Foto nº 1
Foto nº 2
Foto nº 3
Guiné > Zona leste > Setor L5 > Galomaro > CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74) > A presença, regular, desde 1969, dos valorosos camaradas do BCP 12.
1. Fotos do álbum do Juvenal Amado (ex-1.º cabo condutor auto rodas, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74)
Há, na Net, um álbum de memórias do BCP 12. No nosso blogue, temos cerca de um centena de referências sobre o BCP 12 e alguns camaradas das respetivas companhias (CCP 121, 122 e 123) honram-nos com a sua presença na Tabanca Grande.
Na Net havia um página do BCP 12, com o historial da sua atividade operacional no TO da Guiné, que infelizmente desapareceu. Mas em tempos publicamos um extenso excerto, que está aqui disponível no poste P6953 (*).
Na Net havia um página do BCP 12, com o historial da sua atividade operacional no TO da Guiné, que infelizmente desapareceu. Mas em tempos publicamos um extenso excerto, que está aqui disponível no poste P6953 (*).
Galomaro também está bem representado no nosso blogue com cerca de 230 referências. Faltam-nos no entanto infomação detalhada sobre a presença do BCP 12 em reforço do setor de Galomaro. (**)
No meu tempo (CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71),
foi criado o COP 7,a partir de Agosto de 1969, com sede em Bafatá. E os páras vieram reforçar este importante setor que representava o flanco sul da zona leste (chão fula) e que passou a ficar mais vulnerável às infiltrações e ações ofensivas do PAIGC a partir da retirada, primeiro de Beli e depois de Madina do Boé e Cheche (em 6/2/1969).
Lembro-me que o mês de gosto de 1969 foi um mês de intensa atividade operacional, culminando com uma operação conjunta de forças do setor L1 (Bambadinca) (CCAÇ12, Pel Caç Nat 53 e CART 2339) e do COP 7 (estas representadas pela CCP 122 e por dois grupos de combate da CCP 123) (Op Nada Consta) (***).
foi criado o COP 7,a partir de Agosto de 1969, com sede em Bafatá. E os páras vieram reforçar este importante setor que representava o flanco sul da zona leste (chão fula) e que passou a ficar mais vulnerável às infiltrações e ações ofensivas do PAIGC a partir da retirada, primeiro de Beli e depois de Madina do Boé e Cheche (em 6/2/1969).
Lembro-me que o mês de gosto de 1969 foi um mês de intensa atividade operacional, culminando com uma operação conjunta de forças do setor L1 (Bambadinca) (CCAÇ12, Pel Caç Nat 53 e CART 2339) e do COP 7 (estas representadas pela CCP 122 e por dois grupos de combate da CCP 123) (Op Nada Consta) (***).
As fotos do Juvenal Amado devem ser de 1972/73. E não trazem legendas. No blogue temos oito referências ao COP 7. (LG)
PS - No final da guerra, Bafatá era sede do CAOP 2, formado pelos seguintes setores: L1 (Bambadinca), L2 (Bafatá), L3 (Nova Lamego), L4 (Piche), L5 (Gondomar) e L6 (Pirada)... mais 3 zonas de intervenção do Com-Chefe... Eram muitos milhares de homens em armas (mais de 7 mil, contando por alto), seguramente superior ao total de efetivos disponíveis do PAIGC, em todas as frentes e bases fronteiriças. O antecessor do COP 7 era o Comando de Agrupamento 2957 (1968/70), que teve à sua frente o cor inf Hélio Felgas, já falecido (maj gen ref) (LG).
(*) Vd. poste de 8 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6953: Estórias avulsas (41): A captura do incaracterístico guerrilheiro Malan Mané, no decurso da Op Nada Consta (Salvador Nogueira)
PS - No final da guerra, Bafatá era sede do CAOP 2, formado pelos seguintes setores: L1 (Bambadinca), L2 (Bafatá), L3 (Nova Lamego), L4 (Piche), L5 (Gondomar) e L6 (Pirada)... mais 3 zonas de intervenção do Com-Chefe... Eram muitos milhares de homens em armas (mais de 7 mil, contando por alto), seguramente superior ao total de efetivos disponíveis do PAIGC, em todas as frentes e bases fronteiriças. O antecessor do COP 7 era o Comando de Agrupamento 2957 (1968/70), que teve à sua frente o cor inf Hélio Felgas, já falecido (maj gen ref) (LG).
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Notas do editor:
(...) BCP 12: actividade operacional no TO da Guiné:
(...) A actividade operacional do BCP 12 ao longo da sua permanência na Guiné foi intensa, conduzindo a resultados reveladores da sua aptidão para combate.
Nos primeiros anos os Pára-quedistas foram empregues fundamentalmente em operações independentes no âmbito da Força Aérea, a qual tinha meios próprios de reconhecimento, ataque ao solo e transporte das suas forças Pára-quedistas.
Os grupos de combate eram normalmente empregues em operações que exigiam grande mobilidade e rapidez de actuação. Quando um grupo de guerrilheiros era detectado ou actuava contra aquartelamentos das unidades do Exército, as forças Pára-quedistas eram colocadas no terreno, através de helicópteros, ou noutros casos, dada a geografia própria da Guiné, através de lanchas da Armada. As forças Pára-quedistas eram usadas por períodos de tempo limitado mas de grande empenhamento.
Para além de operações independentes no âmbito da FAP, os Páras participaram também em operações conjuntas com forças do Exército ou da Armada. Destas destaca-se a operação PARAFUZO, efectuada na ilha de Caiar em Março de 1967, com forças dos Destacamentos de Fuzileiros Especiais nº 4 e 7. Da acção resultou a captura de 20 elementos inimigos.
A partir de meados de 1968 e com o General António Spínola como novo Comandante-Chefe na Guiné, o modo de emprego dos Pára-quedistas foi alterado.
As Companhias [, 121, 122 e 123, ] do BCP passaram a integrar os então criados Comandos Operacionais (COP) com outras forças militares, sob o comando de um oficial superior. Muitas vezes oficiais Pára-quedistas desempenharam essas funções. As forças eram então empenhadas, durante largos períodos, conjuntamente com as Unidades de quadrícula do Exército. As companhias do BCP 12 foram assim muitas vezes atribuídas de reforço às unidades instaladas junto às fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conakry.
Foram inúmeras as operações desencadeadas neste período: a operação JUPITER, com 4 períodos no corredor de Guileje, no âmbito do COP 2, a operação TITÃO com o COP 6, a operação AQUILES I, com o CAOP 1, a operação TALIÃO, com o COP 7, entre tantas outras, com bons resultados.
Merece particular destaque a operação JOVE, realizada em Novembro de 1969 com forças das CCP 121 e 122. No dia 18 de Novembro a CCP 122 capturou o Capitão Pedro Rodriguez Peralta, do Exército Cubano, comprovando a ingerência de forças militares estrangeiras na guerra na Guiné.
Apesar das CCP continuarem a ser atribuídas aos COP que se iam activando consoante as necessidades, o Comando do BCP esforçou-se por continuar a levar a cabo algumas operações independentes, actuando como força de intervenção em exploração de informações obtidas e seria neste tipo de operações que se obtiveram alguns dos melhores resultados do Batalhão.
Apesar dos esforços a situação na Guiné continua a degradar-se. A pressão que os guerrilheiros vinham exercendo sobre os aquartelamentos no Sul do território começou a dar resultados. Em Maio de 1973 os guerrilheiros desencadeiam fortes ataques a Guileje, obrigando mesmo ao abandono do aquartelamento dos militares do Exército. Nas proximidades, Gadamael Porto fica em posição delicada com flagelações frequentes de armas pesadas.
A 2 de Junho as CCP 122 e CCP 123 são enviadas para Gadamael, seguindo-se no dia 13 a CCP 121. O próprio comandante do BCP 12, Tenente-Coronel Araújo e Sá tinha assumido o comando das forças que com a guarnição do Exército constituiram o COP 5. A posição de Gadamael Porto é organizada defensivamente com abrigos, trincheiras e espaldões, simultaneamente são desencadeadas acções ofensivas sobre os guerrilheiros. A resistência e a determinação das Tropas Pára-quedistas acabaram por surtir efeito e o ímpeto inimigo foi quebrado - Gadamael Porto não caiu.
A 7 de Julho as CCP 121 e 122 regressam a Bissau e a 17 é a vez da CCP 123, a operação DINOSSAURO PRETO tinha terminado. (...).
(**) Último poste da série > 25 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15411: Memória dos lugares (323): Biambe em 1969, fotos de José Maria Claro, DFA, ex-Soldado Radiotelegrafista da CCAÇ 2464
(***) Vd. poste de 7 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6948: A minha CCAÇ 12 (6): Agosto de 1969: As desventuras de Malan Mané e de Mamadu Indjai nas matas do Rio Biesse... (Luís Graça)
(...) A actividade operacional do BCP 12 ao longo da sua permanência na Guiné foi intensa, conduzindo a resultados reveladores da sua aptidão para combate.
Nos primeiros anos os Pára-quedistas foram empregues fundamentalmente em operações independentes no âmbito da Força Aérea, a qual tinha meios próprios de reconhecimento, ataque ao solo e transporte das suas forças Pára-quedistas.
Os grupos de combate eram normalmente empregues em operações que exigiam grande mobilidade e rapidez de actuação. Quando um grupo de guerrilheiros era detectado ou actuava contra aquartelamentos das unidades do Exército, as forças Pára-quedistas eram colocadas no terreno, através de helicópteros, ou noutros casos, dada a geografia própria da Guiné, através de lanchas da Armada. As forças Pára-quedistas eram usadas por períodos de tempo limitado mas de grande empenhamento.
Para além de operações independentes no âmbito da FAP, os Páras participaram também em operações conjuntas com forças do Exército ou da Armada. Destas destaca-se a operação PARAFUZO, efectuada na ilha de Caiar em Março de 1967, com forças dos Destacamentos de Fuzileiros Especiais nº 4 e 7. Da acção resultou a captura de 20 elementos inimigos.
A partir de meados de 1968 e com o General António Spínola como novo Comandante-Chefe na Guiné, o modo de emprego dos Pára-quedistas foi alterado.
As Companhias [, 121, 122 e 123, ] do BCP passaram a integrar os então criados Comandos Operacionais (COP) com outras forças militares, sob o comando de um oficial superior. Muitas vezes oficiais Pára-quedistas desempenharam essas funções. As forças eram então empenhadas, durante largos períodos, conjuntamente com as Unidades de quadrícula do Exército. As companhias do BCP 12 foram assim muitas vezes atribuídas de reforço às unidades instaladas junto às fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conakry.
Foram inúmeras as operações desencadeadas neste período: a operação JUPITER, com 4 períodos no corredor de Guileje, no âmbito do COP 2, a operação TITÃO com o COP 6, a operação AQUILES I, com o CAOP 1, a operação TALIÃO, com o COP 7, entre tantas outras, com bons resultados.
Merece particular destaque a operação JOVE, realizada em Novembro de 1969 com forças das CCP 121 e 122. No dia 18 de Novembro a CCP 122 capturou o Capitão Pedro Rodriguez Peralta, do Exército Cubano, comprovando a ingerência de forças militares estrangeiras na guerra na Guiné.
Apesar das CCP continuarem a ser atribuídas aos COP que se iam activando consoante as necessidades, o Comando do BCP esforçou-se por continuar a levar a cabo algumas operações independentes, actuando como força de intervenção em exploração de informações obtidas e seria neste tipo de operações que se obtiveram alguns dos melhores resultados do Batalhão.
Apesar dos esforços a situação na Guiné continua a degradar-se. A pressão que os guerrilheiros vinham exercendo sobre os aquartelamentos no Sul do território começou a dar resultados. Em Maio de 1973 os guerrilheiros desencadeiam fortes ataques a Guileje, obrigando mesmo ao abandono do aquartelamento dos militares do Exército. Nas proximidades, Gadamael Porto fica em posição delicada com flagelações frequentes de armas pesadas.
A 2 de Junho as CCP 122 e CCP 123 são enviadas para Gadamael, seguindo-se no dia 13 a CCP 121. O próprio comandante do BCP 12, Tenente-Coronel Araújo e Sá tinha assumido o comando das forças que com a guarnição do Exército constituiram o COP 5. A posição de Gadamael Porto é organizada defensivamente com abrigos, trincheiras e espaldões, simultaneamente são desencadeadas acções ofensivas sobre os guerrilheiros. A resistência e a determinação das Tropas Pára-quedistas acabaram por surtir efeito e o ímpeto inimigo foi quebrado - Gadamael Porto não caiu.
A 7 de Julho as CCP 121 e 122 regressam a Bissau e a 17 é a vez da CCP 123, a operação DINOSSAURO PRETO tinha terminado. (...).
(**) Último poste da série > 25 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15411: Memória dos lugares (323): Biambe em 1969, fotos de José Maria Claro, DFA, ex-Soldado Radiotelegrafista da CCAÇ 2464
(***) Vd. poste de 7 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6948: A minha CCAÇ 12 (6): Agosto de 1969: As desventuras de Malan Mané e de Mamadu Indjai nas matas do Rio Biesse... (Luís Graça)
3 comentários:
Caros camaradas
Os paras actuaram várias vezes no sector de Galomaro durante a permanência do 3872.
Estiveram fazer durante ano de 1972 em Cancolim quando essa companhia atravessou um período negro com ataques minas e mortes.Um desses períodos coincidiu com um ataque a Bafatá com foguetões.
Também em 1972 mais propriamente em 15 de Novembro quando íamos buscar esses camaradas algures na picada entre Galomaro e Saltinho a CCS teve o seu primeiro morto o soldado de Reconhecimento Teixeira que rebentou uma mina na picada.
Posteriormente com o crescimento da actividade do PAIGC na zona a par da retracção da companhia do Dulombi que assim reforço sector de Galomaro e Cancolim os páras fizeram várias operações na zona e pernoitaram no nosso quartel.
Estas fotos devem ser como o Luís diz de finais 1973 trata-se do momento em que eles estão de partida. Na 1ª foto está reconhecível a Berliet de Cancolim a minha também lá está de certeza.
Quanto ao lançamento do livro é de facto no dia 23 de Janeiro de 2016 pelas 16,30 horas, o facto de já estar nas bancas é uma surpresa para mim.
Um abraço
Caro camarigo Juvenal Amaro
Eu te saúdo pelo teu 1.º livro, que espero vir a obter brevemente. É sempre um prazer confortante termos alguém como amigo que expõe a sua experiência de vida numa memória colectiva............Bem ajas juvenal Amado
Um abraço
Mário Pinto
Parabéns Juvenal, não é surpresa para ninguém que tenhas editado um livro sobre este tema, espero também que seja o primeiro.
Obrigado
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