terça-feira, 26 de junho de 2012

Guiné 63/74 - P10077: Agenda Cultural (206): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - História e Memória(s) - 1961-1974 (Carlos Cordeiro) (12): Açorianos na Guerra do Ultramar: memórias no feminino

1. Mensagem com data de 26 de Junho de 2012 do nosso camarada Carlos Cordeiro (ex-Fur Mil At Inf CIC - Angola - 1969-1971), Professor na Universidade dos Açores e coordenador do ciclo de conferências-debate "Os Açores e a Guerra do Ultramar História e Memória(s) - 1961 - 1974*:

Caríssimo Carlos,
É para fazeres o favor de, se possível, divulgares esta conferência da Prof.ª Doutora Susana Serpa Silva, da Universidade dos Açores, que falará sobre "Açorianos na Guerra do Ultramar: memórias no feminino", satisfazendo um apelo já por várias vezes suscitado por camaradas em sessões anteriores.

Um grande abraço amigo do
Carlos




“Açorianos na Guerra do Ultramar: memórias no feminino”

Pela Prof.ª Doutora Susana Serpa Silva

No âmbito do ciclo de conferências-debate “Os Açores e a Guerra do Ultramar: história e memória(s) – 1961-1974”, a Prof.ª Doutora Susana Serpa Silva, da Universidade dos Açores, apresentará, no próximo dia 29 do corrente (sexta-feira) a conferência “Açorianos na Guerra do Ultramar: memórias no feminino”.

Sendo certo que eram do sexo masculino os militares que intervieram na Guerra do Ultramar, o facto é que, na retaguarda – ou mesmo, em não raros casos, acompanhando os maridos nos mais recônditos aquartelamentos no meio do nada – as mulheres – mães, esposas, filhas, irmãs, noivas – resistiram, em mistos de coragem e ansiedade, medo e esperança, desânimo e fé, à incerteza do regresso, sãos e salvos, dos seus entes queridos.

Tendo em consideração esta realidade, a historiadora Susana Serpa Silva lançou o desafio a um grupo de mulheres açorianas que tiveram familiares na Guerra do Ultramar no sentido de “revisitarem” as suas memórias daquele período tão marcante das suas vidas, demasiadas vezes transportando consequências dramáticas que o próprio tempo não apagou.

É o resultado dessa investigação, pioneira nos Açores, que a Prof.ª Susana Serpa Silva irá partilhar com o público interessado, em especial com os antigos combatentes e seus familiares.

A sessão, aberta, como habitualmente, a todas as pessoas interessadas, terá lugar no Anfiteatro “C” do pólo de Ponta Delgada, com início pelas 17H30 do dia 29 do corrente.




Susana Serpa Silva é professora da Universidade dos Açores, onde se doutorou em História

Contemporânea. Integra, como investigadora, o Centro de História de Além-Mar, da Universidade Nova e Universidade dos Açores – onde coordena a Linha de Investigação Dinâmicas e Contextos do Colonialismo Português na Época Contemporânea – o Centro de Estudos Gaspar Frutuoso, da Universidade dos Açores, e o Laboratório de Estudos de Emigração, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

É autora ou coautora de diversos livros e de artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais.

Tem integrado equipas de diversos projetos de investigação científica nas áreas da sua especialidade.
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 30 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9682: Agenda Cultural (191): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - História e Memória(s) - 1961-1974 (Carlos Cordeiro) (11): Que promessa?, pela Prof.ª Doutora Gabriela Castro, dia 30 de Março de 2012 no Anfiteatro B da Universidade dos Açores

Vd. último poste da série de 31 de Maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9971: Agenda cultural (205): Convite para o lançamento do livro "A Viagem do Tangomau", de Mário Beja Santos, dia 19 de Junho de 2012 no Auditório da Associação Nacional das Farmácias em Lisboa

4 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Amigo Carlos Cordeiro

Quem me dera que os Açores fossem alí na Rua dos Açores, umas quantas ruas abaixo junto do jardim.

Mais uma vez a tua universidade maerca pontos, e o mar a separar os continentais desseseventos.

Anónimo disse...

Caros amigos,

No passado tive a oportunidade de comentar as iniciativas do nosso camarada e amigo Carlos Cordeiro, homem de grande envergadura cívica, professor amado pelos estudantes, respeitado por quem o oconhece e acompanha o seu trajecto pessoal.

Porque conheço as dificuldades que estas iniciativas acarretam, sei o quanto custa por de pé eventos destes. Mas o Carlos Cordeiro sabe que nada se consegue sem uma grande dose de trabalho e arrojo.

Ele não está sozinho. Rodeou-se um grupo de pessoas que alimentam o mesmo ideal, trazer às populações açorianas, sobretudo aos mais jovens, uma forma diferente de ver e compreender a nossa guerra no Ultramar Português.

Para os açorianos em particular a guerra teve algumas frentes distintas, e ao mesmo tempo interdependentes: os seus jovens soldados na guerra do Ultramar, os familiares, amigos e madrinhas de guerra na retaguarda, e o flagelo económico e populacional dos Açores que na altura sofria o grande êxodo provocado pelo Vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial.

Por tudo isso é de louvar a iniciativa e em particular levar as pessoas a verem a guerra em todas as vertentes. No caso desta conferência, a guerra será analisada de fora para dentro, por alguém que não foi militar, A Sra. Dra.Serpa Silva, através dos olhos daqueles que mais sofreram com a guerra, os que diáriamente sofreram a angústia da notícia que poderia chegar num telegrama ou numa carta sem coração.

Por tudo isso e muito mais, o nosso camarada Carlos Cordeiro e aqueles que o acompanham estão de parabéns e merecem a nossa solidariedade.

Um abraço amigo,

José Câmara

Anónimo disse...

Corrigindo...

Onde se lê: "Por tudo isso é de louvar a iniciativa e em particular" deve ler-se: "É importante levar as pessoas a compreender a Guerra do Ultramar em todas as suas vertentes".

José Câmara

Anónimo disse...

Caros amigos

Não posso deixar de referir que tive o grato prazer de conviver, no meu tempo de tropa, com vários camaradas açorianos, desde Tavira até à Guiné, tendo estabelecido com alguns deles verdadeiros laços de amizade. Não me deixando a minha memória já lembrar de todos os nomes, passo a referir alguns que não me saíram do pensamento, são eles os meus amigos: José da Câmara; Lino; Saial; Cardoso, e Rogério Serpa (infelizmente já falecido.
Um saudoso abraço para todos os amigos que se encontram entre nós. E um até um dia, companheiro, para o meu amigo Rogério Serpa.
O meu Bem-Haja ao Prof. Carlos Cordeiro e a todos os participantes nesta iniciativa.

Bernardino Parreira