Fotos (e legendas): © Mário Leitão (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
Guiné 61/74 - P22523: (De)Caras (175): Gente fixe, gente limiana, de Ponte de Lima, os nossos camaradas Manuel Oliveira Pereira (ex-fur mil, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884, Contuboel, 1972//74) e Mário Leitão (ex- fur mil, Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos, 1971/73)
Fotos (e legendas): © Mário Leitão (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
terça-feira, 7 de setembro de 2021
Guiné 61/74 - P22522: Fichas de unidades (19): A CCAÇ 423, a última companhia a deslocar-se para o sul (São João) por terra, em maio de 1963 (António Abrantes)
A CCaç 423 foi a última Companhia a deslocar-se para o sul da Guiné por via terrestre, tendo saído de Bissau em 7 de Maio de 1963, logo de manhã, e passado por Nhacra, onde na época acabava a estrada alcatroada e chegado a Mansoa.
Chegados a Bafatá para almoçar (já tarde), estávamos irreconhecíveis. Banho rápido, almoço e siga que se faz tarde... rumo a Aldeia Formosa, hoje Quebo, passando a ponte do Saltinho, única ponte digna desse nome, as outras, mais pequenas, eram compostas por umas travessas com umas tábuas ao longo da ponte e em que era preciso acertar com os rodados das viaturas, o que nem sempre acontecia, e quando eu reclamava o condutor dizia: "o que quer, meu alferes, eu tirei a carta com um Jipão brasileiro".
No dia 10 de Maio seguimos viagem por Fulacunda Bianga (onde eu mais tarde, a 2 de Julho, sofri uma emboscada debaixo de uma chuvada como só há na GUINÉ, e no dia seguinte a primeira mina, no regresso a São João).
Aí, em Tite, recebi ordem para ir, no outro dia, de barco desde o Enxusé (cais a alguns quilómetros de Tite), com o meu pelotão reforçado e metade dos cozinheiros, desembarcar em São João, onde uma Companhia não tinha conseguido fazê-lo, e ter lá uma refeição quente para o pessoal que ia por terra.
Um grande abraco
A. R. Abrantes
Obs. Peço desculpa mas o meu IPad na parte final teve problemas.
A CCAÇ 423, "independente", é uma das primeiras subunidades a ser mobilizada para a Guiné: pertencia ao RI 15, partiu em 16/4/1963 e regressou, dois anos depois, em 29/4/1965. Esteve em São João e em Tite, mas também em Jabadá (1 grupo de combate). O comandante era o cap inf Nuno Gonçalves dos Santos Basto Machado.
Terá sido a primeira a conhecer o pesadelo das minas A/C e dos fornilhos.
Identificação: CCaç 423
Unidade Mob: RI 15 - Tomar
Cmdt: Cap Inf Nuno Gonçalves dos Santos Basto Machado
Divisa: -
Partida: Embarque em 16Abr63; desembarque em 22Abr63 | Regresso: Embarque em 29Abr65
De 01 a 27Jun63, tomou ainda parte em operações sob controlo operacional do BCaç 356, realizadas na região de Iusse (Quínara), em conjunto com outras subunidades, nomeadamente na Op Seta.
Nota do editor
(*) Vd. poste de 16 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17586 Tabanca Grande (441): António Abrantes: foi cadete em Mafra, em julho de 1961, com o Manuel Alegre, Arnaldo de Matos e outros, sendo o Ramalho Eanes tenente; foi alferes mil, CCAÇ 423 (São João e Tite, 1963/65); senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 748.
Guiné 61/74 - P22521: Ser solidário (239): Para as crianças deslocadas em Moçambique, a Escola é uma primeira casa - Uma iniciativa da Helpo - Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (Manuel Gonçalves, ex-Alf Mil)
1. Mensagem do nosso camarada Manuel Gonçalves, ex-Alf Mil Manut da CCS/BCAÇ 3852 (Aldeia Formosa, 1971/73), com data de 6 de Setembro de 2021:
Boa noite
Venho por este meio partilhar com os meus contactos, a campanha que está a decorrer, numa parceria Helpo-Pingo Doce, de apoio às crianças no norte de Moçambique, como abaixo se pormenoriza.
Grato pela vossa solidariedade.
Manuel Gonçalves
Para as crianças deslocadas, a escola é uma primeira casa. No norte de Moçambique, 400 mil crianças ficaram sem casa, mas não têm que ficar sem escola. De 1 a 13 de setembro, compre um vale numa loja Pingo Doce e ajude na educação destas crianças.
Temos vindo a apostar na qualidade de ensino, formação, manutenção das escolinhas, atividades comunitárias, criação de atividades de geração de rendimento, que contribuem para a autossustentabilidade dos centros.
Nota do editor
Último poste da série de 25 DE JUNHO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22314: Ser solidário (238): Ainda é possível fazer, até ao fim do mês, a consignação do IRS a favor da ONGD "Ajuda Amiga", NIPC 508617910, de que é presidente da direção o nosso camarada e amigo Carlos Fortunato, ajudando assim a finalizar a contrução da escola de Nhenque, Bissorã, que deve entrar em funcionamento no ano lectivo de 2021/22
Guiné 61/74 - P22520: Memória dos lugares (426): Paço, União das Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo, Lourinhã, inaugura o seu monumento aos antigos combatentes (46 no total estiveram presentes nos vários teatros de operações do séc. XX, da I Grande Guerra à Guerra do Ultramar)
Lourinhã > União das Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo >Paço > 29 de Agosto de 2021 > Inauguração do Monumento aos Combatentes > Na imagem, o representante da comissão local que esteve na origem deste projeto, Tito Franco Caetano. Outras intervenções: D. Rui Valério, bispo das Forças Armadas e Segurança, presidente da junta de freguesia, Zita Silva, vice-presidente da Liga dos Combatentes, maj gen Fernando Aguda, e presidente do município da Lourinhã, João Duarte.
Data - segunda, 23/08/2021, 11:42
Assunto - Inauguração do monumento dos combatentes do lugar do Paço
Caro Amigo Luís Graça
Bom dia.
No próximo domingo, dia 29, vai ser inaugurado o monumento aos ex-combatentes
do lugar do Paço. O lugar do Paço tem a característica de pertencer a duas Juntas de
Freguesia, a dois concelhos e a dois distritos.
mando-te o programa.
Um abraço,
Segundo explicou ao ALVORADA Tito Franco Caetano, membro da comissão, o memorial está instalado no Largo da Igreja, ficando também junto do edifício da escola primária, “tendo bem perto os lavadouros públicos, num espaço bonito, bem arranjado e de muito simbolismo para a população”.
Este monumento é, segundo Tito Franco Caetano, um projecto da sociedade civil, que o desenhou e concebeu na sua totalidade, “mas quando colocado junto dos responsáveis da Freguesia e do Município, no caso da presidente da União de Freguesias de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo e do presidente da Câmara Municipal da Lourinhã, pela sua dignidade e conceito, obteve o seu apoio no imediato”, enalteceu o responsável. (...)
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Nota do editor:
Último poste da série > 1 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22502: Memória dos lugares (425): Mafra, EPI, março de 1967: desfilando com o meu pelotão, o 1.º, da 1.ª Companhia de Instrução do COM, após o juramento de bandeira (Eduardo Moutinho Santos, advogado, Porto)
Guiné 61/74 - P22519: Notas de leitura (1379): Índice e contracapa da obra "Os Números da Guerra de África", de Pedro Marquês de Sousa (Guerra e Paz Editores, 2021, 384 pp.): "Vale a pena ler"! (A. Marques Lopes, cor art ref, DFA))
Índice e contracapa da da obra "Os Números da Guerra de África", de Pedro Marquês de Sousa (Guerra e Paz Editores, 2021, 384 pp.), a ser lançada em Lisboa no próximo dia 9, quinta-feira (*)
Geba, e CCAÇ 3, Barro (1967/68), membro sénior da Tabanca Grande, com 250 referências no blogue:
Data - 30/08/2021, 22:58
Assunto - Os Números da Guerra de África
Vale bem a pena ler! (14,40 € pelo correio). Seguem imagens da contracapa e índice. Abraços.
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Guiné 61/74 - P22518: Notas de leitura (1378): José Jamanca, Ussumane Baldé, o eterno retorno dos meus bravos (Mário Beja Santos)
Queridos amigos,
São coisas da vida, uma mudança de casa obriga a mexer em papéis e é neste insano guardar ou deitar fora que se atiça a memória, num contexto quase improvável, tudo se julgava já no seu devido lugar, o caso da correspondência que se entregou ao camarada Luís Graça, não se conhecia melhor prova de confiança e dedicação ao entrar de corpo inteiro no blogue. E aqui se fazem desabafos e se pede fraternalmente desculpa por alguma lamechice nesta polvorosa de recordações, cada um tem direito às suas, o absurdo (ou talvez não) é como elas estão tão vivas, pois a dedicação a tais pessoas, mesmo enviesada pelos alcatruzes da vida, foi e é plena.
Um abraço do
Mário
José Jamanca, Ussumane Baldé, o eterno retorno dos meus bravos
Beja Santos
Tudo começou com uma mudança de trastes, sai-se de uma casa e entra-se noutra, parece que nasce uma nova ordem, o que estava emparelhado pede agora uma outra configuração. Com a estante dos livros, é relativamente simples: o que está a mais, o que não se voltará a ler, é para oferecer, o resto aproxima-se entre a Literatura, a Arte, a História e tudo o mais. O pior são os papéis, as pastas de plástico com notas de viagem, até bilhetes de entrada em museus ou concertos, programas disto e daquilo, há que rasoirar, não se pode acumular tudo e portanto há que selecionar o que irremediavelmente vai para o lixo e aquilo que tem valor estimativo ou até mesmo sacramental, está metido na pele, deve conservar-se até ao último dia das nossas vidas, justifica a nossa presença, tem a ver com a nossa memória.
É nisto que se encontram papéis que já deviam estar noutros sítios, noutras mãos, coisas da Guiné, que falam alto de afetos, de gente desaparecida. Uma carta de Cherno Suane, o guarda-costas de alfero, o irmão que quis vir para Lisboa, que aqui trabalhou numa loja de eletrodomésticos, vivia no Largo de São Paulo, bem perto do Cais do Sodré. Desaparecido, uma terrível doença do foro respiratório liquidou-o em lume brando.
Uma carta garatujada de Mamadu Camará, o 221, um turbulento Dom João que arranjava problemas na tabanca Mandinga, sempre endividado, a cobiçar os sapatos de alfero, a pedir adiantamentos, um soldado destimidíssimo, foi incorporado na 2.ª Companhia de Comandos, em Salancaur um tiro desfez-lhe um calcanhar, tudo se tentou até se chegar à amputação da perna. Vive entre a Pontinha e várias casas em Belfast, como ele diz, vai visitar os netos cor café com leite. Deve ser um tique irlandês, em qualquer estação do ano anda de gravata e colete, o que vemos aqui com pé firme no capim já não existe, temos agora um gentleman, um avô bondoso, de cabelo integralmente branco.
Entre folhas desirmanadas, solta-se esta fotografia do José Jamanca, uma saudade larvar toma-me por inteiro, regresso a Missirá, regulado do Cuor, em agosto de 1968, depois de Albino Amadu Baldé, o sargento que de facto comandava o pelotão de milícias n.º 101, quem falava o melhor português era Mamadu Baldé, o 86, que tinha vindo quase um ano a Lisboa, fazer cirurgia a um braço metralhado, e José Jamanca, que estudara numa escola missionária, com aproveitamento excecional. Exprimia-se soltando as sílabas todas, oferecendo-se para dar aulas aos meninos de Missirá, ainda na falta de professor, por decisão própria seguia à frente do nosso alfero, tal como aconteceu naquele dia de dezembro de 1968, em Chicri, num súbito encontro com uma coluna que vinha de Madina. Adorava conversar, queria continuar os seus estudos. Um dia partiu, rescindira o seu contrato como milícia. E anos depois, bateu à porta de alfero, em Lisboa. Tirara um curso de eletricista em Leningrado, trabalho em Lisboa não lhe faltava, explicava minuciosamente o que fazia e pediu ao alfero para passear com ele pela cidade. Os anos passaram, veio anunciar que estava tuberculoso, não queria ir tratar-se sem despedir-se, foi um encontro memorável, duas memórias ao desafio, e neste preciso instante estou a vê-lo a caminhar com uma bolsa de pano a tiracolo, com andar pausado, pés em sandálias de plástico, sorri-me em Mato de Cão, chove copiosamente, viemos sem poncho, tem que se estar naquele ponto alto na observação, não se preocupe, alfero, depois vem aí o sol, tudo seca, e vamos comer as laranjas de Canturé. É uma saudade imensa, ter consciência de uma dedicação que não se tratou por igual, registar este olhar com o seu pequeno estrabismo no olho direito que em nada compromete a força de caráter que salta da imagem. Fotografia que andava desviada, José Jamanca vai ficar no meu escritório para me lembrar a qualquer instante a verdadeira cor da amizade.
E por fim a mais esquecida das cartas, veio de Ussumane Baldé, o 104, o meu soldado prussiano, quando abordado empertigava-se, punha-se em posição rígida, os braços colados às pernas, as mãos com os dedos todos fechados, ao princípio parecia que falava a medo ou que se sentia atemorizado, com os anos a tensão diminuiu, confiava na fraternidade, fora permanente a camaradagem. A carta vem datada de perto do Natal de 1991, talvez mesmo no dia em que nosso alfero regressara a Portugal depois de uma cooperação cheia de vicissitudes, com êxitos e desastres. Ussumane fala do querido pai, da confiança que ganhara nos anos de tropa em comum, pede para vir trabalhar em Portugal, tinha perdido os seus documentos, como se fosse necessário envia-me o número mecanográfico 820332/66, estivera também na 2.ª Companhia de Comandos, manda referências de todos os seus documentos e pede a este seu querido pai que satisfaça o pedido daquele filho, pede resposta urgente, que nunca chegou.
Uma nota final. Quando, em 2010, combinei com Fodé Dahaba a viagem ao Cuor para me despedir dos meus soldados, ao chegar a Bambadinca fez-se um exame de quem fora abordado ou faltara abordar. E vieram os disparos brutais: Mamadu Silá morrera há pouco tempo, outros havia que viviam longe e não tinham dinheiro para tal viagem. E Ussumane, vive ainda no Cossé? Ao lado de Fodé estava Sadjo Seidi, outro dos bravos, a viver em Ponta Coli, entre o Xime e Amedalai, e sussurrou: morreu súbito, de paludismo, o ano passado, falava muito em ti.
É este o meu eterno retorno, a despeito de pensar ter todos os papéis arrumados e a carga emocional em ordem, há sempre estes imprevistos, na arrumação dos trastes todos os bravos, ou quase, reaparecem, têm este precioso condão de trazer ânimo ao presente pois se lembra que foram anos intensos e ali se lançou à terra uma semente de camaradagem para esta memória de longo porte, sempre a pedir mais água, os troncos das árvores sobem até às nuvens. E ponto final.
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Nota do editor
Último poste da série de 4 DE SETEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22513: Nota de leitura (1377): Jorge Monteiro Alves: “No mato ninguém morre em versão John Wayne: Guiné, o Vietname português” (Lisboa, Livros Horizonte, 2021, 191 pp.) – Parte II (Luís Graça)
Guiné 61/74 - P22517: Facebook...ando (65): "Deu-me muito prazer preencher, com as minhas palavras sentidas, as duzentas e dezoito páginas, do meu livro, Um Caminho de Quatro Passos, a ser apresentado, sábado, dia 11, às 11h00, na Tabanca dos Melros (António Carvalho, Medas, Gondomar)
Quando se trata de uma reforma do Estado, que não altere de imediato os ordenados, as pensões, os impostos ou o preço dos bens essenciais, os cidadãos não costumam protestar de forma massiva e persistente. Foi o que aconteceu no caso da agregação das freguesias, apesar de se terem organizado algumas manifestações junto da Assembleia da República e, em muitos casos, os então titulares dos cargos autárquicos terem interposto providências cautelares contra a deliberação arbitrária do Estado, como foi o caso desta minha freguesia de Medas. (...)
Facebook > António Carvalho, 23 de agosto às 22:29 (**)
No próximo dia 11 de Setembro apresentarei o meu livro, pelas 11 horas, na Quinta dos Choupos - Choupal dos Melros, Rua de Cabanas nº 177, na freguesia de Fânzeres, Gondomar.
Não sei se agradará a muitos ou a poucos, mas deu-me muito prazer preencher, com as minhas palavras sentidas, as suas duzentas e dezoito páginas, por onde espelho uma parte significativa do meu caminho percorrido desde a infância, nas Medas, à passagem pelo Colégio da Mealhada, do longo percurso pelo serviço militar até ao encontro forçado e esforçado com os mosquitos e as ferroadas da guerra da Guiné, não deixando, inevitavelmente, de abordar, ainda que ao de leve, o longo período ao serviço da Junta de Freguesia de Medas.
Por hoje dispenso-me de mais pormenores, sob pena de saciar, antecipadamente, a apetência dos eventuais leitores.
Nota adicional: quem desejar reservar almoço que ocorrerá no mesmo local, logo a seguir à cerimónia da apresentação, deve contactar o serviço do restaurante através dos números 224890622 ou 919677859.
Actualização: uma vez que não indiquei o preço do livro, refiro agora que o mesmo é de 15,00 Euros.
Nova actualização: por uma questão de boa organização do serviço, pede a gerência do Choupal dos Melros que quem desejar almoçar, após a cerimónia de apresentação do livro, deverá fazer a marcação , através dos números indicados no texto publicado acima, até ao dia 8 de Setembro, cujo custo unitário será de 20,00 Euros.
domingo, 5 de setembro de 2021
Guiné 61/74 - P22516: Tabanca da Diáspora Lusófona (18): Lembrando, há 20 anos, o ataque às Torres Gémeas... E anunciando a minha primeira saída pós-pandémica à Eslovénia e a Portugal (João Crisóstomo, Nova Iorque)
1. Mensagem de João Crisóstomo, membro da nossa Tabanca Grande, com mais de 160 referências no blogue, a viver em Queens, Nova Iorque, ativista social, régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, ex-alf mil inf, CCAÇ CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67):
Data - sábado, 4/09, 15:26
Assunto - 11 de setembro... e um abraço
Há dias ao telefone disse-te que ainda não tinha coragem de viajar de avião e por isso um abraço mesmo real teria de esperar mais uns tempos. Mas depois de ter falado contigo fiz outros telefonemas; alguns dos meus amigos a quem eu fazia estarem aqui, responderam-me nos seus móveis de Portugal; a minha filha e meu neto também não hesitaram em pegar o avião, estão lá agora ; e de toda a parte a pergunta é sempre a mesma: "quando é que vens cá"? Mas se a vontade de ir era grande , a minha cobardia era ainda maior .
Entretanto a Vilma, mais afoita, já tinha decidido ir à Eslovénia… e a mim não me apetecia mesmo nada ficar aqui sozinho…
Olha, para não te fazer perder mais tempo...já compramos bilhetes para Zagreb… ainda por cima na TAP… com escala por Lisboa. Depois da Eslovénia iremos dois dias a Paris onde temos bons amigos que não quero deixar de ver. E daí iremos passar pelo menos umas duas semanas em Portugal.
Ainda não sei as datas certas que tudo agora é feito “ em cima dois joelhos” . Mas conta connosco em princípios de Outubro. E podes avisar os nosso comuns amigos e camaradas que "vou ficar zangado" se não me for dada a possibilidade de lhes apertar bem as costelas…
como sabes o nosso querido camarada e amigo Valdemar Queiroz diz não estar em condições de saúde para se deslocar a algum encontro . E eu gostava mesmo de o ir ver e dar-lhe um grande abraço.
Lembrei-me de te dar a conhecer isto, para o caso de haver mais alguém que queira fazer uma visita ao Valdemar nessa altura, uma vez que ele não pode deslocar-se a algum outro encontro que venha a acontecer. Não foram os teus problemas de locomoção, e eu estaria a convidar-te ou a desafiar-te para ires também. Vou tentar contactar o João Ferreira, filho do nosso saudoso Eduardo. Como ele vive em Lisboa, quem sabe possa e queira vir connosco...
Deixei ao Valdemar decidir onde e como nos vamos encontrar, e logo que receba instruções dele eu informo-te. OK?
Entretanto aproxima-se o 20º aniversário do atentado às torres gémeas e com ele imagens, memórias e experiências desses dia e dias seguintes . Se por um lado "lembrar um mau passado para que se não repita” pode ser benéfico, mais vantagens ainda podem advir duma atitude de "esquecer o negativo e salientar o positivo” .
Se são estas as memórias que sempre me vêm, mas há uma memória muito especial que me ficou para sempre:
Era dia de eleições. Vivia já no endereço actual em Queens, nos arredores de Nova Iorque, e tinha decidido tirar o dia de folga para, além de votar , tratar de vários assuntos relacionados com a minha nova residência. Minha filha já estava a viver em Nova Iorque e minha esposa estava com ela nesse dia. As notícias e imagens do que se estava a passar deixaram-me duplamente aflito pois o meu filho trabalhava na altura no “ Goldman Sacks”, situado bem perto do Word Trade Center.
Se esse dia nos marcou a todos, que razões não faltaram, eu lembro esse dia também com muito orgulho. Aponta-se , muito apropriadamente, a abnegação, coragem e heroísmo dos bombeiros, polícias e e tantos outros que, mesmo conscientes dos perigos, e quem sabe de outros que podiam ainda estar para acontecer, sem pestanejar puseram todos os receios de lado e voaram ao local. Todos eles foram heróis; e muitos deles pagaram o seu heroísmo de acorrer e salvar vidas com a sua própria vida, como foi o caso do frade franciscano, Michael Judge, capelão dos bombeiros duma unidade no meio da cidade, a primeira vítima conhecida de entre os que acorreram ao local.
Mas, certos do heroísmo de todos eles cujas profissões os levaram ao local, outros casos de heroísmo sucederam, pouco mencionados: houve casos de altruísmo que pelo que mostram e inspiram merecem ser sempre lembrados e jamais esquecidos. Falo do heroísmo daqueles que em vez de seguirem o natural instinto de sobrevivência de fugir imediatamente para longe, se lembraram de que no local havia gente a necessitar da ajuda, gente mesmo desconhecida , cuja vida ou morte dependia talvez da bondade e coragem de outros. O meu filho, e segundo ele me contou depois ele, não foi o único, foi um destes.
Meu filho estava já no escritório quando o ataque às torres gémeas começou. Alertados, todos os que se encontravam no seu edifício foram instruidos para descerem ao abrigo subterrâneo , na base desse edifício. Entretanto eu estava em minha casa sem saber o que fazer; mas cedo eu recebia um telefonema dele: “ Pai , sei que deves estar preocupado, mas não há razão para isso. Encontro-me no abrigo subterrâneo do prédio do “Goldman Sacks” e temos água e víveres por muito tempo para todos nós; portanto não te preocupes comigo, que está tudo certo.”
Respirei fundo e agora aliviado decidi sair de casa e ir para a grande artéria de Queens Boulevard, esperando o seu regresso. Tudo parado, não havia transportes e quando lá cheguei esta artéria parecia já um rio de grosso caudal, que se alongava tão longe quanto a vista podia alcançar, de gente que de Nova Iorque a pé voltava para suas casas.
Esperei e esperei . E todo o dia não chegou. Chegou a noite e voltei a casa . Meu filho só voltou no dia seguinte. Logo que lhes foi dado autorização para deixarem o abrigo, em vez de voltar para casa ele decidiu dirigir-se ao local do atentado que eram agora os escombros das torres. Aí começou a acartar garrafões de água que dava aos bombeiros e a todos os que dessa ajuda necessitavam. A certa altura a polícia decidiu mandar embora todos os civis, mas ele, pretendendo acatar e seguir as instruções recebidas, logo voltava carregando garrafões. Nesta e noutras tarefas de que me falou na altura mas que agora prefere não falar mas esquecer, passou toda a noite. Só se decidiu a voltar a casa quando exausto não se podia aguentar mais em pé.
O meu filho insiste agora em não falar de tudo isto, e muito menos de relatar à imprensa as suas vivências desse dia. É que ele ficou muito aborrecido mesmo nessa altura quando notícias na imprensa falaram que ele se dirigiu às torres , "depois de ter saido dos escombros". situação em que nunca se encontrou.
Meu filho não se considera um herói pelo que fez. Mas eu não tenho dúvidas em assumir para mim o orgulho de ter um filho assim.
João Crisóstomo, Nova Iorque (*)
Guiné 61/74 - P22515: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XIII: Antóno Madeira Montez Júnior (Santarém,1885 - França, CEP, 1918), cap inf
Nome: António Madeira Montez Júnior
Posto: Capitão de Infantaria
Naturalidade: Santarém
Data de nascimento: 27 de Dezembro de 1885
Incorporação: 1903 na Escola do Exército (nº 132 do Corpo de Alunos)
Unidade; 4º Grupo de Metralhadoras, 5º Grupo de Metralhadoras
Condecorações: Cruz de Guerra de 3ª classe
TO da morte em combate: França (CEP)
Data de Embarque: 24 de Dezembro de 1916
Data da morte: 9 de Abril de 1918
Sepultura: França, Cemitério de Richebourg l'Avoué
Circunstâncias da morte: Faleceu em combate devido a ferimentos provocados por fogos alemães.
1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola, Moçambique e França (*).
Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa
Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.
___________
Nota do editor:
Último poste da série > 4 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22512: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XII: Alfredo Ambrósio Ferreira (Vila Real, 1893 - França, CEP, 1918), alf infGuiné 61/74 - P22514: Parabéns a você (1989): José Marcelino Martins, ex-Fur Mil TRMS Inf da CCAÇ 5 (Canjadude, 1968/70)
Nota do editor
Último poste da série de 4 de Setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22509: Parabéns a você (1988): Armor Pires Mota, ex-Alf Mil Cav da CCAV 488/BCAV 490 (Mansoa, Bafatá e Jumbembem, 1963/65); José Câmara, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56 (Brá, Mata dos Madeiros, Bassarel e Tite, 1971/73) e Torcato Mendonça, ex-Alf Mil Art da CART 2339 (Fá Mandinga e Mansambo, 1968/69)
sábado, 4 de setembro de 2021
Guiné 61/74 - P22513: Notas de leitura (1377): Jorge Monteiro Alves: “No mato ninguém morre em versão John Wayne: Guiné, o Vietname português” (Lisboa, Livros Horizonte, 2021, 191 pp.) – Parte II (Luís Graça)
(...) "Caro Senhor Luís Graça;
Em colaboração com a editora Verso da História, estou a finalizar um livro sobre o TC Marcelino da Mata, tendo como pano de fundo o conflito na antiga Guiné Portuguesa.
O seu blogue contém relatos muito interessantes sobre a matéria e o senhor dispõe igualmente de uma extensa lista de contactos. O trabalho que estou a elaborar, já em fase de finalização, carece de três ou quatro testemunhos de antigos combatentes que tenham privado ou combatido com o TC Marcelino.
Poderá o senhor Luís Graça fazer o favor de me fornecer alguns nomes e respectivos contactos (telefónico ou via e-mail, preferencialmente da região de Lisboa, onde resido) que me permitam atingir o que proponho? (...)"
Antes de mais, obrigado pela sua amável resposta.
Em relação a conhecer algo mais sobre mim, posso dizer-lhe que tenho 55 anos e, como depreende devido à minha idade, felizmente não fiz a guerra do Ultramar. Cumpri o serviço militar como alferes miliciano na EPAM (nos "padeiros" do Lumiar), mas esse, tal como muitos de vós, foi apenas de carácter obrigatório.
Profissionalmente, fui jornalista do JN durante 25 anos e fui editor de Política Internacional, tendo no desempenho dessas funções andado nove anos a cobrir as guerras da ex-Jugoslávia, da Croácia à Bósnia e ao Kosovo. Para mim, chegou-me de guerra, de angústias e medo. Posteriormente, fui jornalista do jornal Público.
Actualmente trabalho como autor e revisor para editoras como a Presença, entre outras. Sou autor dos livros "Nunca Passes Além do Drina" (basicamente sobre as guerras na ex-Jugoslávia), "Carmencita" (um pequeno romance de carácter iconoclasta do século XVIII) e "A Generala" (um romance do início do século XIX sobre as Invasões Francesas).
Relativamente ao trabalho que estou a fazer sobre o TC Marcelino, permita-me que lhe faça o seguinte enquadramento – tenho o maior respeito pelos ex-combatentes, designadamente pelo TC Marcelino. Politicamente, poderá definir-me como um livre-pensador. O facto de estar a tentar encontrar ex-combatentes que privaram com o TC Marcelino penso que demonstra o esforço em recolher depoimentos que tornem esta biografia o mais factual possível. O trabalho em si está praticamente concluído, embora faltem limar algumas arestas.
Já tentei mais do que uma vez contactar o TC Marcelino, mas este infelizmente nunca respondeu. Tentei igualmente recolher o depoimento do Cor 'Comando' Folques, mas também este não respondeu.
A Verso da História, que vai editar esta obra, já elaborou múltiplos trabalhos sobre a Guerra Colonial, tendo contado com a colaboração de múltiplos ex-combatentes para a elaboração, por exemplo, de "Os Anos da Guerra Colonial" (não participei neste trabalho).
Resta-me mais uma vez agradecer-lhe a amabilidade da sua resposta e com certeza que autorizo que coloque o tal post no seu blogue. Fico à sua inteira disposição ou de qualquer ex-combatente caso me queira conhecer para tomarmos um café na zona de Lisboa (eu moro em Santo Amaro de Oeiras) antes de prestarem qualquer declaração sobre o TC Marcelino e a guerra na ex-Guiné Portuguesa.
Mais uma vez obrigado e um abraço,
Jorge Monteiro Alves
3. Mostrei disponibilidade para ajudar o autor a completar o seu livro. No dia 15 de agosto de 2015, às 20:35, escrevi-lhe o seguinte;
Jorge:
Vi o seu mail, estou de férias, mas vou procurar responder ao seu pedido... Gostaria de saber algo mais sobre a sua pessoa, presumo que seja jornalista. Gostaria inclusive, se mo autorizar, de publicar um poste no nosso blogue de modo a poder contactar com mais ex-combatentes, que passaram pelo TO da Guiné, e que conheceram o Marcelino, como homem e como militar.
Um dos dos nomes, incontornáveis, é do ex-alf mil 'comando' Virgínio Briote, comandante do grupo Diabólicos, a que o então 1º cabo Marcelino pertenceu, por volta de 1965/66.... Vou-lhe dar conhecimento do seu pedido de colaboração, Ele é um dos nossos colaboradores mais ativos. Outros camaradas desse tempo a que envio esta mensagem são o Mário Dias e o João Parreira... Os três moram na região de Lisboa...
Mas há mais camaradas e amigos do Marcelino, por exemplo os camaradas da Tabanca da Linha que o Marcelino costuma frequentar: cito três, os animadores da Tabanca da Linha, Jorge Rosales, José Manuel Matos Dinis, Manuel Resende...
Outros nomes que referiu, nomeadamente guineenses, já não estão infelizmenetentre nós...Casos do João Bacar Jaló e do Saiegh (que eu conheci pessoalmente na Guiné, na 1ª Companhia de Comandos, em Fá Mandinga e em Bambadinca)...
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/search/label/Marcelino%20da%20Mata
Desejo-lhe boa sorte na elaboração e publicação do seu trabalho. Espero que contribua, tal como o nosso blogue, para preservar e partilhar as memórias de uma época complexa mas historiograficamente rica como foi aquela em se desenrolou a guerra, na Guiné, entre 1961 e 1974.
Sabia, por alto, que havia alguém a trabalhar numa biografia do Marcelino, por informação do próprio. Espero que a obra, a publicar, nos honre a todos, e não seja uma mera hagiografia. O Marcelino merece um trabalho isento, bem documentado e intelectualmente honesto. O desafio é grande, mas os riscos também, e o maior deles é sempre a "ideologia" (qualquer que seja o seu quadrante ou matriz) que enviesa a recolha, o tratamento e a interpretação dos dados. Desejo boa sorte e ofereço-lhe as páginas do blogue para levar a bom porto o seu projeto.
Dou ainda conhecimento deste mail aos meus camaradas Mário Beja Santos, Jorge Cabral e Miguel Pessoa (outra fonte privilegiada que deve procurar contactar).
Saudações bloguísticas. Luís Graça
4. Em 25 de junho de 2020 começou a
Marcelino da Mata (Ponta Nova, Guiné, 1940 - Amadora, 2021) |
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 24 de agosto de 2021 > Guiné 61/74 - P22481: Notas de leitura (1374): Jorge Monteiro Alves: “No mato ninguém morre em versão John Wayne: Guiné, o Vietname português” (Lisboa, Livros Horizonte, 2021, 191 pp.) – Parte I (Luís Graça)
(**) Último poste da série > 3 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22507: Notas e leitura (1376): "Posfácio" ao livro "Um caminho a quatro passos", de António Carvalho. Apresentação da obra na Tabanca dos Melros, Fânzeres, Gondomar, sábado, 11 de setembro, às 11 horas
Guiné 61/74 - P22512: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XII: Alfredo Ambrósio Ferreira (Vila Real, 1893 - França, CEP, 1918), alf inf
Nome: Alfredo Ambrósio Ferreira
Posto; Alferes de Infantaria
Naturalidade: Vila Real
Data de nascimento: 7 de Setembro de 1893
Incorporação: 1916 na Escola de Guerra (nº 363 do Corpo de Alunos)
Unidade: 4ª Brigada de Infantaria, Regimento de Infantaria n.º 8
Condecorações: Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada (a título póstumo) | Cruz de Guerra de 2ª classe (a título póstumo) | Promoção a Tenente por distinção (a título póstumo)
TO da morte em combate: França (CEP)
Data de Embarque: 20 de Junho de 1917
Data da morte: 9 de Abril de 1918
Sepultura: (?)
Circunstâncias da morte: Na batalha de 9 de Abril, comandou o seu pelotão com valentia e acerto na 2ª linha, para onde recebera ordem para retirar, oferecendo tenaz resistência ao envolvimento inimigo eempenhando-se no combate com valentia até cair vitimado pelos fogos dos atacantes.
1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um oficiais oriundos da Escola do Exército e da Escola de Guerra que morreram em combate, na I Guerra Mundial, nos teatros de operações de Angola, Moçambique e França (*).
Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva, cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar e depois professor da AM, durante cerca de 3 décadas; é membro da nossa Tabanca Grande, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972.
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Nota do editor:(*) Último poste da série > 15 de agosto de 2021 > Guiné 61/74 - P22457: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte XI: Alberto Slva Matos, cap inf (Braga, 1879 - França, CEP, 1918)