CONTRAPONTO (40)
Assim foi o Primeiro Encontro da “TABANCA DE SETÚBAL”
(em VI Capítulos e 2 P.S.)
I
A aparição
Tudo aconteceu ao início da tarde de Sábado, dia 24 de Setembro e sem qualquer planeamento e organização. Em Setúbal, claro!
Estava o Zé Diniz (seraficamente!) a almoçar, em profunda meditação transcendental (apesar de acompanhado), olhando o prato, procurando decidir qual das sardinhas atacar, quando ouviu vozes vindas do tecto, chamando: “Zé Diniz… Zé Diniz…”.
Aqui…
II
…entro eu em cena
Já tinha eu passado junto à mesa, a caminho do W.C. e questionei-me:
- É o Zé Diniz… Aqui? Não deve ser. Tão calado, insonorizado, bem comportado. Bem, quando voltar, vejo melhor.
Regressei à sala. Olhei-o. Ele? Absorto, com o som desligado?
- Será mesmo o Zé Diniz, assim em posição OFF?
Espreitando pelo canto do olho e fixando o tecto, ciciei: “Zé Diniz…Zé Diniz…”
III
O reconhecimento
Foi assim que o final do capítulo I se encontrou com o final do capítulo II e houve…
IV
O pulo do Zé Diniz
Ele voltou levemente a cabeça na minha direcção, olhou-me com olhos entre ausentes e interrogativos e – de imediato! – pulou da cadeira e abafou-me com um abraço. Como não pude ver o que fez à faca (que tinha na mão direita) pensei que a tinha espetado nas minhas costas. Alívio… a faca estava em cima da mesa.
Então falámos, falámos: tu? aqui? porquê? etc., etc.. E veio o Hélder Sousa à lembrança. Setúbal, pois!
V
O Hélder
Voltei à mesa onde estava com a minha patroa e ele ficou com a dele, mas íamos olhando olhares de quem estava a falar de coisas. A certa altura diz-me: - Telefonei. Vem aí o Hélder.
Fomos para a porta. Chegou o Hélder. Atarefado. Excitado. Ocupado com assuntos vários. Falou, falou. Falámos, falámos. Por vezes ao mesmo tempo. Recordou. Esteve uns… dez minutos e, contrariado, teve que ir embora.
VI
E foi assim o 1º. Encontro da “Tabanca de Setúbal”.
Foi pouco tempo, mas… salvaram-se algumas sardinhas.
--------
P.S. 1 – Peço desculpa por este encontro não ter sido exactamente como todos os outros. Nem sequer houve fotos do acontecimento.
P.S. 2 – As minhas desculpas ao Zé Diniz e ao Hélder…
Alberto Branquinho
____________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 14 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8773: Contraponto (Alberto Branquinho) (39): O tempo está embrulhado
9 comentários:
Bonito (re)encontro entre gente que gosta de partilhar momentos das suas vidas.
Como sempre, o Alberto Branquinho brinda-nos com a sua bela prosa e faz-nos salivar de inveja.
Está então criada mais uma Tabanca/local para futuros encontros, é isso?
Um abraço,
BSardinha
Em que dias?
A que horas?
Quando as sardinhas não prestam mudam para choco frito com arroz malandrinho?
Quem sabe se não se agenda um ataque ao «arame» por parte da Tabanca do Centro?
Está na agenda para Quarta Feira.
Um abraço
Atenção, caros camarigos
Acho que é necessário lançar alguns 'avisos à navegação', que é como diz, colocar alguns 'pingos nos iii'.
Em primeiro lugar, porque é justo, é preciso referir que as coisas se passaram tal e qual o 'mestre' Branquinho as relata. E só não fiquei mais tempo com eles porque os congelados que estavam no carro (pois quando fui contactado pelo Zé Dinis, estava num supermercado), corriam o risco de descongelar e, pior, faltar a comida em casa....
Depois, é imperioso referir que a nossa confraternização, embora curta no tempo, foi intensa e de modo a suscitar a curiosidade e o interesse dos presentes.
Segue-se que a denominada "Tabanca de Setúbal" não existe com esse aspecto formal. Digamos que foi do género ad-hoc. É como alguns locais de certas organizações que "levantam colunas" para uma determinada função e depois voltam a "abater colunas".
As coisas aconteceram assim porque ambos os forasteiros se preparavam para fazer "cambança" para o Sul e aconteceu a coisa extraordinária de, ao mesmo tempo, terem decidido 'ganhar forças' no mesmo local, à mesma hora. É realmente como dizemos: "o mundo é pequeno e o nosso Blogue é grande".
Fica no entanto a ideia (que de facto já não é nova) de se fazer alguma coisa por Setúbal. O 'decano' Durães já falou comigo algumas vezes mas, por isto e por aquilo, nunca nada se concretizou. No entanto parece-me que agora, com o incentivo dado pelo Branquinho e pelos comentários anteriores aqui colocados, parece-me, dizia, 'estarem reunidas as condições' para o arranque de qualquer coisa desse género.
Para além dos estimados visitantes que de mais longe se perfilam já para 'alinhar', temos, assim de repente, para além de mim, claro, o Durães, o Pardete, o Vítor Raposeira e um ou outro que agora me escapa, mais o Mário do Barreiro (Lavradio), o Borrêga do Pinhal Novo, a malta do Montijo, e os amigos de Azeitão.
Acho que sim, que um dia destes, quando isto sossegar, podemos pensar em organizar alguma coisa por aqui.
Abraços
Hélder S.
Às vezes os melhores encontros são os imprevistos... Andamos a vida a fazer planos, e muitas vezes saem-nos furados, os planos...
Falo por mim que acabo de entrar e de sair do hospital onde tinha encontro marcado, às 11h de amanhã, com o bisturi do Dr. Francisco Silva e sua equipa... A emergência médica deu cabo dos planos... Resta-nos a santa paciência, que nos vai amparando e acompanhando....
Quanto à Tabanca de Setúbal, pois que viva! Dois são um duo, três são um grupo e com três do calibre do Branquinho, do Diniz e do Valério, temos mais que matéria-prima, da melhor, para fazer uma tabanca e, mais do que isso, um reordenamento... Parabéns aos três, pela bonomia, camarigagem, sentido de humor, gosto pela vida!!!
Tabanca de Setúbal, cheira sardinha assada!!!
Hum, tenho que me fazer membro, pelo menos uma vez por outra, talvez com uma delegação da Tabanca do Centro!!!
Sim senhor, esse é que foi um encontro!!!
Oh Luís, isso é caso para dizer o velho ditado ao contrário:
"Foste para ser tosquiado e voltaste com a lã"!!!
Um abraço para todos
CARO ALBERTO,
ATRIBULADO Q.B. ESSE 1º ENCONTRO.
NASCIDA DUM "GOLPE DE MÃO" FORTUITO,
ESTOU CERTO QUE TERÁ PERNAS PARA ANDAR,OU ANTES, BOCAS PARA COMER A VOSSA TABANCA DE SETUBAL.
ABRAÇO AOS TRÊS MOSQUETEIROS,QUE É COMO QUEM DIZ,ESPADACHINS DO GARFO.
manuelmaia
Caro camarigo MMaia
Abraço aceite.
No entanto sempre te digo que recebi um forte protesto, não publicado, por parte de um amigo nosso que acha que se não se mudar a ementa não pode alinhar pois não quer que o acusem de 'canibalismo'. Feitios!
Uma outra coisa que isto originou foi uma quantidade enorme de piadinhas não publicáveis sobre 'congelados' e coisas afins, mas enfim, "cá se vai andando, com a cabeça entre as orelhas", como diz uma canção.
Abraço
Hélder S.
Hélder
aqui baixinho (para ninguém ouvir) essa foi do (B)Sardinha, não foi?
É que eu vi logo que aquela pressa em ser o primeiro a comentar foi da satisfação por eu ter informado que "se salvaram algumas sardinhas"...
Hélder
aqui baixinho (para ninguém ouvir) essa do canibalismo foi do (B)Sardinha, não foi?
É que pela pressa em ser o primeiro a comentar vi logo que foi pela satisfação em ser informado "que se salvaram algumas sardinhas"...
Enviar um comentário