segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Guiné 61/74 - P25858: II Viagem a Timor: janeiro / junho de 2018 (Rui Chamusco, ASTIL) - Parte X: "Obrigadu, malae" João Crisóstomo!



Torres Vedras > Praia de Santa Rita > 15 de dezembro de 2016 > Eduardo Jorge e João Crisóstomo (Foto de Luís Graça)


Lourinhã > Ribamar > Praia de Porto Dinheiro > Tabanca de Porto Dinheiro > Convívio anual > 18 de agosto de 2017 > Eduardo, Luíse Rui (Foto de Álvaro Carvalho)




Lourinhã > Praia da Areia Branca > 2 de dezembro de 2017 > Rui Chamusco e Gaspar Sobral (Foto de Luís Graça)




Timor Leste > Liquiçá > Manati > Boebau > Escola de São Francisco de Assis (ESFA) > Março de 2018 > Da esquerda para a direita, Rui Chamusco, João Crisóstomo e Gaspar Sobral (foto de Rui Chamusco)



1. O nosso amigo Rui Chamusco partiu para Timor, em 25 de janeiro de 2018, com o Gaspar Sobral, ambos cofundadores e dirigentes da ASTIL (Associação dos Amigos Solidários com Timor-Leste), criada em 2015, com sede em Coimbra. 

Foi o nosso saudoso Eduardo Jorge Pinto Ferreira (Lourinhã, Vimeiro, 1952 -  Torres Vedras,  A dos Cunhados, 2019) quem mo apresentou, a mim, Luís Graça,  e me falou dos seus projetos em Timor. 

Eu, por minha vez, apresentei ao Eduardo o João Crisóstomo, afinal seu vizinho  (de A dos Cunhados).  O João conheceu o Rui, pelo Eduardo,  e ficou logo entusiasmado com a sua ligação a Timor. Afinal, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

De Timor Leste o Rui mandou para Portugal as crónicas dessa viagem (a segunda, de cinco já feitas, de 2016 a 2024), que achámos oportuno e relevante publicar no nosso blogue. Trata-se de uma seleção. Elas ajudam-nos a perceber melhor a idiossincrasia timorense, a história recente e passada deste povo a que nos ligam laços linguísticos, culturais e afetivos.

O Rui é  membro da nossa Tabanca Grande desde 10 de maio último. Natural da Malpaca, Sabugal, vive na Lourinhã onde durante cerca de 4 décadas foi professor de música no ensino secundário.  Em Timor, o Rui tem-se dedicado de alma e coração aos projetos que a ASTIL tem lá desenvolvido,nas montanhas de Liquiçá.

Em Dili  costuma ficar em Ailok Laran, bairro dos arredores na casa do Eustáquio (alcunha do João Moniz) , irmão (mais novo) do luso-timorense Gaspar Sobral, e que andou, com a irmã mais nova, a mãe e mais duas pessoas amigas da família, durante três anos e meio, refugiado nas montanhas de Liquiçá, logo a seguir à invasão e ocupação do território pelas tropas indonésias (em 7 de dezembro de 1975) (tinha "apenas" 14 anos...). O pai de ambos foi "liurai", "no tempo dos portugueses".

A menina dos seus olhos (dos três, o Rui, o Gaspar e o Eustáquio) é a Escola de São de Francisco de Assis, de Manatti / Boebau, município de Liquiçá. A escola e as suas crianças da montanha que finalmente podem aprender música e português. Há também um programa de apadrinhamento de crianças em idade escolar.


II Viagem a Timor: janeiro / junho de 2018 (Rui Chamusco, ASTIL)


Parte X -   "Obrigadu, " malae" João Crisóstomo!





Dia 08.05.2018, terça feira  - Relatório da Exposião Lameta para conhecimento do João Crisóstomo, em Nova Iorque



O João Telefonou a pedir-me um pequeno texto/relato sobre as exposições “ Lameta”, para ser utilizado, a seu critério, nos seus encontros made in USA. Aqui vai:



João Crisóstomo, Lourinhã, 
2017 (Foto de Luís Graça)

Caro amigo João Crisóstomo

Venho por este meio apresentar-te um relatório sobre a exposição “LAMETA - O Contributo Desconhecido das Comunidades Luso Americanas para a Independência de Timor Leste”.


Depois de 4 exposições já realizadas: Escola Rui Cinati, Escola Amigos de Jesus, Escola São Francisco de Assis, Universidade Nacional de Timor Leste, verificamos, com satisfação, o interesse crescente do povo timorense em conhecer este precioso contributo vindo de outras partes do mundo, tão distantes mas tão presentes e colaborantes no processo de autodeterminação deste jovem país.

E se, em Boebao, nas montanhas que abrigaram tantas lutas, ex-combatentes olhavam avidamente para as fotos que mostravam entidades relevantes do mundo internacional, em Dili, capital da nação, muitos estudantes e professores ficaram a conhecer factos e acontecimentos da história recente para muitos desconhecidos, através desta preciosa coleção. 

Quero destacar a exposição na UNTL no passado dia 4 de maio, onde a “Lameta” e o Grupo de Crianças de Ailok Laran tiveram tão caloroso acolhimento. Reitor da universidade, Diretora do Departamento de Língua Portuguesa, Embaixador de Portugal, vários professores catedráticos, ilustres convidados, e muitos alunos nos felicitaram pelo evento.

Quanto à coleção “Lameta”,  várias entidades, nomeadamente o senhor Reitor, manifestaram o seu apreço dizendo-nos: 

“Isto é um documento muito importante para a história de Timor Leste. É importante que os nossos jovens, muitos indiferentes ao passado, conheçam através dele a sua recente história.”

Nós também temos esta consciência. E, como fiéis depositários (património da Escola de São Francisco de Assis, em Boebau), tudo faremos por dá-lo a conhecer através de futuras exposições. Talvez, durante a nossa estadia em Timor, ainda possamos fazer mais uma na sede da Cruz Vermelha, em Liquiçá.

Caro amigo, a ti e a todos os que contribuíram ou contribuem para estas nobres causas o nosso preito e gratidão, sabendo de antemão que Deus vos pagará por tudo isso. “Quem dá aos pobres empresta a Deus", e Ele vos retribuirá 100X mais. E tu, João, sabes bem que há sorrisos que não têm preço. São a melhor moeda de troca.

OBRIGADO! THANK YOU! MERCI BIEN! GRAZIA TANTA! MUCHAS GRACIAS! DANKE SHAN!

O B R I G A D U !



Dia 09.05.2018, quarta feira  - De poeta, músico e louco ....


A história e os comportamentos de Felisberto (irmão Beto,  como é vulgarmente chamado) surpreendem-nos dia a dia, a cada instante. 

O Felisberto, ex-prisioneiro do regime indonésio, é um doente do foro psíquico, que merece a atenção de todos devido ao seu estilo de abordagem. De vez em quando tem atitudes violentas, destruindo o que bem lhe interessa, mas ele considera-se um verdadeiro messias, pelo que quando ele aparece já sabemos que vamos ouvir um grande sermão. Fala muito mas pouco ouve, porque se considera o detentor da verdade. E quando assim é, já sabemos o que acontece. A conversa começa a chatear.

Hoje ao pequeno almoço surgiu de novo o tema do Felisberto. Aproveitando a presença do Lito (Carlito), amigo desde a infância do Eustáquio que mora aqui mesmo ao lado, lembraram alguns dos episódios que passaram com o TiBeto. 

Contam os dois amigos que uma vez o TiBeto, passou-se dos carretos como de vez em quando é habitual, e decidiu enterrar dentro da sua casa, mesmo a pegar com a do Eustáquio, todas as imagens que tinha em seu poder. Fez um buraco bem fundo e para lá atirou tudo o que era santo ou santa, tapando bem a seguir para que ninguém pudesse lá ir salvá-los.

 Mas costuma dizer-se que “ o diabo faz a panela mas esquece-se do testo”. O Lito e o Eustáquio bem combinados, decidiram resgatar as imagens soterradas. Enquanto um vigiava o outro ia descobrindo cada santo e, num saco de arroz à maneira, aí ia depositando e escondendo o tesouro. Depois do trabalho completo, o Lito fugiu com o saco às costas, levando o espólio para lugar seguro, nunca descoberto pelo iconoclausta.

Conta também o Lito que uma vez, chamado pelo pregador Filisberto, foi interpelado pelo mesmo, e lhe disse: “disseram-me que tu lês muito a Bíblia. É verdade?"...  E o Lito lhe respondeu: "Sim, é verdade. Todos os dias eu leio a Bíblia. Abro o livro a meio e coloco-a sobre a minha cabeça para ela entrar dentro.” 

O TiBeto, muito admirado, comentou: “Qualquer dia ainda sabes mais do que eu!”

Pois é. Mal suspeita o Filisberto que a gente se ri com estas coisas. Considerando que “de poeta, músico e louco todos temos um pouco...”, penso que o Tibeto tem mesmo necessidade de ajuda. Ainda que ele não o admita, precisa de tratamento psiquiátrico, coisa que por aqui não será fácil de arranjar..




O  Toqué  (em Timor), ou Tokay Gecko.
Copyright (c) 1998 Richard Ling/GFDL
Fonte: Wikimedia Commons
(com a devida vénia...)
Vd. aqui áudios com as vocalizações
deste pequeno réptil
(Wikipedia, em inglês).
O Toqué, sinal de sorte?!...


Hoje vi o “Toquê” pela primeira vez. Este réptil tão respeitado e apreciado em Timor Leste, que devido ao preço inflacionado (os indonésios chegavam a trocar carros por estes lagartos) esteve em vias de extinção, está agora, graças ao programa de proteção por parte do governo timorense, em franca expansão. 

È rara a noite que não oiçamos ao nosso redor o seu canto vigilante: “Toquê!...Toquê!...” Na casa do Anô, mesmo aqui à nossa beira, há uns três ou quatro. E ninguém pense em espantar ou matar estes prestigiosos bichinhos. A sua presença dá sorte e proteção aos da casa.

Pois hoje o Valente apareceu por aqui em direção a casa, e trazia com ele um Toquê e um bonito galináceo. Claro que examinei ao pormenor este exemplar que, em boa verdade, não é nada feio, mesmo para quem não gosta de répteis. Depois de uns momentos de conversa, ajudado pelo Eustáquio como tradutor, o Valente pediu
 licença para se retirar e voltar a casa. 

Apeteceu-me gritar bem alto este desejo profundo que nos invade em relação à família do Valente: 

“ Que o Toquê vos proteja e que Deus, com as nossas ajudas, cuide de vós. Oxalá a vida vos sorria, tal como vós sorris para nós. Que o presente e o futuro possam ser melhores para todos vós”...


Dia 12.05.2018, sábado - Eleições: Ninguém gosta de perder, nem que seja jogar a feijões.


Dia de eleições antecipadas aqui em Timor Leste. A campanha eleitoral decorreu com dignidade, apenas com alguns pequenos incidentes e escaramuças, como em todo lado. 

Com o apelo ao voto vindo de todos os quadrantes religiosos, sociais e políticos adivinha-se uma participação massiva. Vamos a ver como ficará composto o puzle da Assembleia Nacional. Mas bem me parece que quem vencer vai ter que procurar alianças, pois não acredito que, seja quem for, tenha maioria absoluta. Que vença o melhor e que governe bem, é o anseio genuíno desta gente. E que, por falta de governo, Timor Leste não seja privado de programas e ações de desenvolvimento e apoios que muita gente, sobretudo os mais necessitados, estão à espera.

E, já agora, que os futuros governantes, para além das suas competências, tenham aprendido com outros governos que se criticam, cá dentro ou lá fora, a não cometerem os mesmos erros de governação. Este povo bem merece. Todos nós assim desejamos. Que os vencedores sejam suficientemente humildes para pedirem a colaboração dos outros. Que os que perderam sejam suficientemente solidários para participarem e ajudarem na governação. Nem que seja uma “geringonça à portuguesa”.



Dia 13.052018, domingo - Engano!...


Afinal enganei-me. Esta eleições tiveram uma participação massiva, a maior de sempre, e deram a maioria absoluta ao AMP (Aliança de Mudança para o Progresso) liderada pelos antigos presidentes Xanana Gusmão, Taur Mtan Ruak, e Naimori Buckar, presidente do novo partido Kunto.

O Gaspar, homem muito entendido nestas andanças, diz que “até que enfim alguém tem a coragem de dizer as verdades que têm estado ocultas".

Quanto a mim que nada tenho a ver com as eleições em Timor (pelo menos por enquanto), mais uma vez me enganei nas previsões, pelo que peço imensa desculpa. Vai haver governo sem geringonça nenhuma, cumprindo a vontade do voto popular que é quem mais ordena. Governe quem governar, que façam um bom trabalho em prol do desenvolvimento e do bem estar deste povo.




Dia 14.05.2018, segunda feira  - “ Que grande galo!...”


É um galo do caraças!... Logo cedinho, bate três vezes as asas, enche bem de ar o peito...e aí vai: Có-có-ró-có-có!.... Desafia os outros todos da redondeza, que em resposta cantam também alternadamente. Mas a ele ninguém o bate! “O nosso galo é bom cantor!”

Este galináceo veio das altas montanhas de Liquiçá, trazido pelo Abílio, o construtor da nossa escola em Boebau. Creio que não veio para aqui para ser cantor, mas sim para ser imolado e comido. E, se não fora eu, com certeza que já não estaria na terra dos vivos. 

Quando vim a saber que estava pronto para ser sacrificado, pedi com fervor para não ser morto, pelo menos enquanto eu aqui estiver. Fui atendido e por isso cá temos o nosso galo cada manhã, despertando-nos e dando graças pelo dia que aí vem. Não falha. E eu até já acho que ele faz isso para me agradecer a vida.

E no meio de tanta cantoria, há um descontrole inexplicável. Há galos que já cantam a qualquer hora do dia, não sei se enganados por alguém. Até o cantar dos galos já não é o que era. Talvez a luz artificial os confunda e já não saibam onde acaba a noite e começa o dia. Mas o nosso galo continua fiel. Que grande galo!...


Dia 15.052018, terça feira  - “Tenho medo...”


É a primeira vez que ouço esta expressão ao Eustáquio. E por isso quis saber mais sobre o seu temor. Então é assim. O Gaspar, muito atarefado com as lides de registos do terreno da Escola de São Francisco em Boebau e com o registo Da ASTILMB e da escola que lhe pertence, tem vindo a insistir que precisa urgentemente de ir a Liquiçá e a Boebau para serem assinados os documentos necessários para a legalização. 

Por várias razões, a mais plausível é ter estado a decorrer a campanha eleitoral, esta ida ainda não foi concretizada. Ontem, já passados dois dias das eleições, pensava o Gaspar poder viajar até às montanhas, e de novo insistia com o generoso irmão, porque o tempo aperta, porque assim, porque assado. Foi quando o irmão Eustáquio desabafou e disse: 

“Tenho medo!...”

“Tens medo de quê?”, perguntou o Gaspar.

E então veio a explicação mais compreensível do mundo, que nos deixou sem palavras. Desde há uns tempos que grassa por Timor e sobretudo nas cidades e arredores pequenos grupos aqui chamados Rama Ambon  (também conhecidos pelos grupos da fisga) que, ao entardecer ou já de noite, se escondem onde podem e atacam os transeuntes que lhes interessam,  lançando um tipo de setas com intenção de ferir e de matar. 

Já não são os primeiros que têm de ser assistidos no Hospital Guido Valadares, em Dli. Conta-se até que ainda há pouco, um jovem atingido na zona do coração, ao lhe retirarem a seta do crime, se esvaziou em sangue acabando por morrer. O Eustáquio tem medo que, dois dias depois do ato eleitoral, haja pelos caminhos que têm de percorrer alguns grupos destes que se queiram vingar dos resultados obtidos.

Claro que não houve resposta. Simplesmente silêncio e aceitação. A viagem será feita quando houver condições de confiança e segurança.

Mas hoje, dia 15 pelas 12 horas, dei-me conta do movimento de preparação das bagagens e do “motor”. Estava decidido que iriam partir até Liquiçá, seguindo logo que possível para Boebau. Boa viagem amigos, e que Deus vos acompanhe...

Nota: Agora percebo porque é que nunca me deixam sair sozinho ao escurecer ou durante a noite. Tenho realmente verdadeiros amigos.


Dia 17.05.2018, quinta feira - A miscigenação


Quem andar à procura de um rosto verdadeiramente timorense vai ter bastantes dificuldades em encontrá-lo. Aqui como em qualquer outra parte do mundo, as influências da globalização fazem-se sentir também na caracterização sobretudo das faces. 

A miscigenação é um fenómeno comum. E é com facilidade que nos cruzamos todos os dias, pelo menos nas cidades, com os rostos mais diversos: brancos, negros, mestiços; portugueses, chineses, australianos, angolanos, cubanos, indonésios, japoneses, etc... 

Neste momento Timor é uma amálgama de raças e de rostos com a maior diversidade possível. A tendência para o rosto asiático, devidamente colorida em café chocolate, é a mais notada. Mas nas montanhas, onde as influências são menos notadas, ainda há rostos que indiciam o verdadeiro retrato de um timorense do leste, possível de encontrar também nos timorenses do oeste, na parte ocidental da ilha.

Seja como for, não consigo imaginar o verdadeiro rosto timorense sem o sorriso aberto, carregado de simpatia, respeito e hospitalidade. Tudo o mais vem de outros lados, doutros países, de outros continentes com virtudes e defeitos que, em policromia e sincronia, fazem deste país uma terra encantadora e com um futuro promissor. Basta que nos aceitemos e respeitemos uns aos outros. Não sou defensor da “raça pura”, mas aprecio o que é genuíno.


Ausência e Presença


Ainda sou do tempo (década de 50) em que partir para um país longínquo como a Índia, Timor, Argentina, Brasil, etc) era considerado como o último adeus. Lembro-me da partida e da despedida da família do Tio Augusto para a Argentina nos começos dos anos cinquenta. Chorava-se de um lado e do outro porque se pensava que nunca mais nos iríamos ver. Ausência para sempre!...

Sessenta a setenta anos passados, eis que tudo se altera. As viagens aéreas, as facilidades de deslocação, os novos meios de comunicação, os facebooks, os emails, os whatsapps, os telemóveis, e tudo o mais criaram pontes de união, contactos, presenças constantes nas nossas vidas. 

Hoje em dia as distâncias não metem medo a ninguém. De manhã em Singapura, à noite em Lisboa. O que é agora ausência, torna-se mais tarde presença. Ou então podemos dizer que não há ausência nem presença, porque embora opostas, ambas estão sempre presentes. São imanentes.

E começo a pensar em coisas do outro mundo, da outra vida. Será que já estamos antecipando a experiência? Será que quando deixarmos este corpo que nos suporta a nossa presença é uma presença ausente, mas que nem por isso será menos importante na vivência da nossa outra vida? Não me incomoda nada se assim for. E então se essa vida futura for o cumprimento da promessa e o ponto de chegada, a plenitude da vida cristã, melhor ainda. Assim o creio e espero.


(Continua)

(Seleção, alguns dos substítulos, revisão / fixação de texto, negritos: LG)
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1 comentário:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Então, João, não queres acrescentar nada ?