Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca > Subsetor do Xime > Carta do Xime (1955) > Escala 1/50 mil > O traçado a vermelho indica a antiga estrada Xime-Bambadinca, passando por Taliuara, Ponta Coli, Amedalai, ponte do Rio Udunduma... Em abril de 1969 ainda não estava em construção a nova estrada, a cargo da Tecnil, que só será inaugurada em 1972... Na sempre temível Ponta Coli, houve várias emboscadas, como aquela que é referida neste poste, contra dois pelotões de mílícas (destacadsos em Taibatá e em Demba Taco)...
Em abril de 1969, era o BCAÇ 2852 que tinha a seu cargo a defesa do Setor L1 (Bambadinca), incluindo o subsetor do Xime. Grosso modo, o Setor L1, com exceção do regulado do Enxalé e da parte oeste do regulado do Cuor, correspondia, na divisão territorial do IN, ao Sctor 02, da Frente Leste, também conhecido por região do Xitole (em 1970, Frente Xitole/Bafatá), com sede na região de Mina/Fiofioli.
Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013).
1. Transcrição de uma mensagem do PAIGC, assinada por Mamadu Indjai (comandante de setor, futuro conspirador contra Amílcar Cabral, sendo, depois do assassinato do líder histórico, em Conacri, preso, julgado e fuzilado em 1973) sobre uma emboscada realizada na estrada de Bamabadinca-Xime, em 20/4/1969, e que foi comandada por Mário Mendes e Sampui.
O comunicado é manuscrito em papel de bloco, liso. O conteúdo é o habitual nestas mensagens: lacónico e sem preocupações de rigor factual. Apesar da baixa literacia dos seus comandantes, Amílcar Cabral exigia que eles escrevessem em português. E esse é um facto que deve ser aqui sublinhado.
O dia desta emboscada, na Ponta Coli, parece estra errada: será a 18 e não a 20/4/1969. Segundo a versão das NT (neste caso o BCAÇ 2852), não terá havido baixas entre os dois pelotões de milícias emboscados. Mas ficamos a saber que Mário Mendes já combatia, em 1969, no Setor 2 (Xitole), da Frente Leste, ao tempo do Mamadu Indjai. e que sobrevive a este, gravemente ferido em agosto de 1969. Mário Mendes será abatido pelas NT em maio de 1972.
Comando Sul
MSG [Mensagem] – No dia 20/4/69 os combatentes do Partido realizaram emboscada na estrada entre Bambadinca / Xime onde os inimigos sofreram muitas baixas humanas de [entre] feridos e mortos. Por nosso lado não houve nada mal. Foi dirigido[a] por Mário Mendes e Sanpui [Sampui] na SA [?] Sector Dois – Mamadu Indjai.
29/4/69
[Revisão/fixação de texto: editor L.G.]
Fonte:
(1969), "Mensagem - Comando Sul", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_40645 (2013-10-15)
Casa Comum
Instituição: Fundação Mário Soares
Pasta: 07200.170.050
Título: Mensagem - Comando Sul
Assunto: Comunicado de Mamadu Indjai sobre a emboscada do PAIGC na estrada entre Bambadinca e Xime, dirigida por Mário Mendes e Sampui na Sa (Sector 2).
Data: Terça, 29 de Abril de 1969
Observações: Doc. incluído no dossier intitulado Diversos. Guias de Marcha. Relatórios. Cartas dactilografadas e manuscritas. 1960-1971.
Fundo: DAC - Documentos Amílcar Cabral
Tipo Documental: Documentos
2. Reprodução de excertos das pp. 64 e 75 da História do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) sobre a actividade IN no mês de abril de 1969. (REcorde-se que a grande Op Lança Afiada, tinha sido realizada um mês antes, em março de 1969).
A emboscada referida na mensagem acima reproduzida deve ter sido. não a 20, mas 18 de abril de 1969, às 7h00, na zona de Ponta Coli, no troço estrada Bambadinca -Xime, entre Amedalai e o Xime. As forças emboscadas foram dois pelotões de milícias, o Pel Mil nºs 104 (sediado em Taibatá, com 1 secção em Amedalai) e o Pel Mil 105 (destacado em Demba Taco, com uma secção em Amedalai).
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Nota do editor:
Último poste da série > 12 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12142: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (1): Comunicado do comandante do setor 2 da Frente Leste, de 27/1/1971, relatando duas ações: (i) A instalação de 2 minas A/C em Nhabijões, acionadas pelas NT em 13/1/71; e (ii) Flagelação ao aquartelamento do Xime, no dia seguinte
Nota do editor:
Último poste da série > 12 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12142: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (1): Comunicado do comandante do setor 2 da Frente Leste, de 27/1/1971, relatando duas ações: (i) A instalação de 2 minas A/C em Nhabijões, acionadas pelas NT em 13/1/71; e (ii) Flagelação ao aquartelamento do Xime, no dia seguinte
12 comentários:
Caro camarada Luís Graça,
Sobre o tema «morte de Mário Mendes», transcrevo o meu comentário ao poste 12152.
Na sequência dos meus escritos anteriores, e porque não desisti de encontrar novos elementos sobre este episódio, consegui saber que a morte do Mário Mendes ocorreu no dia 25 de Maio de 1972, na acção «GASPAR 5», realizada por 6 GComb (3 da CART 3494 e 3 da CCAÇ 12), acção em que também participei.
O encontro com Mário Mendes aconteceu na Ponta Varela, tendo-lhe sido capturada a sua kalashnicov, bem como 3 carregadores da mesma e documentos de "Plano de Actividades" a desenvolver na zona de que era responsável.
Recordo aqui as dificuldades que sentimos para que se concretizasse este "encontro".
Estou convencido que ele se apercebeu de que o seu grupo estava cercado, e daí ter tomado a iniciativa de desatar essa situação, arriscando o confronto.
Um abraço,
Jorge Araújo.
Jorge, o Mário Mendes devia ser um homem experiente. E inteligente (para sobreviver pelo menos 4 iou mais anos,*a frente deum bigrupo).
Há referências à sua atividade como comandante de bigrupo (a atuar na áerea do Baio / Buruntoni) pelo menos desde o tempo do BCAÇ 2852... Vd. por exemplo o relatório da Op Lança Afiada (março de 1969).
O PAIGC chamava-lhe "base central do Baio/Buruntoni"...Mas o termo "base" é enganador, com tudo o que implica de "infra-estruturas", edificações, abrigos, depósitos, escolas, casamatas, etc. No interior da Guiné, o PAIGC tinha apenas "barracas" (o termo é deles...). E a mobilidade era o seu trunfo...
O PAIGC, no triângulo Xime-Bambadinca-Xitole teria, em finais de 1968/princípios de 1969, antes portanto da grande Op Lança Afiada (Março de 1969) tinha cerca de 5 brigrupos, ou seja, cerca de 200/250 homens armados (40/50 x 5), dispondo inclusive de armas pesadas (morteiro 82, canhão s/r...), além de LGFog. Tinham um grupo de sapadores e um grupo de roqueteiros (que atuavam ocntra as nossas embarcações em Ponta Varela).
No croquis feito por Amílcar Cabral, relativo ao Setor 2 da Frente Lesté, área do Xime, e que deve ser de 1968, a aparece o Mamadu Indjai como comandante de setor, o Pedro Landim como comissário político, mas não ao "nosso" Mário Mendes, que nucna passou de comandante de bigrupo (E, a propósito, seria de etnia papel ?).
No Arquivo Amílcar Cabral ainda não encontrei nenhuma referência à morte do Mário Mendes que, sabemos agora, foi a 25/5/1972.
Obrigado, Jorge, pelas tuas pesquisas. É "triangulando" a informação que a gente pode produzir conhecimento válido sobre o que ocorreu naquela maldita guerra...onde perdemos dois amos da nossa juventude...
Olá Camaradas
Pelos vistos o PAIGC tinha bons "regadores". Nos nossos documentos, segundo creio, nunca foram escamoteadas baixas: mortos ou feridos. Serão, portanto, mais fiáveis.
Enfim, era necessário apresentar serviço ao Partido...
No meu tempo, nunca dei por que no BAIO/BURUNTONI houvesse uma unidade de efectivo considerável do In. Nem se justificaria muito. Se existiu, deveria ter-se deslocado para junto do CORUBAL para tentar garantir a possibilidade de cambança. Durante o meu tempo no XIME só uma vez a Marinha desembarcou no GEBA (creio que a Sul da Ponta Varela) limitando-se a pedir o heli-canhão para destruir uma canoa varada no tarrafo.
As NT não usavam o CORUBAL como via de reabastecimento.
Um Ab.
António J. P. Costa
Tivemos lá uma violenta emboscada... Em plena época seca (princípios de 1970). LG
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9 DE ABRIL DE 2011
Guiné 63/74 - P8071: A minha CCAÇ 12 (16): O 1º Cabo Galvão, ferido duas vezes em 9 de Fevereiro de 1970, segunda feira de Carnaval...Uma violenta emboscada em L em Gundagué Beafada, Xime (Op Boga Destemida)
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2011/04/guine-6374-p8071-minha-ccac-12-16-o-1.html
Caros camaradas,
Aceitando-se todos os elementos históricos referenciados, e os juízos de valor produzidos sobre a personalidade de Mário Mendes, o que se verificou, em concreto, é que o dia 25 de Maio de 1972, 5.ª feira, foi o seu último dia de vida.
Sabendo-se que era um líder versus guerrilheiro muito experiente, conhecedor dos terrenos que pisava e consciente dos riscos que corria, estas dimensões conjugadas não foram suficientes para garantirem estar a salvo e sobreviver, mais uma vez, aos muitos sustos que certamente apanhou ao longo dos anos que viveu no mato.
O que falhou então naquele dia?
tendo por significado os provérbios: «tantas vezes vai o cântaro à fonte, que um dia lá deixa a asa» ou «quem anda à chuva molha-se», eis que foi o que aconteceu.
Por ter testemunhado muito de perto a ocorrência, e depois de alguns elementos (5/6) do seu grupo terem sido localizados pelas NT, e que não se sabia, naturalmente, de quem se tratava, um daqueles elementos (Mário Mendes) liderou uma estratégia de fuga que não surtiu efeito, mas que nos obrigou a serpentear várias vezes os mesmos trilhos, entre itinerários de vegetação e clareiras.
Como disse anteriormente, estou crente que Mário Mendes, a partir do momento em que ficou sem portas de saída, movimentando-se em várias direcções sem sucesso, tomou consciência de que aquele dia seria o último da sua vida. E foi, exactamente no dia do 9.º aniversário da fundação da Organização de Unidade Africana (OUA), criada em Adis Abeba, na Etiópia.
Um abraço,
Jorge Araújo.
Luís Graça, tens acesso aos relatórios do 2852 e isso deve lá vir descrito.Aqui, quanto a mim, temos tempos diferentes. Ou seja, temos anos de 1968 (eu na 2339 e a 1746 - Cap Vaz fizemos uma operação á zona Baio e Burontoni - em Banbadinca o BART 1904). Aquela zona tinha como base para o IN o Burontoni e deslocavam-se para uma vasta zona. Quando fomos nessa operação á base deles eles atacaram ao meio-dia Mansambo. Mina era outra Base. Mas esses locais, como é próprio da guerrilha mudam. Enquanto lá andei nunca tivemos conhecimento do Mário Mendes.Pode falhar-me a memória. Eles mudavam e no triângulo Xime/Mansambo/Xitole tinham,pelo menos dois grupos de artilharia. Eram reforçados pelo Sul e se necessário vinha "gente"do Oio (ataque a Banbadinca).O Mamadu Indjai veio abrir uma frente em Jun.Jul/69, sem tropa da zona. Tinha Base que nós decobrimos e os Páras partiram a Sul de Musa Iéro ou na zona de Camará Sinchã Faliu. Eram dois bi-grupos, reforçados por outro, em apoio, noutra casa de mato e um grupo de artilharia. Era para partir.(Malan Mané disse). Levava muito tempo a escrever. Mas entre 1968 e 1972 é muito tempo e muda muito, a guerrilha os comandantes, os grupos e as NT. Não esquecer que havia naquela zonaum importante corredor de abastecimento ao Oio e Norte, vindo do Sul (R.da Guiné) etc. (Braimadicô disse...)Abraço T.
Torcato, a gente não sabia nem queria saber. E muito menos nos informavam, os altos crâneos que nos comandavan... Tudo isto era "reseravaod". "classificado", "segredo de Estado", e sei o que mais...
Diz-me: como é que se pode ganhar uma guerra, se tu não conheces as "pedras do xadfrez" ?...
O Mário Mendes é o único comandante da guerrilha, chefe de bigrupo, que vem identificado no relatório da Op Lança Afiada, uma operação onde participastes com o teu grupo de combate... (N
ão te esqueças que me prometeste o teu depoimento, único, pessoal, intransmissível...).
Já o batalhão seguinyte, o BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) disponibiliza muito mais informação sobre o "dispositivo IN" no setor L1... E lá aparede, de novo, o nome do Mário Mendes...
Excerto do relatório da Op Lança Afiada, integralmente publciado no nosso bloguie... Podes ler aqui:
(...) "1.3 [Vd. cartas do Xime, Fulacunda e Xitole]
a) Área de Poindon:
Localização aproximada – (1500 1155 B2). RVIS efectuado em Novembro de 1968 revelou que toda a área se encontrava muito povoada tendo sido referenciadas mais de 15 casas de mato, distribuídas por 2 núcleos. As bolanhas estavam cultivadas.
b) Área de Baio-Buruntoni:
Baio – Localização aproximada: (1500 1150 G7); deve ser uns dois a três km a Oeste. Chefe: Mário Mendes. Efectivo aproximado: 1 bigrupo dividido com Varela.
Burontoni – Localização aproximada: (1500 1150 G7) e (1455 1150 A 7). Efectivo aproximado: 100 homens: Armamento: MP, Mort 82 e 650, LGRFog." (...)
16 de maio de 2013
Guiné 63/74 - P11575: Op Lança Afiada (Setor L1, Bambadinca, 8 a 19 de Março de 1969): I Parte: Cerca de 1300 efetivos: 36 oficiais, 71 sargentos, 699 praças, 106 milícias e 379 carregadores
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2013/05/guine-6374-p11575-op-lanca-afiada-setor.html
Tó Zé, "regar" ? Quem não "regou" ? Quantas belas carreiras militares não se fizeram à custa do "reganço" ? Quantos capitães do quadro ou milicianos não ajeitaram, ao seu gosto e conveniência, os rekatórios de operações ? Para não falar dos oficiais superiores, do comando de batalhão... Quantos alferes milicianos, por seu turno, não colaboraram também nesta tarefa de "colorir" o "filme a preto e negro" da atividadee operacional?...
Sei do que falo, porque fui operacional, e como "historiógrafo", no final da comissão da CCAÇ 12, tive acesso a toda (ou quase toda) a informação classificada que havia na secretaria da CCAÇ 12... Não é por acaso que o meu comandante, já promovido a major ou em vésperas de o ser, ficou "assustado" com os "graus de liberdade" que utilizei , na recolha e tratamento da informação necessária para a elaboração da "história da unidade"...
Só em 1994, no nosso primeiro e último reencontro (em Fão, Esposende) é que eu lhe contei que, contrariando as suas ordens expressas, fizemos cópias clandestinas da história da undidae para distribuir pelos graduados, metropolitabos, da CCAÇ 12, que regressavam à casa, em março de 1971, depois de finda sua comissão, em rendição individual...
Os gajos do PAIGC, coitados, esses usavam a chapa 5... Até porque mal sabiam ler e escrever português, muitos deles... As mensagens, telegráficas, diziam sempre o mesmo: (i) nós manga de ronco (,manga de mortos e feridos entre os tugas); e (ii) "nada houve de mal entre os combatentes do partido"...
Aquele abraço, sem "rega"... LG
Luís; eu estou a citar,melhor a escrever só de memória e sem apoio.O Mário mendes podia ser citado e eu, nesse tempo, ter conhecimento. Passaram 45 anos. O relatório e o ataque a Bambadinca que saiu em,salvo erro seis "postes" tem,quanto a mim algumas imprecisões, digamos assim. Eu tenho no bloco a ultima e definitiva versão, muito sintética da Lança Afiada. Uma das três partes são precisamente coment´rios a esses seis postes e termino com "casos" pequenas "estórias" que aconteceram lá...ao fundo não posso ir. É dificil pois aquilo foi mau demais em muitos sentidos, mau demais.
Muitas vezes "Por uma Guiné Melhor" era uma m...logo teclo e envio. Agora vou lendo nos intervalos de alguns afazeres.
Abraço, T.
ps - as informações eram uma porcaria e só tinha confiança numas e noutras que a tecla avariou agora...
Houve muitas "operações" que mais não foram que "piqueniques" na bolanha mais proxima do arame farpado.
A em,ente é que era chata; RC tipo E, mas dentro do arame era quase a mesma coisa.
Pena eram as "loas que se cantavam" que levavam a novas operações "desnecessárias".
Olá Camarada
Não me parece que, no caso vertente, as NT tivessem exagerado os resultados das suas acções e os efeitos das do IN. Os documentos foram redigidos com honestidade.
Recordo-me dos noticiários da Maria Turra - em 1968 - em havia sempre "bandido, manga dele com tripa difora".
Também me lembro do momento em que foram dadas ordens expressas para contabilizar apenas os mortos, cujo cadáver era encontrado ou os feridos que eram apanhados.
Não me sensibiliza que "os gajos do PAIGC, coitados, usassem a chapa 5"... Não saber ler e escrever português, não o justifica até porque, segundo eles sabiam bem, só a verdade é revolucionária... E eles eram "revolucionários" e nós uns fascistas abomináveis ou mais...
Claro que os regimes totalitários, como era o caso, têm sempre que ter "gloriosas forças armadas" e o Partido exige resultados e aceita-os, mesmo quando não existem. Daí que as mensagens, telegráficas, digam sempre o mesmo.Não há qualquer relação entre ilateracia e falsidade nos relatórios que se fazem.
Enfim, este foi mais um equívoco que se praticava naquele tempo e alguns estrangeiros aceitavam.
Começo a concluir que a independência da Guiné foi construída em equívocos e a sua vida diária assim continua.
Aquele abraço, sem "rega"...
António J. P. Costa
Olá Camarada
No meio disto tudo devo confessar que nunca entendi bem qual o papel da linha de "auto-defesas" Amedalai - Demba Taco. Demba Taco tinha um Pel Mil e uma esquadra de morteiro 80, guarnecida por três praças metropolianas que deviam morrer... de pasmo. Amedali à beira da estrada parecia ter uma finalidade, mas depois entrava-se numa picada que vagamente conduzia a Taibatá. Daí para a frente era um caminho de roda-posta pois nem estrada havia. As viaturas do reabastecimento deslocavam-se a todo-o-terreno sobre um trilho relativamente bem batido que acabava(?) em Demba Taco situada no meio da mata. A partir daí era o nada, pois dali não saía qualquer caminho em qualquer direcção...
Uma situação estranha que nunca entendi...
Um Ab.
António J. P. Costa
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