Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Guiné 61/74 - P17551: "Resumo do que era a Guiné Portuguesa há vinte anos e o que é já hoje", da autoria do 2.º Sargento Ref António dos Anjos, Tipografia Académica, Bragança, 1937 (3): Págs. 24 a 32 (Alberto Nascimento, ex-Soldado Condutor Auto)
1. Terceira parte da publicação do livro "Resumo do que era a Guiné Portuguesa há vinte anos e o que é hoje", da autoria do 2.º Sargento António dos Anjos, 1937, Tipografia Académica, Bragança, enviado ao Blogue pelo nosso camarada Alberto Nascimento (ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 84 (Bambadinca, 1961/63).
(Continua)
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Nota do editor
Poste anterior da série de 3 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17538: "Resumo do que era a Guiné Portuguesa há vinte anos e o que é já hoje", da autoria do 2.º Sargento Ref António dos Anjos, Tipografia Académica, Bragança, 1937 (2): Págs. 15 a 23 (Alberto Nascimento, ex-Soldado Condutor Auto)
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1 comentário:
António dos Anjos. 2º sargento, genuino, autêntico, podia escrever as mesmas coisas de 1911/12...etc. sobre a sociedade guineense, em 1961 se tem vivido em Bissau nessa data.
Muitas coisas que ele escreve, foi-lhe contado certamente por brancos, outras teria participado, mas a maioria certamente foi-lhe transmitida pelas "lavadeiras" e parentes.
Um escritor ou historiador não retratava melhor a vida social e o dia a dia em África, a um "branco" do que este militar de poucas letras.
O geógrafo Serpa Pinto, tenente, também escreve coisas da vida complicada das tribos, dentro do mapa-cor-de-rosa.
A diferença da sociedade guineense em 1961 (início da Guerra do Ultramar) e o tempo de Serpa Pinto ou do nosso sargento António dos Anjos, é que em 61, um simples chefe de posto e dois cipaios resolviam qualquer contenda entre tribos, entre vizinhos, ou mesmo problemas entre famílias.
Em 1961 havia uma paz colonial que iludia gente como Amílcar Cabral com ideias em que tudo iria ser mais fácil do que veio a acontecer.
Em Angola, em que as tribos viviam mais estanques, isto é, viviam mais isoladas umas das outras do que na Guiné, comunicavam-se menos entre si, nem se atreviam sequer a ir à caça nas zonas de outras tribos (em 1974).
Hoje África está muito pior, já não há comunicações por tambor, e há coisas como boko-haram à àrabe, e corrupção à europeia.
Estas o nosso sargento não conheceu.
Cumprimentos
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