1. Comentário, com data de 14 do corrente, de Bernardino Parreira ao Poste P6726 (*)
Caro amigo Branco:
Venho felicitar-te pelo teu post sobre o Bachile. Passei agora por aqui e vi as tuas primeiras memórias. Gostei do que li, e acho que tens boa memória e talento para a escrita. Concordo com tudo o que escreveste. O convívio entre todos os militares desta Companhia era excelente. Ainda hoje sinto saudades dos amigos manjacos que lá deixei, militares e civis.
Foi com grande emoção e saudade que vi as fotografias do nosso amiguinho Augusto Caboiana. Podemos dizer que aquele menino era tratado como um filho, por todos nós, embora uns tivessem mais disponibilidade do que outros. Mas, daquilo que conheço, tu foste, sem dúvida, aquele que lhe dedicou mais tempo, dadas as funções que desempenhavas. Julgo que as primeiras letras lhe foram ensinadas por ti, e posso garantir que fazias um excelente papel de pai, de amigo e de educador.
Ainda gostava de ver o Augusto, ou de saber notícias suas. Aquele menino que, segundo ouvíamos dizer, tinha sido "apanhado na mata da Caboiana", em circunstâncias que desconheço, foi sempre muito bem tratado, e era uma criança muito feliz. O Augusto corria alegremente atrás de nós, quando estávamos no Quartel , e conhecia a quase todos pelo nome, era muito extrovertido e brincalhão.
Amigo Branco, fico a aguardar mais memórias tuas. Eu cá vou desafiando as minhas lembranças. Um abraço para todos os camaradas e amigos.
B. Parreira
2. Comentário de L.G.:
Antes de mais, queria aqui reforçar o pedido do António Branco, no poste P6726, no sentido de se apurar o paradeiro (**) do Augusto, o menino do Bachile, ao tempo da CCAÇ 12 (1972/74):
"O Augusto Martins Caboiana, um menino que todos ajudámos a criar, e do qual gostava de saber o seu paradeiro, foi estou em crer um ponto marcante para todos que passaram pelo Bachile. Em anexo, algumas fotos do Augusto que camaradas de outras companhias, enfermeiras pára-quedistas e camaradas da Força Aérea concerteza recordarão".
A seguir quero saudar o nosso camarada Bernardino Parreira, ex-Fur Mil da CCAÇ 16, e convidá-lo a continuar a partilhar connosco as suas memórias da Guiné, em geral, e do chão manjaco, em particular. E a melhor forma de o fazer é juntar-se a esta já vasta comunidade virtual, que se reune todos os dias debaixo do poilão da Tabanca Grande. O ingresso não pode ser mais barato: duas fotos + 1 história, e já está!
Aproveito a manifestação do desejo dos nossos dois camaradas da CCAÇ 16, o Branco e o Parreira, para daqui lançar um apelo no sentido de se localizar o Augusto Martins, de alcunha o Caboiana, por ter sido apanhado pelas NT justamente na região de Caboiana [ vd. carta de S. Domingos].]. (***)
A estar vivo, e nós esperamos bem que sim, é homem para ter hoje um pouco mais de 40 anos... Será que ainda vive no chão manjaco (Canchungo / Teixeira Pinto) ? Será que vive em Bissau ? Será que vive na diáspora guineense, quem sabe, até em Portugal ?
Quem tiver alguma pista, que nos contacte, através dos nosso endereço de correio electrónico: luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com ou do mail do António Branco: asdbranco@gmail.com _________________
Notas de L.G.:
(*) 13 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6726: Memórias do Bachile, chão manjaco (1): O que será feito do menino Augusto Martins Caboiana ? (António Branco, ex-1º Cabo Reab Mat, CCAÇ 16, 1972/74)
Vd. também o blogue do António Branco > Conversas ao caso
(**) Último poste desta série > 30 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6664: Em busca de... (137): Procuro informações sobre Fernando Labaredas Torrão, Alf Mil da CCAÇ 461
(***) Referências no nosso blogue a Caboiana (ou Caboiana-Churo), que pertencia, no tempo da CCAÇ 16, à zona de acção do CAOP1 (onde esteve colocado, como alferes, o nosso camarada, amigo e escritor António Graça de Abreu):
15 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1280: A vida de um comando (A. Mendes, 38ª CCmds) (7): Um tiro de misericórdia em Caboiana
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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1 comentário:
De acordo com o que ouvi falar quando pertenci à C. Caç 16, no Bachile, em 1972, acrescento que o menino teria sido "apanhado na Caboiana", e o seu nome teria sido escolhido da seguinte maneira:
Augusto, por ser esse o nome do militar que o "socorreu" e "levou" para o Quartel; Martins, por ser o nome do Capitão que comandava a C. Caç. 16 na altura; Caboiana por ter sido "apanhado" durante uma operação naquela mata.
Como referi anteriormente, desconheço as circunstâncias verídicas em que ocorreu esta situação.
B. Parreira
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