1. O documento original, sem data, chegou-nos, devidamente digitalizado, por mão do nosso camarada Mário Vasconcelos [ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72. Mansoa, e Cumeré, 1973/74].

Recorde-se que já publicámos o guia do instruendo do CSM - Curso de Sargentos Milicianos,  documento que nos chegou por mão  da parelha Fermando Hipólito / César Dias, e que é claramente mais "ideológico" do que o guia que começamos agora a publicar.

Não encontro este documento na Biblioteca do Exército nem sei de que data será.

Estas "indicações" ( e não "instruções") dadas aos instruendos dos COM remetem, por sua vez, para o Regulamento Geral de Instrução do Exército (RGIE).

Guiné 63/74 - P13002: Parabéns a você (721): Raul Brás, ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 2381 (Guiné, 1968/70)

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Nota do editor

Último poste da série de 15 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12987: Parabéns a você (720): António Pimentel, ex-Alf Mil Rec Inf do BCAÇ 2851 (Guiné, 1968/70)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13001: 10º aniversário do nosso blogue (10): O baú das memórias já está muito rapado... mas ainda consegui uma foto, que diz muito: um abrigo no K3 (Ernesto Duarte, ex-fur mil, CCAÇ 1421, Mansabá, 1965/67)



Foto nº 1


Foto nº 2 


Foto nº 3


Foto nº 4

Fotos (sem legendas): © Ernesto Duarte (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Duas mensagens, com data de 15 do corrente, do Ernesto Duarte [ex-fr mil.  CCAÇ 1421/BCAÇ 1857, Mansabá, 1965/67], respondendo ao nosso pedido para "rapar o baú" das recordações:


(i)  Assunto - O baú rapado


Primeiro o meu desejo que essa saúde continue
a ser reposta com a rapidez desejada ! Segundo desejo, uma boa Páscoa para ti e para os teus familiares !

Terceiro, os meus parabéns ao imortal blogue ! Sim, o blogue já é e continuará a ser imortal ! Viva o grande blogue, que deu voz a todos os silenciados !

Sim, o baú está mais do que rapado, tanto o caixote como a cabeça que caminha a passos largos para lá também e como a confusão é grande não juro que ainda não tenha mandado estas fotos !

Mas, aproveitando o assunto, vou tentar dizer quanto a mim uma das razões que muito contribuíram para que eles estejam muito rapados, muito por baixo !

Quando se pensa mais em pormenor na nossa história de vida de há quarenta e tantos anos, baila nas nossas mentes um milhão de coisas, e hoje que somos uns especialistas em trabalhar com computadores, com botões e sem gatilhos, nós temos que lembrar a dificuldade, ou falta de máquinas fotográficas, com rolo nessa altura, não como aquelas fitas que aquelas metralhadoras usavam, com as de hoje seria facílimo.

E depois o cenário, parava de disparar a G3 , para disparar a máquina, parar a guerra no cenário ideal, não era muito viável !

Agora outra grande verdade: nós normalmente saíamos ao anoitecer sem hora de regresso ! Levávamos umaa sandes. um cantil de água, muitos dois !

O bornal não era prático, principalmente quando se tinha que correr, ou passar cursos de água, com água até ao pescoço, a farda passava a ter poucos bolsos, porque havia coisas que tinham que ir: no cinto o cantil e seis carregadores, para a maioria, depois mais umas granadas; mais umas facas, às vezes mais uma pistola; eu costumava levar o casaco para a carga ser maior e ir mais bem dividida.
Não havia digamos assim, muito espaço para uma máquina [fotográfica] !

Aí pelo inicio de 1965 quando dei uma recruta em Beja, mais de metade daquela gente maravilhosa não sabia ler, grande parte da companhia também não, até me surpreende, como mesmo assim dos mais veteranos ainda chegaram cá tantas fotografias !

Na minha casa falou-se sempre de isso, mas eu já disse, e volto a dizer, convencer alguém que nunca viu nada daquilo, o convencer que não estamos a divagar, nós por vezes já perguntamos a nós próprios se não foi tudo um sonho mau !

Uma Boa Páscoa
Um grande abraço para vocês todos do blogue.
Um grande abraço a todos os ex-camaradas.



(ii) Assunto: Uma que estava no fundo do caixote


Luís: Esta [, foto nº 1,] tem mesmo muito valor !

É artesanal e significa tudo o que se possa dizer sobre condições más.... Era assim o abrigo para cada secção, abrigo e sala de estar !foi atacada tanta vez !


K3 – Farim

Um abraço


Ernesto Duarte
Furriel miliciano
CC 1421 BC 1857
Mansabá – Oio – Morés
1965 / 1967

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Nota do editor:

Último poste da série > 17 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13000: 10º aniversário do nosso blogue (9): Sondagem: resultados finais (n=129); mais de um terço dos respondentes nunca falou da guerra, ou só muito raramente, aos seus filhos... Comentário da jornalista e escritora Catarina Gomes: "não esperem por perguntas, digam filho, anda cá que eu quero contar-te uma coisa"

Guiné 63/74 - P13000: 10º aniversário do nosso blogue (9): Sondagem: resultados finais (n=129): mais de um terço dos respondentes nunca falou da guerra, ou só muito raramente, aos seus filhos... Comentário da jornalista e escritora Catarina Gomes: "não esperem por perguntas, digam filho, anda cá que eu quero contar-te uma coisa"


Resultados da sondagem que decorreu no blogue, entre 9 e 15 de abril de 2014, e que tem 143 respostas, das quais 129 válidas.

Infografia:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)



Cartaz dos 10 anos da nossa Tabanca Grande. Conceção do nosso "designer" 
© Miguel Pessoa (2014)


1. Comentário de L,G.:

Embora tratando-se de uma sondagem "instantânea",  "on line", aberta a todos os visitantes, de autorresposta, não se podendo controlar a sua antiga situação de combatentes, não deixam de ser interessantes os resultados apurados, sobretudo pelas tendências que revelam (*)....

No final, houve 143 respostas, das quais só 129 válidas, já que em 14 situações o respondente não tinha filhos ou não tinha vivido situações de guerra.

È sobretudo preocupante saber que dos nossos leitores, em princípio comnbatentes da guerra colonial (e maioritariamente, que passaram pelo TO da Guiné), mais de um terço admite que nunca falou da guerra, aos seus filhos, ou se o fez, foi uma ou duas vezes, em toda a vida...

Estamos a falar de um universo, restrito, cuja  caraterização desconhecemos, de indivíduos que, apedar de tudo, têm ao seu alcance um blogue, que vai fazer dez anos de existências, e que lhes faculta a possibilidade de desabafar, contar, publicar, divulgar, partilhar, comentar, ler relatos de outros... Mas escrever no blogue ou ler o blogue, não quer dizer que se fale com os filhos, ou com a esposa, enfim, com as pessoas do círculo íntimo da família...

O ex-combatente sente-me mais confortável a falar da guerra com outro ex-combatente do que con os filhos. Por cumnplicidade, por soliadariedade, por pudor... Os convívios anuais das unidades têm também essa função de catarse, de grupo autoajuda, de socialização, de fusão emocional....  Mas voltaremos, num outro poste. aos resultados desta sondagem. (**)

2. Comentário de Catarina Gomes, jornalista e escritora
[autora do livro "Pai, tiveste medo?", Lisboa, Matéria-Prima
Edições, 2014]

Professor, eu não sou tão rápida. Mas aqui segue o texto, a propósito da sondagem. Bjs e obrigada

Anda cá que eu quero contar-te uma coisa

Talvez o mais interessante que me tem acontecido desde o lançamento do meu livro “Pai, tiveste medo?” é a descoberta de que tanta gente partilha comigo esta experiência, a de serem filhos de ex-combatentes. A participação dos nossos pais na guerra começou a ser falada entre nós a pretexto deste meu livro. Desde de uma editora do Público, com quem falo todos os dias de trabalho, que me contou, pela primeira vez, que o seu pai tinha um ferimento sobre o qual nunca tinha querido falar, por mais que ela perguntasse, disse-me que ia voltar a tentar; a um colega com quem trabalho todos os dias que acredita que o motivo porque não consegue manter uma relação com o pai remonta a esse tempo.

Catarina Gomes
E até o mergulho nesta que é para mim uma experiência nova, a de ser jornalista e estar do outro lado a ser entrevistada, me apresentou a outras pessoas a quem o tema também toca. Na Sic Notícias, a jornalista que me entrevistou contou-me que o pai casou com a madrinha de guerra, mal se desligaram as câmaras os dois operadores de câmara vieram conversar comigo sobre o facto de os pais terem sido, ao mesmo tempo, “retornados” e ex-combatentes, um deles tinha feito uma entrevista ao pai sobre a guerra quando ele estava já muito doente, pouco antes de morrer, também lhe perguntou “tiveste medo?”.

A Cristina Ferreira, a partner do Goucha na TVI, é filha de ex-combatente, uma figurante sussurrava atrás de mim no programa Você na TVI “eu também sou”; houve uma maquilhadora da RTP que me disse tem um colega que viveu marcado por fotografias do horrível na guerra trazidas pelo pai. D

estas conversas tiro o facto de a participação destes pais na guerra não ter sido sido indiferente aos filhos. Já o disse, gostaria que este livro fosse um convite a perguntas que nunca se fizeram aos pais, enquanto é tempo.

Neste blogue, deixo-vos o convite ao contrário, não esperem por perguntas, digam “filho, anda cá que eu quero contar-te uma coisa”. Por estes dias, alguém me relembrou uma letra de canção de que me tinha esquecido, é do Sérgio Godinho:

Capa do álbum de fotografias do nosso camarada
José Casimiro Carvalho
Chega-te a mim,
mais perto da lareira,
vou-te contar
a história verdadeira

A guerra deu na tv,
foi na retrospectiva,
corpo dormente em carne viva,
revi p'ra mim o cheiro aceso
dos sítios tão remotos
e do corpo ileso
vou-te mostrar as fotos,
olha o meu corpo ileso.

Olha esta foto, eu aqui,
era novo e inocente,
"às suas ordens, meu tenente!"
E assim me vi no breu do mato,
altivo e folgazão,
ou para ser mais exacto,
saudoso de outro chão,
não se vê no retrato,

Chega-te a mim,
mais perto da lareira,
vou-te contar
a história verdadeira.

Nesta outra foto, é manhã,
olha o nosso sorriso,
noite acabou sem ser preciso
sair dos sonhos de outras camas
para empunhar o cospe-fogo e o lança-chamas,
estás são e salvo e logo
"viver é bom", proclamas,

Eu nesta, não fiquei bem,
estou a olhar para o lado,
tinham-me dito: "eh soldado!
É dia de incendiar aldeias,
baralha e volta a dar,
o que tiveres de ideias
e tudo o que arder, queimar!"
No fogo assim te estreias,

Chega-te a mim,
mais perto da lareira,
vou-te contar
a história verdadeira.

Nesta outra foto, não vou
dar descanso aos teus olhos,
não se distinguem os detalhes
mas nota o meu olhar, cintila
atrás da cor do sangue.
vou seguindo em fila
e atrás da cor do sangue
soldado não vacila

O meu baptismo de fogo
não se vê nestas fotos,
tudo tremeu e os terramotos
costumam desfocar as formas
matamos, chacinamos
violamos, ah, mas
será que não violamos
as ordens e as normas?

Chega-te a mim,
mais perto da lareira,
vou-te contar
a história verdadeira

Álbum das fotos fechado,
volto a ser quem não era
como a memória, a primavera
rebenta em flores impensadas,
num livro as amassamos,
logo após cortadas,
já foi há muitos anos
e ainda as mãos geladas,

Chega-te a mim,
mais perto da lareira,
vou-te contar
a história verdadeira,
quando a recordo
sei que quase logo acordo,
a morte dorme parada
nessa morada .

Sérgio Godinho, Fotos do Fogo

3. Comentário de L G., ao texto anterior;:

Catarina:  é um texto lindo. você é uma pessoa de grande sensibilidade e talento... E por tudo o que já fez pelo seu pai, pela geração do seu pai, por todos nós, antigos combatentes, que não queremos morrer... "sem deixar rasto" (leia-se: sem partilhar as nossas memórias e afetos, da Guiné, de Angola, de Moçambique, de Portugal, etc.) , eu acho que merece sentar-se aqui ao nosso lado, sob o poilão da Tabanca Grande... Tenho aqui um lugar, reservado para si, o nº 655. Não me vai dizer que o seu estatuto de jornalista a impede de pertencer ao blogue Luís Graça 6 Camaradas da Guiné...Arranje  uma foto atual.. Só tenho a do Facebook,,,

Boas festas, da Páscoa cristã ou pagã. Um xicoração. Tirei ontem os pontos, estou a recuperar bem da minha artroplastia da anca... Luis

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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12999: Cacheu - Memorial da Escravatura e do Tráfico Negro - Um sonho e um projecto do nosso saudoso amigo comum PEPITO que tem de seguir em frente, obedecendo ao seu lema " DESISTIR É PERDER e RECOMEÇAR É VENCER" (Carlos Silva)

1. Mensagem do nosso camarada Carlos Silva (ex-Fur Mil Inf CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Jumbembem, 1969/71), membro da Direcção da ONGD Ajuda Amiga com data de 8 de Abril de 2014:

Amigos e Camaradas Luís e Vinhal

28-03-2014 - Visita ao Cacheu - Memorial da Escravatura e do Tráfico Negro

Uma obra que não pode parar.
Um sonho e um projecto do nosso saudoso amigo comum PEPITO que tem de seguir em frente, obedecendo ao seu lema "DESISTIR É PERDER e RECOMEÇAR É VENCER".

Ao visitar esta obra o nosso grande amigo esteve sempre presente, não só na nossa mente, mas permanentemente em conversa com os nossos patrícios ali presentes da Associação de Viana do Castelo, José Pereira, o coordenador dos trabalhos e o José Bento da CCaç 1590.

Aqui fica a minha singela homenagem a nosso grande amigo

Com um grande abraço
Carlos Silva


Pepito > Lisboa, Campus da Escola Nacional de Saúde Pública da UNL, 7 de Setembro de 2007


Monumento Henriquino existente no largo frente ao rio e que dista 70 a 100 metros da Casa Gouveia que agora se destina ao Memorial da Escravatura e que em minha opinião enquanto zona envolvente, também deveria ser recuperado





À esquerda Carlos Silva BCaç 2879/CCaç 2548 e Luís Campos BCaç 4512/3ª Cª. À direita o José Bento, t-shirt azul da CCaç 1590 e de t-shirt verde o José Pereira que não fez tropa e que é o coordenador dos trabalhos.

Nesta foto temos no topo da mesa com t-shirt o Carlos Rodrigues do Bcav 1905/CCav 1650 - "Companhia dos Bigodes" assim designada porque todos os seus elementos usavam bigode

Guiné 63/74 - P12998: Histórias da CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71) (Luís Nascimento / Joaquim Lessa): Parte I: A minha nomeação para comandante da companhia (Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor inf ref)

1. Mensagem do Luis Nascimento, enviada a 5 de janeiro último, através do correio da sua neta Jesscia Nascimento:

Boa noite, sr. Luís Graça, como correu o Natal e a Passagem de Ano? Vou-lhe enviar mais material do meu avô: o livro com as histórias da Companhia CCAÇ. 2533), da qual o meu avô fez parte. Espero que seja do seu agrado.

Partilhei o livro no SkyDrive, senão conseguir ver e tirar as fotos, diga-me que envio tudo normal.

Obrigada, éssica Nascimento

Um abraço do Sir Assassan

2. Mensagem enviada, a 7 de janeiro último, ao Luís Nascimento, através da sua neta, a Jessica Nascimento:


Jessica: Tudo de bom para vocês em 2014... Muita saúde, sobretudo. Recebi as histórias da CCAÇ 2533... Quero saber se posso publicar, por partes, mencionando sempre o(s) autore(s)... Só quero saber se posso publicar, se não há problemas de direitos de autor, se todos os autores aceitatm, que se publique num blogue como o nosso, que é (e pretende ser) de todos os amigos e camaradas da Guiné... E queria convidar os autores, a começar pelo ex-capitão (que hoje deve ser coronel reformado) e os demais autores da história a juntarem-se à lista dos camaradas da Guiné (somos já 636), constante do nosso blogue... Só preciso 2 fotos e 1 endereço de email, de cada um...O avô trata disso ? Ele é único representante da companhia, na nossa Tabanca Grande. 

Bj/ab. Luís Graça


3. Resposta do Luís Nascimento, com data de ontem

Amigo Luís Graça,

Não há qualquer problema na publicação do livro da CCAÇ. 2533. Foi escrito sob a orientação do ex-1º  cabo quarteleiro Joaquim Lessa, também responsável pela sua impressão (é proprietário da tipografia Lessa) na Maia.

O email dele é: joaquimlessa@tipografialessa.pt. É o dinamizador dos almoços, convívios da 2533. Mando o telemóvel do Lessa, mas não tenho do coronel.

Um Alfa Bravo, Luis Nascimento

P.S: Em todos os convívios dou a conhecer o bloque Luis Graça & Camaradas da Guiné, onde está a página da 33. Só espero é que a consultem.



4. Mensagem de 15 do corrente, do Luís Nascimento, com o OK definitivo ao relação ao nosso pedido de autorização para reproduzir o livrinho com as histórias da CCAÇ 2533:

Boa tarde,

Camarigo Luis Graça, desculpa de só hoje dar notícias, mas tenho andado a rasca da coluna.
Hoje recebi um telefonema do camarada Lessa a dar autorização em nome da companhia (2533), que podes publicar o livro, situação que ficou resolvida no encontro (almoço anual) da companhia em Alverca, em 22 de março último. E onde ficou no ar saber o paradeiro do soldado radiotelegrafista Adelino Freitas "Ormonde",  açoriano de nascimento e algures nas ilhas,  nos EUA ou no Canadá.

Um abraço,
Luis Nascimento


5. Histórias da CCAÇ 2533 > Parte I  (Cap Inf Silvino R. Silva, hoje cor ref)

Começamos a publicar hoje as "histórias da CCAÇ 2533", a partir do livro editado pelo 1º ex-cabo quarteleirio, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, na Maia. Esta publicação é feita com participação de diversos ex-militares da companhia (oficiais, sargentos e praças)., As primeras 25 páginas são do cap Sidónio Ribeiro da Silva, hoje cor ref.

Estou particularmente grato aos nossos dois camaradas, Luís Nascimento e Joaquim Lessa, pelo interesse e boa vontade que manifestaram e diligências que efecturam, nestes últimos meses, para que finalmente um público mais vasto de amigos e camaradas da Guiné pudesse conhecer as andanças do pessoal da CCAÇ 2533. Recorde-se, por outro lado,  que as nossas duas companhais, a minha CCÇ 2590 (mais tarde CCAÇ 12),  e a CCAÇ 2533, do Nascimento e do Lessa, viajaram, juntas no mesmo T/T, o Niassa, em 24 de maio de 1969, e regressámos juntas, a 17 de março de 1971, no T/T Uíge!... Ah! uma fantástica coincidência!...

Espero que, entretanto, o Lessa aceite o meu convite, aqui de novo reiterado, para se juntar à Tabanca Grande. Só precisamos de 2 fotos dele, uma atual e outra do tempo da tropa... O convite é extensivo aos restantes autores, que iremos publicando, a começar pelo cor inf ref Silvino R. Silva.  (LG)






Capa da do livro "Histórias da CCAÇ  2533, impresso na tipografia Lessa (Maia)

As "histórias da CCAÇ 2533" fioram reunidas sob a forma de uma brocuhra,  editada pelo 1º ex-cabo quarteleirio, Joaquim Lessa, e impresso na Tipografia Lessa, Maia. Trata-se de um documento impresso, mas que não é formalment um livro, disponível nas livrarias... A sua elaboração contou com a participação de diversos ex-militares da companhia (oficiais, sargentos e praças). As primeras 25 páginas são do cap  inf Sidónio  Ribeiro da Silva, hoje cor inf ref.

A avaliar pelo material, digitalizado, que o Luís Nascimento me mandou, não se trata, de facto, de um "publicação formal", ou seja, um "livro", com ISBN - International Standard Book Number [, o Número Padrão Internacional de Livro:].









(Continua)

Guiné 63/74 - P12997 10º aniversário do nosso blogue (8): O comportamento cívico dos guineenses no último ato eleitoral: "Bate-me um orgulho, lá no fundo, do país do arco-íris que me gerou"! (Nelson Herbert Lopes, jornalista da VOA - Voice of America, Washington, USA


Guiné- Bissau, 12 de abril de 2014 - Votação para as eleições legislativas e presidenciais do passado domingo

Foto: Cortesia de Nelson [Herbert] Lopes



Poster do nosso 10.º aniversário. Autoria do © Miguel Pessoa (2014)


1. Mensagem de ontem, do nosso amigo Nelson  Herbert Lopes, jornalista da VOA - Voz da América

Assunto - O pais Arco-Íris que foi às Urnas

Vejo esta imagem... anciãos, mulheres, jovens... enfileirados, aguardando pacientemente pela vez de votar.. bate-me um ORGULHO,  lá bem no fundo, do pais Arco-Íris que me gerou!

É que na Guiné...  não se invade os centros de votação, não se boicota as eleições... quando muito "vota-se" na "abstenção", quando o rumo e o "dejá vu" dos acontecimentos violentam a consciência...

Um povo que, transversalmente aos seus credos religiosos, origem étnica e rácica,  deposita a fé no "voto", qual futuro de toda uma futura geração... só pode ser um povo nobre!

E quem disse que o país Arco-Íris não tem exemplos que dar ao mundo?

Nelson Lopes

[, filho de pai cabo-verdiano, antiga glória de futebol, Armando Lopesnosso amigo e grã-tabanqueiro, Nelson Herbertnascido na Guiné, é jornalista, da VOA (Voz da América), a viver em Washington (, foto atual em cima, `adireita)].
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Nota do editor:

Último poste da série > 14 de abril de 2014 >  Guiné 63/74 - P12983: 10º aniversário do nosso blogue (7): "Não fui soldado raso"... Poema de J. L. Mendes Gomes, bravo "Palmeirim de Catió", 1964/66

Guiné 63/74 - P12996: A guerra vista de Bafatá (Fernando Gouveia) (87): Diário da ida à Guiné - 18/03/2010 - O dia seguinte

1. Mensagem de Fernando Gouveia (ex-Alf Mil Rec e Inf, Bafatá, 1968/70), com data de 10 de Abril de 2014:

Caro Carlos: Caros Camaradas:
Parafraseando Hélder de Sousa (P12957) também “hesitei um pouco como enquadrar este meu artigo”.
Do mesmo modo também será para “dar cumprimento ao apelo do nosso editor chefe no sentido de “alimentar o blogue”.

O que vou contar ficou em suspenso quando escrevi, na série A Guerra Vista de Bafatá, o relato do 14º dia da minha viagem à Guiné-Bissau, em Março de 2010.
Escrevi então (P6668), “…no aeroporto de Lisboa, uma navalha de ponta e mola, que trazia na bagagem, protagonizou uma estória que só contada”.

Vou então contá-la, para ser inserida na série A GUERRA VISTA DE BAFATÁ com título: DIÁRIO DA IDA À GUINÉ – 18/03/2010 – O DIA SEGUINTE*.

Antes porém, e de forma introdutória, direi que já tenho essa navalha, de origem espanhola, há várias décadas. Acompanha-me, sempre que é possível, nas minhas viagens, quer como arma de defesa mas principalmente como auxiliar de cozinha.


A GUERRA VISTA DE BAFATÁ

87 - DIÁRIO DA IDA À GUINÉ – 18/03/2010 – O DIA SEGUINTE

Pois bem, uma vez fui a Paris, de carro, em 1986. Estava na fila para visitar a Petit Chapelle que, por fazer parte do Palácio da Justiça, havia uma segurança redobrada.
Estava então na fila que se desenvolvia entre dois separadores onde só cabia uma pessoa, uma atrás da outra. Em determinado momento da espera verifiquei que lá à frente os guardas passavam detectores de metais pelas pessoas além de verificarem o conteúdo de todas as carteiras e sacos. E a minha navalha no bolso!

Como não tinha espaço para recuar sem dar na vista aos guardas, entrei em pânico. Mas como demorei a entrar tive o tempo suficiente para acalmar e resolver a situação. De modo que ninguém se apercebesse, tirei a navalha do bolso e coloquei-a bem no fundo do pequeno saco que levava ao ombro. Os detectores não acusaram nada, o guarda espreitou de fugida para dentro do saco e lá vi a espectacular Petit Chapelle.

Contra luz da Petit Chapelle. 

Há uns anos atrás, numa caçada ao javali, por acaso na Quinta de Vale Meão, quando procedíamos ao “mata Bicho” antes da caçada esqueci-me da dita em cima da grande mesa dos “comes”. Alguém, dos cerca de 200 caçadores presentes “guardou” a minha preciosidade e não se “descoseu”.
Também desta vez tive algum tempo para delinear uma estratégia. Antes de se ir para a caçada iria haver um breefing, entre outras coisas, para a distribuição das portas. Deixei o Presidente da Associativa de Caça falar e então de improviso fiz um “choradinho” sobre a minha navalha de estimação, sem resultado imediato. Tinha sido realmente “guardada”.
Mais tarde os remorsos falaram mais alto e vieram entregar-ma.

O resultado da batida. 

Voltando então à Guiné e à viagem de regresso como contei no (P6668). Só trazia bagagem de mão (de cabine), um trólei e uma mochila. Como nessa altura referi não me preocupei com a navalha que vinha no fundo da maleta pois já tinha assistido, dias antes no aeroporto de Bissau ao “faz de conta” das máquinas de inspecção de bagagens.

Última fotografia, como despedida, que tirei no aeroporto de Bissau. 

Quando cheguei a Lisboa, já com atraso, ia ter pouco tempo para apanhar o avião para o Porto. Sempre achei este aeroporto muito esquisito e complicado pelo que, e mesmo perguntando, não consegui mudar interiormente para o terminal do avião do Porto. Como já estava muito atrasado, alguém me aconselhou a ir pelo exterior, para o outro terminal, apanhando um autocarro gratuito.

Foi o que fiz. Porém quando entrei no novo terminal é que caí em mim: Estava a entrar. Tinha que passar a bagagem pelas máquinas de ultra sons que agora não eram de “faz de conta”. Agora, como qualquer passador de droga que se preze também não entrei em pânico. O trólei passou pela máquina e à saída peguei nele e comecei a dirigir-me, à pressa, para a porta de embarque. Foi nessa altura que um guarda me pediu para abrir a mala. Por fora não, mas agora, interiormente, entrei em pânico.

Vasculharam a mala mas não encontraram nada. Eu tinha-a escondida muito bem no meio da roupa. A seguir um outro guarda, face à suspeita inicial, mandou passar outra vez a mala pela máquina. A essa passagem já assisti e pude ver perfeitamente no ecrã, no meio das manchas acastanhadas de tudo que estava dentro da mala também uma mancha bem definida, azul, com o formato da lâmina da navalha.

A navalha em questão. 

Antes que os guardas dissessem alguma coisa passei a explicar que vinha de visita à Guiné-Bissau, que era ex-combatente, que a navalha me tinha sido muito útil na Guiné, etc. etc. e que gostaria de a conservar. Surpreendentemente viraram-se para mim e disseram-me que podia fazer uma de duas coisas, ou entregá-la ali no posto da PSP e que depois a levantaria quando quisesse ou então despachava a mala no porão do avião.
Como estava em cima da hora para embarcar para o Porto resolvi, a correr, entregá-la na polícia. Estavam dois guardas. Foram-me dizendo que não podiam ficar com a navalha pois era ilegal por ter uma lâmina com mais de 9cm, etc. etc.
Expliquei-lhes que não tinha tempo para ficar ali a discutir (o sexo dos anjos). Ainda disseram que então tinham que pôr a navalha no lixo. Disse-lhes que fizessem o que quisessem e a correr fui para porta de embarque.

Tarde de mais, teria que ir no próximo avião, uma hora depois.
Vai daí, como já tinha mais tempo, fui novamente ao posto da PSP. Estavam os dois guardas com a minha navalha de estimação nas mãos, muito provavelmente a decidirem quem iria ficar com a preciosidade.

Autenticamente saquei-lhes a navalha das mãos dizendo-lhes que tinha muita pressa para ir apanhar o avião para o Porto. Ao sair notei que estavam como que paralisados a olhar para o meu afastamento. Meti a navalha na maleta que despachei para o porão e nas calmas esperei pelo próximo avião.

A foto é a prova que ela continua comigo.

Abraços
Fernando Gouveia
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Nota do editor

(*) Vd. poste de 1 DE JULHO DE 2010 > Guiné 63/74 - P6668: A guerra vista de Bafatá (Fernando Gouveia) (35): Diário da ida à Guiné - 17/03/2010 - Dia catorze

Último poste da série de 24 DE MARÇO DE 2011 > Guiné 63/74 - P7989: A guerra vista de Bafatá (Fernando Gouveia) (86): Fazer um filho, plantar uma árvore e escrever um livro...

Guiné 63/74 - P12995: Comemorações do 40º aniversário do 25 de Abril (2): Inauguração do Monumento de Homenagem aos Combatentes de Matosinhos da Guerra do Ultramar (1961/1974), dia 25 de Abril, pelas 15h30 (Carlos Vinhal)

Programação das festividades do dia 25 de Abril
Com a devida vénia à Câmara Municipal de Matosinhos


Como vem sendo noticiado, no próximo dia 25 de Abril a partir das 15,30 horas, integrado nas comemorações da Revolução dos Cravos, vai ser inaugurado um monumento que perpetuará o esforço da juventude matosinhense na Guerra do Ultramar (1961/1974). 

A cerimónia será presidida pelo edil de Matosinhos, senhor Dr. Guilherme Pinto e contará com a presença do Presidente da Liga dos Combatentes, senhor Tenente General Chito Rodrigues. 

Este monumento ficará situado no gaveto da Rua Alfredo Cunha com a Rua Augusto Gomes, ao lado do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Leixões, e muito próximo da Rua dos Combatentes do Ultramar que liga a Rua Augusto Gomes com a Rua de Goa. 

Para que os combatentes da guerra do ultramar, de Matosinhos, mereçam o respeito da população, devem comparecer em massa a esta cerimónia, durante a qual vão ser evocados os nomes do nossos 70 amigos e camaradas que tombaram em campanha, pelos quais vamos gritar PRESENTE. 

Vão ser ainda impostas Medalhas Comemorativas das Campanhas a 20 camaradas que as solicitaram, aos quais foram já enviadas. 
Não esquecer que quem tiver boina e medalhas já atribuídas as podem e devem levar. 

Pelas 17h30, para quem se inscrever até ao dia 22 através dos contactos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, vai haver um lanche/convívio, com animação, na sede em Leça do Balio, extensivo a combatentes sócios e não sócios da Liga, familiares e amigos. 

No programa em baixo têm em pormenor todas as informações. 
Passem palavra e façam-se acompanhar de familiares e amigos. 

Carlos Vinhal


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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P12994: Convívios (583): X Encontro do pessoal da CART 1742, dia 31 de Maio de 2014, em Leça da Palmeira e Perafita - Matosinhos (Abel Santos)

1. A pedido do nosso camarada Abel Santos (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), estamos a dar conhecimento da Convocatória destinada ao pessoal da sua Unidade para comparecer no 10.º Convívio que se vai realizar no próximo dia 31 de Maio de 2014 em Leça da Palmeira e em Perafita, no Concelho de Matosinhos.



C O N V O C A T Ó R I A


Caro Amigo:
Como fazes parte desta grande família, que é a CART 1742 (Os Panteras), desde já estás convocado para estares presente no convívio da nossa família.

O 10.º convívio está marcado para o dia 31 de Maio de 2014 (último sábado do mês) em Leça da Palmeira - Matosinhos.

Comparece a partir das 10 horas, junto à Igreja Paroquial de Leça da Palmeira (Jardim de Santana) e leva contigo teus amigos e familiares para que este dia seja lembrado por todos.

Este ano comemoramos o 45.º aniversário da chegada a Lisboa, depois de termos passado cerca de 23 meses na guerra na Guiné, pois foi essa guerra que “queimou” alguns anos da nossa juventude, mas também deu a muitos de nós outra experiência de vida.

Mas vamos ao convívio!

Cerca das 11 horas será celebrada missa de Ação de Graças pelos presentes e de Sufrágio por aqueles que já partiram e por isso já não estão entre nós. 
No final da Missa vamos prestar homenagem a todos os combatentes da Guerra do Ultramar junto do mausoléu existente no cemitério local, onde vamos colocar uma coroa de flores. 
De seguida vamos para o restaurante “Casa da Pedra” em Perafita (ver mapa no verso da página), lá será servido o almoço e o convívio continua. 
O custo por pessoa é de 30,00 € (trinta euros).

Não é estritamente necessário mandares dinheiro agora, mas não te esqueças de confirmar atempadamente a tua presença e de quem te acompanha, pois é fundamental para que tudo corra da melhor maneira.

Um GRANDE abraço dos amigos organizadores que estão sempre ao vosso dispor.

Contatos

Abel Moreira dos Santos 
Rua Fresca, n.º 597-1.º 
4450-681 Leça da Palmeira 
Telef. 229 955 690 = 
Telem 919 253 200 
Email: abelsanrtos@zonmail.pt

Jaime da Silva Mendes
Rua João Batista Barbosa Lopes, n.º 26
4715-095 Braga
Telef. 253 271 390 
Telem: 962 485 855
Email: jaime.mendes@sapo.pt
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Nota do editor

Último poste da série de 15 de Abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12990: Convívios (582): Almoço do pessoal da CCAÇ 2315/BCAÇ 2835 (Bula, Binar, Mansoa, Bissorã e Mansabá, 1968/69), dia 26 de Abril de 2014 em Cantanhede (Manuel Moreira de Castro)